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O projeto de implantação de sistemas de aferimento do funcionamento de equipamentos de ordenha e de resfriamento do leite foi escolhido como prioridade para ser submetido em edital da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). A decisão veio de reunião de integrantes da governança do Arranjo Produtivo Local do Leite da Região Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul (APL Leite FN), nesta terça-feira (17/01), no Auditório da Unijuí, no campus Santa Rosa. O objetivo do encontro foi avaliar os projetos prioritários de APLs, referentes ao Edital Nº 05/2016 da AGDI.

A professora do curso de laticínios da Setrem, Vanessa Gass da Silveira, esteve presente representando o Sindilat. Ela explica que a decisão do grupo em tornar esse projeto prioridade tem como objetivo desenvolver cada vez mais a qualidade do leite produzido na região. “É muito importante que técnicos verifiquem se os aparelhos de ordenha e de resfriamento do leite estão funcionando corretamente, e que ensinem os produtores a utilizá-los de maneira adequada”, afirma.

Além deste, e também identificado como uma necessidade para a região, os participantes farão a submissão de um segundo projeto, previsto pelo edital, que contempla a avaliação laboratorial da qualidade nutricional da alimentação das vacas leiteiras, visto que é um importante fator relacionado à eficiência dos sistemas de produção de leite.

Definiu-se em votação que os projetos serão enquadrados na categoria de “Geração local e disponibilização de serviços técnicos, tecnológicos, de metrologia e/ou de certificação de produtos e serviços, bem como a capacitação referente ao uso destes serviços”. O projeto prioritário será submetido pela categoria II, correspondente à faixa de valores entre R$ 200.000,00 e 400.000,00, enquanto o outro será enquadrado na categoria III, entre R$ 400.000,00 e 600.000,00.

De acordo com o gestor do APL Leite FN, Diórgenes Albring, o enfoque dos projetos é dar sustentabilidade à Governança e trazer soluções aos agentes da cadeia produtiva, tornando-a mais competitiva.

 

Crédito: Diórgenes Albring

 

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), composto de recursos arrecadados da cadeia dos suínos, aves, ovos, bovinos, ovinos e leite, apresentou saldo de R$ 68 milhões em 31 de dezembro de 2016, com destaque de R$ 2,4 milhões para repasses a produtores de leite. O valor inclui indenizações por abate de animais com tuberculose e brucelose e recursos para reembolso de vazio sanitário em propriedades com criação de gado de leite. Entre contribuições e rendimentos financeiros, foram R$ 16,1 milhões. Os dados foram divulgados na segunda-feira (16/01), em Porto Alegre, durante assembleia de prestação de contas referente ao exercício de 2016. No exercício de 2015, o saldo total foi de R$ 56,5 milhões.

Segundo o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o destaque no setor leiteiro demonstra que mais produtores estão buscando o saneamento do rebanho para tuberculose e brucelose. “Essas enfermidades são graves para o setor, por isso avaliamos como positiva esta adesão", afirma. Os investimentos do fundo, de R$ 4,45 milhões, foram realizados também em outras áreas como treinamento de técnicos do serviço veterinário oficial e aquisição de insumos e equipamentos. Além disso, o Fundesa recuperou mais de R$ 1,2 milhão em contribuições que estavam pendentes no último ano. Com isso, mais empresas e produtores ficaram regularizados e aptos a receber indenizações.

O Fundesa é composto por nove entidades, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), e tem a missão de propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários.

 

Crédito: Thais D'Avila.

A Câmara Setorial do Leite da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) reuniu-se, na manhã da quinta-feira (12/01), para dar continuidade ao debate sobre a competitividade da cadeia produtiva da proteína animal gaúcha. Na ocasião, o secretário-executivo Darlan Palharini representou o Sindicato da Indústria dos Laticínios (Sindilat/RS). "É fundamental o debate em função de que há uma grande preocupação em relação à competitividade. Esse grupo terá a missão de desburocratizar entraves do setor lácteo e sugerir uma política industrial ainda mais adequada ao momento do Estado que precisa exportar", afirma.

Rodrigo Rizzo, coordenador das Câmaras Setoriais, conduziu a reunião. Para ele, o encontro foi muito produtivo, em que já se definiu o calendário e as entidades que participarão do trabalho. “O que queremos é recuperar a competitividade do Estado o mais rápido possível”, salientou. A ocasião também contou com a participação do secretário do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, e de Paulo Roberto da Silva, que representou Odacir Klein, presidente do BRDE. A próxima reunião ocorrerá no dia 17 de janeiro, na sede da Seapi, em Porto Alegre.

Foi o primeiro encontro de um dos cinco grupos de trabalho (GTs) definidos para elaborar um mapeamento do segmento, com o intuito de identificar gargalos e elencar pontos que o Estado poderá atuar. Os grupos são coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) e pelo BRDE. Além do segmento lácteo, os setores de aves/ovos, suínos, bovinos/ovinos e peixes também têm seus respectivos GTs. O objetivo é elaborar, em seis meses, um documento final que será apresentado no dia 1º de junho de 2017.

Encontro deu início aos debates sobre competitividade no setor lácteo. Foto: Bethânia Helder/Seapi

O 4º Fórum Itinerante do Leite já tem data marcada. O evento está programado para o dia 25 de abril, nas dependências da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, na cidade de Palmeira das Missões (RS). O objetivo é dar continuidade aos debates sobre os desafios da produção leiteira gaúcha, englobando pontos de vista de produtores, acadêmicos e representantes industriais. Neste fórum o debate pela parte da manhã e terá como tema principal “A versatilidade dos lácteos em incorporar mais propriedades funcionais ou de saúde”.

Também está previsto o lançamento do livro sobre os 2º e 3º fóruns realizados em Santa Maria e Porto Alegre, respectivamente em outubro e novembro de 2016. Já à tarde estão previstas as oficinas, que já foram abordadas nos primeiros fóruns como o caminho da inspeção do leite, evolução da legislação; a qualidade do leite na elaboração de produtos lácteos; o bem estar de vacas leiteiras; a alimentação animal versus a qualidade do leite; e a saúde animal versus a qualidade do leite. Serão abordados ainda os seguintes temas nas oficinas: as inovações tecnológicas no setor do leite, as perspectivas para o setor lácteo no RS; o projeto sobre compost Barn no RS; e a análise dos primeiros 100 dias da Lei do Leite.

A programação completa deverá ser divulgada nos primeiros dias de fevereiro, bem como a adesão de outras entidades em apoio ao 4º Fórum Itinerante do leite em Palmeira das Missões. O evento é promovido pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios (Sindilat/RS), em parceria com a SEAPI, Farsul, Fetag, Mapa, Escola Estadual Celeste Celeste Gobbato e UFSM Campus de Palmeira das Missões.

Os detalhes do evento foram definidos em reunião na sexta-feira (06/01), na Escola Estadual Celeste Gobbato, e contou com a presença de representante do Sindilat e de entidades de Palmeira das Missões. A Lei Estadual do Leite, a competitividade no setor e as projeções para o futuro do setor foram alguns dos temas abordados nos fóruns anteriores, que já foram realizados nos municípios de Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre.

Crédito: Cláudio Fachel/Palácio Piratini

 

 

Com o objetivo de auxiliar no incremento dos negócios no segmento, entidades focadas na produção de proteína animal vão elaborar um mapeamento do setor para identificar gargalos e elencar pontos que o Estado poderá atuar. A decisão foi tomada em reunião na última quinta-feira (05/01), no auditório Pery Pinto Diniz, no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Porto Alegre, com representantes do setor público e da iniciativa privada. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) esteve representado pelo presidente Alexandre Guerra.

Na ocasião, foram estabelecidos cinco Grupos de Trabalho (GT) que definirão metas para os setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes. O grupo responsável pelo setor lácteo será conduzido pelo diretor das Câmaras Setoriais, da Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação (Seapi), Rodrigo Rizzo, e terá relatoria do secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto. O objetivo é elaborar, em seis meses, um documento final que será apresentado no dia 1º de junho de 2017. Os grupos serão coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) e pelo BRDE. O primeiro encontro está marcado para o dia 12 de janeiro, na Seapi, às 9h.

A reunião foi convocada pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, com o objetivo de discutir aspectos que agreguem valor ao produto gaúcho e identificar obstáculos no segmento de carnes. Estiveram presentes também o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e o secretário da SDECT, Fábio Branco, além de representantes da Emater, da Seapi e do Ministério da Agricultura.

Crédito: Mauro Moraes/BRDE

 

O governo do Estado publicou Instrução Normativa (IN) que estabelece os aspectos operacionais relacionados à Lei do Leite (Lei Estadual nº 14.835) e os seus regulamentos. A IN define, por exemplo, a carga horária do treinamento destinado aos transportadores de leite cru, que inclui atividades práticas e teóricas com o mínimo de quatro horas, assim como as regras para o repasse de informações sobre os fornecedores de leite, as quais devem estar à disposição do Serviço de Inspeção Local e de auditorias nos estabelecimentos e nos postos de refrigeração. Além disso, a normativa prevê que o veículo transportador do produto deve ser cadastrado e contar obrigatoriamente com um adesivo de identificação. A lista com o cadastro de transportadores autorizados também deverá ser publicada no site oficial da SEAPI (Secretaria Estadual de Agricultura), somente após todos os transportadores terem passado pelo treinamento. A publicação ocorreu no Diário Oficial do dia 29 de dezembro de 2016. Já a Lei do Leite foi sancionada pelo governador José Ivo Sartori no dia 24 de junho deste ano, durante o 1º Fórum Itinerante do Leite, em Ijuí. O evento foi promovido pelo Sindilat. As mudanças trazidas pela medida aumentam o compromisso das indústrias e dos transportadores de leite sobre a rastreabilidade do produto que chega aos consumidores. Aos produtores, a lei não tem mudança significativa, até porque os mesmos devem cumprir a legislação do Rispoa e a IN 62.
Está disponível em http://www.corag.rs.gov.br/doedia , dia 29/12/2016, nas páginas 40 a 42
Crédito: GiuseppeParisi/iStock

 

  

A professora da PUCRS e pesquisadora responsável pelo Projeto para a Cadeia Produtiva do Leite do RS, Danielle Pozzo, realizou apresentação, durante a reunião do Conseleite na terça-feira (20/12), sobre pesquisa desenvolvida no âmbito da universidade sobre o setor leiteiro. O trabalho iniciou em 2012 e integra pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e União Europeia e visa ter mapeamento do setor e de seus diferentes elos. Atualmente, pontuou ela, o estudo está em fase de coleta de dados no Brasil junto com os produtores, para, em seguida, buscar informações entre as indústrias e o varejo.

O levantamento também será realizado na França e nos Estados Unidos de forma a desenvolver uma pesquisa espelho, comparando a realidade em diferentes países. O objetivo é apontar pontos importantes a serem aprimorados, principalmente em relação ao relacionamento entre os integrantes da cadeia e a segurança alimentar dos produtos. “Minha expectativa é gerar resultados que possam ser implementados e contribuam para dar mais competitividade à cadeia leiteira gaúcha”, explicou a pesquisadora.

Os dados fazem parte da tese de doutorado da pesquisadora que garante sigilo absoluto quanto às informações prestadas. Produtores que quiserem colaborar devem acessar o link e preencher o formulário on line (https://pucrs.qualtrics.com/SE/?SID=SV_3UiLHoRBWgn5wEd)

Foto: Carolina Jardine

A partir desta semana, toda a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul começa a ser fiscalizada dentro das exigências da Lei do Leite. O decreto que regulamentou a lei, assinado em junho, deu aos segmentos do setor um prazo de 180 dias para adequação às novas disposições, o qual se encerrou ontem. No entanto, ainda é aguardada a publicação de uma Instrução Normativa que irá trazer detalhes referentes ao transporte e à captação do leite. O texto deveria ter sido publicado antes do prazo de adequação à lei terminar, mas, segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, a elaboração do documento atrasou e a publicação deve acontecer até dia 4 de janeiro. O atraso foi motivado, conforme Polo, pela necessidade de maior discussão de pontos da normativa na área técnica da secretaria. “Naqueles quesitos que não necessitam da normativa, os entes da cadeia já estão sujeitos a multa”, lembra o secretário.
O coordenador da Câmara Setorial Estadual do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, explica que a IN deve detalhar o procedimento que as empresas necessitam adotar para o treinamento dos funcionários que vão captar e transportar o leite das propriedades para a indústria. “A normativa vai trazer um novo prazo de adequação das transportadoras para que realizem a qualificação de seu pessoal”, destaca. Ele ressalta, porém, que em questões como documentação e enquadramento nas normas sanitárias exigidas na lei e que não dependem da normativa, as multas- que variam de R$ 7.740 a R$ 309.600- já podem ser aplicadas.
Enquanto isso, os fiscais estaduais agropecuários, que estão em greve, avaliam a possibilidade de iniciar operação padrão em todas as atividades da categoria, incluindo a fiscalização do leite, segundo a presidente da Afagro/RS, Ângela Antunes. Uma reunião com outras categorias, marcada para hoje, deve colocar o tema em discussão. (Fonte: Correio do Povo- 27/12/16)

Após 25 anos, a presidência da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) tem novo comando. A professora e pesquisadora Neila Richards tomou posse na presidência da Associação no dia 27 de novembro e exercerá a função no biênio que vai de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Apesar de reconhecer as dificuldades em substituir Ernesto Krug, que desde a fundação esteve à frente da entidade, Neila destaca que a sua atuação terá como alvo a qualificação dos profissionais. “É um desafio muito grande. Isso porque o (Ernesto) Krug, além de ter fundado a AGL, está há 25 anos como presidente. Fico um pouco mais tranquila porque ele permanecerá na diretoria, como vice-presidente. Então, assumi, mas ele segue me dando todo o apoio”, confidencia.

Sobre a questão da qualificação, a nova presidente afirmou ser necessária a renovação e a aproximação com os técnicos laticinistas gaúchos. “Queremos retomar aquela que é a proposta inicial da AGL, que é a de atender as demandas dos técnicos laticinistas”, enaltece. Segundo ela, isso passa por treinamentos, cursos de reciclagem e qualificação aos profissionais que atuam tanto no campo como na indústria. “Precisamos saber o que esses profissionais, que estão espalhados pelo Rio Grande do Sul, estão pensando, qual é a demanda, suas angústias, o querem fazer de diferente e, principalmente, o que esperam da AGL”, afirma. Ao mesmo tempo, ela aponta como sendo fundamental saber o que as indústrias estão demandando, uma vez que que os investimentos em novos produtos tem sido constante.

Neila Richards assumiu na última gestão como diretora da área científica dentro da AGL. Segundo ela, esse foi um fator que colaborou para a sua indicação para o cargo de presidente. “Por estar na área de pesquisa dentro da UFSM e muitas vezes desenvolvendo produtos específicos para as indústrias acabo tendo uma aproximação maior com empresas e isto facilita o diálogo empresa/universidade”, comenta.

Foto: Carolina Jardine

O diretor de Relações Institucionais Lactalis, Guilherme Portella, detalhou os projetos da multinacional francesa para o Rio Grande do Sul durante evento, na Sede Acadêmica da Unijuí, na tarde desta quinta-feira (22/12). Conforme recente anúncio, o grupo investirá mais de R$ 100 milhões. "Precisaremos captar 500 milhões de litros de leite, além do 1 bilhão que já captamos", afirmou a grupo composto por estudantes, professores, produtores e autoridades. Portella afirmou que o investimento em Ijuí será destinado para a ampliação de produção de composto lácteo, expansão da área de estocagem e criação de novas de linhas de produção de queijos. "A empresa está criando um programa para se aproximar do produtor rural e aumentar a estabilidade no fornecimento", afirmou Portella. Com isso, o objetivo é elevar em 32% a produção de queijo. "Nossa missão é que o produtor consiga produzir mais com um preço menor", salientou o dirigente.

Durante o evento, o vice-presidente da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação no Noroeste do Estado (Fidene), Martinho Luís Kelm, reiterou a disponibilidade da Universidade em realizar parceria com a Lactalis para o desenvolvimento de pesquisas e projetos visando a melhoria da cadeia produtiva do leite na região.

Crédito: Denize Fraga