Porto Alegre, 13 de junho de 2016 Ano 10- N° 2.286
A Farmers of America está no tipo da lista, com uma captação de 28,1 milhões de toneladas de ME. Müller e Arla aumentaram a captação em cerca de 1,7-2,0 milhões de toneladas de ME e a processadora alemã, DMK, subiu no ranking, por meio da aquisição da companhia holandesa, DOC Kaas, adicionando 1 milhão de toneladas ME à sua captação de leite. Novas entradas na lista dos top 20 são a Agropur, do Canadá, e a Schreiber Foods, dos Estados Unidos. Saíram da lista a Bongrain, da França, e a Darigold, dos Estados Unidos.
Poder das companhias asiáticas
Amul, da Índia, e duas companhias chinesas, Yili e Mengniu, juntas são responsáveis por 19,2 milhões de toneladas de leite, quase 10% do total global. O valor de negócios por quilo de leite processado vai de US$ 0,50-2,40 por quilo, com Nestlé e Danone ficando no topo da lista, e DFA e Califórnia Dairies ficando abaixo. A lista dos Top 20 do IFCN é divulgada a cada dois anos, com dados validados e variáveis comparáveis. (As informações são do Dairy Reporter, com dados da IFCN)
Leite/UE
Observações preliminares sobre a produção de leite de algumas regiões da Europa apontam para o início do declínio sazonal. Algumas partes da Alemanha e França parecem ter alcançado pequenos aumentos na terceira semana de maio em relação à semana anterior, mas, a expectativa é de que a queda venha em breve.
A oferta de creme está apertada e os compradores enfrentam aumentos crescentes de preços. Os queijos, no mercado doméstico, apresentam cotações firmes. Os estoques antigos dos programas são liberados. Alguns vendedores não aceitam novos pedidos. Os preços dos contratos para entregas futuras estão acima dos níveis atuais. E os compradores precisam assegurar o abastecimento dos próximos meses.
O acordo setorial privado entre o Brasil e a Argentina, que prevê cotas para importação de leite em pó, foi renovado por dois anos. Até maio de 2017, o volume máximo das compras brasileiras será de 4,3 mil toneladas de leite em pó mensais. No período de junho de 2017 até junho de 2018, a cota aumentará para 4,5 mil toneladas ao mês. Até abril, deste ano, o volume máximo mensal permitido pelo acordo era de 3,6 mil toneladas. A medida, que busca proteger o mercado interno nacional de surtos de importações de lácteos que possam impactar negativamente o setor, traz benefí- cios aos dois países. "Se não houvesse um acordo, o setor produtivo teria que tomar outras medidas de defesa comercial que poderiam prejudicar a Argentina", explica o coordenador da Câmara Temática de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Netto, citando como exemplo medidas restritivas como antidumping (a prática de exportar um produto a preço inferior ao praticado no mercado interno do país exportador) e antissubsídios. Na avaliação de Netto, o acordo ajuda a controlar os impactos na balança comercial de lácteos. "Acaba trazendo uma segurança maior para o setor", complementa o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, sobre a validade de dois anos. O sistema de cotas para importação de lácteos da Argentina está em vigor desde 2009. Após assinatura do acordo, o documento é enviado ao Ministério da Indústria e Comércio para cumprimento das medidas. (Correio do Povo)