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06/02/2017

Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.437

 

Governo da Índia anuncia fundo para o setor leiteiro

O setor de cooperativas lácteas da Índia está animado com o anúncio de um fundo de Rs 80 bilhões (US$ 1,18 bilhão) em três anos para o setor leiteiro. Isso deverá ajudar a instalar plantas de processamento para 50 milhões de litros de leite por dia.

Isso foi demandado pelo do setor de lácteos, já que a infraestrutura existente se tornou obsoleta. "O setor cooperativo não tinha fundos para investir. A infraestrutura criada durante o movimento da Operation Flood tinha 30 a 40 anos de idade", disse RS Sodhi, diretor-gerente da Gujarat Cooperative Milk Marketing Federation (GCMMF).

O Orçamento da União anunciou a criação do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de Lácteos, de Rs 80 bilhões (US$ 1,18 bilhão) nos próximos três anos com o Banco Nacional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Nabard). No primeiro ano, o governo anunciou que daria Rs 20 bilhões (US$ 295,97 milhões) para a criação do fundo.

De acordo com Sodhi, este é um investimento enorme e ajudará a criar uma renda rural adicional. "Terá um efeito multiplicador na economia rural e no setor de lácteos". O setor cooperativo comanda uma grande participação na indústria de lácteos do país. 

Em 03/02/17 - 1 Rúpia Indiana = US$ 0,01480
67,4226 Rúpia Indiana = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do The Economic Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)  

 

 
Glúten, lactose e outras modas

Nunca houve tantos modismos na dieta. Dieta sem glúten, sem lactose, sem gordura, sem carboidratos, sem nada que venha dos animais e até dietas sem alimentos que contenham DNA (pedras, talvez).

A história de nossos antepassados é a da miséria. Dos 6 milhões de anos de nossa espécie, pelo menos 99,9% do tempo caçávamos, pescávamos, coletávamos frutos e raízes e disputávamos carcaças de animais com outros carnívoros famintos.

Há insignificantes 10 mil anos, o surgimento da agricultura criou a oportunidade de abandonarmos a vida nômade e armazenarmos víveres para a época das vacas magras.

Ainda assim, as epidemias de fome e a desnutrição chegaram até os dias atuais. Na metade do século passado havia fome coletiva na França, Inglaterra, Alemanha e demais países da Europa deflagrada.

Comida farta só chegou à mesa de grandes massas populacionais depois da Segunda Guerra Mundial, graças à mecanização e aos avanços da agricultura e da tecnologia de conservação de alimentos. Hoje, um brasileiro de classe média tem acesso a refeições mais variadas e nutritivas do que as dos nobres nos castelos medievais.

A fartura trouxe o exagero. Um cérebro com circuitos de neurônios moldados em tempos de penúria não desenvolveu mecanismos de saciedade, capazes de frear os impulsos viscerais despertados pela fome, antes de nos empanturrarmos até passar mal de tanto comer.

Essencial à sobrevivência quando precisávamos acumular reservas para os longos períodos de jejum que se sucediam, essa estratégia se voltou contra nós.

Ao mesmo tempo, vão distantes os dias em que gastávamos energia para alimentar a família. Pela primeira vez na história da humanidade, desfrutamos o privilégio de ganhar o sustento sentados em cadeiras confortáveis. A um toque de celular o disque-pizza nos entrega 5.000 calorias à porta, sem sairmos do sofá.

Fartura e sedentarismo, gula e preguiça, criaram as raízes da epidemia de obesidade que assola o mundo. Novembro de 2016 foi o primeiro mês dos tempos modernos em que a expectativa de vida diminuiu em relação à do mês anterior, nos Estados Unidos. Seguimos pelo mesmo caminho. A continuar nesse passo, a obesidade e a vida sedentária farão nossos filhos viverem menos do que nós.

Sem disposição nem coragem para encarar a realidade de que comemos mais do que o necessário e andamos menos do que deveríamos, procuramos uma saída mágica que nos mantenha saudáveis.

Inventamos teorias mirabolantes que a internet divulga com tal velocidade que se transformam em ideologias com manadas de defensores ardorosos: carne é veneno, nenhum animal adulto toma leite, glúten engorda e incha, suco de berinjela reduz colesterol, e tantas outras.

É desperdício de tempo e risco de perder amigos questionar essas crenças. Não adianta dizer que nossos antepassados não teriam sobrevivido não fosse a carne, que alimentos com glúten costumam conter carboidratos simples com índices glicêmicos elevados, que a coitada da berinjela jamais teve a pretensão de proteger alguém contra o ataque cardíaco e que onças adultas não tomam leite pela mesma razão que não bebem chope nem água encanada.

Para confundir ainda mais, estudos com resultados que exigiriam interpretações estatísticas cautelosas e confirmação em pesquisas mais elaboradas ganham destaque nas mídias como se apresentassem conclusões definitivas. Num dia, o ovo é uma bomba de colesterol prestes a explodir as coronárias; no outro, asseguram que tem alto valor nutritivo. A carne de porco que já foi a mãe de todos os males está reabilitada, a de boi enfrenta suspeitas.

A confusão acontece porque esses estudos costumam ser observacionais. Neles, são analisadas as características dietéticas de uma população e as enfermidades que a afligem. Em ciência, publicações desse tipo são consideradas apenas geradoras de hipóteses. Para confirmá-las são fundamentais os estudos prospectivos, randomizados, muito mais complexos, dispendiosos e demorados.

Perdido na selva de informações desencontradas, o que você deve fazer, leitor? Coma frutas, saladas e verduras com liberalidade; do resto, de tudo um pouco. Procure comer o que sua avó considerava comida. (Por Drauzio Varella, médico cancerologista, dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em prisões / Folha de São Paulo / Milkpoint)

 
 
RS: oficina sobre produtos lácteos é realizada em Serafina Corrêa

Serafina Corrêa/RS
A fim de foi mostrar para os agricultores, de forma prática, as etapas e os cuidados necessários na fabricação de diferentes tipos de queijo e iogurte, a Emater/RS-Ascar de Serafina Corrêa promoveu, na última quarta-feira (01), uma Oficina sobre Produtos Lácteos, ministrada pelo médico veterinário e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, João Carlos Santos da Luz.

A atividade, que aconteceu na Sede dos Conselhos do município, destinou-se aos produtores de leite que participam do projeto federal da Chamada Pública do Leite, mas também foi aberta a outros agricultores do município, contando com a participação de 19 pessoas. (Emater/RS)

Uruguai pretende aumentar exportação de alimentos para Rússia

Os produtores do Uruguai estão preparados para aumentar os fornecimentos de soja, queijo, arroz e carne de carneiro para a Rússia. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura uruguaio, Tabare Aguerre, em entrevista à agência TASS.

"Estamos definitivamente prontos para exportar mais soja, arroz, certos tipos de queijo e manteiga, embora a Rússia já seja um dos principais consumidores desses produtos. Os produtores estão prontos para entregar carne de carneiro também, um mercado em que ainda não entramos na Rússia", disse Aguerre.

O ano de 2016 foi "muito bem sucedido", segundo o ministro, nas exportações de produtos lácteos e cítricos à Rússia. "Os fornecimentos de carne foram menores do que em 2011 e 2012, quando a Rússia respondia por quase 30% da exportação de carne bovina do Uruguai. Mas o mercado russo continua potencialmente importante para nós", acrescentou Aguerre.

"Os suprimentos de carne dependem em grande parte do poder aquisitivo da população e preços no mercado russo e do crescimento da produção interna de carne bovina, o que foi registrado na Rússia no ano passado", continuou o ministro. Os produtores do Uruguai não têm dificuldades para entrar no mercado russo, uma vez que "os serviços fitossanitários de ambos países estabeleceram bons contatos, possibilitando a resolução rápida dos problemas emergentes", disse Aguerre.

Uma delegação composta pelo presidente do Uruguai, Tabare Vazquez, e um grupo de empresários visitará a Rússia, a Alemanha e a Finlândia entre os dias 7 a 17 de fevereiro. O objeto das reuniões é discutir questões de comércio e investimentos. (As informações são da Gazeta Russa/Milkpoint)

 

PREÇOS MAIORES NO ÍNDICE DA FAO
O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) fechou em janeiro com o maior nível em quase dois anos: 173,8 pontos, alta de 16,4 pontos na comparação com igual mês de 2016. Os valores de cereais também cresceram, 3,4 pontos, chegando ao maior nível em seis meses, com aumento em trigo, milho e arroz. Os mercados de trigo reagiram a condições climáticas desfavoráveis e a uma área plantada menor nos EUA, enquanto os preços mais altos de milho refletiram forte demanda e perspectiva incerta para a safra da América do Sul. (Zero Hora)
 

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