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05/10/2016

 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.365

 

  Audiência no Senado tratará de importação de leite do Uruguai

Os danos que a importação de leite do Uruguai vêm trazendo ao mercado brasileiro serão alvo de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado nesta sexta-feira (7/10) a partir das 14h. O assunto foi tratado durante reunião nesta terça-feira (4/10) entre a senadora e presidente da Comissão, Ana Amélia Lemos, e o presidente do Sindilat e do Conseleite/RS, Alexandre Guerra, que esteve em Brasília para tratar do tema.  A ideia, segundo a senadora, é convidar lideranças do setor e representantes do governo para debater o tema e encontrar uma alternativa que ajude o setor lácteo. É esperado a participação de representantes do Ministério da Agricultura, do Ministério de Relações Exteriores, Sindilat e Aliança Láctea Sul-Brasileira e Fetag.

Guerra alerta que é preciso achar uma equação para esse problema o mais rápido possível uma vez que a concorrência desleal com o produto uruguaio está impondo uma realidade muito dura ao setor lácteo brasileiro e, principalmente, ao gaúcho devido à proximidade. Uma medida enérgica, sugere Guerra, seria a criação de cotas pré determinadas que poderiam ser acionadas por um gatilho de mercado exclusivamente quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro.  "Não somos contra a importação, o que queremos é saber quanto vai entrar para não criar desequilíbrios", pontuou, lembrando que há mais de 105 mil famílias produtoras de leite no RS, entre 850 mil em todo o país.
O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, um aumento de quase 80% em relação ao mesmo período no ano anterior. Enquanto isso, as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores. Nos primeiros oito meses de 2015, o país exportou 45,19 milhões de quilos, enquanto nos primeiros oito meses deste ano o volume exportado foi de 32,25 milhões de quilos, uma queda de quase 30%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
  
 
Sindilat entrega demandas ao Agro+ Gaúcho 

Na tentativa de reduzir a burocracia que envolve o agronegócio gaúcho, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou à Secretaria da Agricultura (Seapi), nesta quarta-feira (5/10), relatório com alguns gargalos a serem solucionados pelo programa Agro + Gaúcho. As demandas da indústria de laticínios gaúcha incluem a padronização de procedimentos de inspeção e fiscalização de instalações, além do cumprimento de prazos para autorização de reformas e ampliações de instalações nas indústrias. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acredita que é necessário simplificar as operações para que o desenvolvimento no setor avance. "Podemos utilizar as notas fiscais de entrada em substituição das do produtor, por exemplo. Isso daria velocidade, redução de despesas e manteria a legalidade fiscal das indústrias, produtos e municípios", diz.
 
A lista do Sindilat ainda inclui a normatização de uso do transvase, sistema popularmente conhecido como Romeu e Julieta, que permite uso de dois tanques acoplados a um caminhão. A prática está prevista na Lei do Leite, mas ainda precisa de regulamentação. As indústrias também pleiteiam a padronização de procedimentos e cumprimento de prazos para autorização de rotulagens e a revisão dos padrões de CCS e CBT do leite previstos na IN 62. O sindicato também pede autorização para processamento de leite fisiologicamente anormal (Portaria 005 de 1983). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Governo do Uruguai confirma aumento do preço do leite ao consumidor

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, confirmou que o Governo decidiu ajustar em 1 peso (US$ 0,03) por litro o leite fresco comum (único que é tarifado no país) - contemplando a reclamação dos produtores de leite que pediam um aumento de 2 pesos (US$ 0,06) por litro. Ainda não está determinada a data do ajuste, mas, certamente, ocorrerá logo no início desde mês de outubro. O leite comum ou leite cota não tinham ajustem de preços desde março de 2015 e o parâmetro utilizado para calcular seu valor até agora não contemplava a inflação. "Mudou-se a paramétrica e agora subiu em 1 peso (US$ 0,03) por litro", disse o presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida, Horacio Rodríguez, que disse que o compromisso de Aguerre é de que possivelmente em 1 de março volte a subir o preço em mais 1 peso (US$ 0,03) por litro.

Na quarta-feira passada, reunidas em Florida, associações de produtores de leite respaldaram essa atitude do ministro. Por meio de um comunicado, as associações lembraram que o leite cota não aumenta desde março de 2015 e os aumentos de 2008 em diante sempre estiveram abaixo da inflação. Além disso, disseram que o leite ao público é "o mais barato da América Latina". Atualmente, o preço é de 20 pesos (US$ 0,69) por litro, de forma que, com o ajuste, ficará em 21 pesos (US$ 0,72). Rodríguez disse que o que mais se discutiu com o ministro foi que o momento mais complicado do setor leiteiro "passou", mas está sofrendo as consequências das "dívidas de 2016, que não poderão cobrir com o leite da primavera".

Em 03/08/16 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03464
27,7970 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do El Pais Rurales, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços do leite 

Um levantamento de preços do leite na última década realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA), detectou que a versão longa vida da bebida, que passa pelo processo de Ultra High Temperature (UHT), apresentou preços mais altos do que o leite pasteurizado, especialmente nos períodos de entressafra, quando a oferta pelo produto fresco diminui. A maior variação de preços do leite UHT em relação ao pasteurizado chegou a 31,2% em julho de 2009. A exceção ficou por conta dos anos de 2012 e 2015, quando o leite longa vida apresentou preços inferiores ao leite pasteurizado durante todos os meses. Em 2016, seguindo a tendência da entressafra, os preços entre os dois produtos apresentam distinção de 22% a partir do mês de julho. Mais consumido pela população a partir dos anos 1980, principalmente por apresentar maior durabilidade, o leite UHT também passou a ser mais frequente na mesa das famílias devido à alta da inflação e à necessidade de armazenar o alimento. De acordo com a pesquisadora da Secretaria que atua no IEA, Rosana de Oliveira Pithan e Silva, responsável pelo acompanhamento dos preços, as transformações da estrutura social, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, e o crescimento do varejo de autoconsumo proporcionado pelos supermercados, em alternativa à falta de tempo para compras diárias, também impulsionaram esse comportamento no consumo.  

O acompanhamento, mês a mês, permitiu verificar que o leite pasteurizado, se mostrou mais acessível no período de entressafra do que o leite UHT. "O consumidor deve pesquisar mais e avaliar melhor o valor do produto antes de efetuar sua compra, principalmente se houver padaria ou algum mercado perto de sua residência, onde possa comprar o leite pasteurizado", orientou Rosana. "Ele deve ter em conta a validade do produto, que para o tipo pasteurizado chega até cinco dias, conforme a marca, levando à possibilidade de se comprar o produto para ser armazenado por mais dias na geladeira. Assim, o consumidor pode comprar mais litros de leite fresco no comércio, estocá-lo na geladeira conforme as instruções do fabricante e, com isso, economizar", finalizou a pesquisadora. O estudo completo do IEA está disponível neste link : http://www.iea.sp.gov.br/out/LerTexto.php?codTexto=14174

O levantamento realizado pelo IEA se configura como uma importante prestação de serviços à sociedade, na avaliação do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. "O acompanhamento dos preços do leite na última década permite que a população busque alternativas para adequar os gastos com a alimentação ao seu orçamento doméstico, garantindo economia e produtos de qualidade. Aproximar o conhecimento gerado pela pesquisa da população é uma determinação do governador Geraldo Alckmin para a Pasta", ressaltou o secretário. (SAA/SP)

Supersimples 

As novas regras do Supersimples, aprovadas nesta terça-feira, 4, pela Câmara dos Deputados, permitirão que pequenas e microempresas que acumulam dívidas tributárias ou financeiras possam renegociá-las com prazo de até 10 anos. Dessa forma, não serão retiradas do regime especial de tributação. Segundo o presidente nacional do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a Receita Federal chegou a apontar a necessidade de excluir 700 mil empresas do Supersimples, por conta de dívidas com o Fisco. Pelo novo texto, o refinanciamento mantém as empresas no regime. Essa regra passa a valer a partir de janeiro de 2017, diferentemente daquela que ampliou os limites de enquadramento no regime e que passa a valer só a partir de janeiro de 2018. "É uma pena que nem todas as medidas tenham início imediato", disse Afif, que comemorou a aprovação do projeto pela Câmara.

O texto definitivo segue agora para sanção presidencial. Segundo Afif, houve resistência da Receita para que o enquadramento de mais empresas no Supersimples ficasse para 2018, devido ao impacto na arrecadação no próximo ano. Afif disse que o Sebrae vai fazer um mutirão nacional para orientar as milhares de empresas que estão endividadas e que têm interesse em renegociar o débito. "O Sebrae vai mostrar o caminho. Esse refinanciamento vai beneficiar muita gente", disse. Outra mudança que terá efeito em janeiro permite que "startups" recebam recursos dos chamados "investidores anjos", empresas que capitalizam pequenos negócios, principalmente em áreas ligadas à inovação tecnológica. Os deputados chegaram a abrir votação para os destaques do projeto do Supersimples e para apreciar trechos da proposta em que houve discordância em relação ao substitutivo enviado pelo Senado. Porém, parte das propostas foi considerada prejudicada, e as demais foram retiradas pelas bancadas. (DCI)

 
 

Presidente do IBGE pede apoio do Mapa para realização do censo agropecuário 2017
O censo agropecuário 2017 foi o tema da reunião do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, nesta quarta-feira (5). Durante a audiência, foi discutida a importância da coleta de dados para transformar as estatísticas do IBGE em planejamento para a agropecuária. Realizado a cada cinco anos, o último censo agropecuário ocorreu entre 2006 e 2007, juntamente com o censo demográfico. O presidente do IBGE destacou a importância do levantamento, que também é feito em países como Estados Unidos, Austrália e Canadá, e pediu apoio ao ministro para garantir recursos para o censo. "A realização de um censo é uma verdadeira operação de guerra. São necessários mais de 82 mil funcionários temporários", disse Rabello. Blairo Maggi reconheceu a necessidade da atualização dos dados para os programas de apoio aos produtores e se comprometeu em ajudar.  A partir do censo agrícola, é possível detectar problemas de conservação e preservação ambiental; áreas de conflitos; inventariar as riquezas agrícolas do país; saber o número de empregos gerados pelo setor e projetar a infraestrutura para o escoamento da produção. (MAPA)
 

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