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Os laticínios associados ao Sindilat aprovaram, durante reunião na tarde desta segunda-feira (27/6), as contas do sindicato referentes ao primeiro trimestre do ano. A decisão segue o parecer indicado pelo Conselho Fiscal da entidade e divulgado ainda durante o turno da manhã. Em conjunto, os conselheiros sugeririam algumas ações operacionais a serem avaliadas pela diretoria.

Durante o encontro, os laticínios ainda falaram sobre a regulamentação da Lei do Leite, cujo decreto foi assinado pelo governador José Ivo Sartori na sexta-feira passada (24/6) durante o 1º Fórum Estadual do Leite, em Ijuí. Também foram avaliados os danos que a guerra fiscal traz à produção do Estado e as ações que devem ser tomadas para proteger as empresas que processam o leite no Rio Grande do Sul. Ainda foi abordada a questão da normativa da Anvisa que exige informações sobre presença de itens alergênicos nos rótulos das embalagens de produtos lácteos. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a Anvisa autorizou o uso de adesivos nos rótulos, mas que, mesmo assim, ainda está em estudo o ajuizamento de uma ação para prorrogar o prazo de adequação à norma.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ainda apresentou os dados divulgados pelo Conseleite na semana passada que sinalizou aumento dos preços pagos ao produtor. Os representantes da indústria informaram as dificuldades na captação do leite, principalmente com a desistência de alguns criadores da atividade. Com capacidade ociosa, as empresas estão convictas de que a remuneração deve seguir rota ascendente.

A reunião de associados do Sindilat, realizada nesta segunda-feira (27/6), contou com apresentação das ações da Setrem e do Arranjo Produtivo Local do Leite Fronteira Noroeste (APL Leite). Na ocasião, foi apresentado o novo Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, que está em seu terceiro semestre e já conta com 30 alunos. As turmas do curso são anuais. A professora da Setrem Vanessa Gass destacou o objetivo do projeto, que é oferecer mão de obra altamente qualificada ao mercado. Na faculdade, há um tambo e uma agroindústria com capacidade de processamento de até 600 litros dia, o que permite aos estudantes acompanharem todo o processo produtivo no dia a dia. A Setrem é uma instituição filantrópica que dispõe de dez cursos superiores, entre eles o de Tecnologia em Laticínios, cujo custo da mensalidade fica próximo a R$ 700,00.

O curso tem duração de 3 anos e meio (incluindo estágio) e busca formar profissionais que vão atuar desde a captação da matéria-prima até a gestão das empresas. As aulas são realizadas sempre à noite, o que permite atender a profissionais que já atuam no mercado ou que têm atividades laborais durante o dia. “A ideia é ofertar mão-de-obra qualificada para o setor”, frisou. O diretor geral da Setrem, Flávio Magdas, pontuou que o curso surgiu a partir da demanda das próprias indústrias da região e que foi inspirado em modelos aplicados em Minas Gerais. Um dos destaques do currículo é o projeto Inovalac, que estimula os alunos a desenvolverem novos produtos. Além de visitas técnicas e de campo, a Setrem também realiza o Simpósio Estadual de Derivados Lácteos.

Em um auditório lotado de produtores, lideranças, estudantes, representantes do meio acadêmico e das indústrias, o governador José Ivo Sartori sancionou, na manhã desta sexta-feira (24/06), durante o 1º Fórum Estadual do Leite, em Ijuí (RS), o decreto que regulamenta a Lei do Leite (Lei 14.835). O texto traz uma série de avanços para o setor e representa um marco histórico para o setor lácteo gaúcho. "Essa lei foi construída pelo setor leiteiro e significa mais segurança na mesa do produtor", pontuou Sartori, que, empunhando um copo de leite, puxou brinde entre as autoridades. O ato foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural diretamente do Campus da Unijuí.

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, destacou o trabalho dos servidores e entidades que se empenharam na regulação do texto e frisou que a Lei do Leite não deve ser um regramento estático. "Precisamos ir atualizando a lei, adequando-a às novas tecnologias", frisou Polo, lembrando das pesquisas que estão sendo realizadas pela Embrapa em parceria com o Sindilat e o Fundesa para uso de medidores de vasão georreferenciados. Aproveitou a oportunidade para enaltecer a ação dos produtores que vivem uma realidade árdua com "duas safras por dia".

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, conclamou o setor a unir-se para enfrentar as dificuldades que ameaçam a rentabilidade da atividade. "O que temos que ter em mente é que não há crescimento sem crise. Para expandir nossa produção e melhorar nossos processos, precisamos quebrar paradigmas, repensar projetos e estarmos abertos ao novo. Porque a inovação se faz da ruptura. Sejamos ousados" Nesse sentido, Guerra destacou a relevância do Fórum Estadual do Leite, que deve busca novos rumos para a produção láctea gaúcha. Após esta primeira etapa em Ijuí, informou ele, o fórum itinerante deve seguir para Santa Maria.

As mudanças propostas pela Lei do Leite buscam aumentar a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores. Veja abaixo as principais mudanças que a Lei do Leite traz à produção gaúcha:

AUTORIZAÇÃO DO TRANSVASE
A medida permite a captação de leite por um caminhão com dois tanques acoplados, representando um ganho logístico considerável para a indústria. A regulamentação também ajuda na inclusão de mais produtores na cadeia, uma vez que o sistema viabiliza a coleta em propriedades mais distantes.
Pela legislação, o transvase só será possível em veículo com tanques em chassis separados, o que, no mercado, é conhecido como Romeu e Julieta. Além disso, o transvase do leite cru deve ser realizado em circuito fechado (sem manipulação). Os locais de transvase (onde o leite passa de um tanque para o outro) devem ser previamente definidos e informados à Secretaria da Agricultura e georreferenciados, além de obedecer a normas ambientais, sem colocar em risco a segurança da matéria prima transportada. Outra exigência é que cada tanque tenha seu próprio documento de trânsito e que os dois voltem juntos às plataformas das indústrias.

CADASTRO DAS PROPRIEDADES FORNECEDORAS DE LEITE CRU
As propriedades precisam estar com os cadastros atualizados no Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, devendo estar regularizadas e com as obrigações sanitárias estabelecidas pela legislação vigente em dia.

COMPRA E VENDA DO PRODUTO
Com a nova legislação, as relações de compra e venda passam a ser possíveis somente nos seguintes casos:
1) produtores de leite e estabelecimentos de processamento de leite;
2) produtores de leite e postos de refrigeração;
3) postos de refrigeração e estabelecimentos de processamento de leite;
4) cooperativas de produtores e estabelecimentos de processamento ou refrigeração, desde que o leite seja procedente da fazenda de algum de seus associados.
5) estabelecimentos de processamento de leite, com a ressalva de que comercializem entre si apenas "leite cru pré beneficiado", devidamente registrado no serviço de inspeção sanitária oficial. Também fica previsto prazo máximo de 48 horas entre ordenha e beneficiamento do leite.

TREINAMENTO DOS TRANSPORTADORES
Com a lei 14.835, todos os elos da cadeia deverão ter um cadastro. Os transportadores precisam passar por treinamento reconhecido pelo Serviço Oficial de Fiscalização.

DOCUMENTO DE TRÂNSITO
O transporte do leite cru deve obrigatoriamente ser acompanhado de documento para trânsito, indicando os fornecedores de origem, o volume de leite transportado, o destino e a finalidade do leite, em modelo previamente definido em normativa específica emitida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação.

MULTAS
Transportadoras e quaisquer outros membros da cadeia produtiva que desrespeitarem a legislação, além de responderem penalmente, estarão sujeitos ao pagamento de multa. Entre as de menor valor está aquela designada a quem comprar leite de produtor não cadastrado no DDA/ SEAPI, com custo de R$ 7.740 a R$ 30.960. Ser transportador desvinculado da indústria é mais grave, sendo cobrados de R$ 77.400 até R$ 309.600 do infrator da norma.

Crédito: Carolina Jardine

 

O governador José Ivo Sartori deve sancionar, na manhã desta sexta-feira (24/06), às 9h30min, durante o 1º Fórum Estadual do Leite, em Ijuí (RS), o decreto que regulamenta a Lei do Leite (Lei 14.835). O texto, pioneiro na busca pela excelência do leite no país, passa a valer para reger os processos do setor lácteo no Rio Grande do Sul. As mudanças buscam aumentar a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores.

 

A primeira edição do Fórum Estadual do Leite – Rumo Excelência tem como objetivo reunir, no Salão de Atos da Unijuí, produtores, indústria, pesquisadores, acadêmicos e lideranças políticas e setoriais para debater os novos rumos da produção de lácteos com o advento da regulamentação da Lei do Leite. O projeto é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag e Canal Rural e tem apoio da Embrapa, Unijuí, Fecoagro, Setrem , Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura. No segundo semestre, o Fórum deve chegar às demais regiões do Estado com o objetivo de fomentar o debate e a reflexão em outras praças.

 

A manhã desta sexta-feira será dedicada a debates sobre o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) que é o retrato da qualidade do leite brasileiro. À tarde, terá oficinas técnicas, a partir das 14h, que buscam debater assuntos relevantes para o dia-a-dia de quem trabalha no setor lácteo. A expectativa é formam 11 grupo de debate que avaliarão os temas propostos pela comissão organizadora do evento. Entre os assuntos estão o uso de Composto Barn, a nutrição animal, a relação entre a saúde animal e a qualidade do leite, a ergonomia na atividade, entre outros.

 

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas diretamente pelo hotsite http://gatheros.com/evento/primeiro_forum_do_leite_de_unijui/.

 

O que: 1º Fórum Estadual do Leite

Quando: 24/06/2016

Onde: Salão de Atos da Unijuí, em Ijuí

Hora: 9h

Reunido com lideranças do setor lácteo brasileiro na tarde desta terça-feira (21/6), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comprometeu-se a agendar, o mais breve possível, uma reunião com o Ministério da Saúde para debater mudanças no Guia Alimentar Brasileiro. A ideia é alterar questões referentes à recomendação do consumo de queijos e iogurtes, indicando a demanda de três porções/dia. Atualmente, o queijo tem recomendação para consumo com moderação e o iogurte não tem recomendação, uma vez que está enquadrado como alimento ultraprocessado.

Segundo o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, que representou as indústrias gaúchas no encontro, a mudança busca destacar as potencialidades dos produtos lácteos como fonte de nutrientes e proteínas, assim como fazem muitos países da Europa, como Itália, Alemanha e França. "O ministro mostrou-se muito sensível às demandas do setor", pontuou Portella.

No encontro, Blairo Maggi comprometeu-se a trabalhar pelo fomento à exportação de produtos lácteos brasileiros, principalmente com foco no México e China. O ministro ainda pontuou a importância do setor estar constantemente atuante em Brasília negociando seus pleitos. "Ele vem da iniciativa privada e disse que está disposto a tirar os entraves da produção nacional", citou Portella.

Durante a audiência, em Brasília, lideranças entregaram ao ministro documento com uma série de pleitos, entre eles, o aumento do limite de financiamento para garantia de preço ao produtor para R$ 100 milhões por beneficiário e uso de crédito rotativo, ou seja, mantendo os limites definidos dentro do prazo de vigência dos contratos. Também querem inclusão de laticínios no Programa de Construção de Armazéns (PCA), uma vez que no último Plano Safra apenas produtores e cooperativas foram contemplados com a verba para aquisição e instalação de silos de estocagem de leite in natura.

 

 

O preço de referência do leite no Rio Grande do Sul em junho deve atingir R$ 1,1255 o litro, conforme cálculo feito pela Câmara Técnica do Conseleite. A previsão, que indica aumento de 8,79% em relação ao consolidado de maio (R$ 1,0346), foi apresentada na tarde de hoje (21/06), após análise das primeiras movimentações do mercado no início deste mês. Nos últimos três meses, a alta acumulada é de 13,84%. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, os produtos que puxaram a alta em junho foram o leite UHT (13,28%), o queijo mussarela (11,29%) e o queijo prato (6,01%).

 

O reajuste é justificado pela redução na produção estadual decorrente de uma entressafra severa motivada por condições climáticas adversas no Rio Grande do Sul. A previsão é de que a produção já estivesse em patamares maiores nessa época do ano, o que não aconteceu. “A produção de leite no campo não está reagindo como se esperava e está mais lenta do que em anos anteriores”, frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  

 

Além disso, outro fator que impactou nos preços foi o frio severo registrado em diversos estados do país dos últimos dias que, ao elevar o consumo em tempos de baixa produção, colabora com novos reajustes. O descarte de animais e o abandono da atividade por alguns criadores são pontuados pelos produtores como agravantes do cenário.

 

O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, diz que gostaria de trabalhar com um cenário de estabilidade, mas prevê que o preço do leite deva seguir curva ascendente nos próximos dois meses. Já o presidente do Sindilat acredita que a tendência do preço do leite UHT para julho deve ser de manutenção dos valores ao consumidor uma vez que, novos reajustes, poderiam impactar negativamente nos hábitos de consumo das famílias.

 

 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Maio de 2016.

 

 Matéria-prima Valores Projetados Maio / 16

Valores Finais

Maio / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,1604 1,1898 0,0294
II – Preço de referência 1,0091 1,0346 0,0255
III – Menor valor de referência 0,9082 0,9311

0,0230

 

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Junho de 2016.

 

  Matéria-prima

Junho /16 *
I – Maior valor de referência 1,2943
II – Preço de referência 1,1255
III – Menor valor de referência 1,0130

 

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Crédito foto: Carolina Jardine

 

Representantes do setor lácteo brasileiro reúnem-se nesta terça-feira (21/06) com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília (DF). O encontro, agendado para 15h, deve contar com lideranças nacionais do segmento. Entre os assuntos em pauta nesta primeira reunião do setor com o novo ministro, estarão as políticas de apoio à exportação, a publicação do novo Riispoa, o aumento do quadro de fiscais para inspeção e a desburocratização dos processos envolvendo o segmento junto ao Ministério da Agricultura.

As entidades devem entregar ao ministro um oficio que também pedirá aumento do limite de financiamento para garantia de preço ao produtor para R$ 100 milhões por beneficiário e uso de crédito rotativo, ou seja, mantendo os limites definidos dentro do prazo de vigência dos contratos. Também querem inclusão de laticínios no Programa de Construção de Armazéns (PCA), uma vez que no último Plano Safra apenas produtores e cooperativas foram contemplados com a verba para aquisição e instalação de silos de estocagem de leite in natura.

O Rio Grande do Sul dá início, esta semana, a um fórum itinerante para debater a qualidade do leite produzido nas diferentes regiões do Estado. A primeira edição do Fórum Estadual do Leite – Rumo Excelência será realizada em Ijuí no dia 24 de junho (sexta-feira), em comemoração ao Dia Internacional do Leite. A ideia é reunir, no Salão de Atos da Unijuí, produtores, indústria, pesquisadores, acadêmicos e lideranças políticas e setoriais para debater os novos rumos da produção de lácteos com o advento da regulamentação da Lei do Leite. O projeto é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag e Canal Rural e tem apoio da Embrapa, Unijuí, Fecoagro, Setrem , Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura. No segundo semestre, o Fórum deve chegar às demais regiões do Estado com o objetivo de fomentar o debate e a reflexão em outras praças. “Queremos que a ação ganhe respaldo estadual em um grande movimento de reflexão e união de esforços pela melhoria constantes dos processos produtivos”, pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas diretamente pelo hotsite  http://gatheros.com/evento/primeiro_forum_do_leite_de_unijui/.

A programação desta sexta-feira em Ijuí inicia-se às 9h com café da manhã para convidados e participantes, um momento de interação pré-evento onde devem começar os debates. Às 9h30min, começam as apresentações que terão como foco o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) que é o retrato da qualidade do leite brasileiro e a regulamentação da lei 14.835/2016, a chamada Lei do Leite. Participam dos debates, além do presidente do Sindilat, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Nailto Pillon, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o coordenador das comissões de Grãos e do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, e o chefe do Departamento de Estudos Agrários, Roberto Carbonera. O debate será transmitido ao vivo pelo Canal Rural.

À tarde, o 1º Fórum Estadual do Leite – Rumo Excelência terá oficinas técnicas a partir das 14h que buscam debater assuntos relevantes para o dia-a-dia de quem trabalha no setor lácteo. “São temas que interessam diretamente aos produtores, à indústria, aos transportadores e ao consumidor porque definem no detalhe a qualidade do produto que chega às mesas das famílias”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A expectativa é formam 11 grupo de debate que avaliarão os temas propostos pela comissão organizadora do evento. Entre os assuntos estão o uso de Composto Barn, a nutrição animal, a relação entre a saúde animal e a qualidade do leite, a ergonomia na atividade, entre outros.

Crédito: Carolina Jardine

Sua fórmula reside na simplicidade: é um leite fermentado por bactérias. Mas é só observar as prateleiras do supermercado para perceber que poucos alimentos tão minimalistas têm tanto espaço quanto o iogurte. E seu prestígio não é à toa.

– É um alimento saudável, porque é uma boa fonte de proteína e cálcio, com baixo teor de gordura. As pessoas deveriam comê-lo com mais frequência – explica Márcia Vitolo, professora do curso de Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Cada brasileiro consome, em média, sete quilos de iogurte por ano. O número representa menos de um quarto do que uma pessoa ingere no mesmo período na França e na Holanda, por exemplo, mas o dobro do que se consumia no país 15 anos atrás. O consumo foi catapultado, em boa parte, pela ascensão de milhões à classe média.

Não há uma data precisa para a descoberta do iogurte. Desde o tempo obscuro em que, milhares de anos atrás, o primeiro vivente – provavelmente de forma acidental – deu-se conta de que o leite fermentado podia ser consumido, muita coisa mudou. O clássico azedinho ganhou versões das mais diversas, desde as mais encorpadas, adoçadas ou enriquecidas com cálcio até aquelas que desprezaram a gordura, tornando-se atrativas para quem quer perder peso.

– O melhor iogurte, do ponto de vista nutricional, é o natural, que é feito apenas com leite e lactobacilos. O produto industrializado ganhou aditivos para incrementar a validade e melhorar o gosto. Mas quanto menos ingredientes ele tiver, melhor – diz a doutora em ciências da saúde Carla Piovesan.

Com a popularização do produto, seus benefícios também se tornaram mais evidentes. Atualmente, o iogurte é aliado de quem precisa de uma forcinha para manter o trato intestinal saudável, enfrentar a osteoporose ou mesmo para proporcionar um lanche mais saudável. Em qualquer dos casos, destaca a professora Márcia Vitolo, é importante encontrar o meio termo entre o sabor e a funcionalidade, já que o alimento deve ser incorporado à dieta – e não ser consumido apenas de vez em quando.

Mas como saber qual é o tipo mais adequado as suas necessidades? Zero Hora ouviu especialistas para ajudar você a escolher o iogurte indicado para cada momento da sua vida.

Foto: Andréa Graiz / Agencia RBS

Para não sair da dieta

Quando o assunto é aliar o consumo de iogurte a uma dieta para perder peso, quanto maior a quantidade de proteína, melhor.

– Normalmente, os iogurtes ricos em proteínas são mais densos e mantêm a saciedade por mais tempo. Eles são bons para substituir um lanche que seria mais calórico ou rico em carboidratos, como biscoitos e sanduíches – explica Márcia Vitolo.

Um exemplo de iogurte que costuma ter bom teor proteico é aquele tipo grego – em contrapartida, costumam apresentar maior teor de gordura. Se o caso é emagrecer, é melhor privilegiar os tipos sem açúcar e versões menos gordurosas do que os integrais, como as opções light ou desnatadas.

Para melhorar o funcionamento do intestino

Iogurtes são bons aliados de uma flora intestinal saudável, mas quem quer melhorar o fluxo deve privilegiar as versões com maior quantidade de fibras por porção, como os prebióticos e probióticos. Já quem não se anima a buscar pelos nomes complicados na prateleira ou prefere consumir o natural, pode acrescentar a fibra em casa: uma colher de aveia ou pedaços de frutas cumprem a função.

Para regular a microbiota

Também são recomendados iogurtes com maior quantidade de fibras, como os probióticos. Assim como para regular o intestino, nesse caso funciona consumir um iogurte integral e acrescentar aveia ou frutas. Em relação à microbiota, porém, há um detalhe importante: é melhor evitar aqueles ricos em açúcar – que tenham o ingrediente dentre os primeiros descritos no rótulo.

– O excesso de açúcar ajuda a desequilibrar a flora intestinal – alerta Carla Piovesan.

Para criar novas receitas

Por não terem adição de açúcar ou sal, iogurtes naturais são os melhores. Eles se adaptam tanto a receitas doces quanto a salgadas.

– Pode ser usado para molhos e patês, mas também em receitas doces, como massas de bolos – sugere Márcia Vitolo.

Para enfrentar a osteoporose

Em geral, adultos devem consumir três porções de lácteos – de 700mg a 800mg de cálcio – todo dia. Isso pode ser obtido por meio do consumo de leite ou de iogurte. No segundo caso, os naturais saem na frente, segundo Carla Piovesan:

– Eles têm uma boa quantidade de cálcio e de vitamina D por porção, e ambos micronutrientes são importantes para prevenir a osteoporose. Então, podem ser usados dentro de um contexto saudável.

Já quem quer prevenir ou enfrentar a osteoporose precisa de um pouco mais de cálcio, cerca de 1.000mg diários. Nesse caso, os iogurtes enriquecidos com cálcio são os mais indicados.

Para quem não tolera lactose

A quantidade de lactose no iogurte, em geral, é bem menor do que a do leite – chega à metade, no caso do iogurte natural –, o que já o torna um alimento menos agressivo a quem tem certos níveis de intolerância.

– O iogurte sempre foi colocado como uma opção para quem não tolera lactose, porque esse problema é cumulativo, ou seja, a pessoa pode consumir um pouquinho sem sentir-se mal. Mas hoje já há opções, inclusive, sem lactose – lembra Márcia Vitolo.

Para degustar como sobremesa

O jeito mais nutritivo de consumir o iogurte como sobremesa é comprar o natural e adicionar o sabor de preferência em casa: mel, frutas, canela ou cacau são algumas opções. Na prateleira do supermercado, é possível encontrar algumas versões com pedaços de frutas, por exemplo. Porém, são mais açucaradas.

– A maioria dos iogurtes prontos de sabor chocolate, pudins e flans é considerada uma porção de doce ou uma sobremesa, por levar bastante açúcar e gordura na sua composição de ingredientes, e deve ser consumida com moderação – avalia Carla Piovesan.

Iogurte x bebida láctea

Com tantas opções, há quem se confunda na hora de escolher o produto que vai colocar no carrinho. Mas entre os disponíveis, há uma diferença importante. Enquanto o iogurte é um produto fermentado por tipos específicos de bactérias (Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus), tem um teor mínimo de proteínas (2,9g/100g) e é constituído de pelo menos 70% de leite ou outros ingredientes lácteos, nas chamadas bebidas lácteas os ingredientes lácteos representam apenas 51%. Essas bebidas são o resultado da mistura do leite, soro do leite, fermentos lácteos e outras substâncias alimentícias, como o amido e polpa de frutas. Também apresentam teor de proteína menor, em torno de 1g/100g, além de ter mais açúcar. Ou seja, podem servir como sobremesa, mas, em valor nutricional, saem atrás do alimento mais clássico.

Fonte: Zero Hora

Na tarde de quarta-feira (08/07), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) realizou reunião com empresas do setor lácteo interessadas em aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), no auditório da Emater. “O que nós queremos é avançar com a máxima segurança possível, para que não se retroceda”, pontuou o secretário da Agricultura, Ernani Polo. O dirigente propôs a criação de um cronograma de trabalho para ver o que pode ser feito para ter mais velocidade no processo de adesão ao Sisbi.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destacou a ação do sindicato para auxiliar as empresas a aderir ao sistema. “É um assunto que interessa ao sindicato e que se está trabalhando com os associados. O Sisbi sempre foi defendido por nós e, mais do que nunca, as empresas têm que se dar conta que existe um regramento e um esforço para todos”.

O diretor geral da Relat – Laticínios Renner AS, Claudio Hausen de Souza, destacou a importância de aderir. "Nós temos que mostrar às empresas que, se elas não aderirem ao sistema, vão ficar por fora. Mas antes temos que ouví-las e entender as razões porquê não querem aderir. O Sisbi nada mais é que do que uma tentativa de recuperar o tempo perdido", pontuou.

Até agora, os estados brasileiros que já aderiram ao Sisbi são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Minas Gerais e o Distrito Federal. Atualmente, no RS, há 47 empresas com CISPOA, que podem pleitear a referida adesão.