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21/03/2017

 

Porto Alegre, 21 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.464

 

  Preço do leite estável no Rio Grande do Sul
 
O valor de referência do leite se mantém a casa de R$ 1,00 e a tendência é de estabilidade no mercado nos próximos meses. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (21/3) pelo Conseleite, o valor projetado para março é de R$ 1,0092, 0,47% abaixo do consolidado de fevereiro (R$ 1,0140), mas acima do projetado no mês anterior (R$ 1,0034). "Isso mostra equilíbrio nos valores nesse momento tão difícil para o nosso setor", salientou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, referindo-se às margens apertadas com que trabalham os laticínios. Na comparação com anos anteriores, o preço do leite está em um dos patamares mais altos dos últimos anos. A explicação, sugere Guerra, é o impacto da redução na produção gaúcha de leite que, segundo o IBGE, chegou a - 3,5% em  2016. "Estamos em um cenário diferente em 2017. Esperávamos uma reação maior do mercado consumidor com a volta às aulas, que chegou mais tímida. As pessoas estão adquirindo apenas o básico e notamos retração do consumo da classe C", ressaltou. Apesar disso, frisou o também presidente do Sindilat, o valor pago pelo leite UHT está em um bom patamar nestes primeiros meses do ano. 
 
Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, a produção não vem acompanhando a demanda, colaborando para preços mais elevados. Pontualmente sobre os dados apurados em março, Finamore lembra que o comportamento do leite UHT vem reproduzindo esta estabilidade com aumento de 0,30%. "Geralmente é o leite UHT que tem maior representatividade na formação dos valores de referência", argumentou. O leite em pó, por outro lado, caiu 1,90%. A composição do valor de referência leva em conta o mix de produtos comercializados pelas indústrias gaúchas e não reproduz a remuneração real paga aos produtores uma vez que não incorpora as bonificações para quantidade e qualidade pagas aos produtores pelos laticínios.
 
Ação Contra Importações 
Durante a reunião do Conseleite, as entidades que compõem o colegiado decidiram encaminhar uma nota conjunta ao governo federal com pedido formal de um maior controle sobre a importação de leite em pó pelo Brasil. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alertou que o temor do setor é que as aquisições aumentem em 2017 em relação a 2016, quando foram importadas 241 mil toneladas de leite. "As importações têm um impacto nefasto no mercado nacional. Nosso medo é que as importações sigam aumentando sem controle. O problema não é só o volume importado, mas o preço que esse leite chega ao mercado brasileiro", salientou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/Sindilat
 

 
Laticínios alertam para danos do PLP 343 à competitividade do RS

Reunidos na tarde desta terça-feira (21/3) em Porto Alegre, laticínios gaúchos alertaram para os danos do Projeto de Lei (PLP) 343/17 à competitividade da indústria do Rio Grande do Sul. A proposta, que prevê renegociação das dívidas do RS com a União, exige como contrapartida o corte anual de 20% nos benefícios concedidos e suspensão de qualquer tipo de novo incentivo. "O sindicato é contra essa política porque inviabiliza a produção no Estado. Não adianta renegociar a dívida com a União e quebrar o setor produtivo que sustenta a economia", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Os laticínios também debateram os riscos referentes à retomada da votação do PL 214, que propõe corte de 30% nos créditos presumidos concedidos ao setor. "Não há espaço para o PL 214. Se passar, será a ruína das indústrias lácteas gaúchas", acrescentou Guerra, lembrando que os laticínios operam com a menor margem dos últimos anos.

Qualidade

O Grupo de Qualidade do Sindilat aproveitou a reunião para apresentar apontamentos sobre os padrões definidos para a rotulagem de produtos com baixo teor de lactose. A exigência de comprovação de vacinação contra brucelose e febre aftosa por parte dos produtores ligados aos laticínios também foi debatida, uma vez que algumas empresas vêm enfrentando dificuldades em obter as informações. A proposta é que as indústrias possam passar a solicitar os dados diretamente às inspetorias veterinárias. O tema está em debate junto à Secretaria da Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Carolina Jardine/Sindilat
 
 
 
Leilão GDT: preços do leite em pó desnatado despencam

Nesta terça-feira (21/03), o leilão GDT indicou leve alta (+1,7%) nos preços médios dos lácteos comercializados, fechando a US$3.101/tonelada. Dentre os produtos comercializados, o destaque foi para a variação dos preços do leite em pó desnatado, que apresentou queda de 10,1% em comparação com o leilão anterior. Desta forma, a média final ficou em US$1.948/tonelada. 

Em contrapartida, o leite em pó integral apresentou variação positiva, de 2,9%, fechando a média em US$2.855/tonelada. A manteiga também demonstrou aumento em seus valores, variando 4,9% em relação ao último leilão e fechando a média em US$4.910.

Já o queijo cheddar apresentou uma variação negativa mais leve do que a observada no último leilão GDT, caindo apenas 1%. Com isso, a média final deste produto ficou em US$3.406/ton. 

Diferentemente da tendência de queda nos preços futuros do leite em pó integral observada no último leilão GDT, os valores atuais demonstram praticamente estabilidade até agosto de 2017. (Milkpoint/GDT)

 
  

 
Conaprole financiará produção de forragens a produtores de leite do Uruguai
A principal cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole decidiu esta semana financiar os custos de fazer silagem e reservas de outono - incluindo combustível, a fim de ajudar os produtores de leite em situação financeira difícil, inclusive para que muitos deles possam reverter os números vermelhos em suas contas na cooperativa. A comunicação foi feita pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que havia solicitado o apoio da Conaprole há uma semana. Houve uma resposta rápida, disse o vice-Presidente da ANPL, Walter Frisch. A indústria já tinha enviado um sinal na semana passada, quando aumentou o preço por litro em 50 centavos de peso (1,73 centavos de dólar), para 9,80 pesos (US$ 0,34) por litro. "A cooperativa está apostando que se façam reservas para garantir uma boa captação no outono e inverno", disse Frisch, que lembrou que houve casos de produtores de leite que não poderiam lidar com novas despesas, pois têm dívidas pendentes das reservas ano passado. Os membros das cooperativas interessadas devem contatar os técnicos regionais da Conaprole para obter a assistência financeira. O pagamento do apoio começará a ser feito a partir da próxima primavera e terá um custo financeiro "muito baixo" para os produtores, disse Frisch. 
Em 20/03/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03473
27,6770 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). 
(As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

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