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02/08/2017

Porto Alegre, 02 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.554

 

UPF e Sindilat vão estudar impacto da alimentação na qualidade do leite
 
A Universidade de Passo Fundo (UPF) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) formarão um grupo de trabalho (GT) para estudar  os motivos da variabilidade dos valores de sólidos totais encontratados no leite. "É uma preocupação das empresas que o leite não chegue na plataforma fora dos padrões da IN 62", destaca o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
 
Coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle) da UPF, o professor Carlos Bondan vai coordenar o GT que será constituído, conforme reunião nesta terça-feira (1/8) em Passo Fundo. Também devem participar do colegiado representantes da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Fetag e Farsul. O primeiro encontro do GT está programado para ocorrer após a Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

NAFTA para os lácteos na reunião do Congresso

Preservar e atualizar certos elementos do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) é crucial para o futuro da indústria de lácteos dos EUA, disse o presidente e CEO do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC), Tom Vilsack, ao House Agricultural Committee. "Quero enfatizar a importância das exportações para o setor lácteo", disse Vilsack. "Desde 1994, vimos um aumento de US$ 36 bilhões para produtores e processadores como resultado das exportações".

Grande parte do crescimento do mercado de exportação pode ser creditada ao papel que o México tem desempenhado no acordo de livre comércio, acrescentou Vilsack. Quase um terço de todos os produtos lácteos dos EUA são exportados para o México, representando cerca de 73% de todas as importações de produtos lácteos mexicanos. O aumento das exportações de produtos lácteos dos EUA desde 2004 elevou os preços do leite aos produtores.

Entretanto, o acesso recíproco ao mercado isento de impostos está sendo ameaçado por outros países que buscam o México para acordos similares de comércio de lácteos, aumentando a necessidade de finalizar a modernização do NAFTA, de acordo com Vilsack. "O México agora está em negociação com a União Europeia (UE) para um acordo de livre comércio e penso que o que nos preocupa é qual negociação será completada primeiro".

Adotando uma visão ainda mais ampla, os benefícios competitivos que o NAFTA oferece devem também ser duplicados em outras nações importantes, disse Vilsack. A UE, a Nova Zelândia e a Austrália estão negociando ativamente acordos em todo o mundo. No mês passado, a UE e o Japão (um dos cinco principais importadores de lácteos) anunciaram um acordo que dará aos fornecedores de produtos lácteos da UE uma grande vantagem em relação aos fornecedores dos EUA. "Se os EUA ficar parado, ficaremos para trás. Precisamos urgentemente de uma agenda de política comercial proativa com os principais países importadores da agricultura da Ásia, como Japão, Vietnã e outros, a fim de manter o ritmo dessa área crescente do mundo".

Exportações de queijo desempenham um papel crucial no NAFTA
Vilsack disse ao comitê do Congresso que a modernização do NAFTA também deve incluir proteções contra os esforços da UE para evitar o uso, do que os EUA consideram como nomes comuns de queijo, sem os indicadores geográficos (GIs) adequados.

Por exemplo, o queijo parmesão só pode ser rotulado como tal se vier da região de Parma da Itália: asiago, gorgonzola e feta são outros exemplos de variedades de queijos que seriam afetadas pelos regulamentos de indicadores geográficos. A UE recentemente entrou em um acordo com o Japão que essencialmente restringe o uso mexicano de GIs em produtos lácteos. "Não podemos perder essa corrida com a UE", disse Vilsack.

Além disso, o Canadá entrou com um acordo comercial com a UE que permite a utilização existente de nomes comuns, mas proíbe e impede que futuras instalações possam usar certos nomes de queijo. "Temos que consertar o que está quebrado no Canadá. É um mercado que está muito fechado, não é transparente e suas regras estão mudando constantemente". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Medida Provisória 

O governo publicou no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (1º) uma medida provisória para aliviar dívidas previdenciárias de produtores rurais. O texto também reduz a alíquota paga pelos produtores ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O fundo é usado para auxiliar no custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais, subsidiado pela União. Atualmente, o valor da contribuição do produtor é de 2,1% (2% da receita bruta com a comercialização dos produtos mais 0,1%, também da receita com os produtos, para financiar casos de acidente de trabalho). Com a medida provisória, o valor total vai para 1,3% (1,2% mais 0,1%). Além disso, produtores com atraso no pagamento das contribuições previdenciárias poderão quitar as dívidas com descontos nas multas e de forma parcelada (veja no final desta reportagem as condições de pagamento).

A medida provisória do Funrural vinha sendo uma reivindicação da bancada ruralista desde abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu como constitucional o pagamento das contribuições previdenciárias. Produtores rurais e associações que representam a categoria contestavam a contribuição na Justiça. Por isso, muitos deles interromperam ou atrasaram os pagamentos ao fundo. Diante da decisão do STF, a bancada ruralista passou a negociar com o governo uma medida provisória para redefinir as contribuições previdenciárias rurais. O governo calcula que há entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em pagamento atrasados ao Funrural. Com o programa de regularização da dívida, a equipe econômica espera arrecadar R$ 2 bilhões em 2017.

Formas de quitação da dívida
Poderão fazer parte do Programa de Regularização Rural as dívidas vencidas até 30 de abril de 2017. Para aderir, o produtor deve desistir das ações na Justiça que contestam a contribuição previdenciária.
Veja as condições de pagamento:
Modalidade produtor rural pessoa física
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções;
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da receita bruta da comercialização rural.
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 100
Modalidade do adquirente - dívidas até R$ 15 milhões •
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da média mensal da receita bruta proveniente da comercialização do ano civil anterior
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000
Modalidade do adquirente - dívidas acima de R$ 15 milhões
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000(G1)

LEITE/CEPEA: preço ao produtor registra queda atrelado ao aumento da captação e fraca demanda

O preço do leite recebido por produtores registrou a segunda queda consecutiva em julho, conforme expectativas de agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Na "média Brasil" (GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA), o preço líquido (que não considera frete nem impostos) recuou 3 centavos/litro (ou -2,7%) frente a junho, a R$ 1,2343/litro. Com a queda, a cotação do leite retomou o patamar de julho de 2014, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/17). É a primeira vez neste ano que o preço fica abaixo do registrado em 2016 - frente a julho do ano passado, o recuo é de 12,8%. A diminuição dos preços do leite no campo esteve atrelada à demanda ainda enfraquecida por lácteos e ao aumento da captação.

A menor procura por lácteos na ponta final da cadeia continua sendo o principal desafio do setor neste ano. Uma vez que o consumo da maior parte dos derivados ocorre em função da elevação da renda, a diminuição do poder de compra do brasileiro impacta negativamente as negociações. Segundo agentes consultados pelo Cepea, laticínios, atacado e varejo continuam com dificuldades em manter o fluxo de vendas, o que tem estreitado suas margens e, como consequência, pressionado as cotações no campo.  Além disso, de acordo com cálculos do Cepea, o Índice de Captação de Leite(ICAP-L) aumentou 6,8% de maio para junho na "média Brasil". Houve elevação na captação em todos os estados pesquisados, com exceção da Bahia (-2,96%). As variações foram significativas no Sul do País, onde, de modo geral, o clima propício às pastagens e às forrageiras de inverno favoreceu a produção. Santa Catarina e Paraná apresentaram as altas mais expressivas, de 8,57% e 8,13%, respectivamente, e o Rio Grande do Sul, de 5,51%. 

As captações em Goiás, São Paulo e Minas Gerais aumentaram 5,78%, 4,94% e 2,97% respectivamente. O menor preço do leite e a maior competitividade dos laticínios influenciaram na alta da captação. Mesmo com o menor volume de chuvas no Sudeste, a produção não foi tão afetada por conta dos baixos valores do concentrado. Para agosto, a maioria dos agentes consultados pelo Cepea continua esperando queda nos preços. Quase 83% deles (que também respondem por 83% do volume amostrado) apostam em novo recuo no próximo mês, mas 10,8% (4,2% do volume amostrado) esperam estabilidade. A porcentagem de colaboradores do Cepea que acredita em alta nas cotações é de 6,3% (com participação de 12,9% do volume). (As informações são do Cepea-Esalq/USP)

Treze entidades apoiam PL 125/17
Famurs, Farsul, Fundesa, Fetag, Fiergs, Sips, Asgav, Sindilat, Sicadergs, Apil, IGL, Acsurs e
AGL entregaram, ontem, à Secretaria de Agricultura e à Assembleia Legislativa, carta de apoio ao PL 125/17. Proposto pelo governo, o projeto prevê a contratação de veterinários pela iniciativa privada para os serviços de inspeção de produtos de origem animal, desde que capacitados pelo serviço oficial. (Correio do Povo) 

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