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07/05/2015

jmJair da Silva Mello é Engenheiro Agrônomo, formado na Faculdade de Agronomia da Universidade de Passo Fundo/RS, com especialização em Produção Animal na mesma Universidade e no INTA Rafaela/Argentina. Tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Mestrado Profissional em Desenvolvimento Rural.

Sempre atuando no Agronegócio Cooperativo, ele desenvolveu diversas atividades e projetos, tanto na produção vegetal quanto na produção animal. Trabalhou na COTRIJUI até 2006, onde desempenhou desde a função de Extensionista e de Diretor de Produção Agropecuária.

Atualmente é Gerente da CCGL – Cooperativa Central Gaúcha Ltda., em Cruz Alta/RS, onde é o responsável pelo suprimento de leite à fábrica, pela área de difusão de tecnologias e pela organização junto as Cooperativas das metas e estratégias dos processos de compra e precificação.

Já tendo ministrado aulas em cursos de pós graduação e especialização, além de palestras em eventos de pecuária leiteira, Jair participará pela primeira vez do Interleite Sul, e entra para o portfólio de profissionais de sucesso que o MilkPoint reúne em seus eventos.

O gerente de Suprimento de Leite da CCGL será um dos destaques do evento, que será realizado em Foz do Iguaçu, PR, entre 18 e 19 de junho próximo, abordando o tema “Diretrizes e resultados de um programa de assistência técnica implantado pela industria” na manhã do dia 19 de junho.

Abaixo o MilkPoint entrevistou Jair para adiantar alguns pontos da palestra, confira:

MilkPoint: Nas últimas 2 décadas, a maior parte dos serviços de assistência técnica das empresas de laticínios (incluindo cooperativas) foi reduzida. Agora, parece haver um movimento contrário? Você concorda? Por quê?

Jair da Silva Mello: Concordo, porque somente uma assistência técnica de qualidade e eficaz é capaz de fazer o produtor crescer com renda e sustentabilidade. Quando as Cooperativas e empresas reduziram esse serviço, o produtor ficou a mercê do mercado, muito focado na relação comercial de compra e venda (preço) e a gestão ficou de lado.

MP: Quais os pilares do trabalho da CCGL nesse quesito?

JM: A CCGL está focada num trabalho que trás renda ao produtor, melhoria na qualidade de vida da família e sustentabilidade ambiental. Buscamos a melhoria contínua dos indicadores zootécnicos e econômicos, como: aumento na produtividade da vaca, produtividade da terra e da mão de obra, com redução no custo de produção e aumento de renda, via a utilização de tecnologias simples e que entregam resultado.

MP: O que, em sua opinião, fideliza o produtor ao laticínio?

JM: A relação clara de parceria e a confiança no negócio. Não é apenas preço, mas um trabalho com diferencial que agregue valor ao produtor.

MP: O RS passou por situações difíceis nos últimos anos, em função de denúncias de fraudes e problemas com empresas. O que isso vem gerando de mudanças no setor?

JM: Profissionalização da cadeia leiteira, com empresas sérias e produtores comprometidos, resultando em segurança e qualidade do leite produzido.

MP: Quem for ao Interleite Sul, em 18-19 de junho, sairá com que informações de sua apresentação, em linhas gerais?

JM: Poderá ver e ouvir sobre os resultados de um trabalho focado no produtor, na renda e na família, desenvolvido por Cooperativas. Resultados de produtores que irão permanecer e crescer na atividade, com profissionalismo, gestão e sucessão familiar.

07/05/2015

GD 20150501203547aftosaComeçou nesta sexta feira (01) mais uma campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. O ato oficial, foi realizado no município de Três de Maio, na propriedade do produtor Neri Schroer, na localidade de Lajeado Cachoeirinha e contou com a participação do governador José Ivo Sartori e do Secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo.

A Secretaria da Agricultura e Pecuária vai manter em 100% a aplicação dos recursos de R$ 8 milhões alocados em 2014 para o orçamento deste ano, destinados a aquisição de vacinas contra a febre aftosa para doação. Vão ser distribuídas vacinas gratuitas para produtores com até 30 animais enquadrados no Pronaf e PecFam – o que representa 78% dos pecuaristas. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a Febre Aftosa. Há 13 anos o Estado é livre da doença – último foco foi registrado em 2001. A campanha de imunização segue até o dia 31 de Maio. “É o Estado cumprindo seu papel de garantir a sanidade do rebanho gaúcho, uma vez que cerca de 80% dos pecuaristas estão sendo atendidos pela campanha” , disse o governador Sartori.

“É importante salientar que com este cumprimento dos recursos orçamentários, sem sofrer cortes, vamos atender a ampla maioria dos proprietários de bovinos do RS. Demos o pontapé inicial para a campanha, que, temos convicção, será bem sucedida. o produtor precisa estar atento as medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços no sentido de avançar em nosso status sanitário”, afirma o Secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo.(Secretaria da Agricultura)

06/05/2015

O resultado do leilão gDT desta terça-feira (05/05) apresentou queda de -3,5% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.515/tonelada.

O leite em pó integral teve queda de 1,8%, sendo cotado a US$ 2.386/tonelada. No acumulado dos últimos cinco leilões, o leite em pó integral caiu 27,1%, voltando aos níveis de preços verificados entre o final de 2014 e início de 2015.

O leite em pó desnatado apresentou queda ainda mais expressiva em seus preços (-7,5%), sendo cotado a US$ 2.048/tonelada. Esse é o menor valor da série nominal de preços do leite em pó desnatado desde que passou a participar do leilão GDT, no início de 2010.

Já o queijo Cheddar teve variação positiva nos preços, finalizando o leilão a US$ 3.012/tonelada, aumento de 9,1%.

Gráfico 1. Histórico de preços do gDT

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Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

O volume comercializado apresentou aumento de 6,9% com relação ao último leilão, com 27.369 toneladas vendidas. Na comparação anual, o volume vendido no leilão foi 28,3% menor.

Gráfico 2. Volumes comercializados vs. preços médios

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Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

O preço médio dos produtos lácteos foi 36,3% menor do que em 2014, tendência que vem ocorrendo desde o final do primeiro semestre de 2014. Reflexo, principalmente, da desaceleração da demanda chinesa.

Gráfico 3. Histórico de variação com relação ao preço do ano anterior de preços do gDT

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Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade.

06/05/2015

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o vice-presidente, Guilherme Portella, e o secretário executivo, Darlan Palharini, participaram, nesta quarta-feira (6/5), do lançamento do Plano de Defesa Agropecuária, no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

O Plano de Defesa Agropecuária foi entregue à presidente pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. Segundo o Mapa, o plano define estratégias e ações para evitar e combater a pragas nas lavouras e doenças nos rebanhos brasileiros.
O governo diz que, com o plano, o país promoverá o desenvolvimento sustentável do agronegócio, garantindo a preservação da vida e da saúde das pessoas e dos animais, a segurança alimentar e o acesso a mercados.

O PDA, acrescenta o Mapa, introduz um novo modelo de gestão eficiente, capaz de fortalecer uma ação conjunta em nível federal, estadual e municipal. O plano vai atualizar diversas normas sanitárias à realidade do agronegócio do país, além de adaptar procedimentos e capacitar ainda mais os técnicos a tomarem decisões na área sanitária com base em conhecimento científico e análise de risco, de acordo com o ministério.

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O Plano de Defesa Agropecuária está concebido para os próximos cinco anos, dividido em duas etapas. A primeira será executada até junho de 2016 e a segunda, até 2020.

No caso dos laticínios, a fiscalização deverá ser periódica, com alternância de fiscais e emissão de relatórios das empresas, o que modernizará o trabalho e dará mais garantia de qualidade e agilidade no processo. A fiscalização permanente e com fiscais fixos continuará sendo praticada nos frigoríficos de bovinos, suínos e aves.

Seis pontos principais alicerçam o PDA, conforme o Mapa:

1. Modernização e desburocratização: informatizar e simplificar processos a fim de agilizar a tomada de decisões e reduzir em 70% o tempo entre a solicitação de um registro e sua análise final.
2. Marco regulatório: atualizar a legislação vigente e padronizar diretrizes que atualmente estão contrapostas nas diversas esferas federativas. Criar condições necessárias para a instituição de um Código de Defesa Agropecuário.
3. Suporte estratégico: com apoio das universidades, desenvolver a técnica de análise de risco para pragas e doenças. Assim, reduzir em 30% os custos da defesa agropecuária.
4. Sustentabilidade econômica: levantar o custo da defesa agropecuária a fim de projetar os valores reais necessários para a área. Disponibilizar recursos para convênios com as 27 unidades da federação e regulamentar o Fundo Federal Agropecuário.
5. Metas de qualidade: modernizar o parque de equipamentos tecnológicos e ampliar programas de controle e erradicação de pragas e doenças, como febre aftosa, influenza aviária, peste suína clássica, mosca das frutas, brucelose e tuberculose, entre outras.
6. Avaliação e monitoramento do PDA: secretarias estaduais e municipais, órgãos da agricultura e o Mapa acompanharão o cumprimento das cinco metas. Para isso, serão criados comitês regionais e canais de comunicação com Fiscais de Defesa Agropecuária.
*com informações da Assessoria de Comunicação Social do Mapa

05/05/2015

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de cerca de 19 milhões de dólares em abril, mais que o dobro do déficit apresentado em março, que havia sido de 8,7 milhões de dólares.

As importações cresceram de forma modesta, 1,5% (US$ 37,6 milhões), mas o principal fator que causou o aumento do déficit foi a queda das exportações, que diminuíram 34,5%, caindo de 28,3 milhões de dólares em março para 18,6 milhões de dólares em abril.

Tabela 1: Balança Comercial de Lácteos – Abril de 2015

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Os produtos que tiveram maior diminuição no valor exportado foram o leite em pó integral (-30%) e o leite condensado (-54%). Juntos, ambos produtos foram responsáveis por uma redução de US$ 9 milhões nas exportações de lácteos do Brasil.

Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$16,1 milhões, +4,9% no valor importado), leite em pó desnatado (US$ 8,4 milhões, -25,9%) e queijos (US$ 7,5 milhões, +25,5%).

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (57,7%), seguido por Argentina (38,7%) e alguns volumes trazidos do Chile (3,6%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 93,3 milhões de litros em abril, queda de 1,1% sobre março. Já as exportações em equivalente-leite tiveram queda de 34,7%, totalizando 30,7 milhões de litros.

Gráfico 1: 2015 x 2014 x 2013 - Importações em equivalente leite (milhões litros/mês)

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Gráfico 2: 2015 x 2014 x 2013 - Exportações em equivalente leite (milhões litros/mês)

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

05/05/2015

6Após divulgar que apenas 25% dos imóveis rurais do país foram registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 2 de maio deste ano, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou segunda-feira (04/05) que a data para adesão será prorrogada para 5 de maio 2016, ampliando o prazo para os produtores rurais que não conseguiram se inscrever.

Segundo o novo Código Florestal, de 2012, os agricultores teriam até essa terça (05/05) para cadastrar seus imóveis rurais no sistema do CAR (Siscar), mas a possibilidade de prorrogação por mais um ano também estava prevista na lei.

A decisão da ministra do Meio Ambiente foi formalizada em portaria assinada ontem e que será publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

O governo vinha sendo pressionado nos últimos dias por várias entidades do agronegócio que pediam mais tempo para os agricultores que ainda não concluíram o processo. O Ministério do Meio Ambiente recebeu 48 pedidos de secretários de meio ambiente, produtores, Ministério Público e bancadas parlamentares para que a data final fosse estendida.

O MilkPoint divulgou aqui que na última quinta­-feira, 30 de abril, um decreto da presidente Dilma Rousseff já havia autorizado à ministra Izabella Teixeira a prorrogar os prazos do CAR. Antes, essa competência era da Presidência da República.

O Serviço Florestal Brasileiro também informou ontem que apenas 52,8% das áreas de imóveis rurais passíveis de cadastro foram inseridas no Siscar, o equivalente a 196,7 milhões de hectares. Ao todo, foram cadastrados 1,4 milhão de imóveis rurais até o último dia 2 de maio.

A ministra ainda informou que somente entre a quinta-­feira, 30 de abril, e o sábado, 2 de maio, o sistema do CAR recebeu a adesão de 30.753 hectares de propriedades rurais. O total de área passível de cadastro no país, porém, é de 373 milhões de hectares.

Segundo Izabella Teixeira, apesar de o governo ter comemorado o fato de 65% dos assentamentos de reforma agrária do país terem aderido ao CAR, a maior dificuldade de cadastro é em pequenas propriedades rurais, onde o governo pretende fazer um trabalho especial para incentivar a adesão. Isso porque dentro do universo de imóveis passivos de cadastro o maior número é de pequenas propriedades.

Dentre todos os imóveis cadastrados no Siscar, o maior porcentual de adesão está entre os de até 100 hectares, que correspondem a 82,8% das propriedades cadastradas. O Estado com a maior adesão proporcional à sua área passível de cadastro é o Mato Grosso, com um índice de 99%. O Estado tem propriedades de grande porte e é o maior produtor nacional de soja.

A menor adesão veio do Estado do Rio Grande do Sul, que mostrou desempenho inferior a 1% em hectares cadastrados.

Contudo, a região com o melhor indicador de adesão ao CAR foi a Norte, onde foram inscritas 70% das áreas passíveis de cadastro.

"Considerando 2014 como um ano muito complexo do ponto de vista político, um ano de eleições, tivemos um bom desempenho no CAR", afirmou a ministra juntamente com o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário. "A expectativa é que ainda em 2015 possamos ter a adesão de 100% das propriedades", acrescentou.

As informações são do Jornal Valor Econômico.

05/05/2015

IMG 9086A importação de produtos lácteos está ameaçando e preocupando a cadeia produtiva do setor. Por isso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, está em Brasília levando o assunto ao conhecimento de deputados e senadores nesta terça e quarta-feira (05 e 06). Ao mesmo tempo, o dirigente está solicitando esforços das autoridades para a abertura de novos mercados aos lácteos brasileiros, na condição de contrapartida de acordos comerciais. Estão na mira do setor lácteo nacional países como México, Rússia, Venezuela e Colômbia.

Conforme números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2015, contra 22,4 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 28%, representando 6,4 milhões de quilos). Já as exportações de leite e lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. No primeiro trimestre de 2014, o país exportou 21,7 milhões de quilos e, no mesmo período em 2015, apenas 13,9 milhões de quilos (queda de 36%, equivalendo a 7,8 milhões de quilos).
Analisando a balança comercial, vê-se que entraram no país 14 milhões de quilos a mais de produtos do exterior para concorrer com a produção nacional de lácteos. Esse volume corresponde a 18 dias de produção do Rio Grande do Sul.

Outro dado impactante refere-se às importações de leite em pó integral e desnatado, que foram de 8,9 milhões de quilos no primeiro trimestre de 2014 e 19,8 milhões de quilos nos três primeiros meses deste ano – aumento de 122%. Quer dizer, nesse item, o volume importado muito mais que dobrou.

O Sindilat entende a existência e o funcionamento do mercado internacional, mas acredita também que o setor produtivo e o Poder Público têm de avaliar formas de proteção da produção nacional. Afinal, por trás dessa produção, no caso do Rio Grande do Sul, há cerca de 120 mil famílias de produtores de leite (1,2 milhão, tratando-se do país) e laticínios de todos os portes que estão lutando para superar um mau momento de preços e de rentabilidade.

Entre outros políticos, o SINDILAT contatou em Brasília O Deputado Federal Luiz Carlos Hainze, PP-RS (foto). 

 

 

04/05/2015

escola leite região anta gorda joao favini putingaOs produtores de leite da região de Progresso estão convidados a participar do Projeto Escola do Leite, da Dália Alimentos. As aulas terão início no dia 5 deste mês e se estenderão até fevereiro de 2016.

No total serão dez módulos abordados: Gestão e Planejamento da Atividade Leiteira, Qualidade do Leite e Manejo de Ordenha, Controle de Mastites, Pastagens de Inverno e Verão, Melhoramento Genético, Produção de Pastagens Cultivadas, Criação de Terneiras e Novilhas, Conforto e Bem-Estar de Vacas Leiteiras, Manejo Nutricional do Rebanho e Reprodução de Vacas Leiteiras.

Os municípios visitados pela estrutura da Escola do Leite serão Progresso, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Sério, Marques de Souza, Barros Casal, Pouso Novo e Fontoura Xavier. As aulas da escola serão ministradas em propriedades de associados, sendo que cada participante deverá frequentar 100% dos encontros para receber o certificado ao final dos dez módulos.

O projeto envolve uma Sprinter equipada com sistema de áudio e vídeo, que percorrerá diversas propriedades com uma sala de aula itinerante. O projeto consiste em aulas referentes a conteúdo da cadeia leiteira e substitui o modelo tradicional de assistência técnica, que demanda a visita do técnico em agropecuária em cada propriedade.

O supervisor de gado leiteiro da Dália Alimentos, Fernando Oliveira de Araujo, justifica a escolha da região para receber o projeto, ressaltando que, nos últimos anos, houve um expressivo crescimento em números de associados e em produção de leite entregue. “Com isso detectamos uma dificuldade em oferecer uma assistência técnica de qualidade, já que muitos produtores recebiam apenas duas visitas por ano. Assim, a Escola do Leite irá intensificar os encontros entre os produtores da região e os técnicos da cooperativa, que agora terão a oportunidade de participar de dez encontros anuais que tratarão de temas específicos sobre produção de leite”, comenta.
O calendário completo, com datas e locais das aulas, pode ser conferido no site: www.dalia.com.br

04/05/2015

195248 tecnologiaAlém dos grandes tratores, colheitadeiras, aviões e helicópteros, que predominam na Agrishow, aqui em Ribeirão Preto, também há espaço para a inovação tecnológica em todos os segmentos do agronegócio, da produção, da industrialização, da embalagem e da distribuição de alimentos. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, mostra o resultado de suas pesquisas, inclusive uma que está chamando muita atenção, sobre o desenvolvimento do plástico comestível, com uma infinidade de aplicações. Seu desenvolvimento aproveita rejeitos de alimentos, como tomate, beterraba, cenoura, mamão e maracujá e, ao ser usado, envolvendo de pizzas a aves, não precisa ser descartado na hora do preparo dos alimentos.

A Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP), está usando sobras de goiaba e espinafre. A pesquisa já custou R$ 200 mil, e o produto resultante substitui o material sintético e tem a mesma resistência e textura dos plásticos convencionais. Como pode ser ingerido, terá vários usos na indústria de embalagens. Sachês de sopa, por exemplo, vão direto à panela com água fervente.

O envoltório de aves já pode conter o tempero. Os plásticos comestíveis também aumentam o tempo de vida dos alimentos nas prateleiras, com a adição de quitosana — um polissacarídeo formador da carapaça de caranguejos, que tem propriedades bactericidas. O chefe-geral da Embrapa Instrumentação e coordenador da pesquisa, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, garante que o trabalho de desenvolver filmes a partir de frutas tropicais é pioneiro no mundo, por utilizar rejeitos da indústria alimentícia. “Isso garante duas características de sustentabilidade: o aproveitamento de rejeitos de alimentos e a substituição de uma embalagem sintética que seria descartada”, afirma Mattoso. (Jornal do Comércio)

04/05/2015

TABELA CORREIO DO POVOEstão concluídos na Secretaria da Fazenda os estudos sobre quais alterações na área fiscal podem ser feitas para que o governo reestruture as finanças. São três conjuntos de propostas, todos de incremento de receitas: diminuição das desonerações fiscais, aumento de ICMS e cobrança da dívida ativa. Entre eles, vem ganhando fôlego na Fazenda o que trata das desonerações, defendido também pelas entidades de servidores estaduais. A medida, contudo, sofre forte restrição de segmentos do empresariado, afetado pelas mudanças, e que sempre lembra o cenário de guerra fiscal existente no país.

O governador José Ivo Sartori assumiu disposto a rever as desonerações, mas de imediato foi advertido sob a ameaça de fuga de empreendimentos que paira sobre a medida. Sartori e parte de sua equipe consideram, contudo, que há margem para mudança. Dos R$ 13,1 bilhões ao ano em desonerações de ICMS que o RS concede hoje a empresas, é sobre um montante de R$ 7 bilhões que a Fazenda se debruçou, identificando onde podem ser reduzidas.

Os R$ 7 bilhões são a soma das desonerações por força infraconstitucional ou reguladas pelo Estado, como a não incidências de impostos, imunidades, isenções, reduções de base de cálculo, créditos presumidos, não estorno de créditos e estatuto de micro e pequenas empresas. Os outros R$ 5,8 bilhões são de desonerações por força constitucional (entre elas as decorrentes da Lei Kandir) e cuja mudança precisaria ser negociada com a União.

Para a fatia sob poder do Estado, há pelo menos quatro alternativas. Uma é a análise por setores, com medições periódicas sobre a efetividade dos incentivos, seu retorno para o Estado e os contribuintes, vinculada à possibilidade de perda do benefício. A segunda é a instituição de mecanismo que obrigue a publicação de todos os incentivos concedidos, identificando beneficiados, valores e prazos. A terceira é a não renovação, a criação de barreiras de redução ou escalonamento a incentivos cujos prazos terminam e para setores com carga tributária negativa. A quarta alternativa é tema de debate na Fazenda: consiste em estabelecer em orçamento um valor limite para parte das finalidades das desonerações. (Correio do Povo)