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26/09/2016

 

Porto Alegre, 26 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.358

 

   Laticínios preparam comitiva a Brasília
 
Laticínios gaúchos irão a Brasília no início de outubro para reunião com lideranças do governo federal com o intuito de limitar as importações de lácteos do Uruguai. A decisão foi tomada em reunião nesta segunda-feira (26/9), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. O pedido, que vem sendo encaminhado nos últimos meses, é visto pelo setor como estratégico para regular o mercado brasileiro, onde os preços do leite entram em declínio em função do aumento da oferta. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a estratégia é estabelecer uma espécie de gatilho que libere a importação apenas em alguns momentos do ano.  "Precisamos dessa ferramenta para manter a viabilidade das indústrias e do produtor", salientou, lembrando que a deliberação tem apoio do Conseleite. A comitiva pretende se reunir com representantes do Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores. 

No encontro de  laticínios, as indústrias ainda debateram as propostas a serem remetidas ao Agro+ Gaúcho de forma desburocratizar o setor lácteo no Rio Grande do Sul. As empresas montaram grupo de trabalho para debater a questão e compilar até o dia 3 de outubro os apontamentos do segmento. Na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda fez um relato sobre as potencialidades de mercado verificadas durante viagem ao Oriente realizada neste mês com a comitiva do governo brasileiro. Ele detalhou as ações e visitas realizadas a redes varejistas na Coreia do Sul, Tailândia, Hong Kong e China. Entre as peculiaridades apontadas está a preferência e a consequente valorização dos lácteos importados. "Mesmo sendo mais baratos, os lácteos produzidos localmente não têm tanta demanda", citou. 

Também foi tratada da programação do Avisulat 2016, evento que será realizado de 23 a 24 de novembro, em Porto Alegre. Além da agenda técnica voltada aos laticínios e aos produtores no dia 24/11, foi apresentado projeto para um simpósio para nutricionistas no dia 23/11. A pretensão é provocar o debate sobre questões técnicas relacionadas ao consumo de lácteos de forma a orientar os consumidores. Na agenda do Sindilat também está a próxima edição do Fórum Itinerante do Leite, que será realizado no dia 24 de outubro, em Santa Maria. Na reunião, Palharini convidou os dirigentes das empresas presentes a participarem do debate, que busca coletar informações importantes para o setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
Francesa Lactalis deverá ampliar unidades gaúchas

A francesa Lactalis deve confirmar nas próximas semanas o investimento de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades no Rio Grande do Sul: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A operação, que dependia de incentivos tributários negociados com o governo estadual, está praticamente confirmada. O anúncio oficial deve ser feito durante missão do governo gaúcho à Europa, no mês de outubro.

- A empresa está finalizando o planejamento interno para concretizar o investimento - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

Dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani, a multinacional quer aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também da marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930.

O investimento no Rio Grande do Sul, explica Portella, é estratégico. Dos tambos gaúchos, a empresa capta de 900 milhões a 1 bilhão de litros por ano - cerca de 60% do leite industrializado em 17 unidades em nove Estados do país.

A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. Hoje possui cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova.

Outro investimento no setor lácteo é da Cooperativa Santa Clara, que irá instalar uma nova unidade em Casca, no Norte do Estado. A cooperativa começará as obras físicas neste ano. O investimento será de R$ 110 milhões. Quando operar a pleno, a fábrica poderá processar 600 mil litros por dia - dobrando a capacidade atual.

- A Região Sul já responde por 34% da produção nacional de leite, com oportunidades de crescimento de mercado - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat). (Zero Hora)

Nota técnica prevista para os próximos dias

Alvo de controvérsia entre governo do Estado, indústria e varejo, o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal (cárneos e lácteos) deve ganhar novos capítulos. Nos próximos dias, será divulgada uma nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde, elaborada para uniformizar os procedimentos que vão ser adotados pela Vigilância Sanitária na fiscalização do varejo. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Agricultura avalia se também edita uma nota técnica, já que é encarregada de fiscalizar a atividade industrial. Um dos pontos em discussão é que uma lei federal e um decreto estadual limitam a manipulação de alimentos em estabelecimentos comerciais porque dizem que essa seria uma atividade industrial. No entanto, entidades do setor lácteo e de carnes entendem que o fatiamento de produto perecível, sem modificar suas características, não configura atividade industrial, e portanto poderia ser realizado dentro dos mercados, desde que em condições adequadas.

A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Caroline Vaz, lembra que as dúvidas sobre a interpretação das leis surgiram durante operações realizadas no último verão pelo MP, Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Secretaria da Agricultura. "Queremos que as secretarias da Saúde e da Agricultura façam notas técnicas para esclarecer a legislação vigente. Quando o trabalho estiver pronto vamos divulgar entre todos os fiscais do Estado e municípios", diz. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, não confirma se a pasta publicará uma nota técnica. "Sabemos que a legislação está desatualizada e estamos construindo uma solução junto aos setores e com a Saúde", resume. Enquanto isso, entidades aguardam o desenrolar da questão. O diretor-executivo do Sips/ RS, Rogério Kerber, diz que as entidades querem que um novo texto apresente as condições que os mercados devem seguir para fatiar e expor os produtos. "O que precisamos é de regras claras. As indústrias já estão evoluindo para entregar aos estabelecimentos varejistas os produtos fracionados, mas é um processo gradativo, porque precisa de investimento e de certo tempo", defende. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, hoje a indústria não está preparada para fatiar e fracionar 100% dos produtos. "Tem que ser construída uma solução", diz Guerra. O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, defende que uma atualização o mais rápido possível para os supermercadistas se adequarem. (Correio do Povo)
 

Workshop ABLV & G100
No próximo dia 20 de outubro será realizado mais um workshop "Sobre Avaliação de Riscos". Desta vez em Juiz de Fora (MG). As duas palestras: "Origem, qualidade da matéria-prima e possíveis adulterações no leite", e "Análises e Metodologias da matéria-prima - leite" fazem parte de palestras que estão sendo realizadas desde 2014 em diversas cidades brasileiras com o intuito de reciclar os trabalhadores das indústrias. Tanto aqueles que lidam na plataforma coletando o leite, como aqueles que orientam os produtores. (Terra Viva)
 

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