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A abertura de novos mercados, como Rússia e China, será imprescindível para a recuperação de preços dos produtos lácteos em 2016.O assunto foi abordado na sexta-feira passada (23/10) no Seminário Regional do Leite, em Frederico Westphalen pelo o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto. “O nosso desafio é expandir a exportação, produzir com qualidade, aumentar a oferta de produto e qualificar a gestão da propriedade para produzir sempre melhor, buscando a sustentabilidade da atividade”, disse. 

A declaração do secretário vai de acordo à posição do Sindicado da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), que, na ocasião, estava representado pelo seu secretario-executivo,DarlanPalharini. Segundo ele, a saída para elevar a rentabilidade do setor produtivo e a margem de lucro das indústrias é aproveitar a demanda existente no mercado internacional, em um momento em que a questão cambial favorece o produto brasileiro.

Palharini também pontuou a necessidade de se criarferramentas que incentivem a exportação de lácteos para outros países como a Rússia, China e Japão, entre outros, que já importam proteínas do Brasil, e o lácteo tem que estar junto nessa pauta. Não sendo mais moeda de troca para o país importar lácteo, até porque o Brasil é o quinto maior produtor no mundo, mas como exportador é um dos países com a menor cota no mundo.

Durante o evento, que foi marcado pela presença de autoridades e lideranças, também foi discutida a criação de um Programa Estadual de Incentivo à formação de pastagens perenes, aprimorando o Troca-Troca de Sementes. No encontro, trataram ainda da necessidade de uma fiscalização mais igualitária no que se refere à qualidade do leite e a criação de uma Câmara Setorial Regional do Leite, nas regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea.

Foto: Evento contou com a presença de representantes do setor lácteo

Crédito: Marcela Buzatto

O Rio Grande do Sul vem registrando significativos avanços na luta contra a brucelose e a tuberculose no rebanho leiteiro. Em palestra na manhã desta sexta-feira (23/10), durante o 2º Simpósio Nacional da Vaca Leiteira, a médica veterinária e consultora do Fundesa Letícia Vieira Cappiello pontuou que o Estado é pioneiro em políticas de estímulo à sanidade das vacas leiteiras e citou as recentes indenizações paga pelo abate de animais reagentes à brucelose e tuberculose.

Em sua manifestação, a consultora mencionou a implementação, em 1º de outubro, de lei que permite investimento de créditos de PIS Cofins em ações que se revertam na qualidade do leite. O projeto está no escopo no novo programa lançado pelo governo federal Mais Leite Saudável. No RS, explicou ela, o Sindilat orientou seus associados a implementarem ações voltadas aos controle da brucelose e tuberculose.

Apesar da adesão da maioria dos associados e dos avanços já obtidos no Estado, a veterinária alertou que os índices de tuberculose no país ainda são preocupantes. Conforme informações do Ministério da Agricultura, em cada 100 propriedades brasileiras, 17 possuem pelo menos 1 animal positivo para tuberculose.

Durante o evento, que tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Letícia ainda apresentou o vídeo institucional criado para a Vitrine do Leite.

O pagamento de bonificações por sólidos por parte dos laticínios brasileiros vem trazendo impacto direto no manejo nutricional dos rebanhos. Pensando em maximizar os resultados dos tambos e garantir altos índices de gordura e proteína ao leite que chega à indústria, o professor da Universidade Federal do Paraná,  Rodrigo Almeida, apresentou novas tendências sobre a composição da dieta durante o 2º Simpósio Nacional da Vaca Leiteira. O evento teve início nesta sexta-feira (23/10) e segue até amanhã, em Porto Alegre. Reunindo painelistas nacionais e internacionais, o seminário é uma promoção dos formandos em Medicina Veterinária de 2016/2 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Em sua palestra, o pesquisador detalhou novos estudos que indicam o melhor mix a ser ofertado aos animais dependendo das demandas de cada propriedade. O importante, alerta ele, é estabelecer uma relação equilibrada entre volumosos e concentrado de forma a garantir a quantidade de leite produzida e os níveis de gordura e proteína.Também citou a importância da silagem ser ofertada em tamanho adequado que maximize seu aproveitamento sem alterar o PH do rúmen, o que reduz as taxas de gordura do leite.

O impacto das chuvas na produção de leite do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foi o principal tema da reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada nesta quarta-feira (22/10), em Castro-PR, onde ocorre a Agroleite 2015. “Estamos preocupados com a redução de captação na produção do Estado”, disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que participou do encontro.

Também estavam presentes os secretários da Agricultura do Sul do país e dirigentes de entidades que representam o setor lácteo, além de lideranças ligadas ao agronegócio. Durante o encontro, ainda foram debatidos assuntos como a adequação de aspectos tributários, a busca do mercado externo e o fortalecimento de ações comuns entre os três estados.

A Agroleite, um evento técnico voltado a todas as fases da cadeia do leite, teve inicio dia 20/10 e vai até 24/10. Fóruns, seminário internacional e painel para se discutir genética, alimentação e qualidade animal fazem parte da programação, que também conta com exposição de animais, torneio leiteiro, clube de bezerras, leilão, dia de campo e dinâmica de máquinas.

 

Os organizadores do Avisulat 2016 reuniram-se nesta quarta-feira (21/10) para alinhar as principais mudanças que serão implementadas no evento, o maior dos setores agroindustriais no Rio Grande do Sul. O Avisulat ocorrerá de 22 a 24 de novembro de 2016, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre Durante o encontro, realizado na sede da Asgav, foram acordadas algumas modificações no formato do congresso e a contratação de uma nova montadora para qualificar a infraestrutura a participantes e expositores. Um dos objetivos é elevar em 20% a participação do público e o volume de negócios fechados durante a exposição. 

Assim como em anos anteriores, o Avisulat integrará a 3º edição do Encontro Internacional de Negócios, que reúne fornecedores e importadores dos setores de aves, suínos e laticínios, e também contará com palestras, debates, apresentação de projetos da comunidade científica e resultados de pesquisas para tendências de mercado. O encontro contou com a participação do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, do presidente da Asgav, Nestor Freiberger, do diretor-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, e da representate do Sips Rejane Kieling.

 
Em face da Operação Leite Compen$ado 10, deflagrada nesta quarta-feira (21/10), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informa que apoia o Ministério da Agricultura (Mapa), o Ministério Público (MP) e a Receita no combate às fraudes e repudia qualquer ação que prejudique a qualidade do produto e crie concorrência desleal no setor. É necessário que a fiscalização atue firme em casos como esse a fim de garantir a confiança do consumidor e diferenciar a industria ética e séria, que faz um trabalho constante no controle da matéria prima.
 
Diariamente, milhares de pessoas trabalham arduamente no campo e nas indústrias para garantir que o leite chegue à casa do consumidor com qualidade.  “Infelizmente, há pessoa que visam apenas o lucro. O Sindilat repudia qualquer ação que macule a produção e tente enganar o consumidor”, declarou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo ele, ações como esta também são importantes para garantir uma concorrência justa entre as empresas, na medida em que coíbe fraudes fiscais que prejudicam o setor e o desenvolvimento econômico do Estado. 
 
Segundo informações do Ministério da Agricultura, o Rio Grande do Sul é líder nas testagens de leite, com mais de 105.000 amostras por mês, divididas nos três laboratórios credenciados: Embrapa (Pelotas), Univates (Lajeado) e Sarle (Passo Fundo). Também é destaque na qualidade dos resultados obtidos, uma vez que 99,7% das amostras estão dentro dos padrões da IN 62. “Toda e qualquer adulteração deve ser combatida e punida com o rigor da lei”, indicou Guerra. 

Levantamento divulgado nesta terça-feira (20/10) pelo Conselho Paritário do Leite (Conseleite) indicou alta de 3,25% no preço do leite em pó projetado para outubro (R$ 0,8391) em relação ao valor consolidado em setembro (R$ 0,8127), uma sinalização de que o mercado externo está ajudando a segurar os preços ao produtor e a rentabilidade da indústria. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o preço do leite em pó apresentou uma reversão no mês de outubro, atingindo, pela primeira vez no ano, valores acima dos obtidos em 2014. Até então, os preços praticados em todos os meses de 2015 estavam abaixo dos valores do ano anterior.

Segundo o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, exportar é o caminho para a sustentabilidade do mercado, que vem enfrentando estabilidade de preços do litro apesar do aumento de custos no campo. Presente à reunião na sede da Fecoagro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também confia em uma retomada puxada pela questão cambial, que torna a produção brasileira extremamente atrativa no exterior.

Em relação ao Leite Padrão, depois de meses de queda no preço do Conseleite, o litro voltou a ter sinalização modesta de alta no Rio Grande do Sul. Apesar do consolidado de setembro (R$ 0,8192) ter ficado 0,22% menor do que o projetado (R$ 0,8214), o valor previsto para o leite padrão em outubro deve ficar em R$ 0,8208. O indicador representa uma alta de 0,20% em relação ao consolidado do mês anterior. “O indicativo para outubro sinaliza estabilidade mesmo em uma época de tradicional redução de captação “, alega Rodrigues.

Reunidos com o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), líderes do setor lácteo gaúcho alinharam nesta segunda-feira (19/10) como será encaminhada a fusão entre o Projeto de Lei (PL) nº 101/2015, que cria o Transleite, e a proposta do Executivo, o chamado Prolácteos. Apesar de estar em tramitação na Assembleia Legislativa com parecer favorável na CCJ, é consenso do setor que a matéria precisa de ajustes. Desta forma, Souza definiu, em conjunto com representantes do Sindilat, Farsul, Fetag, Apil-RS e IGL, pelo congelamento da tramitação do PL 101 até o dia 29 de outubro, quando os representantes do setor voltarão a se reunir para apresentarem novas propostas ao texto. O Sindilat foi representado no encontro pelo 1º vice-presidente, Guilherme Portella, e pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. “Precisamos de um projeto que harmonize todo o setor, contemplando os interesses de governo, produtores e indústria”, salientou Palharini.

Segundo Souza, como as propostas não são conflitantes, há apenas pequenos detalhes a serem discutidos. Ele lembra que a própria cadeia encaminhou a maioria das demandas e concorda com a criação de uma ampla legislação capaz de abranger todos os aspectos da cadeia.“Queremos que todo o setor olhe o projeto, discuta e faça as contribuições necessárias para que possamos ter uma fiscalização que realmente funcione”, destacou. Com relação à agilidade na aprovação, o parlamentar garantiu que as discussões ocorrerão de maneira rápida e que, assim que se chegar a um acordo, o governo encaminhará o novo projeto em regime de urgência para a Assembleia Legislativa. "Até o dia 29, vamos buscar o compromisso do governo em enviar a pauta à Assembleia em regime de urgência, porque o setor tem pressa para essa regulamentação. Tem que ser aprovado ainda neste ano", salientou.

Foto: Marluci Stein

 

Produtor Gelsi Belmiro Thums, em Carlos Barbosa./ Crédito: Stefani Thums

 

Os fortes temporais que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas e a chuva constante têm prejudicado em cheio a produção leiteira gaúcha. Segundo levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entre seus associados, as indústrias estão captando, em média, 6,5% menos leite, o que representa um queda de 850 mil litros de leite/dia em relação à média estadual de 13 milhões de litros/dia. “A situação está difícil. Se as chuvas persistirem, podemos chegar a ter uma redução de produção mensal da ordem de 25 milhões de litros”, pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. A preocupação é compartilhada pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Carlos Joel da Silva. Ele informa que a chuva não está deixando as pastagens se desenvolverem no Interior.

Uma das propriedades atingidas é a de Gelsi Belmiro Thums, na localidade de Santa Clara Baixa, interior de Carlos Barbosa (RS). Com as chuvas dos últimos três meses, ele viu a produtividade média das 24 vacas cair de 35 litros/dia para 30 litros/dia e os custos aumentarem. Cooperado da Santa Clara há 39 anos, ele conta que o solo ficou encharcado, prejudicando o desenvolvimento do azevém cultivado para alimentar o gado no inverno. Sem pasto, a alternativa foi ampliar a oferta de ração, silagem e feno aos animais, o que elevou os custos com alimentação. Além disso, diz o produtor, que entrega cerca de 10 mil litros à cooperativa por mês, sem a pastagem, a produção também fica menor. “Estamos enfrentando dificuldades com esse clima desfavorável. Há vezes que chove 200 milímetros e, quando o solo começa a secar, chove novamente. O azevém está apodrecendo embaixo da água e ainda temos pouca luminosidade”, conta, lembrando que o próprio pisoteio das vacas sobre o solo molhado acaba agravando a situação. Além do aumento do gasto com ração, o produtor calcula que, computando despesas adicionais com combustível e energia, o custo de produção teve um incremento de 35% em 2015.

Para os próximos meses, a tendência nos tambos é de cautela. Apesar do preço do leite ao produtor vir se mantendo estável, Thums teme queda da rentabilidade, o que pode fazer muitos criadores cortarem até mesmo a ração dos animais. “Aí fica pior ainda. Vai ter muita gente parando. Produzir vai ficar muito caro”, alertou.

As dificuldades climáticas ainda devem atingir a produção no verão. Isso porque, mesmo que as chuvas deem uma trégua, muitos produtores estão com o plantio das lavouras de milho destinadas à confecção de silagem atrasado. Processo esse que também está mais caro. Produtores indicam para aumento de 45% no custo da produção da silagem. Sem contar as perdas de quem já semeou. Só na propriedade de Thums, 90% de uma área de um hectare cultivada com aveia que seria destinada à alimentação de animais já foi perdida. “Isso representa um prejuízo de R$ 1,5 mil”, calcula.

Mobilizados para ajudar as centenas de famílias de desabrigados no Rio Grande do Sul, um grupo de empresários uniu-se para integrar a campanha por donativos. Na manhã desta quinta-feira (15/10), o Sindicato da Indústria do Leite e Derivados do RS (Sindilat), a Associação Gaúcha dos Supermercadistas (Agas) e a empresa Orquídea realizaram doação de 5 mil litros de leite e 2 mil pacotes de biscoito à Defesa Civil. Também serão doados 500 pães por dia por meio da empresa Superpan. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, salientou que a ação busca auxiliar a comunidade gaúcha, e que o sindicato trabalha para sensibilizar outras empresas e setores a unirem-se à campanha. “Iniciamos um chamamento entre nossos associados para mobilizar o empresariado e novos colaboradores. Essas famílias precisam da ajuda de todos nós”, frisou.

O coordenador geral da Defesa Civil, Nelcir Tessaro, agradeceu a ação solidárias das empresas do ramo de alimentação. “Mostra que o povo gaúcho é solidário e estende a mão ao próximo principalmente nesses horas. Só nas ilhas de Porto Alegre, temos 10 mil pessoas precisando do nosso braço, sem contar as zonas Norte e Leste. A solidariedade ajuda nesse movimento que, por si só, a prefeitura não poderia atender”, pontua.

O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, disse que a doação demonstra o compromisso social das empresas e instituições envolvidas. “Além de vender alimentos e abastecer a população gaúcha, parabenizamos a atuação do Sindilat, da Orquídea, e da Superpan. Manter a alimentação é a base de tudo, e a sustentação para essas crianças”.

As doações da comunidade podem ser encaminhadas diretamente à Defesa Civil na Avenida Campos Velho, 426 - Porto Alegre. A coordenação informa que os itens de maior necessidade são os de higiene pessoal, limpeza e alimentos. Mais informações pelo telefone (51) 3268-9026.