Pular para o conteúdo

28/07/2017

Porto Alegre, 28 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.551

 

Uruguai: preço do leite continua em queda; 163 fazendas deixaram a atividade em 2016

O preço do leite recebido pelos produtores de leite uruguaios ainda está entre os mais baixos da região. Segundo os últimos dados apresentados pelo Instituto Nacional do Leite (INALE), os produtores receberam US$ 0,36 por litro e "o que foi relatado pelas indústrias é que não têm espaço para aumentá-los", porque os preços internacionais "estão pressionados", disse o presidente do INALE, Ricardo De Izaguirre.

Ele disse que "não há muitas perspectivas de que o preço suba. Hoje, estamos esperando que estes preços não caiam." Os preços baixos e o endividamento do setor - de cerca de US$ 400 milhões -, tanto com os bancos e com os fornecedores, estão deixando fazendas leiteiras pelo caminho.

No ano passado, segundo dados do Serviço de Estatísticas Agropecuárias (DIEA) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, havia 163 fazendas leiteiras a menos enviando leite à indústria com relação a 2015. O volume médio por fazenda - também considerado um indicador do tamanho produtivo - descontinuou o aumento prolongado e caiu para 1.832 litros por dia, de acordo com a pesquisa oficial do DIEA.

A produção comercial foi estimada em 2,026 bilhões de litros, cerca de 115 milhões de litros abaixo de 2015. O envio às indústrias de processamento permanece sendo o principal destino: 1,816 bilhão de litros (87% da produção total). O processamento nas fazendas e as vendas diretas acumularam 133 milhões de litros; enquanto que os restantes - 79 milhões de litros - são utilizados para consumo nas próprias fazendas leiteiras.

Por sua vez, o volume total de lácteos exportados, convertidos em litros equivalentes durante 2016, totalizou 1,649 milhões, um aumento de 179 milhões com relação ao ano anterior. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Ciclo da crise mundial do leite chega ao fim

Crise do setor lácteo - A última grande crise do setor lácteo no âmbito mundial, entre 2015 e 2016, chegou agora ao seu final. Esse foi o principal destaque da 18º Conferência Anual da IFCN (sigla em inglês para Rede Internacional para a Comparação de Sistemas de Produção de Leite), realizada em junho de 2017 na Alemanha, tendo a Embrapa como representante brasileira. Nesse último mês de junho, o preço mundial para o leite recuperou seu patamar histórico dos últimos dez anos. 

Como comparação, em maio de 2016, o preço representava apenas 58% desse valor. Em decorrência da citada crise, a produção mundial cresceu apenas 1,1% em 2016, menor crescimento desde 1998, enquanto que o número de produtores de leite, que apresentou crescimento constante nas últimas décadas, no biênio 2015/2016 reduziu-se pela primeira vez. No Brasil, a produção total cresceu 3,6% ao ano entre 2006 e 2015, enquanto que em 2016, estima-se retração entre 3% e 4%. No período, os custos de produção se mantiveram dentro da média mundial. No entanto, os produtores nacionais receberam preços melhores do que o preço médio de referência mundial. Nesse cenário, a sinalização de preços no final deste primeiro semestre indica condições mais promissoras para recuperação da produção em 2017. (CILeite)

Fonterra projeta aumento de leite para a próxima temporada

Preços/NZ - A cooperativa Fonterra alterou a previsão do preço do leite ao produtor para a atual temporada para NZ$ 6,75/kgMS, [R$ 1,18/litro]. A previsão inicial era de NZ$6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. No momento do anúncio, os economistas já previam essa alteração diante da estabilidade nos preços globais dos produtos lácteos.

Para a temporada encerrada em 31 de maio de 2017, o preço do leite foi de NZ$ 6.15/kgMS, [R$1,11/litro], uma grande melhoria em relação à temporada anterior que foi de NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,70/litro], quando os preços mundiais dos produtos lácteos estavam em níveis mínimos. Os agricultores ficarão bem mais confortáveis diante dessa atualização da Fonterra. No entanto, durante o anúncio dos preços os diretores previram manutenção dos dividendos. Eles devem ficar na faixa de NZ$ 0,45 a NZ$ 0,55, a mesma da temporada passada. Para o exercício financeiro 2016/2017 a Fonterra projeta dividendos de NZ$ 0,40, o mesmo previsto para a temporada 2017/2018, iniciada agora. O que proporcionará um retorno total de NZ$ 7,15. Mas ainda é cedo para avaliar.
 

O presidente, John Wilson, disse que o preço reflete o contínuo "equilíbrio da oferta e da demanda dos mercados globais de produtos lácteos. Os agricultores estão mais confiantes diante do fortalecimento de demanda global dos produtos lácteos, o que significa um bom começo de temporada, embora, estejam enfrentando um período bastante desafiador, com muita umidade em muitas regiões".

O aumento do preço do leite ao produtor é uma boa notícia para os agricultores, que poderão investir em sua atividade, melhorando a temporada 2016/2017, "mas, é preciso cautela, mesmo porque estamos no início da temporada", disse Wilson. O diretor executivo, Theo Spierings disse que a Fonterra ficou bem posicionada para aproveitar a melhoria na demanda por ingredientes lácteos, para o mercado consumidor e segmento de foodservice. "Aumentou o número de consumidores que preferem produtos lácteos como fonte diária de nutrição em nossos mercados globais, e isso está se transformando em uma forte demanda, particularmente em produtos de consumo e foodservice." Spierings também lembrou que a Fonterra está sendo prudente em suas previsões, já que estão em início de temporada e a cooperativa está com os estoques em níveis baixos. "estamos focando em continuar a demonstrar um forte desempenho nos negócios, de modo a proporcionar maiores retornos para os nossos agricultores". (interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)

Mapa implementa programa de avaliação da qualidade dos serviços veterinários oficiais

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementou oficialmente nesta terça-feira (25) o Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais das instâncias Sistema de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), o Quali-SV, por meio da Instrução Normativa 27, publicada no Diário Oficial da União. 

O Quali-SV será apresentado pelo Mapa durante reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) nesta quinta-feira (27), em Rio Branco (Acre). O programa reforçará os controles sobre a saúde dos rebanhos, o que tem reflexos positivos na segurança alimentar. 

Segundo o responsável pela Coordenação de Avaliação e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários (Casv) do Mapa, José Ricardo Lôbo, o programa deverá ser transparente e alinhado aos exigentes padrões internacionais, para promover melhorias contínuas e necessárias ao desempenho do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Os serviços veterinários estaduais e do Distrito Federal serão monitorados não apenas por dados técnicos (indicadores), mas também serão submetidos a avaliações presenciais por meio de auditorias e supervisões. O método, desenvolvido pela Casv, permitirá ter uma visão mais objetiva, atualizada e global dos serviços veterinários.

O serviço veterinário dos estados e do DF passarão por auditoria dos auditores fiscais federais agropecuários do Mapa a cada três anos. Para as auditorias foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação da qualidade do SVO, adaptando metodologia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) usada pelos serviços veterinários dos países-membros, conhecida como PVS/OIE Tool (Performance of Veterinary Services).

Cronograma
O Mapa já tem cronograma de auditorias até 2019. Neste ano, elas devem ser realizadas em 10 estados. A previsão para 2018 é de nove auditorias e de oito (em sete estados e no DF) para 2019.

As avaliações envolvem recursos humanos, físicos e financeiros, além da capacidade técnica e operacional do SVO. Os relatórios das auditorias serão divulgados pelo Mapa. Os órgãos auditados deverão implementar medidas corretivas específicas para os achados e recomendações, visando a melhoria dos serviços.

O Serviço Veterinário Oficial (SVO) é composto pelo Mapa e por órgãos estaduais de sanidade agropecuária, além de veterinários credenciados. O SVO tem como missão garantir proteção e segurança aos consumidores dos produtos de origem animal e o acesso desses produtos aos mercados interno e externo, por meio da prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais, além do controle do uso de insumos e atividades que possam afetar a saúde e o bem-estar animal. (As informações são do Mapa)

Leite: o impacto da alta dos combustíveis no setor
A alta do PIS/Cofins sobre os combustíveis vai dificultar ainda mais a vida dos produtores de leite. Quem comenta esse impacto é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges. Assista o Vídeo (Canal Rural)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *