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Reunidas na tarde desta segunda-feira (10/10) na sede da Farsul, em Porto Alegre, lideranças do setor lácteo gaúcho alinharam as pautas que serão apresentadas na reunião da Aliança Láctea no dia 19 de outubro, em Curitiba (PR). Na lista de prioridades da cadeia produtiva está angariar apoio do Paraná e de Santa Catarina à reivindicação de limites às importações de produtos lácteos, principalmente do Uruguai. Coordenando a reunião, o presidente da Aliança Láctea, Jorge Rodrigues, informou que o trabalho de informação aos parlamentares e autoridades deve começar nos próximos dias, antes mesmo do encontro agendado para a próxima semana.

Presente à reunião desta segunda-feira, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a urgência em se solucionar o impasse com o país vizinho sob pena de comprometer a saúde financeira de todo o setor produtivo. “Querem que o setor encaminhe um acordo privado com o Uruguai, mas precisamos é que o governo assuma a frente desse processo pelo bem de milhares de famílias que sobrevivem da atividade”.

Na pauta da Aliança Láctea também devem estar questões sanitárias que permitam a busca de uma uniformização das políticas de controle de brucelose e tuberculose dos três estados do Sul. “Hoje soubemos que os três estados têm trabalhado nesta pauta e queremos criar um fluxo de informação que possa auxiliar a todos os membros”, exemplificou Palharini.

Pelo segundo ano consecutivo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) foi apoiador do 4º Simpósio da Ciência do Agronegócio, nos dias 06 e 07 de outubro, na Faculdade de Agronomia da UFRGS. O evento é organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios (Cepan) e tem como objetivo incentivar a construção de alianças para a inovação e a sustentabilidade no agronegócio.

Sete pesquisadores e empreendedores debateram sobre o agronegócio no contexto urbano, suas implicações sociais, econômicas e ambientais. No intervalo das palestras, o Sindilat promoveu o Milk Break,momento em que os participantes puderam degustar leite e seus derivados.

Depois de uma tarde de discussões acaloradas sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor lácteo brasileiro nesta sexta-feira (7/10) na Comissão de Agricultura do Senado, em Brasília, representantes dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores ficaram de buscar alternativas que ajudem a corrigir possíveis distorções na relação de compra do leite uruguaio. Nas próximas semanas, o governo federal deve checar os números de importação de lácteos daquele país na busca de um acordo que prime pelo bom senso, uma vez que, segundo os produtores, as exportações anteriormente direcionadas à Venezuela vêm sendo escoadas ao mercado brasileiro. “A indústria é favorável ao Mercosul, mas nós precisamos de cotas para não sermos surpreendidos com altos índices de leite no mercado nacional que derrubam o preço e inviabilizam a atividade. Precisamos de uma ação do governo nem que seja com a compra de parte da produção ou incentivos fiscais”, sugeriu o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra. A sugestão do Sindilat é, de imediato, adotar monitoramento do mercado de forma a equilibrar a importação de leite, fixar cotas para o Uruguai e trabalhar na desoneração de máquinas e equipamentos para uso dos produtores e da indústria.
Ao lado do setor, a senadora e presidente da comissão, Ana Amélia Lemos, reforçou o coro como forma de proteger milhares de pequenos produtores que vivem do leite no país. "O problema é mais complexo do que imaginávamos porque envolve regras internacionais, custo de produção e questões sociais". Entre as hipóteses em análise está a criação de cotas para o leite do Prata, o que não é bem visto pelo Ministério das Relações Exteriores, que teme retaliações. “Temos que pensar que talvez eles também queiram fechar outros mercados para o Brasil”, alertou o diretor do Departamento do Mercosul, Otávio Brandelli. Contudo, é preciso avaliar que há produtos na pauta de exportação brasileira que não têm livre acesso ao mercado Uruguaio como se gostaria, como a carne de franco, por exemplo.
Outra demanda defendida pelos produtores e que deve, agora, ganhar apoio do Senado, é a revisão da Instrução Normativa (IN) nº 26, que autoriza os laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. Presente ao encontro, o vice-presidente da Fetag, Nestor Bonfanti, cobrou um encaminhamento que traga efeito e que seja viável para resolver a questão do leite gaúcho. “Os agricultores estão nervosos e precisam de tranquilidade para investir na produção. Precisamos que as autoridades pensem com muito carinho”, conclamou.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

 

Na tentativa de reduzir a burocracia que envolve o agronegócio gaúcho, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou à Secretaria da Agricultura (Seapi), nesta quarta-feira (5/10), relatório com alguns gargalos a serem solucionados pelo programa Agro + Gaúcho. As demandas da indústria de laticínios gaúcha incluem a padronização de procedimentos de inspeção e fiscalização, além do cumprimento de prazos para autorização de reformas e ampliações de instalações nas indústrias. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acredita que é necessário simplificar as operações para que o desenvolvimento no setor avance. "Podemos utilizar as notas fiscais de entrada em substituição às do produtor, por exemplo. Isso daria velocidade, redução de despesas e manteria a legalidade fiscal das indústrias, produtos e municípios", sugere.

A lista do Sindilat ainda inclui a normatização de uso do transvase, sistema popularmente conhecido como Romeu e Julieta, que permite uso de dois tanques acoplados a um caminhão. A prática está prevista na Lei do Leite, mas ainda precisa de regulamentação. As indústrias também pleiteiam a padronização de procedimentos e cumprimento de prazos para autorização de rotulagens e a revisão dos padrões de CCS e CBT do leite previstos na IN 62. O sindicato também pede autorização para processamento de leite fisiologicamente anormal (Portaria 005 de 1983).

 

 

Os danos que a importação de leite do Uruguai vêm trazendo ao mercado brasileiro serão alvo de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado nesta sexta-feira (7/10) a partir das 14h. O assunto foi tratado durante reunião nesta terça-feira (4/10) entre a senadora e presidente da Comissão, Ana Amélia Lemos, e o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, que esteve em Brasília para tratar do tema. A ideia, segundo a senadora, é convidar lideranças do setor e representantes do governo para debater o tema e encontrar uma alternativa que ajude o setor lácteo. É esperado a participação de representantes do Ministério da Agricultura, do Ministério de Relações Exteriores, Sindilat e Aliança Láctea Sul-Brasileira e Fetag.

Guerra alerta que é preciso achar uma equação para esse problema o mais rápido possível uma vez que a concorrência desleal com o produto uruguaio está impondo uma realidade muito dura ao setor lácteo brasileiro e, principalmente, ao gaúcho devido à proximidade. Uma medida enérgica, sugere Guerra, seria a criação de cotas pré determinadas que poderiam ser acionadas por um gatilho de mercado exclusivamente quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro. “Não somos contra a importação, o que queremos é saber quanto vai entrar para não criar desequilíbrios”, pontuou, lembrando que há mais de 105 mil famílias produtoras de leite no RS, entre 850 mil em todo o país.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, um aumento de quase 80% em relação ao mesmo período no ano anterior. Enquanto isso, as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores. Nos primeiros oito meses de 2015, o país exportou 45,19 milhões de quilos, enquanto nos primeiros oito meses deste ano o volume exportado foi de 32,25 milhões de quilos, uma queda de quase 30%.

 

Foto: Gabriel Munhoz

Os dilemas da produção de leite frentes às novas leis vigentes no RS e questões técnicas do dia a dia no campo serão alvo do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite, que será realizado em Palmeira das Missões (RS) nos dias 19 e 20 de outubro, e tem apoio do Sindilat. A programação do evento começa com um dia de palestras técnicas no Auditório da UFSM, no Campus de Palmeira das Missões. O segundo dia  se dará nas dependências da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato com visitas às estações de campo. 

O professor e membro do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas da UFSM, João Pedro Velho, destaca que o objetivo das instituições envolvidas é trabalhar em equipe em prol do produtor rural. “Em vista do ano difícil que estamos vivendo que, além das eleições, conta com inflação, altas e baixas nos preços e produtores deixando de produzir , as entidades se organizaram e decidiram que era preciso discutir sobre a situação do produtor”, salientou. O workshop é uma promoção da Secretaria de Agricultura (Seapi), Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões, Conselho Regional de Desenvolvimento Rio da Várzea, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Emater, Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Sindicato Rural de Palmeira das Missões e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Estudantes, profissionais e produtores rurais podem participar do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo formulário disponível no site da UFSM:http://coral.ufsm.br/wcpl/

 Confira a programação completa do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite:

Quarta-feira – 19/10

 7:00 - 08:30 – Inscrições

08:30 - 09:00 – Abertura do evento com a presença de autoridades locais e regionais

09:00 - 10:30 – Como agregar valor ao leite e derivados com propriedades bioativas? (Prof., Dr. Geraldo Tadeu dos Santos – UEM)

10:30 - 11:00 – Milk Break                                          

11:00 - 12:00 – Lei Estadual do Leite (Méd. Vet. Danilo Cavalcanti Gomes – SEAPI – RS)

12:00 - 13:30 – LIVRE PARA ALMOÇO

13:30 - 14:30 – Ciclagem de nitrogênio em pastagens (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida – UFSM e Dr. Felipe Lorensini – EMATER)

14:30 - 15:30 – Reprodução de vacas de leite: Mortalidade embrionária (Prof., Dr. Alfredo Quites Antoniazzi – UFSM)

15:30 - 16:00 – Milk Break

16:00 – 17:30 – Mesa redonda: Necessidade de leite pelas indústrias instaladas na Região Norte do Rio Grande do Sul

 

Quinta-Feira - 20/10

8:30-9:00 – Procedimentos do MAPA em relação a inspeção de produtos lácteos (Dr. Alexandre Trindade Leal – MAPA)

9:00 - 09:30 – Produção de leite da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato - Resultados entre 2009 e 2012 (Profa. Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho – UFSM)

09:30 - 10:00 – Programa Produza Alimento Colha Saúde (Dulcenéia Haas Wommer – EMATER)

10:00 - 10:15 – Milk Break

10:15 - 11:30 – Avaliação fenotípica de fêmeas da raça Holandês (Med. Vet., José Ernesto Wunderlich Ferreira – Jurado oficial da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandês

12:00 - 13:00 – LIVRE PARA ALMOÇO

13:00 - 16:00 – Visitação as cinco estações de campo em que serão abordados assuntos técnico-científicos com demonstração

Estações de campo que serão apresentadas:

1ª Estação = Sobressemeadura de leguminosas em pastagem de tifton (Cynodon spp.) (Eng. Agr., Luiz Eduardo Avallone Velho – EMATER)

2ª Estação = Crescimento das bezerras leiteiras (Zoot. Marcos André Piuco – Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato)

3ª Estação = Produção e qualidade do leite para consumo in natura e produção de derivados lácteos (Prof., Dr. José Laerte Nörnberg – UFSM e Profa., Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho – UFSM)

4ª Estação = Alimentação e nutrição de vacas em lactação (Prof., Dr. João Pedro Velho – UFSM)

5ª Estação = Produção e manejo de alfafa (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida – UFSM)

 

Workshop debate produção láctea em Palmeira das Missões

 

Os dilemas da produção de leite frentes às novas leis vigentes no RS e questões técnicas do dia a dia no campo serão alvo do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite, que será realizado em Palmeira das Missões (RS) nos dias 19 e 20 de outubro, e tem apoio do Sindilat. A programação do evento começa com um dia de palestras técnicas no Auditório da UFSM, no Campus de Palmeira das Missões. O segundo dia  se dará nas dependências da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato com visitas às estações de campo. 

 

O professor e membro do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas da UFSM, João Pedro Velho, destaca que o objetivo das instituições envolvidas é trabalhar em equipe em prol do produtor rural. “Em vista do ano difícil que estamos vivendo que, além das eleições, conta com inflação, altas e baixas nos preços e produtores deixando de produzir , as entidades se organizaram e decidiram que era preciso discutir sobre a situação do produtor”, salientou. O workshop é uma promoção da Secretaria de Agricultura (Seapi), Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões, Conselho Regional de Desenvolvimento Rio da Várzea, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Emater, Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Sindicato Rural de Palmeira das Missões e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

Estudantes, profissionais e produtores rurais podem participar do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo formulário disponível no site da UFSM:http://coral.ufsm.br/wcpl/

 

Confira a programação completa do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite:

 

Quarta-feira – 19/10

 

 7:00 - 08:30 – Inscrições

08:30 - 09:00 – Abertura do evento com a presença de autoridades locais e regionais

09:00 - 10:30 – Como agregar valor ao leite e derivados com propriedades bioativas? (Prof., Dr. Geraldo Tadeu dos Santos – UEM)

10:30 - 11:00 – Milk Break                                          

11:00 - 12:00 – Lei Estadual do Leite (Méd. Vet. Danilo Cavalcanti Gomes – SEAPI – RS)

12:00 - 13:30 – LIVRE PARA ALMOÇO

13:30 - 14:30 – Ciclagem de nitrogênio em pastagens (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida – UFSM e Dr. Felipe Lorensini – EMATER)

14:30 - 15:30 – Reprodução de vacas de leite: Mortalidade embrionária (Prof., Dr. Alfredo Quites Antoniazzi – UFSM)

15:30 - 16:00 – Milk Break

16:00 – 17:30 – Mesa redonda: Necessidade de leite pelas indústrias instaladas na Região Norte do Rio Grande do Sul

 

Quinta-Feira - 20/10

 

8:30-9:00 – Procedimentos do MAPA em relação a inspeção de produtos lácteos (Dr. Alexandre Trindade Leal – MAPA)

9:00 - 09:30 – Produção de leite da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato - Resultados entre 2009 e 2012 (Profa. Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho – UFSM)

09:30 - 10:00 – Programa Produza Alimento Colha Saúde (Dulcenéia Haas Wommer – EMATER)

10:00 - 10:15 – Milk Break

10:15 - 11:30 – Avaliação fenotípica de fêmeas da raça Holandês (Med. Vet., José Ernesto Wunderlich Ferreira – Jurado oficial da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandês

12:00 - 13:00 – LIVRE PARA ALMOÇO

13:00 - 16:00 – Visitação as cinco estações de campo em que serão abordados assuntos técnico-científicos com demonstração

Estações de campo que serão apresentadas:

1ª Estação = Sobressemeadura de leguminosas em pastagem de tifton (Cynodon spp.) (Eng. Agr., Luiz Eduardo Avallone Velho – EMATER)

2ª Estação = Crescimento das bezerras leiteiras (Zoot. Marcos André Piuco – Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato)

3ª Estação = Produção e qualidade do leite para consumo in natura e produção de derivados lácteos (Prof., Dr. José Laerte Nörnberg – UFSM e Profa., Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho – UFSM)

4ª Estação = Alimentação e nutrição de vacas em lactação (Prof., Dr. João Pedro Velho – UFSM)

5ª Estação = Produção e manejo de alfafa (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida – UFSM)

Laticínios gaúchos irão a Brasília no início de outubro para reunião com lideranças do governo federal com o intuito de limitar as importações de lácteos do Uruguai. A decisão foi tomada em reunião nesta segunda-feira (26/9), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. O pedido, que vem sendo encaminhado nos últimos meses, é visto pelo setor como estratégico para regular o mercado brasileiro, onde os preços do leite entram em declínio em função do aumento da oferta. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a estratégia é estabelecer uma espécie de gatilho que libere a importação apenas em alguns momentos do ano. “Precisamos dessa ferramenta para manter a viabilidade das indústrias e do produtor”, salientou, lembrando que a deliberação tem apoio do Conseleite. A comitiva pretende se reunir com representantes do Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores.

No encontro de laticínios, as indústrias ainda debateram as propostas a serem remetidas ao Agro+ Gaúcho de forma desburocratizar o setor lácteo no Rio Grande do Sul. As empresas montaram grupo de trabalho para debater a questão e compilar até o dia 3 de outubro os apontamentos do segmento. Na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda fez um relato sobre as potencialidades de mercado verificadas durante viagem ao Oriente realizada neste mês com a comitiva do governo brasileiro. Ele detalhou as ações e visitas realizadas a redes varejistas na Coreia do Sul, Tailândia, Hong Kong e China. Entre as peculiaridades apontadas está a preferência e a consequente valorização dos lácteos importados. “Mesmo sendo mais baratos, os lácteos produzidos localmente não têm tanta demanda”, citou.

Também foi tratada da programação do Avisulat 2016, evento que será realizado de 23 a 24 de novembro, em Porto Alegre. Além da agenda técnica voltada aos laticínios e aos produtores no dia 24/11, foi apresentado projeto para um simpósio para nutricionistas no dia 23/11. A pretensão é provocar o debate sobre questões técnicas relacionadas ao consumo de lácteos de forma a orientar os consumidores. Na agenda do Sindilat também está a próxima edição do Fórum Itinerante do Leite, que será realizado no dia 24 de outubro, em Santa Maria. Na reunião, Palharini convidou os dirigentes das empresas presentes a participarem do debate, que busca coletar informações importantes para o setor.

Crédito: Carolina Jardine

 

 

Primeira Noite do Fórum
Créditos: Tiago Bald / Emater RS

A expansão das exportações de lácteos brasileiros é apontada como medida eficaz para a estabilização do mercado interno. A posição foi defendida pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante o painel “Qualidade do leite, cenário e ações governamentais”, no 10º Fórum Tecnológico do Leite, no Colégio Teutônia, em Teutônia, na noite desta quarta-feita (21\09).

O dirigente ainda salientou a necessidade de monitorar a entrada de leite de outros países do Prata de forma a evitar a super oferta de leite no mercado brasileiro. O Sindilat está negociando junto ao Ministério da Agricultura a adoção de cotas de importação do Uruguai. Durante o evento, Guerra esteve acompanhado por representantes do Senar, Emater, Fetag e SDR, e ainda pontuou a importância dos tambos gaúchos ampliarem a produtividade por animal e de manter investimentos constantes na sanidade do rebanho.

Durante o 10º Fórum Tecnológico do Leite, a produção foi debatida com produtores rurais, estudantes da escola técnica e autoridades ligadas ao setor lácteo.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assumiu a presidência do Conseleite/RS em substituição ao diretor da Farsul Jorge Rodrigues, que agora responde pela vice-presidência. A transmissão do cargo, que já estava prevista desde a eleição em 2014, foi realizada em almoço na sede da Farsul nesta quarta-feira (21/9). Segundo ele, a expectativa é manter o trabalho que vem sendo realizado junto ao colegiado com o objetivo de dar ao setor subsídios para entender as dinâmicas de produção láctea do Rio Grande do Sul. Ao assumir, relatou as dificuldades enfrentadas pelo setor com as altas importações de lácteos dos países do Prata.

No encontro desta quarta-feira, o Conseleite deliberou por adotar ações junto ao governo federal para solicitar redução das importações de lácteos e pela abertura de linhas para aquisições governamentais de leite em pó que ajudem a reequilibrar o mercado. Guerra ainda relatou trabalho realizado durante a Expointer, quando o Sindilat apresentou ao ministro Blairo Maggi argumentação sobre a necessidade de criação de cotas para limitar o ingresso de leite uruguaio no Brasil. “A pauta foi encaminhada e estamos em contato como o ministro Blairo Maggi para ajustar esse mercado”, pontuou.

QUEDA DO PREÇO - No encontro, a equipe da UPF apresentou levantamento referente ao preço de referência do leite no mês setembro. Segundo dados do Conseleite, a projeção é de R$ 1,0054 por litro, queda de 14,29% em relação ao consolidado do mês anterior (R$ 1,1731 em agosto). Entre julho e setembro, a redução do preço do leite soma 23,85%. “No mês, o leite UHT caiu 22,45%, o que puxou a tendência de queda do preço do leite no Rio Grande do Sul uma vez que tem peso importante no mix de produtos”, pontuou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.

Guerra pontua que os dados de setembro refletem a retomada da produção no campo, já que, após meses de baixa captação, os animais voltaram a produzir a pleno no Rio Grande do Sul. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que há algumas questões que precisam ser olhadas mais de perto no setor. “A situação é muito crítica porque estamos com preço muito abaixo do que deveria. É verdade que há mais oferta no mercado, mas o produtor está em uma apreensão grande”. Segundo ele, a dúvida é “quem vai resistir nesse mercado.” Presente ao encontro, o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, alegou que produtores investiram em adubação e ração para elevar a produção nos últimos meses e essa queda de preço será um balde de água fria no campo.

Ao encerrar sua participação na comitiva governamental à Ásia, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a prospecção de mercados feita pelo sindicato no Oriente será apresentada aos estados que compõem a Aliança Láctea (RS, SC e PR) para que, em bloco, a Região Sul tenha mais força nas negociações de novos mercados para os produtos brasileiros. O assunto deve ser tratado no próximo encontro e ainda deve passar por debate interno na próxima reunião de associados do Sindilat no dia 26 de setembro em Porto Alegre (RS). "O setor lácteo gaúcho era a única representação do segmento na comitiva e estamos atentos às oportunidades para nossas empresas. Mas atender a um mercado tão superlativo quanto os que visitamos requer uma ação conjunta a ser planejada", pontuou. A ideia, ampliou Palharini, é criar uma agenda mais focada no setor lácteo no Oriente e promover, no futuro, uma comitiva com representantes de toda a Região Sul para adiantar as tratativas. Um parceiro o setor lácteo já tem. Após o contato nesta missão, a Embaixada brasileira de Bangkok, na Tailândia, ficou de intermediar o contato entre o Sindilat e o setor varejistas local. 
 
A missão do Sindilat à Ásia passou pela Coreia do Sul, Hong Kong, China e encerrou-se pela Tailândia. Segundo Palharini, que esteve com empresários e visitou redes varejistas para conhecer mais sobre os hábitos de consumo dos orientais, Bangkok foi uma grata surpresa e sinaliza para um promissor potencial comprador. Isso porque a região recebe 26 milhões de turistas todos os anos, o que amplia o mix de produtos lácteos em oferta tanto na rede hoteleira quanto nos supermercados. Para se ter um ideia, o Brasil recebe cerca de 6 milhões de turistas por ano. "Essa capital tem um potencial enorme que se mostra para o Brasil, pois tem uma ampla variedade de produtos lácteos à venda, queijos e leites enriquecidos e orgânicos. Mas não se vê produtos da América do Sul por aqui. O potencial turístico torna a região um mercado interessante a ser desbravado”. Uma das dificuldades a ser superada, cita o executivo, é a questão da língua tendo em vista a grande dificuldade que a própria Embaixada brasileira tem que conseguir interpretes do Tailandês.