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14/12/2016

Porto Alegre, 14 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.410

 

​​    PIB trimestral: economia gaúcha apresenta desempenho mais favorável que a nacional
 
Pelo terceiro trimestre consecutivo, a economia gaúcha apresenta um desempenho mais favorável que o nacional, apesar de ambos os cenários serem ainda de retração. Entre julho e setembro de 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul teve uma redução de 1,7% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Em sua composição, o Valor Adicionado Bruto (VAB) caiu em 1,3%, e os impostos líquidos tiveram queda de 4,6%. Já o PIB do Brasil registrou uma redução de 2,9%, com um recuo de 2,5% no VAB e de 4,8% nos impostos líquidos. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2016 foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). A queda do PIB do Rio Grande do Sul no terceiro trimestre de 2016 é a menor queda desde o segundo trimestre de 2015.

Taxas (%) de crescimento trimestrais do Produto Interno do Brasil (PIB) e do Rio Grande do Sul -- 3.º trim./2016


FONTE: FEE/CIES/Núcleo de Contas Regionais -  IBGE/DPE/Coordenação de Contas Nacionais

O melhor desempenho da economia gaúcha, comparado ao do Brasil, decorre, principalmente, da retração menos acentuada dos serviços (-1,6% no RS; -2,2% no Brasil). O comércio diminuiu significativamente sua queda (-2,8% no trimestre contra 6,4% no segundo trimestre de 2016), enquanto a atividade de transporte passou de um crescimento de 2,9% no trimestre anterior para uma redução de 1,8% nesse. Os outros serviços tiveram uma leve melhora, ao passo que a administração pública uma pequena queda. Serviços de informação, intermediação financeira e atividades imobiliárias apresentaram estabilidade entre um trimestre e outro.  Segundo o economista Roberto Rocha, Coordenador do Núcleo de Contas Regionais, "O melhor resultado da economia gaúcha em relação à nacional está associado com um melhor desempenho de seu mercado de trabalho".

 
Economista Roberto Rocha (esq), o Presidente da FEE e também Secretário adjunto do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, José Reovaldo Oltramari, o Diretor Técnico da FEE, economista Martinho Lazzari, e o economista Juarez Meneghetti durante a divulgação dos dados do PIB trimestral

A agropecuária gaúcha, que tem um peso reduzido no terceiro trimestre, cresceu principalmente pela contribuição da pecuária (+2,1% no RS; queda de 6,0% no Brasil) e do cultivo de laranja, destaque do trimestre na agricultura, mas com pequena participação na lavoura.

A indústria gaúcha registrou queda (-4,6%) superior à brasileira (- 2,9%). Observa-se que todos os quatro segmentos da indústria caíram no trimestre e, com exceção da extrativa, apresentaram queda maior do que no trimestre anterior. Em comparação com o Brasil, o único segmento que teve um resultado melhor foi o da construção civil, com queda de 1,4%, ante 4,9% na média nacional.

Para o Diretor Técnico da FEE, economista Martinho Lazzari, "a tendência do PIB trimestral do RS aponta que terminaremos o ano de 2016 com uma queda um pouco menor que a do País. Apesar disso, ainda é prematuro prever quando a economia sairá da recessão". (FEE)
 
 
Leite/Oceania 

Na Austrália, muitos analistas observam que a temporada de produção de leite mudou para mais tarde este ano, em relação às temporadas típicas. Até agora tem passado por frio e umidade na primavera, mantendo a temperatura mais fria do que o normal, com chuvas de verão. O crescimento das forragens é adequado, e as pastagens estão abundantes. O conforto animal é muito bom. A expectativa é de que os produtores consigam manter níveis estáveis de produção a um custo razoável. O abate antecipado de vacas deverá reduzir um pouco a produção de leite. Muitos produtores estão cautelosos em considerar a expansão do rebanho, conscientes de que a melhoria dos preços está condicionada aos volumes atuais de produção de leite. 

De acordo com a Dairy Australia, a produção de leite em outubro de 2016 ficou 11,4% abaixo do nível de outubro de 2015. Na Nova Zelândia a produção de leite de outubro e de sólidos do leite ficaram muito aquém dos níveis de um ano antes. Em outubro de 2016 a produção foi de 3,04 milhões de toneladas, depois de ter produzido 2,57 milhões de toneladas em setembro. Em outubro de 2015 foram produzidas 3,21 milhões de toneladas de leite. Os sólidos do leite em outubro totalizaram 247,43 milhões de quilos, e ficaram acima dos 210,11 milhões de quilos de setembro. Entretanto, em outubro de 2015 os sólidos do leite chegaram a 263,47 milhões de quilos. Os preços firmes do leite acompanham a menor produção. Algumas indústrias reavaliaram os preços, recentemente, e fizeram previsões de pagamentos maiores. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Leite/Europa

A captação de leite na União Europeia subiu 1,5% de janeiro a setembro de 2016, de acordo com o Observatório do Mercado de Leite. No entanto, em setembro houve queda de 3%, sendo o quarto mês consecutivo de redução. As quedas ocorrem nos maiores países produtores, incluindo Reino Unido, Alemanha e França. A expectativa é que essas reduções levem a um equilíbrio em 2016. A média dos preços do leite aos produtores aumentou 5,2% em setembro, chegando a € 27,8/100 kg. Esta recuperação recente dos preços na União Europeia foi decorrente da queda na oferta. Resta acompanhar o desempenho das exportações como níveis de preços mais elevados. As remessas da União Europeia em setembro continuaram firmes, com exceção do leite em pó desnatado, que registrou queda de 18,7%. 

A produção de leite na Rússia de janeiro a outubro deste ano ficou 0,08% menor que no mesmo período de 2015, de acordo com a CLAL. Em outubro de 2016 a produção caiu 13,99%$ em relação a outubro de 2015. A média mensal dos preços na Rússia em outubro deste ano calculada em rublos, foi 9,7% superior à de setembro. De janeiro deste ano a outubro, subiu 4,5% em relação ao mesmo período de 2015. Embora a produção de leite na Polônia durante o mês de outubro tenha sido 0,6% menor em relação a outubro do ano passado, no acumulado do ano, janeiro a outubro, houve crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2015. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Fiscais agropecuários gaúchos anunciam greve

Os fiscais estaduais agropecuários do Rio Grande do Sul devem parar as atividades a partir de sexta-feira, 16 de dezembro, até a votação final do pacote orçamentário do Governo Sartori. A decisão da categoria integra a mobilização de servidores ligados ao Sindicato dos Técnicos Científicos do RS (Sintergs) e foi tomada na manhã desta terça-feira, 13, em assembleia realizada na Praça da Matriz na capital Porto Alegre.

"Só não paramos antes pois precisávamos realizar assembleia", esclarece a presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), Angela Antunes. Os fiscais estaduais agropecuários atuam diretamente ligados ao agronegócio e o principal impacto da greve será nos abatedouros de inspeção estadual e na emissão de guias de trânsito animal (GTA) realizada nas Inspetorias de Defesa Agropecuária.

"Precisamos que o governo Sartori olhe para o funcionalismo como propulsor do desenvolvimento do Estado. Somos nós que fazemos a roda girar. O governador sempre nos mostra como vilões para a atual situação que vivem os gaúchos e isso não é justo", protesta Angela.

Nos próximos dias, a Afagro vai definir quais serão as medidas a serem adotadas pela categoria para integrar a greve do funcionalismo gaúcho. Entretanto, a diretoria da entidade já alerta que, com a suspensão dos abates pela paralisação dos fiscais, poderá haver falta de carne nos mercados. (As informações são da Afagro)

 
Queijo artesanal serrano
A produção e comercialização de queijo artesanal serrano produzido em 16 municípios dos Campos de Cima da Serra foi legalizada em projeto aprovado pela Assembleia Legislativa. Em 2010, portaria da Secretaria da Agricultura, na época sobr comando de Gilmar Tietböhl, havia liberado a venda de produto em 11 municípios da região. (Zero Hora)

 

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