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Sindilat pede em Brasília abertura de novos mercados aos lácteos brasileiros

05/05/2015

IMG 9086A importação de produtos lácteos está ameaçando e preocupando a cadeia produtiva do setor. Por isso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, está em Brasília levando o assunto ao conhecimento de deputados e senadores nesta terça e quarta-feira (05 e 06). Ao mesmo tempo, o dirigente está solicitando esforços das autoridades para a abertura de novos mercados aos lácteos brasileiros, na condição de contrapartida de acordos comerciais. Estão na mira do setor lácteo nacional países como México, Rússia, Venezuela e Colômbia.

Conforme números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2015, contra 22,4 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 28%, representando 6,4 milhões de quilos). Já as exportações de leite e lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. No primeiro trimestre de 2014, o país exportou 21,7 milhões de quilos e, no mesmo período em 2015, apenas 13,9 milhões de quilos (queda de 36%, equivalendo a 7,8 milhões de quilos).
Analisando a balança comercial, vê-se que entraram no país 14 milhões de quilos a mais de produtos do exterior para concorrer com a produção nacional de lácteos. Esse volume corresponde a 18 dias de produção do Rio Grande do Sul.

Outro dado impactante refere-se às importações de leite em pó integral e desnatado, que foram de 8,9 milhões de quilos no primeiro trimestre de 2014 e 19,8 milhões de quilos nos três primeiros meses deste ano – aumento de 122%. Quer dizer, nesse item, o volume importado muito mais que dobrou.

O Sindilat entende a existência e o funcionamento do mercado internacional, mas acredita também que o setor produtivo e o Poder Público têm de avaliar formas de proteção da produção nacional. Afinal, por trás dessa produção, no caso do Rio Grande do Sul, há cerca de 120 mil famílias de produtores de leite (1,2 milhão, tratando-se do país) e laticínios de todos os portes que estão lutando para superar um mau momento de preços e de rentabilidade.

Entre outros políticos, o SINDILAT contatou em Brasília O Deputado Federal Luiz Carlos Hainze, PP-RS (foto). 

 

 

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