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04/08/2016

Porto Alegre, 04 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.324

 

Lactalis prepara ciclo de palestras técnicas para a Expointer

Aprimorar o manejo do rebanho dentro da porteira e, com isso, otimizar os processos produtivos de forma a elevar a rentabilidade da atividade e ofertar um leite cada vez melhor ao consumidor. É com esse objetivo que a Lactalis do Brasil, gigante internacional do segmento,  prepara um ciclo de palestras técnicas para a Expointer 2016, que será realizada de 27 de agosto a 4 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
   
Os encontros terão apoio do Sindilat e ocorrerão diariamente para turmas de 40 pessoas sempre às 15h na Casa da Lactalis (quadra 26, em frente à Praça Principal). Interessados em participar devem se inscrever pelo e-mail regulatorio@batavo.com.br. 

 
A expectativa, pontua o diretor de relações institucionais da Lactalis do Brasil e vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, é reunir associados e produtores de modo geral. "Essa ação integra o plano de fidelização e melhoria da qualidade e produtividade implementado pela Lactalis, a maior empresa do mundo do setor e que tem mais de 80 anos de tradição", pontuou. Há pouco mais de um ano no mercado gaúcho, a companhia pretende espelhar os métodos internacionais de produção nos tambos gaúchos, amplificando aspectos relacionados à qualidade e produtividade.
 
A programação terá início já na segunda-feira (29/8) com a palestra "Programa de Criação de Bezerras: Desenhe o Futuro! ", que será proferida por Vicente Matsuo Eireli. Na terça-feira, será a vez do Dr. Rafael Ortega abordar o Controle de CCS e; na quarta-feira (31/8), de Marcos Veiga dos Santos explicar como funciona o Protocolo de secagem de vacas. 
 
A relevância do manejo nutricional será tema da palestra de Vinicius Jose Perlin na quinta-feira (1/9). Sob o título "Nutrição de vacas de leite: Qualidade, Confiabilidade e Resultados de Rações" o encontro promete atrair atenção para um dos assuntos que mais vem intrigando e elevando custos da criação. A agenda de palestras da Lactalis na Expointer encerra-se na sexta-feira (2/9) com apresentação de Elder Antunes de Andrades, onde será abordada a "Melhoria da qualidade do leite: Redução de CBT". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Blairo vai liderar missão de 22 dias à Ásia

Depois de ratificar o acordo que definiu a abertura do comércio bilateral de carne bovina in natura com os Estados Unidos, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, vai liderar em setembro uma missão, reforçada por empresários, que fará um tour de 22 dias por sete países da Ásia para tentar abrir ou consolidar mercados para produtos do agronegócio brasileiro. Mesmo que a maior parte dos encontros não renda negócios imediatos, o governo espera concluir, durante a viagem, as negociações que têm por objetivo abrir a Coreia do Sul para a carne suína do Brasil. Estima-se que as exportações do produto ao país podem render US$ 108 milhões por ano. Essa nova corrida por novos mercados acontece em um momento de valorização do real em relação ao dólar, o que o ministro considera preocupante para o agronegócio nacional ainda que este seja, segundo ele, um "problema administrável", pelo menos por enquanto. Em entrevista ao Valor, Blairo considerou que problema mesmo será se o dólar cair abaixo de R$ 3, o que espremerá as margens de lucro das empresas exportadoras.

Para tentar diluir esses reflexos negativos, Blairo realça que o ministério trabalha para reduzir a burocracia exigida das companhias brasileiras. Ele reafirmou o compromisso de revisar e eliminar cerca de 300 normas e processos internos do ministério que criam custos desnecessários e tornam o setor agropecuário nacional menos competitivo o que, segundo ele, pode gerar economia de R$ 1 bilhão em dez anos. Além da busca de maior competitividade por meio da redução de burocracias, Blairo destacou ser necessário rever a postura brasileira  "pouco agressiva", em sua opinião ¬ no comércio internacional. Ele avaliou que há muita passividade do país, que precisa se esforçar para vender mais em vez de esperar que alguém resolva comprar os produtos nacionais. A viagem para a Ásia não deixa de reforçar essa visão. O ministro reiterou o plano de ampliar de 7% para 10% a participação do Brasil no mercado mundial de produtos agropecuários, mas para isso defendeu uma presença maior do governo nas mesas de negociação internacional. "Até 2018, vamos triplicar para 25 nosso quadro de adidos agrícolas", destacou, lembrando que hoje são oito. 

O roteiro planejado inclui negociações para a costura de acordos em frentes como algodão, etanol, frutas e madeira, mas as carnes serão mesmo a prioridade e já deverão dominar as discussões logo na primeira parada de Blairo. No dia 4 de setembro, o ministro estará na China para a cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, acompanhando o presidente interino Michel Temer  evidentemente, se o afastamento da presidente Dilma Rousseff se tornar definitivo. O ministro quer que a China habilite um número maior de frigoríficos brasileiros de carne bovina, suína e de frango para exportação ao gigante asiático. Há seis unidades de carne de frango e duas de carne suína à espera apenas do sinal verde final, uma vez que já cumpriram todos os requisitos necessários, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Após a visita à China, Blairo irá à Coreia do Sul, onde as negociações para a abertura para carne suína brasileira já estão adiantadas. O governador Raimundo Colombo, de Santa Catarina, maior Estado produtor de carne suína do país, já se encontrou com autoridades coreanas em Seul para pavimentar o caminho para a abertura desse mercado, cujo potencial de compras é de 33 mil toneladas por ano. O Estado foi um dos primeiros a obter, no ano passado, o status de livre da doença da peste suína clássica conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). "A Coreia do Sul é um mercado muito importante, e esse acordo que acabamos de fechar com os Estados Unidos vai ajudar muito a gente daqui para frente com os coreanos e os asiáticos em geral, porque foi uma sinalização de que o Brasil agora tem outro nível de segurança sanitária", afirmou o ministro. O itinerário de Blairo

 Maggi também incluirá negociações para a abertura da Tailândia para as três carnes e para a farinha de aves, e de Myanmar para carne suína. No Vietnã, a ideia é buscar a habilitação de novos estabelecimentos para ampliar os embarques de carnes e negociar espaço para farinhas, bovinos vivos, material genético bovino e lácteos; na Malásia, o objetivo é habilitar frigoríficos de carnes em geral, abrir mercado para a carne bovina com osso e negociar espaço para material genético de aves e de bovinos vivos; e na Índia, é a venda de carne suína que também está na mira. (Valor Econômico)

Mudanças políticas deverão impactar o setor lácteo argentino

Mudanças políticas e alterações na liderança estão ocorrendo em todo o mundo e as recentes mudanças na Argentina podem trazer o tão esperado impulso ao setor leiteiro doméstico e internacional do país. O relatório anual sobre barreiras comerciais estrangeiras do U.S. Trade Representative nota que o novo governo da Argentina, que assumiu no final do ano passado, tomou passos para reverter muitas políticas que restringiam o comércio e as medidas têm tido efeito. Em março, os Estados Unidos e a Argentina também assinaram um Acordo de um Sistema de Comércio e Investimentos.

"É verdade que estamos passando por muitas mudanças", disse Jose Madeira, chefe do escritório do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) na América do Sul. Ele explicou que há um movimento forte na América do Sul em direção a economias mais orientadas ao mercado e a atitudes mais favoráveis em direção ao livre comércio. O primeiro lugar nisso tem sido a Argentina.

"A Argentina elegeu um novo presidente, Mauricio Macri, em 2015. Muitas pessoas sentiram que seu predecessor era ruim para a economia. Macri trouxe uma nova perspectiva econômica à Argentina, fornecendo nova esperança. O país é um importante produtor de leite, bem como de alguns produtos lácteos".

A Argentina nesse ano possui 1,7 milhão de cabeças de gado leiteiro, de acordo com estimativas atuais do Serviço de Agricultura Externa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (FAS/USDA). O USDA disse que a fazenda leiteira média na Argentina está aumentando a área, a produtividade das vacas e o tamanho do rebanho, embora um grupo significante de fazendas menores também esteja deixando a atividade. A produção leiteira na Argentina ainda é fortemente dependente do clima, de forma que quando surgem questões como seca ou enchentes, muitos produtores deixam a atividade.

O clima severo no começo desse ano resultou em alagamentos significativos em importantes províncias leiteiras, como Córdoba, Entre Ríos e Santa Fé. Isso reduziu a previsão de produção de leite para 2016 de 11,7 para 10,4 milhões de toneladas e das exportações de lácteos para 2016 em 7% com relação a 2015, para 211.000 toneladas.

O USDA disse que o novo governo, que herdou um setor leiteiro já deteriorado, enfrentou uma crise extrema devido ao clima adverso. A indústria de lácteos requereu assistência imediata do governo em questão como financiamento, preços ao produtor e condições de exportação.

Os processadores de lácteos na Argentina vêm lutando nos últimos anos em meio ao ambiente doméstico e internacional difícil, disse o USDA. Os baixos preços ao produtor, o peso forte e a inflação média de 30% nos últimos anos, bem como as restrições às exportações por meio de permissões, reduziram a competitividade e desestimularam investimentos domésticos e estrangeiros, disse o USDA.

O novo governo da Argentina em fevereiro e março distribuiu um subsídio de 0,5 pesos argentinos (3,4 centavos de dólar) por litro para todos os produtores de leite e suspendeu a taxa de valor agregado por 120 dias, totalizando um suporte de 0,65 pesos (4,5 centavos de dólar) por litro para os primeiros 3.000 litros de leite produzidos, disse o USDA. (Informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Ministro e fiscais federais discutem mudanças na defesa agropecuária

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta terça-feira (2) com a diretoria do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) para discutir, entre outros assuntos, a implantação de um novo modelo de inspeção sanitária brasileira. A intenção do ministro é garantir que a qualidade na fiscalização agropecuária seja mantida sem aumentar os custos para o governo. A proposta de Blairo vem ao encontro de um projeto elaborado no ano passado por um grupo de trabalho coordenado pelos próprios fiscais federais. Eles defendem que seja feita uma seleção por meritocracia de profissionais privados que venham a atestar a qualidade dos produtos agropecuários e atuar sem conflito de interesses.

Na avaliação do ministro, essas mudanças dariam mais agilidade à fiscalização sem aumentar os gastos do governo. Blairo fez questão de ressaltar que sua intenção é valorizar ainda mais o trabalho do fiscal agropecuário, que atuaria como auditor perante os profissionais selecionados para fiscalizar diretamente os produtos.
"O agronegócio está crescendo no Brasil em um ritmo muito acelerado. Por isso, é necessária uma mudança no sistema de fiscalização para continuar garantindo a qualidade dos nossos produtores", disse Blairo. Atualmente, existem 2.780 fiscais agropecuários em atividade no país. De acordo com o presidente da Anffa Sindical, Maurício Porto, somente nos últimos dois anos mais de mil profissionais da área se aposentaram. Por causa da defasagem no número de fiscais e, ao mesmo tempo, do crescimento da atividade agrícola, o ministro e a Anffa entendem que são necessárias mudanças no modelo de fiscalização.

Servidores de carreira do Mapa, os fiscais agropecuários são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem suas funções no serviço público federal. Eles atuam na área rural, em portos, aeroportos, postos de fronteira, empresas agropecuárias e agroindustriais, laboratórios, programas agropecuários e nas relações internacionais com o objetivo de garantir a segurança dos rebanhos e das lavouras brasileiras contra as possíveis contaminações de plantas e animais vindos do exterior. Modelos de outros países Blairo pretendem conhecer a experiência de outros países na fiscalização sanitária dos produtos agropecuários. Durante a visita aos Estados Unidos, semana passada, o ministro convidou representantes do Departamento de Agricultura americano para virem ao Brasil fazer uma palestra sobre o modelo utilizado naquele país.

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já está organizando, para o segundo semestre, um seminário internacional sobre os modelos de fiscalização sanitária em outros países. A partir dessas discussões, será elaborada uma proposta a ser apresentada ao Congresso Nacional em substituição ao PLC 334/2015, que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal.
Os demais pontos tratados pela Anffa durante a reunião com o ministro já haviam sido encaminhados como prioridades da pasta. Um deles é o aumento do número de adidos agrícolas em outros países e a valorização da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), como forma de qualificação dos profissionais do Mapa. (MAPA)
 

Punições serão mais severas
Projeção é semelhante à de 2015 Editor: Elder Ogliari Editor assistente: Danton Júnior A resolução n˚ 4.483 do Banco Central, que limita o acesso dos produtores de fumo aos empréstimos do Pronaf, deve ser revogada. De acordo com o deputado Luis Carlos Heinze, que participou de reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário especial de Agricultura Familiar, José Ricardo Roseno, uma nova resolução será editada ainda nesta semana. O presidente interino Michel Temer sancionou ontem a lei 13.330/2016, que prevê penas mais severas para o crime de furto e abate clandestino de animais, o abigeato. O projeto do deputado Afonso Hamm tramitou no Congresso por quase três anos. As penas mínimas e máxima mudam de um a quatro anos para dois a cinco anos de detenção e se estendem também a quem oculta, transporta e comercializa animais furtados, inclusive os abatidos e divididos em partes. (Correio do Povo)
 
 

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