
A necessidade da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul foi discutida em audiência pública nesta segunda-feira (17/08) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O encontro contou com a participação de entidades e órgão públicos ligados à área. A questão é importante porque o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação permitiria o acesso da carne do RS a mercados hoje restritos. O status é entendido pela maioria dos participantes como uma meta a ser atingida. Atualmente, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Sérgio Turra (PP), coordenou a audiência.
Segundo o chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário, exige um enfoque técnico-científico nesta decisão. “O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa e, a partir disso, monta-se um futuro plano de ação.” explicou.
No Rio Grande do Sul, o último foco da doença foi registrado em 2001 e, desde o ano seguinte, não há circulação do vírus no território gaúcho. No Brasil, somente Santa Catarina tem a condição de livre de febre aftosa sem vacinação.
Para se enquadrar às normas exigidas pela OIE é preciso cumprir requisitos técnicos que vão da análise do sistema de vigilância sanitária, passando pelo controle eficiente até o volume de recursos necessários para cobrir esses gastos. “No momento em que se para de vacinar, por exemplo, a responsabilidade será toda do governo. Sem um grande consenso, não teremos condições de avançar. O estado, a União e os produtores rurais estão fazendo a sua parte, mas questões como imunização e eficiência vacinal fazem parte de um processo necessário e longo”, advertiu o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado (Seapa), Ernani Polo, que participou do encontro.
Para o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, é preciso cautela para garantir segurança com a suspensão da vacinação. O presidente da o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, disse que a decisão deve ser fruto de um consenso, mas que para atingir alguns mercados internacionais, o RS deverá avançar no status sanitário.
Fonte: Com informações da Assembleia Legislativa do RS
Um robô com capacidade de identificar e ordenhar vacas começou a funcionar nesta sexta-feira (14/08) numa propriedade leiteira no município de Paraí, no Interior do Rio Grande do Sul. Esse é o primeiro equipamento a entrar em operação no Estado. Sozinho, ele tem capacidade de identificar o animal, por meio da leitura de um sensor, destinar a quantidade de ração ideal, fazer a higienização e, posteriormente, a ordenha. E mais do que isso. Durante o processo de retirada do leite, o robô consegue identificar a qualidade do leite, separando aquele que não seja adequado.
O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) iniciou nesta semana uma forte mobilização junto aos deputados estaduais contra o Projeto de Lei 214, que teve pedido de urgência encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa. A proposta ingressou na Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira (12/8) e passará a trancar a pauta. Pelo regramento, os deputados têm até o dia 8 de setembro para votarem a matéria em plenário.



