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04/11/2015

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 04 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.139

 

LEITE/CEPEA: preços de leite caem, mas em ritmo menor que o esperado

Com a chegada das águas nas principais regiões produtoras de leite em setembro, a produção aumentou e o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva, considerando-se a "média Brasil" (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA). De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média indo para R$ 0,9731/litro. Na comparação com outubro/14, o preço está 7,6% menor em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI de setembro/15). O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0589/litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior.

 
 
Segundo Valter Galan, do MilkPoint Inteligência, "o consumo de derivados lácteos segue fraco, devido à atual situação econômica. No entanto, os problemas climáticos - excesso de chuvas no Sul e falta de chuvas em Minas Gerais e Goiás - fizeram com que o crescimento da oferta em outubro fosse menor que o esperado, limitando a queda no preço pago ao produtor". 

As quedas ocorreram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea; apenas no Rio Grande do Sul e na Bahia, os valores subiram um pouco. Esse recuo já era esperado por agentes consultados pelo Cepea, tendo em vista o aumento da produção nesta época do ano. No Rio Grande do Sul, no entanto, o excesso de chuvas limitou o crescimento da oferta, motivando alta dos preços ao produtor. Na Bahia, foi a competição entre laticínios por produtores que elevou as cotações. 

Em setembro/15, o Índice de Captação do Cepea (ICAP-L/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro/14. São Paulo teve o maior aumento de captação, de 4,66%, seguido por Goiás (4,55%), Minas Gerais (3,74%), Paraná (3,04%), Rio Grande do Sul (2,13%) e Santa Catarina (1,91%). Bahia foi o único estado onde a captação de leite diminuiu, 3,04%.

Para novembro, a expectativa da maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas ainda é de queda nos preços. Entre os colaboradores consultados pelo Cepea, 72,7% deles, que representam 95,4% do leite amostrado, acreditam que haverá novo recuo no próximo mês; apenas 18,2% dos agentes, que respondem por 3,9% do volume captado, sinalizam estabilidade. Há ainda um grupo que reúne 9,1% dos profissionais consultados, representantes de 0,6% da amostra, que acreditam em alta em novembro. 

No mercado paulista de derivados (referência de consumo varejista), o leite UHT e o queijo muçarela se desvalorizaram em outubro pelo quarto mês seguido. Apesar da queda mensal, os fechamentos diários sinalizaram ligeira reação nos preços do leite UHT no final de outubro, influenciados por certo aquecimento da demanda por esse produto. Já para o queijo muçarela, a demanda ainda está fraca e as cotações seguiram com quedas diárias. 

Em outubro (até o dia 28), o leite UHT teve média de R$ 2,1848/litro e o queijo muçarela, de R$ 13,4062/kg, quedas de 2,6% e de 2,63%, respectivamente, em relação a setembro/15. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/USP)

 
 
 
Para não deixar furo 

Deve ficar para a próxima semana a apresentação do projeto de lei do Executivo que regulamenta venda e transporte de leite no Estado. O texto com os ajustes sugeridos por entidades do setor seria encaminhado ontem à Secretaria da Agricultura. O setor jurídico da pasta dará o aval final para o documento.

- Pretendo encaminhar o projeto ainda nesta quarta-feira para a Casa Civil - afirma o secretário da Agricultura, Ernani Polo.

Como as propostas devem ser protocoladas até quinta-feira na Assembleia, Polo estima que a apresentação do Executivo fique para o início da próxima semana. A ideia é encaminhar com regime de urgência. Ou seja, em tese, o texto poderia ser votado em 2015.

A regulamentação do transportador e a possibilidade da aplicação de multas são vistas como medidas fundamentais para colocar um ponto final nas fraudes que vêm sendo detectadas há dois anos nas operações do Ministério Público Estadual. Enquanto o Executivo não apresenta a proposta, segue a estratégia de manter em banho-maria o projeto de lei do Translácteos, que está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia. Ontem, o relator, deputado Jorge Pozzobom, pediu para reexaminar o texto.

Pelo acerto feito entre entidades e Secretaria da Agricultura, a legislação ficará concentrada em texto único, na proposta do Executivo. (Zero Hora)

Novas diretrizes do Sisbi-Poa sob consulta

O relatório preliminar com diretrizes para modernizar e reestruturar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) está aberto à consulta pública até o dia 22 no site do Ministério da Agricultura. O documento estabelece a uniformização dos critérios e normas técnicas de inspeção, descarta a possibilidade de terceirização e prevê repasse de recursos a estados e municípios para a estruturação e posterior manutenção do serviço. Depois da etapa de consultas, as mudanças poderão ser definidas por ato administrativo.

A delegada regional do Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários (Anffa Sindical), Consuelo Paixão Côrtes, diz que uma legislação única dará mais segurança ao consumidor. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios, Alexandre Guerra, afirmou que as diretrizes proporcionam às empresas com registro estadual a possibilidade de ampliar seus mercados, gerando mais empregos, desenvolvimento e arrecadação. 

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Rui Vargas, a intenção é boa, mas poderá enfrentar dificuldades. "O dinheiro é o entrave dessa ideia", advertiu. (Correio do Povo)

Novo aplicativo mostra o caminho do leite da Cooperativa Santa Clara do campo ao supermercado

Para mostrar ao consumidor como é produzido e distribuído o leite da Cooperativa Santa Clara, a empresa lançou o aplicativo gratuito "Caminho do leite", disponível para download nas versões iOS e Android. Após baixar o aplicativo, basta apontar a câmera do celular para uma caixinha de leite da Cooperativa Santa Clara para acompanhar todo o processo e distribuição do produto, desde a propriedade rural até a mesa do consumidor.

 

De acordo com Alexandre Guerra, diretor Administrativo e Financeiro da Santa Clara, a animação em 3D em realidade aumentada é de fácil entendimento para crianças e adultos e traz informações sobre a produção, testes de qualidade e envase do leite. "O aplicativo é uma forma lúdica da Santa Clara se aproximar dos consumidores, ressaltando seus processos de qualidade e segurança alimentar", afirma Alexandre.

As novas embalagens dos leites Santa Clara integral, semidesnatado e desnatado são produzidas pela Tetra Pak e contam com tampa rosca que facilita a abertura e o fechamento do produto. "As caixinhas trazem informações sobre o aplicativo e são as primeiras do mercado brasileiro a interagir com essa tecnologia de realidade aumentada", finaliza Alexandre. Para acessar o app, basta entrar nas lojas da App Store ou Google Play. (As informações são do Maxpress)

 
 
Fundesa aprova ajuda ao IPVDF
Conselheiros do Fundesa aprovaram a aplicação de recursos no Laboratório de Diagnósticos do Instituto Desidério Finamor (IPVDF), que fez 45 mil exames em bovinos, suínos e aves no ano passado e enfrenta dificuldades para continuar com seus trabalhos. Inicialmente será aplicado um valor emergencial -- não divulgado -- a fundo perdido. Depois serão emprestados cerca de R$ 600 mil mediante convênio. (Correio do Povo)
 

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