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Reunida na tarde desta sexta-feira (29/7) com empresários do setor laticinista gaúcho, a senador Ana Amélia Lemos sugeriu que o segmento aproveite a vinda do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, à Expointer para encaminhar pedido de apoio à flexibilização das duras normas regulamentadoras (NR) que regem a atuação trabalhista nas indústrias. “Não queremos que o trabalhador esteja desprotegido, mas essas normas têm que ser adaptadas à realidade brasileira. Precisamos manter os empregos, não terminar com eles”, pontuou, lembrando que muitas empresas estão investindo em automação justamente devido aos excessos no regramento trabalhista. Presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Ana Amélia mostrou-se preocupada com os 12 milhões de brasileiros desempregados e para que as ações fiscalizatórias não impactem em elevar ainda mais essa estatística. “Maggi é um aliado importante que não quer só agradar a torcida. Ele trabalha pelo bem do setor e estará com seu gabinete na Expointer”, informou.

 

A senadora ainda criticou duramente a concorrência desleal imposta pelo ingresso de produtos do Mercosul no mercado gaúcho. Livres de ICMS, os lácteos do prata ainda têm um diferencial de custo em relação ao Brasil, principalmente em implementos importados como máquinas agrícolas, que chegam a custar até 60% menos. Impacto referendado pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que reforçou as dificuldades que o segmento vem enfrentando e o impacto do Custo-Brasil na lucratividade do agronegócio. Mesmo assim, frisou a Ana Amélia, o Rio Grande do Sul é referência em qualidade de solo, genética de pecuária leiteira e no esforço das cooperativas e das indústrias em buscar, incessantemente, a qualidade.

 

A parlamentar ainda criticou os entraves logísticos que prejudicam a competitividade dos laticínios locais. “O Brasil não tem logística, não tem custo de financiamento adequado, tem concorrência desleal com Uruguai e Argentina e, a cada dia, tem uma novidade em tributação, em normas trabalhistas e fiscais”, pontuou. Integrante da Comissão Especial do Impeachment, Ana Amália espera que o relatório final da comissão seja votado até a próxima quinta-feira (4/8). Segundo ela, o processo não deve apresentar surpresas, encaminhando-se para o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff.

 

O Ministério da Agricultura (Mapa) deu início ao processo de desburocratização dos regulamentos internos, entre eles questões relativas à inspeção. Reunido com lideranças do setor leiteiro em Brasília nesta quarta-feira (27/7), o ministro Interino da Agricultura, Eumar Novacki, informou que, já na primeira quinzena de agosto, o Mapa deve apresentar soluções para o projeto com vista à redução de portarias, instruções normativas e ofícios que regem as operações do setor agropecuário. Uma segunda leva de simplificação de processos deve vir na primeira quinzena de setembro, sinalizou o dirigente.

A medida atende a pedido do setor leiteiro que, há anos, trabalha o assunto junto ao governo federal. A alegação é que diferentes processos, normativas e regulamentações travam e complicam o processo industrial e produtivo, burocratizando as ações dos laticínios. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou a indústria gaúcha no encontro em Brasília, a sensação é que a solução está próxima. “O Ministério da Agricultura está com uma política mais célere para encaminhar as demandas dos setores produtivos”.

No encontro, Palharini pontuou a relevância de revisar a questão da Portaria 05/1983, que trata, entre outros pontos, do leite com baixa acidez. Atualmente, os laticínios não podem recolher o leite com acidez inferior a 14°D ou superior a 18°D. Contudo, a portaria permite o uso dessa matéria-prima para fabricação de alguns produtos. Pelo regramento atual, por exemplo, cargas acima de 20°D podem ser utilizadas para fabricação de leite em pó industrial. Outra questão importante, alerta, é que a definição do termo “fisiologicamente anormal”, que limita o processamentos do leite conforme a portaria 5, tenha uma definição clara de forma a munir a indústria de informações precisas sobre o que está ou não está previsto no novo regramento.

O dirigente ainda pediu que o Ministério da Agricultura ajude a viabilizar o acesso do setor industrial aos dados compilados pela Rede Brasileira de Laboratórios. As informações, destacou Palharini, são essenciais para auxiliar no desenvolvimento e melhoria constante dos processos produtivos. "O Rio Grande do Sul tem o leite mais fiscalizado do país. Precisamos mostrar isso ao consumidor", frisou.

Crédito foto: Noaldo Santos

Empresários senegaleses apresentaram proposta de parceria com a indústria leiteira gaúcha, nesta terça-feira (26/7), na sede do Sindicato da Indústria de Laticínio do RS (Sindilat). Visando a troca de tecnologia, informação e experiência, os representantes da comitiva relataram os principais problemas daquele país no setor, como a falta de produção e tecnologia precária, e manifestaram grande interesse em aprender sobre produção com os gaúchos.

A reunião teve como assunto principal as oportunidades de negócios. Os senegaleses questionaram como poderia ser feita uma cooperação entre a indústria leiteira gaúcha e senegalesa e quais os produtos poderiam ser exportados para lá. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, afirmou que todo mercado interessa à indústria gaúcha, já que somos um estado exportador. Quanto ao intercâmbio tecnológico, lembrou que é necessário, primeiro, construir o convênio com o governo do Estado para, após, averiguar de que modo seria formatada essa cooperação. Guerra colocou o Sindilat à disposição dos empresários para esclarecimentos.

A proposta tem incentivo do governo senegalês, que propõe a ida de profissionais brasileiros para o país africano para realizar esse intercâmbio de estudos, pesquisa, tecnologia, produção e comercialização. Na reunião, a ideia debatida foi a de firmar, primeiramente, um acordo entre os governos, para que assim, em um passo adiante, possa ser fechada parceria com as indústrias do Estado.

Estavam presentes no encontro o diretor da Seapi, Antonio Ferreira; o diretor geral da Seapi, André Pedtry: a gerente comercial da CCGL, Michele Selbach; o gerente industrial da Cooperativa Languiru, Lauri Reinheimer; o diretor da GTR, Abdou Lahad Lo; o coordenador da GTR, Mawadou Ndiaye, e o presidente da Associação dos Senegal, Mor Ndiaye.

Texto e Foto: Isadora Osório

 

O desenvolvimento da cadeia leiteira, como a expansão do mercado e os avanços da indústria, foi debatido ao longo da manhã desta quinta-feira (21/07) no 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite, em Carlos Barbosa, no RS. O evento reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, e especialistas do setor. A organização do evento é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) e conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat).

Representando o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o diretor Ângelo Paulo Sartor ressaltou a importância do encontro, uma vez que a cadeia leiteira tem grande importância para a economia gaúcha. Apenas no Rio Grande do Sul são mais de 105 mil famílias envolvidas.

O Seminário Nacional e Internacional de Queijo e Leite, pela sua importância, se tornou uma das principais atividades na Festiqueijo. Ao longo da manhã ocorreram diversas apresentações sobre o mercado, os cuidados aos animais e avanços tecnológicos. Além das palestras, serão realizados o 2º Curso de Juízes de Queijo, que permitirá aos participantes entenderem e aprimorarem os paladares do queijo, entre os dias 21 e 22 de julho; e o 2º Concurso Estadual de Queijos, para avaliação propriamente dita, no dia 23 de julho.

 

Imagem: divulgação

A senadora Ana Amélia Lemos participará da próxima reunião de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) no 29 de julho, em Porto Alegre. A presença foi confirmada nesta terça-feira (19/7) por meio de ofício encaminhado ao presidente Alexandre Guerra. A diretoria do Sindilat convida seus associados a estarem presentes nesse momento importante de interação da parlamentar com o setor lácteo.

ana amelia lemos

Foto: Renan Arais

Foi realizada ontem (19/07), na sede do Sindilat, reunião com a Escola Estadual Técnica Agrícula Celeste Gobbato, centro estadual de referencia em educação profissional, de Palmeiras das Missões. O encontro visou apresentar indicadores, projetos e as produções da escola na cadeia do leite. Na ocasião, o diretor da instituição, Luis Carlos Cosmann , convidou o sindicato para 1º workshop cadeia produtiva do leite, que será realizado nos dias 19 e 20 de outubro, que terá palestras com profissionais renomados do setor e também uma saída de campo, na Escola em Palmeira das Missões. 

O objetivo do encontro foi apontar as principais atividades da Escola sobre a cadeia do leite e como funciona a produção e comercialização. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prestou apoio à escola. "É muito interessante como eles levam o assunto do leite para os alunos. Além de teoria, também tem a prática e isso que rende novos trabalhadores altamente qualificados para o setor", destacou. Também participaram da reunião representantes da Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Emater, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação. 

 

 

O preço do leite padrão no Rio Grande do Sul deve apresentar aumento de 11,15% em julho. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (19/7) indicam que valor projetado para o litro deve ficar em R$ 1,3170 frente ao valor de R$ 1,1849 consolidado em junho. Nos últimos três meses (maio-julho), o aumento chega a 27,30%. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Belisário Finamore , o valor projetado para julho é o maior já verificado no histórico do Conseleite. Outros picos foram registrados em 2007 (R$ 1,1331), 2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), em valores corrigidos pelo IPCA. “Os preços alçaram voo no Rio Grande do Sul, principalmente no leite UHT e leite pasteurizado”, pontuou o pesquisador. Outros produtos lácteos também seguiram a tendência de alta no mês, como o queijo prato e o leite condensado.

No ano (janeiro- julho de 2016), o valor de referência do leite UHT subiu 83,41% (julho – R$ 1,48/litro) , seguindo pelo pasteurizado, com alta 55,03% (julho – R$ 1,45/litro) e do leite em pó, com 17,92% (julho – R$ 1,041). “Depois de dois anos com preços congelados, 2016 sinaliza ser um ano de boa remuneração para o setor lácteo”, acrescentou Finamore, que apresentou os dados com ajuda do colega Marco Antônio Montoya.

Presidindo os trabalhos, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prevê que os preços sigam em um patamar elevado até agosto e, em seguida, tendam a apresentar algum ajuste. Contudo, os valores não devem retornar aos patamares de 2015 frente a um cenário impactado pela importação e fatores climáticos. Guerra ainda alertou sobre a importância de manter o controle do mercado interno uma vez que há leite entrando de outros países no Brasil, o que ameaça a rentabilidade da atividade. O preço só vem se mantendo, explica ele, pela redução da captação de leite nos tambos gaúchos. Além disso, a alta dos custos de produção no campo e na indústria também impactou nos valores apurados. “O milho subiu, os combustíveis subiram. Estamos em um patamar em que é possível trabalhar e remunerar produtores e indústria”, frisou Guerra .

Na ocasião, os conselheiros ainda avaliaram o projeto de alteração no website e da marca do Conseleite, o que ficou de ser definido no encontro do mês de agosto.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Junho de 2016.

 

Matéria-prima Valores Projetados Junho / 16

Valores Finais

Junho / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,2943 1,3626 0,0683
II – Preço de referência 1,1255 1,1849 0,0594
III – Menor valor de referência 1,0130 1,0664 0,0534

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Julho de 2016.

 

Matéria-prima

Julho /16 *
I – Maior valor de referência 1,5146
II – Preço de referência 1,3170
III – Menor valor de referência 1,1853

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 3: Preços de referência dos últimos três meses

 

Matéria-prima Maio /16 Junho / 16 Julho / 16*
I – Maior valor de referência 1,1898 1,3626 1,5146
II – Preço de referência 1,0346 1,1849 1,3170
III – Menor valor de referência 0,9311 1,0664 1,1853

Em oito meses de ação, o projeto Leite na Escola já visitou 22 escolas e atendeu 2.608 alunos de escolas estaduais da região Metropolitana de Porto Alegre. Realizada pela Secretaria de Agricultura (Seapi), a ação integra a agenda da Câmara Setorial do Leite e tem apoio de instituições ligadas ao setor produtivo, como o Sindilat. Os dados foram divulgados em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (18/7). De novembro de 2015 a julho de 2016, as oficinas levaram conhecimento a crianças com objetivo de incentivar o consumo de leite e derivados desde a infância, resgatar a confiança no produto e mostrar todo o percurso do leite, desde a origem até a mesa das famílias. Após cada apresentação, os alunos são convidados a degustar alguns itens, momentos esses onde foram consumidos 522 litros de bebida láctea, 99 litros de leite e 30 quilos de queijos. Os alunos que participaram das oficinas ainda receberam a revistinha “Pedrinho & Lis: a origem do Leite".

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou a reunião e ressaltou a importância dessa ação junto a esses novos consumidores e garantiu a continuidade da parceria para atender a novas instituições de ensino. O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, pontuou que a expectativa é atender mais 20 escolas neste segundo semestre e que a intenção é ampliar a atuação uma vez que a demanda por receber a equipe do projeto é crescente. Contudo, pontuou que a ação precisa estar enquadrada na questão orçamentária e logística existente.

No segundo semestre, o projeto Leite na Escola traz uma novidade. A segunda edição da revistinha "Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica do Laticínios” já está em elaboração. A ideia, pontuou o estagiário Pedro Nery, é lançar a publicação na Expointer 2016. O gibi traz informações sobre o processamento do leite e como funciona um laticínio, além de brincadeiras e curiosidades.

Na ocasião, a equipe do projeto Leite na Escola ainda apresentou dados compilados a partir de questionários respondidos pelos professores que acompanharam o primeiro semestre de atividades. Segundo levantamento, 77% deles acreditam que a ação ajudou no consumo de produtos lácteos na merenda, 82% informaram que o assunto rendeu novas atividades em sala de aula e 100% gostariam de levar alunos a propriedades leiteiras ou indústrias.

Reunido na sexta-feira (15/7) com Luciane Kolbe e Márcia Mandagará, do Canal Rural, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alinhou parceria para a realização da segunda edição do Fórum do Leite. O evento ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, em Santa Maria. Desta vez, o encontro terá o apoio da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, foi debatida a temática central do evento e os encaminhamento a serem dados para sua realização. O 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo à Excelência foi realizado em Ijuí no mês de junho e reuniu mais de 500 pessoas no auditório da Unijuí para discutir as mudanças oportunizadas com a nova Lei do Leite. O projeto itinerante deve ter sequência em diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul.

Representantes do setor lácteo, coordenadores e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater reuniram-se para definir detalhes do 2º Fórum Estadual do Leite – Rumo a Excelência, que ocorrerá no dia 11 outubro, em Santa Maria. O encontro, realizado nesta terça-feira (12/07), na sede da universidade, teve como objetivo discutir a programação, apontando aquelas que deverão ser as bases temáticas abordadas. Também houve encontro com o vice-reitor do USFM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, que enalteceu a importância do evento para o desenvolvimento do setor.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que esteve na reunião, destacou que a primeira edição foi uma experiência positiva, garantindo assim a ampliação das discussões. "O objetivo é avançar com o debate iniciado em Ijuí, em junho deste ano, mantendo profissionais e estudantes informados sobre os principais assuntos que circundam o setor lácteo. Para esse segundo encontro queremos reunir os prefeitos de Santa Maria e da região para instruí-los sobre a importância do processo de inspeção municipal, bem como manter os alunos por dentro das exigências do sistema", afirmou.

A chefe do departamento de tecnologia e ciência dos alimentos da UFSM, Neila Richards, considerou importante a mobilização da universidade e das prefeituras da região no debate. "É um evento importante para que possamos disseminar conhecimento e também discutir soluções para o setor lácteo", afirmou ela. A reunião contou ainda com a participação de professores dos cursos de veterinária, zootecnia, agronomia, engenharia florestal e tecnologia dos alimentos. 

Foto: Júlia Bastiani (Sindilat),Neila Richards (UFSM), Paulo Bayard Dias Gonçalves(UFSM), Enio Giotto (UFSM) e Darlan Palharini (Sindilat). Crédito: Divulgação /Sindilat