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22/06/2016

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.293

 

   Ministro da Agricultura se reúne com o setor lácteo
 O setor lácteo foi o primeiro a ser ouvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no processo de desburocratização da pasta. O ministro Blairo Maggi se reuniu na tarde de ontem com representantes da cadeia produtiva e pediu que encaminhem sugestões ao grupo de trabalho que estuda mudanças nos procedimentos e normas do Mapa para reduzir a burocracia. "A legislação, às vezes, impõe tantas restrições que o produtor não consegue produzir", observou Maggi. Os representantes do setor aproveitaram a reunião para apresentar uma pauta de reivindicações ao ministro, que inclui a abertura do mercado chinês aos produtos lácteos brasileiros. 

Eles lembraram que o Brasil está aquém das exportações de laticínios de outros países, onde os produtores recebem subsídios. Em 2015, a cadeia produtiva exportou US$ 319,2 milhões, a maior parte para a Venezuela. Outra demanda apresentada pelo setor foi com relação ao Guia Alimentar do Ministério da Saúde. A ideia é alterar questões referentes à recomendação do consumo de queijos e iogurtes, indicando a demanda de três porções/dia. Atualmente, o queijo tem recomendação para consumo com moderação, e o iogurte não tem recomendação, uma vez que está enquadrado como alimento ultraprocessado. 

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Guilherme Portella, a mudança busca destacar as potencialidades dos produtos lácteos como fonte de nutrientes e proteínas, assim como fazem muitos países da Europa. "O ministro mostrou-se muito sensível às demandas do setor", pontuou Portella. AGRONEGÓCIOS Ministro da Agricultura se reúne com o setor lácteo Blairo Maggi quer sugestões para desburocratização de normas Os produtores alegam que cumprem todas as normas internacionais e que os produtos seguem as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). 

A Secretaria de Defesa Agropecuária vai fazer a ponte com o Ministério da Saúde e Anvisa e verificar o que pode ser feito. Maggi destacou que a responsabilidade pelo controle de qualidade dos alimentos deve ser do próprio produtor e não apenas do governo. Para o ministro, as empresas devem responder juridicamente pelos produtos que colocam no mercado. No encontro, Maggi comprometeu-se a trabalhar pelo fomento à exportação de produtos lácteos brasileiros, principalmente com foco no México e na China. 

O ministro ainda pontuou a importância do setor estar constantemente atuante em Brasília negociando seus pleitos. "Ele vem da iniciativa privada e disse que está disposto a tirar os entraves da produção nacional", citou Portella. Durante a audiência, lideran- ças entregaram ao ministro documento com uma série de pleitos, entre eles, o aumento do limite de financiamento para garantia de preço ao produtor para R$ 100 milhões por beneficiário e uso de crédito rotativo, ou seja, mantendo os limites definidos dentro do prazo de vigência dos contratos. Também querem inclusão de laticínios no Programa de Construção de Armazéns (PCA), uma vez que no último Plano Safra apenas produtores e cooperativas foram contemplados com a verba para aquisição e instalação de silos de estocagem de leite in natura. 

Conforme o presidente da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Pedro Augusto Guimarães, uma das reivindicações, de acordo com o dirigente foi o pedido de compensação dos créditos de PIS/Cofins com os dé- bitos de INSS para as indústrias lácteas. "Os dois são tributos federais. O que pedimos é a compensação de um crédito que as indústrias têm a receber do Fisco com a Receita com um débito que elas têm com o órgão. Isso já é objeto de documento encaminhado pelo G100", observa. O setor de carnes deve ser o próximo a ser ouvido pelo Mapa.(Jornal do Comercio)

 

 
CCGL 

Após um ano e meio de obras, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) inaugura na sexta-feira, em Cruz Alta, a ampliação da fábrica que permitirá dobrar a capacidade atual de processamento de leite - passando de 1 milhão de litros diários para 2,2 milhões de litros.

Praticamente todo o volume será destinado para produção de leite em pó, que tem em Norte, Nordeste e Sudeste do país seus principais mercados. Com o investimento ao redor de R$ 120 milhões (R$ 20 milhões de recursos próprios e R$ 100 milhões financiados), a cooperativa pretende aumentar o número de produtores que fornecem leite, hoje de 4 mil. - Quando atingirmos nossa capacidade máxima, nos próximos anos, poderemos dobrar o número de produtores - estima Caio Vianna, presidente do Grupo CCGL. A unidade criará 150 novos postos de trabalho na região noroeste, os quais já começaram a ser preenchidos. O investimento passou a ser planejado há três anos, quando a cooperativa atingiu a capacidade máxima de processamento. Do faturamento de R$ 740 milhões em 2015, cerca de 80% veio do leite. A CCGL reúne 17 cooperativas diretas associadas, além de uma central que congrega outras 20 pequenas unidades. (Zero Hora)

Fórum Estadual do Leite terá oficinas do SENAR/RS

A Unidade Móvel do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (SENAR/RS) será uma das principais atrações da primeira edição do Fórum Estadual do Leite, que ocorre nesta sexta-feira (24/6) em Ijuí, no Salão de Atos da Unijuí. No espaço, a entidade realizará oficinas técnicas sobre Qualidade do Leite. A ação é gratuita para o público e terá seis sessões ao longo do dia: às 10h, às 11h, às 13h, às 14h, às 15h e às 16h. O Fórum é promovido pelo Sistema Farsul em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fetag-RS.

Com o lema "Rumo a Excelência", o evento marcará a passagem do Dia Internacional do Leite, reunindo representantes de entidades do setor, autoridades e pesquisadores. A programação irá discutir os principais pontos da cadeia leiteira, desde o produtor até a indústria, com o objetivo de estimular iniciativas para maior qualidade no segmento.

Durante o Fórum, a Unidade Móvel do SENAR/RS estará localizada ao lado do Salão de Atos no campus da universidade. Com orientação de instrutores técnicos, serão apresentados parte dos cursos realizados pela entidade em parceria com os Sindicatos Rurais e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais no Estado. Os visitantes poderão acompanhar demonstrações de itens importantes na produção leiteira, como Boas Práticas na propriedade, controle da mastite, doença que acomete bovinos leiteiros, e resfriamento do leite.(Agrolink)

Rede Lanagro trabalha para ser referência mundial

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quer tornar referência mundial em análises a Rede de Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro's) e as 414 unidades credenciadas (públicas e privadas). Para isso, começou um projeto para alinhar a estratégia da rede e fortalecer a credibilidade dos produtos agropecuários brasileiros nos mercados nacional e internacional. De acordo com a Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial (CGAL), o trabalho permitirá a integração da Rede Lanagro, a eficácia da utilização dos recursos púbicos e a prestação de um serviço de excelência para o país e seus parceiros comerciais. "O Brasil é um player importante no mercado de produtos agropecuários. Temos capacidade para oferecer análises laboratoriais ainda mais precisas e mostrar que os produtos daqui são seguros para o consumo", destaca o diretor da CGAL, Rodrigo Nazareno. A Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial desenvolve esforços para aumentar os investimentos em pessoal e infraestrutura.

A Rede Lanagro possui seis laboratórios nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Pará. Sua principal atribuição é o monitoramento laboratorial da saúde dos rebanhos e plantações, bem como o controle e fiscalização de alimentos, bebidas e insumos produzidos e comercializados no Brasil. (As informações são do Mapa)

Workshop G100

Busca-se aprimorar cada vez mais os processos visando a qualidade do campo à indústria. As principais adulterações do leite estão associadas a questões econômicas ou para mascarar a má qualidade do produto. Um workshop no município de Concórdia, em Santa Catarina, vai avaliar os riscos que este produto, tão importante na alimentação da população, corre desde a coleta até a sua industrialização. O objetivo é capacitar todas as pessoas envolvidas com a cadeia leiteira e seus derivados com palestras que irão abordar vários aspectos relacionados às propriedades biológicas e físico-químicas do leite. Um dos palestrantes é o especialista em ciência e tecnologia de laticínios, Sinval Pereira da Silva, que falará sobre origem, qualidade da matéria-prima e possíveis adulterações do leite. Os principais pontos que serão destacados em sua palestra envolvem desde a obtenção do leite no campo, os parâmetros importantes que devem ser levados em consideração pela indústria para a seleção dos fornecedores/produtores e também os fornecedores de leite spot. Segundo Silva, também serão abordados os cuidados necessários para o controle da qualidade da matéria-prima durante o transporte, os quesitos necessários na recepção do leite na indústria, os principais tipos de fraudes existentes no leite e em quais elos da cadeia elas são mais comuns.

Silva lembra que para garantir a qualidade do leite existem os quesitos legais que os órgãos de inspeção exigem que as empresas cumpram. Destaca, no entanto, a importância das empresas buscarem aprimorar e desenvolver processos que vão além dos exigidos por estes órgãos, para que possam garantir maior qualidade do leite e seus derivados. Conforme o especialista, entre os motivos para ocorrerem as adulterações do leite estão principalmente ganhos econômicos ou a necessidade de mascarar a má qualidade do produto. "No caso da fraude econômica, ocorre, por exemplo, a adição de água e mais algum componente como sacarose, sal, amido, etc. com o objetivo de restabelecer as condições normais do leite. Já no caso da fraude por qualidade, o que acontece, principalmente, é a adição de alguma substância alcalina (soda caustica), ou outro componente, para mascar a má qualidade do leite", explica Silva.

O evento que ocorre na próxima quinta-feira, dia 23 de junho, é promovido pela Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), e Embrapa. A programação começa a partir das 14h na Embrapa Aves e Suínos. O workshop se destina aos técnicos que interagem com o produto da ordenha até o laticínio, além dos agentes públicos reguladores, pesquisadores e estudantes. Mais informações e inscrições podem ser obtidas no site www.g100.org.br.
Este é o primeiro de uma série de workshops realizados pelas entidades promotoras. Além de Santa Catarina, os eventos ocorrerão também em Sergipe e duas vezes em Minas Gerais, sendo um no Triângulo Mineiro e o outro na Zona da Mata.
Serviço
Data: 23 de junho de 2016
Hora: 14h
Local: Embrapa Aves e Suínos - Rodovia BR-153, s/n, Concórdia (SC)
Informações e Inscrições: http://bancogeral.com.br/workshops-ablv-g100/ (Agrolink)

 
 
Lácteos/AR

No final de abril as autoridades do Centro da Indústria Leiteira (CIL) pediram "ao restante da cadeia láctea, e aos consumidores, em particular, a máxima compreensão" diante das inundações que resultaram na queda significativa da produção de leite. Se alguns consumidores não conseguiram ainda interpretar o que significa "a máxima compreensão" seguramente irão entender quando virem que os produtos lácteos subiram 11%, em maio, na cidade de Buenos Aires, em relação ao mês anterior.

Semelhante aumento não tem relação alguma com o aumento geral de preços registrado no setor de alimentos e bebidas (+3,7%) ou de carne (+2,6%), ou ainda pães (+1,6%). A queda abrupta da produção de leite decorrente do desastre climático ocorreu nas bacias leiteiras de Entre Rios, Santa Fe e Córdoba obrigando as indústrias de laticínios a recompor - também de maneira abrupta - os preços aos produtores de leite. Mas, tal como mostra o último aumento de preços de referência realizado pela Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba), as maiores indústrias (com exceção da Mastellone Hnos) deixaram de competir por preço (estabelecendo, em maio passado, o valor de 4 pesos/litro aos grandes produtores quando haviam pago de 3,20 a 3,35/litro, em abril).

Os preços internacionais do leite em pó - principal produto lácteo argentino de exportação - continuam em níveis médios deficitários. Assim sendo, a conta do aumento da fatura paga aos produtores será, em boa medida, paga pelos consumidores argentinos (que, graças à defasagem cambial, pagam cada vez mais caros pelos alimentos, quando cotados em dólares).
O fato é que o consumo de lácteos nos supermercados - segundo dados do INDEC - vem apresentando queda acentuada, ao nível nacional: em abril deste ano, segundo os últimos dados disponíveis, as vendas de lácteos nesses canais comerciais chegaram a 2.542 milhões de pesos, uma cifra 1,28% maior que a de março deste ano. No período a inflação registrada foi de 6,5%. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

 
1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência
A Unijuí irá sediar no dia 24 de junho, sexta-feira, o 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência. O evento terá início às 9h, no Salão de Atos do Campus Ijuí, em comemoração ao Dia Internacional do Leite. O Canal Rural estará transmitindo ao vivo o evento, no horário das 9h30 às 12h. O Fórum é promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag-RS e Canal Rural, com apoio técnico da Embrapa e da Unijuí, e apoio da AGL, Apil, Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Para inscrever-se gratuitamente e maiores informações, CLIQUE AQUI.

 

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