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03/08/2016

Porto Alegre, 03 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.323

 

INTERLEITE BRASIL 2016
 
Para buscar inovação no atendimento ao consumidor e melhorias na produção junto ao campo, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) esteve presente no Interleite Brasil 2016. A edição desse ano do evento foi realizada nesta quarta-feira (03/08) e na quinta-feira (04/08), em Uberlândia, Minas Gerais.
Conforme o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra,  é uma grande oportunidade de verificar como está a produção no mundo, já que o evento proporciona a possibilidade de contato com diversos país, como Argentina e Uruguai, os maiores exportadores de leite para o Brasil. "As nossas expectativas são as melhores possíveis. Vamos nos atualizar de como o mundo está agindo e também o mercado interno quando se fala em produtividade", afirma Guerra, destacando a possibilidade de trazer para o Rio Grande do Sul novidades também relacionadas a segurança alimentar.
A Interleite Brasil 2016 destaca a temática "Empreendedorismo e Inovação na Produção de Leite", mesclando cases de sucesso e discussões em vários eixos temáticos como gestão e custos, sistemas a pasto, sistemas confinados e agenda do futuro. Em cada eixo, produtores de destaque apresentaram seus cases em 20 minutos, seguidos de mesa redonda com moderação de um especialista e com participação do público. O evento apresentou contornos diferentes daqueles vivenciados há mais de duas décadas, quando as primeiras edições foram realizadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Cotações do leite em pó sobem em leilão internacional

As cotações do leite em pó integral subiram de forma moderada no leilão de hoje da plataforma Global Dairy Trade (GDT). A tonelada do produto foi negociada a US$ 2.265, alta de 9,9% sobre o leilão anterior, do dia 19. Já o leite desnatado subiu 2,1%, para US$ 1.965 por tonelada. Na média de todos os produtos lácteos leiloados hoje, a cotação teve alta de 6,6%, para US$ 2.436 por tonelada, conforme informações da plataforma. Os preços do leilão são referência para o mercado internacional. Os fundamentos de oferta e demanda do mercado seguem com poucas mudanças. A disponibilidade ainda está elevada em regiões produtoras como União Europeia e EUA. 

A demanda também tem ritmo lento, embora as importações chinesas tenham registrado alguma recuperação em junho. Conforme o MilkPoint Mercado, as importações de leite em pó pelos chineses em junho foram maiores do que em igual período de 2015. No acumulado de janeiro a junho, a alta é de 17,2% em equivalente leite (tanto leite em pó integral quanto desnatado) ante igual intervalo de 2015. Apesar da melhora, a consultoria avalia que o aumento não é substancial "a ponto de fazer o mercado voltar a patamares de preços expressivos como vimos no passado recente". Do lado da oferta, a produção na Nova Zelândia, que está em período de entressafra, ficou estável em junho deste ano em relação a igual mês de 2015, de acordo com o MilkPoint Mercado.

 O dado revela que não há grandes quedas na produção do país, segundo a consultoria, apesar dos preços mais baixos no mercado internacional. Na União Europeia, onde a produção de leite cresce desde o fim do sistema de cotas em abril de 2015, foi anunciado pacote de auxílio agrícola de 500 milhões de euros (o equivalente a US$ 552 milhões) em julho. A ajuda é direcionada a produtores de leite atingidos pela queda de preços. O objetivo de parte dos recursos é desestimular a produção da matéria-prima pelos agricultores. (Valor Econômico)

Embrapa lança base de dados com informações sobre agropecuária nacional

Como foi a produção de cana-de-açúcar da região de Ribeirão Preto em 2014? Qual foi a evolução do tamanho do rebanho caprino nordestino na última década? Qual a área plantada de soja no Município de Pedro Afonso (TO) nos últimos cinco anos? As respostas para essas e várias outras perguntas sobre a produção agropecuáriabrasileira agora estão facilmente acessíveis na base de dados desenvolvida pelo Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa, Agropensa, a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Trata-se de uma ampla base de dados coletados desde a década de 1990 fornecida por meio de uma plataforma amigável de painéis interativos (dashboards)", conta o coordenador do Agropensa, o pesquisador Édson Bolfe que considera a ferramenta uma valiosa fonte de informação para pesquisadores, jornalistas, gestores públicos, profissionais da área, empresários, analistas financeiros e interessados em geral. O sistema desenvolvido transforma os dados em tabelas de análises de resultados que podem apresentar o recorte e detalhamento que o usuário escolher.

A base acaba de ser disponibilizada na nova página do Agropensa no portal da Embrapa e foi organizada pela Secretaria de Inteligência e Macroestratégia (SIM) em parceria com o Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) da Empresa. "As informações, provenientes do IBGE, são disponibilizadas tradicionalmente em forma de tabelas. Desenvolvemos uma apresentação que pode ser rapidamente acessada ao clicar nos mapas e nos dados de interesse por meio de gráficos, análises comparativas e relatórios", explica Bolfe ressaltando que se trata de uma plataforma inovadora que utiliza business intelligence (BI) e que compõe a arquitetura recém-reformulada da página do Agropensa.

 
Os dados são distribuídos em três grandes grupos: pecuária, produção agrícola e abates. Em pecuária, é possível averiguar a produção das principais criações animais: bovinos, caprinos, ovinos, suínos, bubalinos, equinos e galináceos. O tamanho de cada rebanho pode ser acompanhado a cada ano desde 1990 até 2014, safra mais recente registrada. A pesquisa pode ser feita por região do Brasil, estado, região do estado e município.

No mesmo grupo, podem ser observados os principais produtos de origem animal como leite, lã, mel, ovos de galinha e codorna, com números de vacas ordenhadas e ovinos tosquiados por região geográfica. Há até informações sobre produção de casulos de bicho-da-seda.

A base apresenta dados importantes sobre a aquicultura nacional a partir de 2013. Com isso, é possível saber, por exemplo, onde são produzidas vinte espécies diferentes de peixes além de outros pescados como ostras e camarões. Dá para saber, por exemplo, que o Brasil produziu 139 mil toneladas de tambaqui na safra de 2014, gerando mais de 750 milhões de reais com esse peixe e que a maior parte da produção veio do Estado do Amazonas, de onde sairam 105 mil toneladas.

Além do tamanho e valor da produção, os dados agrícolas da base de dados contam ainda com a extensão da área colhida e o rendimento médio de cada uma das 65 culturas que abrangem as principais do País. Para culturas como o milho, por exemplo, ainda é possível observar dados sobre a primeira e a segunda safra do grão. Na página principal há atalhos para as maiores culturas agrícolas brasileiras: milho, cana-de-açúcar, soja, arroz, feijão, café, algodão e laranja.

Em "abate", o usuário tem um grau de detalhamento igualmente considerável. Pode-se escolher um determinado método de curtimento (ao cromo, tanino ou outros) executado em couros produzidos somente em abatedouros municipais de determinado estado ou sub-região. É possível acompanhar a produção de abatedouros federais, estaduais e municipais de bois, frangos, suínos e novilhos, por exemplo.

"Esta é uma das bases de dados utilizadas pelo Agropensa é uma prática e moderna ferramenta de trabalho que pode ser aplicada para os mais diferentes fins do planejamento estratégico rural," afirma Bolfe, "nosso objetivo foi facilitar o acesso às informações públicas produzidas pela Embrapa e parceiros". O pesquisador revela que na próxima etapa o sistema será ampliado com dados sobre a exportação de produtos agropecuários e envolverá outras fontes além das bases da própria Embrapa e do IBGE.

O Agropensa
Coordenado pela Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa, o Sistema de Inteligência Estratégica Agropensa apoia a formulação de estratégias de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Empresa e parceiros. O Agropensa prospecta tendências e elabora cenários para o setor agropecuário procurando prever oportunidades e desafios para a pesquisa científica se preparar. (Embrapa)

Importações de lácteos da China se mantiveram sólidas em junho

A economia da China está crescendo lentamente e suas importações de produtos lácteos estão aumentando também, mas deverá levar um longo tempo antes de os exportadores de lácteos dos Estados Unidos enviarem o volume de produtos à China que enviavam há alguns anos.

As importações de lácteos da China em junho se mantiveram sólidas, disse a analista do Daily Dairy Report, Sara Dorland, que também é gerente da Ceres Dairy Risk Management, de Seattle. Embora a maioria dos produtos enviados à China tenham se originado na Nova Zelândia e outros países, ela notou que qualquer aumento nas importações chinesas de lácteos ajudará a pressionar os mercados globais.

Olhando a economia da China primeiro, o produto interno bruto (PIB) mostrou uma expansão de 6,7% com relação ao ano anterior, resultado de uma série de medidas de estímulos do governo chinês e do banco central que ajudaram a aumentar a demanda do consumidor. O PIB no segundo trimestre também aumentou com relação ao do primeiro trimestre. As notícias foram bem vindas, dado que o objetivo da China é de ganhos no PIB de 6,5% a 7% com relação ao ano anterior.

A economia da China tem gradualmente passado de uma focada na manufatura para uma que é mais direcionada pela demanda e a transição não tem sido fácil. No ano passado, a economia da China registrou sua taxa mais lenta de crescimento anual em 25 anos, de 6,9%. No meio de julho, o premier chinês, Li Keqiang, classificou a economia chinesa como "basicamente estável".

Com relação aos lácteos, as importações de leite em pó desnatado da China em junho alcançaram 14.841 toneladas, de acordo com o Global Trade Atlas. Embora as importações de leite em pó desnatado da China tenham sido 16% menores que no ano anterior, elas aumentaram 15% com relação aos níveis de maio em uma base média diária.

"A Nova Zelândia foi responsável por 63% das importações de leite em pó desnatado da China, enquanto as importações chinesas de produtos dos Estados Unidos caíram 37%, ou 4.177 toneladas, para 7.104 toneladas", disse Dorland. Com relação ao ano anterior até junho, as importações de leite em pó desnatado ficaram 4% acima das do mesmo período do ano anterior, após o ajuste para o ano bissexto.

"As importações de leite em pó integral se saíram ainda melhor". Em junho, a China importou 26.887 toneladas de leite em pó integral, 120% a mais que no mesmo período do ano anterior, mas 14% a menos que em maio. "Esse volume de junho está em forte contraste com o ano passado, quando as importações de leite em pó integral em junho foram as menores para o mês dos últimos oito anos. As tendências históricas sugerem que a atividade de importação de leite em pó integral da China está se encaminhando em direção ao seu menor ponto sazonal". A Nova Zelândia foi responsável por 99% das exportações de leite em pó integral à China nesse ano.

"As importações de queijos pela China continuam aumentando. De fato, o mercado de importação de queijos da China está rapidamente se aproximando dos níveis do da Coreia o Sul e do México". Em junho, a China importou 8.113 toneladas de queijos, 28% a mais que no ano anterior e 22% a mais que em maio. A Nova Zelândia e a Austrália capturaram a maioria das importações de queijos da China, com a Nova Zelândia sendo responsável por 48% e a Austrália, com 27%.

"Novamente, os Estados Unidos perderam volume de importação comparado com junho de 2015. As exportações de queijos dos Estados Unidos à China caíram 39%. Durante os últimos anos, entretanto, o ritmo de importação da China para queijos vem aumentando rapidamente. Os ganhos de importação da China para queijos historicamente vem sendo calculados em uma base pequena, mas com o mercado da China em posição de rivalizar ou ultrapassar os mercados do México e da Coreia do Sul, os ganhos de importação de queijos estão se tornando bem mais significativos para os mercados mundiais de lácteos". (Informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Blairo Maggi se reúne nesta quinta (4), em Buenos Aires, com o ministro da Agroindústria da Argentina
O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) viaja nesta quinta-feira (4) a Buenos Aires para cumprir sua primeira missão oficial à Argentina. Às 12h, ele tem reunião com o ministro da Agroindústria daquele país, Ricardo Buryaile, para tratar de assuntos de interesse dos dois países no setor agrícola. Às 13h30, participa de almoço de trabalho com Buryaile. A agenda de Blairo Maggi também prevê um encontro, às 15h30, no Palácio San Martín, com o presidente da Sociedade Rural Argentina, Luis Miguel Etchevehere, com especialistas argentinos em política internacional agropecuária e com representantes de filiais de empresas brasileiras ligadas ao agronegócio. O secretário substituto de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, o chefe de gabinete do ministro, Coaraci Castilho, e o adido agrícola da Argentina no Brasil, Javier Gustavo Dufourquet, acompanham Blairo Maggi em sua agenda de trabalho. (MAPA)
 

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