Pular para o conteúdo

Preço do leite atinge maior valorização da história do Conseleite

 

O preço do leite padrão no Rio Grande do Sul deve apresentar aumento de 11,15% em julho. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (19/7) indicam que valor projetado para o litro deve ficar em R$ 1,3170 frente ao valor de R$ 1,1849 consolidado em junho. Nos últimos três meses (maio-julho), o aumento chega a 27,30%. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Belisário Finamore , o valor projetado para julho é o maior já verificado no histórico do Conseleite. Outros picos foram registrados em 2007 (R$ 1,1331), 2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), em valores corrigidos pelo IPCA. “Os preços alçaram voo no Rio Grande do Sul, principalmente no leite UHT e leite pasteurizado”, pontuou o pesquisador. Outros produtos lácteos também seguiram a tendência de alta no mês, como o queijo prato e o leite condensado.

No ano (janeiro- julho de 2016), o valor de referência do leite UHT subiu 83,41% (julho – R$ 1,48/litro) , seguindo pelo pasteurizado, com alta 55,03% (julho – R$ 1,45/litro) e do leite em pó, com 17,92% (julho – R$ 1,041). “Depois de dois anos com preços congelados, 2016 sinaliza ser um ano de boa remuneração para o setor lácteo”, acrescentou Finamore, que apresentou os dados com ajuda do colega Marco Antônio Montoya.

Presidindo os trabalhos, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prevê que os preços sigam em um patamar elevado até agosto e, em seguida, tendam a apresentar algum ajuste. Contudo, os valores não devem retornar aos patamares de 2015 frente a um cenário impactado pela importação e fatores climáticos. Guerra ainda alertou sobre a importância de manter o controle do mercado interno uma vez que há leite entrando de outros países no Brasil, o que ameaça a rentabilidade da atividade. O preço só vem se mantendo, explica ele, pela redução da captação de leite nos tambos gaúchos. Além disso, a alta dos custos de produção no campo e na indústria também impactou nos valores apurados. “O milho subiu, os combustíveis subiram. Estamos em um patamar em que é possível trabalhar e remunerar produtores e indústria”, frisou Guerra .

Na ocasião, os conselheiros ainda avaliaram o projeto de alteração no website e da marca do Conseleite, o que ficou de ser definido no encontro do mês de agosto.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Junho de 2016.

 

Matéria-prima Valores Projetados Junho / 16

Valores Finais

Junho / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,2943 1,3626 0,0683
II – Preço de referência 1,1255 1,1849 0,0594
III – Menor valor de referência 1,0130 1,0664 0,0534

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Julho de 2016.

 

Matéria-prima

Julho /16 *
I – Maior valor de referência 1,5146
II – Preço de referência 1,3170
III – Menor valor de referência 1,1853

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 3: Preços de referência dos últimos três meses

 

Matéria-prima Maio /16 Junho / 16 Julho / 16*
I – Maior valor de referência 1,1898 1,3626 1,5146
II – Preço de referência 1,0346 1,1849 1,3170
III – Menor valor de referência 0,9311 1,0664 1,1853

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *