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28/10/2015

         

 
 


 

Porto Alegre, 28 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.135

 

  Indústria gaúcha faz coro contra o PL 214

Lideranças do setor industrial gaúcho reuniram-se na manhã desta quarta-feira (28/10) em audiência pública na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa, para defender em coro a retirada, por parte do governo, do projeto de lei 2014. O projeto que prevê a redução de 30% da apropriação dos créditos presumidos das empresas foi amplamente criticado durante o encontro por retirar a competitividade dos empreendimentos do Rio Grande do Sul em comparação a outros estados da federação. Presente ao encontro, o diretor-secretário do Sindilat, Renato Kreimeier, destacou o impacto negativo que tal medida pode trazer aos investimentos no setor. Como exemplo, citou a ampliação da planta da CCGL para 1 mi litros/dia e também a construção de nova planta da Cooperativa Santa Clara para produção de 400 mil litros/dia. "É fato. Se o projeto for aprovado, inúmeras indústrias deixarão de investir no Estado", disse. Para Kreimeier, o setor lácteo não tem espaço para a retirada dos créditos presumidos nesse momento. 

O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, ponderou que é preciso desconstruir a visão de que o crédito presumido é um benefício e sim um mecanismo de equalização tributária. "Ele foi criado como ferramenta do poder público para incentivar a produção local e fazer frente à guerra fiscal no Brasil", disse. Freiberger ainda destacou que uma possível aprovação do PL 214 implicaria não só no aumento do custo do produto, mas principalmente na redução direta de 2,3 mil vagas de emprego no setor e de 75 milhões de quilos na produção de frango. 

Comandada pelo deputado Adilson Troca (PSDB), presidente da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, a audiência foi solicitada pelo deputado Zé Nunes (PT). O encontro lotou a casa e contou com a presença de diversos parlamentares, entre eles o deputado Elton Weber (PSB) que voltou a afirmar sua intenção de, se o texto permanecer na Casa, apresentar emendas. O Secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, destacou a necessidade de transparência para que se possa, em conjunto, encontrar um equilíbrio entre a indústria e o governo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Jardine Comunicação
 
 
Entidades tentarão evitar bloqueio de vias

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, revelou ontem ter pedido aos ministros da Casa Civil, Justiça, Transportes e Agricultura para que atendam à pauta do Comando Nacional do Transporte, que está prometendo novas paralisações de rodovias a partir do próximo dia 9. A intenção é evitar o crescimento dos prejuízos já computados pelo setor neste ano. Segundo o executivo, as cheias eventuais em portos e as greves recentes dos fiscais agropecuários e dos próprios caminhoneiros já ocasionaram o cancelamento do envio de 40 mil toneladas de carne suína e de frango para o Exterior. "Para nós seria o desastre que faltava no ano", avalia Turra, referindo-se à paralisação. "Fiz este alerta e apelei para que atendam às reivindicações enquanto é tempo", completa, para acrescentar que o risco é muito pesado e que tem potencial para desestruturar o setor. A ABPA ainda aguarda uma posição do governo sobre o assunto. 

O diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos também está temeroso, além de contrariado com o modo escolhido por algumas categorias para obter conquistas coletivas. Ele disse que se os bloqueios de estradas se repetirem, só restará uma alternativa às indústrias do setor na atual conjuntura: fechar as portas e procurar outra coisa para fazer. "O milho aqui é complicado de conseguir, a tributação é elevada e o Estado ainda reduz os créditos", ressalta. "Uma segunda paralisação, agora, será a pá de cal." Santos defendeu que seja colocado em prática o lema da bandeira nacional, de ordem e progresso. Lembrou que o país vive uma crise política e econômica e lamentou que os caminhoneiros "ameacem prejudicar o único setor que ainda está dando resultado". Considerou, ainda, que "é uma falta de sensibilidade fazer greve num momento desses". A Asgav aguarda a concretização do ato para ingressar com ação judicial para impedir o bloqueio de rodovias. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra disse que a entidade está atenta para, se necessário, buscar o desbloqueio das estradas na Justiça. "Trabalhamos com um produto perecível, que tem que chegar à indústria no dia", justificou. "Além disso, não temos margem sobrando e não podemos perder mais nada", acrescentou. (Correio do Povo)

Diferença que pesou

As exportações gaúchas cresceram em volume e recuaram em valor, como mostram dados divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). No acumulado do ano, a receita caiu 8,1% e o preço, 15,5% enquanto o avanço em quantidade embarcada foi de 8,7%. Entre os itens que mais influenciaram para o recuo estão produtos do agronegócio, cujos preços no mercado internacional tiveram retração. (Zero Hora)

Produção/NZ 

O declínio da produção de leite na Nova Zelândia ganhou força no mês de setembro, de acordo com dados da Dairy Companies of New Zealand (DCANZ). A produção de leite, em sólidos totais, chegou a 209.484 toneladas em setembro, 7,2% menos se comparada com as 225.777 toneladas de setembro de 2014. Um fluxo no final do outono proporcionou alta produção nos meses iniciais, mas, a tendência mudou em agosto, quando a produção caiu ligeiramente em relação a agosto do ano passado. 

A Fonterra, divulgou no início do mês que a produção da Nova Zelândia, em agosto, caiu 1% na comparação anual, apesar da produção no acumulado da temporada continuar 1% maior que a do ano passado. As condições desfavoráveis para o crescimento das pastagens e a manutenção dos baixos preços continuaram atingindo a produção. 

O globalDairyTrade mostrou quatro bons resultados consecutivos, até cair 3,1% na semana passada, puxado pelo declínio nas cotações do leite em pó integral, desnatado e da manteiga. O preço do leite ao produtor da Fonterra está em NZ$ 4,60/kgMS, abaixo dos NZ$ 5,30/kgMS estimados como ponto de equilíbrio. A Fonterra prevê queda de 5% na captação de leite nesta temporada, e analistas projetam queda de 10% na produção total da Nova Zelândia, em relação à temporada passada. Outubro, é, normalmente, o pico da produção de leite na temporada. (NzHerald.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Greve de caminhoneiros prevista para novembro foi alertada por Moreira e Colatto
O anúncio de lideranças dos caminhoneiros para o começo de uma nova greve a partir de 9 de novembro foi alertado pelos deputados federais Alceu Moreira (PMDB/RS) e Valdir Colatto (PMDB/SC) há quase um mês. Para eles, a causa seria o descumprimento pelo governo federal do acordo selado com a categoria, que contemplava pontos como o parcelamento das dívidas com bancos, barateamento do diesel e a instituição de uma política de preço mínimo para o frete. Moreira e Colatto são também autores da emenda vetada pela presidente Dilma Rousseff que prevê a isenção de impostos para o combustível. (Assessoria Deputado Alceu Moreira)

 
 

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