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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.423


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 27 de Junho de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Informativo Conjuntural 1873 de 26 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O excesso de chuvas e o frio intenso, nas últimas semanas, reduziram a produção de leite. Essas condições climáticas têm demandado maior atenção a problemas de casco, mastite e doenças respiratórias, além de reforço no manejo sanitário e nutricional, especialmente em sistemas menos estruturados ou com déficit de forragem.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite enfrentam grandes dificuldades com o manejo, a logística e a alimentação dos rebanhos em função das chuvas intensas, da erosão das pastagens, do isolamento de propriedades e do comprometimento do acesso para a coleta do leite. 

Na de Caxias do Sul, o manejo dos bovinos leiteiros foi prejudicado pelo solo encharcado e pelo barro nas áreas de pasto, exigindo suplementação com silagem e ração proteica para manutenção da produção. A sanidade e a qualidade do leite foram preservadas em virtude dos cuidados com a higiene durante a ordenha. 

Na de Erechim, os rebanhos leiteiros apresentam estado sanitário e nutricional adequados. A produção está estável como resultado da entrada de animais nas pastagens de inverno. Na de Frederico Westphalen, as áreas perenes de verão que receberam sobressemeadura demonstram desenvolvimento satisfatório, mas enfrentam dificuldades de pastejo devido ao excesso de umidade. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua estável, apesar de leve queda nos sistemas a pasto em razão das chuvas, que dificultam o manejo. A sanidade animal permanece sob controle, e houve redução da incidência de ectoparasitas em decorrência do frio. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos leiteiros mantêm estado nutricional e escore corporal apropriados. Diminuiu a incidência de ectoparasitas, embora haja maior risco de mastites ambientais. Os produtores seguem oferecendo alimentos conservados e concentrados, o que demanda atenção aos custos com alimentação. 

Na de Pelotas, o período foi marcado por chuvas e frio, comprometendo o manejo e o desenvolvimento das pastagens. 

Na de Porto Alegre, observa-se restrição no uso das pastagens de inverno devido ao excesso de umidade. 

Na de Santa Maria, as chuvas intensas causaram erosão e baixa oferta de forragem, sendo necessária a suplementação para manter a produtividade. Contudo, o clima ameno favoreceu o conforto térmico dos animais. Em algumas áreas, a entrada dos animais nas pastagens de inverno traz expectativa de recuperação produtiva. 

Na de Santa Rosa, a produção leiteira segue em alta em razão da melhoria na ambiência e na qualidade das forrageiras. Porém, em função das chuvas, os produtos ampliaram os cuidados com a higiene e com as instalações para evitar mastites e manter a qualidade do leite. 
Na de Soledade, o excesso de chuvas tem prejudicado o manejo dos rebanhos e o pastejo, reduzindo o tempo nas áreas de forragem, o que demanda suplementação com volumosos conservados. Já as pastagens foram impactadas por atraso no crescimento, alagamentos e perdas de nutrientes.(Emater/RS)

Chuvas moderadas e tempestades isoladas previstas para os próximos dias no RS

Nos últimos oito dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o seu território. Na quarta-feira (18/06), o sistema frontal que havia atuado no dia 17/06 continuou influenciando o tempo em todo o estado, provocando precipitações superiores a 50 milímetros nas regiões da Fronteira Oeste, Missões, Norte, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Serra, Campos de Cima da Serra, Metropolitana e Litoral Norte. Nas demais áreas, os acumulados não ultrapassaram 50 milímetros. Em algumas localidades, foram registrados volumes superiores a 150 milímetros, como em Rio Pardo, que chegou a 171 milímetros.

Nas áreas destinadas às pastagens, o frio favoreceu o crescimento das espécies de inverno implantadas, mas as chuvas frequentes, o solo encharcado e a baixa luminosidade dificultaram o pastejo e impediram as operações de adubação, prejudicando o desenvolvimento das plantas.

Na bovinocultura de leite, o manejo dos animais foi dificultado, devido ao excesso de chuvas, ao solo encharcado e às restrições de pastejo. Em algumas regiões, houve queda de produtividade. No entanto, mesmo com maior ocorrência de mastites, problemas de casco e doenças respiratórias, os animais apresentam boas condições corporais e sanitárias, de maneira geral.

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos que poderão resultar em chuvas de intensidade moderada, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 26/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (27/6): o tempo volta a permanecer estável em todas as regiões do Rio Grande do Sul, sem previsão de precipitações significativas.

Sábado (28/6): efeitos de circulação atmosférica deverão favorecer o transporte de umidade, contribuindo para a manutenção do tempo instável em todas as áreas do estado. Por conseguinte, são esperadas chuvas fracas a moderadas, com ocorrência de precipitações pontualmente fortes nas porções central e norte. Já na porção sul do estado, não são esperadas chuvas significativas.

Domingo (29/6): a formação de um sistema de baixa pressão no Atlântico Sul deverá intensificar as instabilidades, especialmente nas porções central e norte do Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas de alto volume, podendo alcançar cerca de 100 mm. Na porção sul, não são esperadas precipitações significativas. As temperaturas deverão apresentar leve elevação.

Segunda (30/6) e terça-feira (1º/7): com o afastamento do sistema de baixa pressão, o tempo volta a ficar estável no estado, sem previsão de chuvas significativas e com ligeiro declínio nas temperaturas.

Quarta-feira (2/7): a formação de um cavado (área alongada de baixa pressão), associado a um sistema frontal no litoral, causará instabilidades, especialmente no Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, com destaque para volumes mais elevados próximos à faixa litorânea. Nas demais regiões, não são esperadas precipitações significativas.

O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas significativas para grande parte do Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados estarão associados à atuação de sistemas meteorológicos que afetarão o estado ao longo do período. Nas porções central e norte, os volumes poderão ultrapassar os 100 mm, com destaque para pontos isolados do litoral, onde poderão superar 200 mm. Já na porção sul do estado, não são previstos acumulados superiores a 50 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe os alertas agroclimáticos pelo Simagro, em www.simagro.rs.gov.br. (Seapi)


Jogo Rápido
33º Festiqueijo é aberto oficialmente em Carlos Barbosa
Ocorreu na noite desta quinta-feira, dia 26, no Centro Cultural Mãe de Deus, em Carlos Barbosa, a solenidade que marcou a abertura oficial do 33º Festiqueijo. O evento abre ao público nesta sexta-feira, dia 27 e será realizado até 27 de julho, sempre às sextas, sábados e domingos. O Festiqueijo 2025, que tem como presidente Francisco Guazzelli, deve receber mais de 30 mil pessoas. Com vasta enogastronomia, são 20 expositores com mais de 50 tipos de queijos e mais de 70 shows musicais. A programação completa com horários e vendas de ingressos pode ser acessada em www.festiqueijo.com.br. Realização: ACI Carlos Barbosa (Associação Comercial Industrial), diretoria voluntária e Prefeitura de Carlos Barbosa.


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.422


​Leite no Rio Grande do Sul é projetado em R$ 2,4228

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul projetado pelo Conseleite para o mês de junho é de R$ 2,4228. O indicador, divulgado pelo colegiado na manhã desta quinta-feira (26/06), representa redução de 0,88% em relação ao projetado para maio (R$ 2,4443).

O resultado consolidado de maio fechou em R$ 2,4332, -3,36% em relação ao consolidado de abril (R$ 2,5178). O levantamento leva em conta os dados coletados nos primeiros 20 dias do mês. O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, salientou que há estabilidade no mercado doméstico, mas a curva de preços de 2025 está diferente da média histórica para o período. (Conseleite/RS)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Junho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2025 a ser pago em Julho/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Secretaria da Agricultura completa 90 anos: conquistas e desafios marcam a sua história

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) já teve muitos nomes desde a sua criação, em 26 de junho de 1935. Quarenta e cinco secretários já responderam pela pasta, entre eles uma mulher. As funções foram evoluindo ao longo do tempo, acompanhando as modificações e os desafios que o Rio Grande do Sul passou nestas nove décadas.  

Os últimos anos foram desafiadores para a Seapi e as respostas que coordenação e servidores tiveram que dar também. Enchentes, secas, pandemia, doenças como a gripe aviária, newcastle, mudaram a rotina e exigiram decisões rápidas. No destaque, alguns destes desafios e as respostas da Secretaria que há 90 anos caminha junto com a história dos gaúchos.

“São nove décadas de história onde a Secretaria, e todo o seu corpo de servidores, souberam inovar e ajudar no desenvolvimento do agro gaúcho. Hoje, o Rio Grande do Sul é referência em muitas áreas da agropecuária gaúcha, fruto do legado e trabalho de cada um nesses 90 anos. Atualmente os desafios são muitos, mas a construção é permanente. O que nos move é a resiliência do nosso povo gaúcho e dos nossos produtores rurais. A criação de políticas públicas é feita a muitas mãos e com a participação de muitos atores, algo que precisa ter continuidade para construirmos um futuro melhor para todos. E o plano é um só: tornar o Rio Grande mais forte”, enfatizou o secretário da Agricultura, Edivilson Brum.

O Serviço Veterinário Oficial
A atuação do Serviço Veterinário Oficial no combate à gripe aviária (H5N1) neste ano de 2025 em uma granja comercial no município de Montenegro correu o mundo. Todas as ações realizadas pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria eram acompanhadas pela imprensa, população, produtores e autoridades.

“As atividades de vigilância aqui na Secretaria nós trabalhamos de forma muito intensa desde o final de 2022, quando a influenza aviária chegou na América do Sul. Já no início de 2023, nós criamos um conceito de “tolerância zero para investigação”, ou seja, todos os casos suspeitos eram coletados e enviados para o laboratório de referência em Campinas”, afirma a diretora do DDA, Rosane Collares.

Ela conta que foi assim que a Secretaria trabalhou em 2023, no Taim, com aplicação do Plano de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), educação sanitária e vigilância em propriedades. O mesmo aconteceu em fevereiro de 2024, quando teve o registro de influenza em aves silvestres em Rio Pardo, onde o conceito de vigilância no raio de 3km e 10km foi aplicado. “E agora então, quando teve o caso confirmado na avicultura comercial, os servidores já estavam familiarizados com a metodologia de trabalho, trabalhando em raios de atuação, com a ferramenta desenvolvida pela PDSA e isso no deu um grande ganho e garantiu a nossa atuação de forma ágil no foco”, constata Rosane.

A conquista de zona livre de febre aftosa sem vacinação com certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), há quatro anos, também é fruto deste trabalho de vigilância e de parceria com produtores, entidades e órgãos governamentais.
“De todos os episódios sanitários que tivemos, uma questão que fica é que nós nunca tivemos retrabalho, as nossas atividades sempre foram executadas e concluídas, finalizadas, e não precisamos retornar. Isto é um grande exemplo de como se trata a defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul pelo corpo técnico do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal”, declara Rosane.

A Expointer
Outro exemplo de resposta rápida e eficiente aos eventos que se colocaram foi a gestão da Expointer, realizada todos os anos no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Primeiro foi a pandemia, que fez com que a edição de 2020 se tornasse totalmente digital, já que de forma presencial não seria possível. A edição de 2021 também foi realizada com restrições. Como disse o governador Eduardo Leite na época. “Uma característica comum nas duas edições (2020 e 2021): a Expointer não perdeu a sua alma empreendedora. Mais do que isso: a Expointer traduz dois traços do povo gaúcho: superação e reinvenção diante das dificuldades”.

E no ano de 2024, com as enchentes registradas em maio e que deixaram o Parque de Exposições alagado, a Expointer novamente correu o risco de ser cancelada. Mas foi mantida e bateu recordes nos negócios.

“Foi o único evento que aconteceu no Brasil durante a pandemia e foi importante para a preservação da economia, do julgamento dos animais que se preparam desde um ano antes e do resgate do ânimo das pessoas. Se construiu um modelo de controle sanitário para que fosse possível a realização da Expointer, pela primeira vez, 100% digital. Além disso, um sistema de Drive-thru foi montado para a venda de produtos das agroindústrias familiares, importante para o sustento de muitas famílias que têm na Expointer uma importante fonte de renda”, enfatizou a subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima.

Após as enchentes, ela destaca que “a realização da feira só foi possível devido a uma integração de todos os copromotores. Vivemos outra situação de perdas e medos, mas tínhamos a necessidade de uma recuperação econômica e social”.

Doutoras do Agro
Mas não é só de respostas rápidas, resiliência e superação que a Secretaria é feita. É também destaque em publicações pelo mundo. Os pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) sabem bem disso.

Em 2023, a pesquisadora Andreia Mara Rotta de Oliveira foi uma das 100 citadas na lista da Revista Forbes como Doutoras do Agro. Andréia é formada em ciências biológicas e doutora em fitotecnia (estudo das plantas) e tem pós-doutorado em microbiologia agrícola. “A citação do meu nome reflete a importância do trabalho realizado pelos pesquisadores do Departamento de Pesquisa Agropecuária da Seapi, em prol da agropecuária gaúcha e brasileira”. O Departamento conta hoje com 47 servidores com pós-doutorado, 23 doutores e 11 mestres.

“A Seapi, por meio do trabalho dedicado de seus servidores, tem a missão de incentivar a inovação tecnológica e executar a política pública de pesquisa agropecuária. E é justamente essa pesquisa que tem sido — e continua sendo — o motor da prosperidade no campo. Foi ela que nos trouxe até os níveis de produtividade que temos hoje e é ela que vai nos conduzir rumo a uma sustentabilidade plena”, afirma o diretor do DDPA, Caio Efrom.

Irrigação
O problema das enchentes por um lado e da seca por outro. A Seapi criou neste ano de 2025 uma nova Subsecretaria de Irrigação para atender os produtores interessados em garantir uma maior produtividade no campo. O programa Irriga+ prevê apoio financeiro direto ao produtor de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. “Este é um projeto estratégico do governo do Estado e que todos os esforços estão sendo destinados para a busca de melhores resultados. A irrigação é hoje essencial para a garantia de produtividade do agro”, destaca o subscretário Paulo Salerno.

Em quatro anos, espera-se aumentar a área irrigada em 100 mil hectares, um incremento de 33% das principais culturas de sequeiro, como milho e soja. A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação.

Os herbicidas hormonais
A regulamentação dos herbicidas hormonais foi outra inovação da Secretaria que começou no ano de 2018. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a criar regras para aplicação dos herbicidas hormonais.

“A Seapi, através do Departamento de Defesa Vegetal, desempenhou papel fundamental na regulação e normalização do uso de agrotóxicos. Através da orientação e fiscalização, foi possível a aplicação a campo das diretrizes do manejo de pragas, as boas práticas no uso em conformidade e a aplicação segura no que tange à segurança aos consumidores”, destaca o diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti. (SEAPI)


Jogo Rápido
Seminário regional busca fortalecer cadeia produtiva do leite no Noroeste do Estado, diz Emater/RS
Com o objetivo de desenvolver e implementar um programa regional integrado de fortalecimento da cadeia produtiva do leite, foi realizado na quinta-feira (26) o Seminário Regional de Produção de Leite. O evento aconteceu no auditório da Unijuí, em Santa Rosa, das 9h30 às 15h, reunindo prefeitos, secretários, lideranças, entidades e técnicos do setor. Promovido pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste (Amufron), com apoio da Associação Regional dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Grande Santa Rosa (Arstrgsr), APL-Fronteira Noroeste e dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais, o encontro terá uma programação voltada a discutir desafios e oportunidades do setor leiteiro na região. O seminário surgiu como resposta às diversas dificuldades enfrentadas pelos produtores, tanto dentro quanto fora da porteira, como a baixa rentabilidade, dificuldade de acesso à tecnologia, falta de sucessão familiar, problemas de infraestrutura, custo elevado de produção e desafios no acesso a mercados. A proposta foi construir, de forma conjunta, estratégias que permitam melhorar a produtividade, a qualidade do leite, a rentabilidade e garantir a permanência das famílias no meio rural, além de estimular a sucessão familiar e fortalecer a organização dos produtores. O evento também foi espaço para apresentação de ações que já vêm sendo desenvolvidas na região, como programas de assistência técnica, melhoria genética, acesso a crédito, planejamento forrageiro, gestão das propriedades e capacitações. Além disso, foram debatidas ações estratégicas prioritárias, como implantação de unidades demonstrativas, fortalecimento da infraestrutura das propriedades e políticas públicas de apoio. A mobilização do setor busca garantir não apenas a sustentabilidade econômica, mas também social e ambiental da atividade leiteira no Noroeste gaúcho, promovendo desenvolvimento, inclusão produtiva e geração de renda no campo. O evento integra as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) promovidas pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Fonte: Emater/RS-Ascar


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.419


Inverno será típico no Rio Grande do Sul, com frentes frias

Quando marcar 23h42 desta sexta-feira (20/6), começará oficialmente o inverno no Hemisfério Sul do planeta. Até as 15h19 do dia 22 de setembro, a estação promete ser típica no Rio Grande do Sul, com passagem regular de frentes frias, com massa de ar frio avançando e provocando queda nas temperaturas. É o que afirma o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

Conforme Varone, a previsão para julho, agosto e setembro é que não ocorram fenômenos globais, como o El Niño e a La Niña.  “Então, a tendência é de um segundo semestre dentro da normalidade, um inverno típico do Rio Grande do Sul”, acredita. “A condição de frentes frias passando traz chuva regular durante dois, três dias, na maioria dos eventos. E o ingresso de ar frio traz a queda da temperatura, mas também provoca fenômenos bem típicos da estação, como geada, nevoeiros e, eventualmente, a ocorrência de queda de neve em alguns pontos do Estado”, alerta.

E como fica a previsão mensal? “O modelo do Simagro, que é regional, está indicando que nós deveremos ter, durante o mês de julho, chuva próxima da normalidade em todo o Estado. Isso favorece um pouco mais as culturas de inverno, como trigo, canola, aveia e cevada”, destaca Varone.

Para agosto, conforme o meteorologista, a tendência é de chuva um pouco acima da média em grande parte do Rio Grande do Sul. “Condição que vai favorecer os reservatórios, principalmente da Fronteira Oeste e da Campanha, que ficaram mais baixos devido à estiagem de verão. No inverno, eles devem recuperar seus níveis mais aceitáveis”, prevê Varone. “E, na faixa Norte, tem previsão de chuva um pouco abaixo da média, mas nada muito expressivo”, complementa.

Para setembro, o Simagro indica que a chuva deve diminuir em todo o Rio Grande do Sul. “A gente espera volumes abaixo da normalidade”, pontua Varone.

Temperaturas
A temperatura média para julho e agosto deve ficar mais baixa que o normal, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. “Em parte da Campanha deve fazer mais frio. No Litoral gaúcho, tanto em julho quanto em agosto, a previsão aqui do nosso modelo indica valores mais próximos da normal, mas também algumas áreas acima da normalidade. Então, vai ser um pouquinho mais quente no Litoral gaúcho nesses dois meses”, esclarece Varone.

Para setembro, de acordo com o meteorologista, essa condição de valor inferior à média deve cobrir todo o Rio Grande Sul, principalmente metade Oeste e Campanha. “Deve trazer temperaturas com valores realmente um pouco abaixo da média, bem mais frios. Essa faixa mais leste (mais quente ao longo do ano), no decorrer do mês tende a ter valores ligeiramente abaixo da média, ou dentro da normalidade”, especificou Varone.

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 25/2025 – SEAPI

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o território. Na quinta-feira (12/06) e na sexta-feira (13/06), o anticiclone migratório localizado sobre o Oceano Atlântico, próximo ao estado, manteve o tempo estável. Por conseguinte, não houve registro de precipitação significativa, e as temperaturas apresentaram elevação gradual.

Na bovinocultura de leite, a condição corporal dos rebanhos segue satisfatória mesmo com os efeitos do vazio forrageiro outonal. As baixas temperaturas contribuíram para o bem-estar animal e o controle sanitário. Apesar de, em algumas regiões, o excesso de umidade dificultar o manejo e o acesso às pastagens, a entrada das forrageiras de inverno e os ajustes nas dietas possibilitaram o equilíbrio entre produtividade e custos. A qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pelas indústrias. 

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Na terça-feira (18/06), um sistema frontal irá se formar no sul do Atlântico, dando origem a uma frente fria. Por conseguinte, há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte, no centro-sul do estado. Na quarta-feira (19/06), a continuidade da atuação desse sistema causará chuvas moderadas a fortes na região central e norte, e chuvas fracas a moderadas na porção sul. As temperaturas entrarão em declínio após a passagem desse sistema frontal. Na quinta-feira (20/06), uma perturbação causada por um sistema frontal no Pacífico Sul, ao passar pelos Andes, dará origem a um cavado em níveis médios que, somado ao suporte de umidade advectada da região norte, contribuirá para a formação de sistemas convectivos sobre o Rio Grande do Sul. Esperam-se pancadas de chuva isoladas na porção sudoeste e chuva fraca a moderada nas porções central e nordeste. Na sexta-feira (21/06), ainda sob influência do vórtice em níveis médios, ocorrerão chuvas isoladas na região litorânea do estado.  No sábado (22/06), haverá condição de estabilidade, sem previsão de chuvas e com temperaturas em declínio. No domingo (23/06), a formação de um sistema frontal no sul da Patagônia influenciará o tempo, causando acumulados de chuva de moderada a forte intensidade no centro-norte do Rio Grande do Sul e chuvas fracas na porção sul. Além disso, o sistema de alta pressão da retaguarda, localizado na Argentina, contribuirá, juntamente com esse sistema frontal, para a entrada de uma intensa massa de ar polar, com risco de geada nas porções sul e norte do estado. Na segunda-feira (24/06), a estabilidade se manterá, e as temperaturas continuarão baixas em todo o estado. Não há previsão de chuva significativa para este dia. Na terça-feira (25/06), a formação de um sistema frontal sobre o continente ocasionará chuvas fracas a moderadas na porção centro-norte do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos oito dias indica a ocorrência de chuvas significativas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar o território gaúcho nos próximos dias. Nas porções norte, nordeste, central e em parte da região Sul, os volumes esperados podem ultrapassar os 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 200 mm acumulados. Já as demais regiões, apresentam acumulados que irão variar entre 5 e 100 milímetros.  (SEAPI)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
Banrisul anuncia suspensão da negativação de produtores rurais por 90 dias
Em reunião extraordinária de diretoria realizada nesta quinta-feira (19/6), o Banrisul decidiu suspender a negativação de todos os produtores com crédito rural no banco. O prazo para essa interrupção é de 90 dias, válidos a partir da próxima terça-feira (24/6) em razão do tempo necessário para retirar os negativados dos registros de inadimplência. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite. "A decisão do banco do Estado é uma ótima notícia para os homens e mulheres do campo e reforça nosso compromisso de estar ao lado de quem produz. Esperamos que, neste prazo, novas medidas venham a ser anunciadas pela União em favor dos produtores rurais gaúchos, que tiveram perdas recorrentes nas sucessivas estiagens e enchentes dos últimos anos", afirmou Leite. "Nosso objetivo é auxiliar e preservar esse importante setor econômico do Rio Grande do Sul", destacou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.418


Inverno será típico no Rio Grande do Sul, com frentes frias

Quando marcar 23h42 desta sexta-feira (20/6), começará oficialmente o inverno no Hemisfério Sul do planeta. Até as 15h19 do dia 22 de setembro, a estação promete ser típica no Rio Grande do Sul, com passagem regular de frentes frias, com massa de ar frio avançando e provocando queda nas temperaturas. É o que afirma o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

Conforme Varone, a previsão para julho, agosto e setembro é que não ocorram fenômenos globais, como o El Niño e a La Niña.  “Então, a tendência é de um segundo semestre dentro da normalidade, um inverno típico do Rio Grande do Sul”, acredita. “A condição de frentes frias passando traz chuva regular durante dois, três dias, na maioria dos eventos. E o ingresso de ar frio traz a queda da temperatura, mas também provoca fenômenos bem típicos da estação, como geada, nevoeiros e, eventualmente, a ocorrência de queda de neve em alguns pontos do Estado”, alerta.

E como fica a previsão mensal? “O modelo do Simagro, que é regional, está indicando que nós deveremos ter, durante o mês de julho, chuva próxima da normalidade em todo o Estado. Isso favorece um pouco mais as culturas de inverno, como trigo, canola, aveia e cevada”, destaca Varone.

Para agosto, conforme o meteorologista, a tendência é de chuva um pouco acima da média em grande parte do Rio Grande do Sul. “Condição que vai favorecer os reservatórios, principalmente da Fronteira Oeste e da Campanha, que ficaram mais baixos devido à estiagem de verão. No inverno, eles devem recuperar seus níveis mais aceitáveis”, prevê Varone. “E, na faixa Norte, tem previsão de chuva um pouco abaixo da média, mas nada muito expressivo”, complementa.

Para setembro, o Simagro indica que a chuva deve diminuir em todo o Rio Grande do Sul. “A gente espera volumes abaixo da normalidade”, pontua Varone.

Temperaturas
A temperatura média para julho e agosto deve ficar mais baixa que o normal, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. “Em parte da Campanha deve fazer mais frio. No Litoral gaúcho, tanto em julho quanto em agosto, a previsão aqui do nosso modelo indica valores mais próximos da normal, mas também algumas áreas acima da normalidade. Então, vai ser um pouquinho mais quente no Litoral gaúcho nesses dois meses”, esclarece Varone.

Para setembro, de acordo com o meteorologista, essa condição de valor inferior à média deve cobrir todo o Rio Grande Sul, principalmente metade Oeste e Campanha. “Deve trazer temperaturas com valores realmente um pouco abaixo da média, bem mais frios. Essa faixa mais leste (mais quente ao longo do ano), no decorrer do mês tende a ter valores ligeiramente abaixo da média, ou dentro da normalidade”, especificou Varone.

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 25/2025 – SEAPI

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o território. Na quinta-feira (12/06) e na sexta-feira (13/06), o anticiclone migratório localizado sobre o Oceano Atlântico, próximo ao estado, manteve o tempo estável. Por conseguinte, não houve registro de precipitação significativa, e as temperaturas apresentaram elevação gradual.

Na bovinocultura de leite, a condição corporal dos rebanhos segue satisfatória mesmo com os efeitos do vazio forrageiro outonal. As baixas temperaturas contribuíram para o bem-estar animal e o controle sanitário. Apesar de, em algumas regiões, o excesso de umidade dificultar o manejo e o acesso às pastagens, a entrada das forrageiras de inverno e os ajustes nas dietas possibilitaram o equilíbrio entre produtividade e custos. A qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pelas indústrias. 

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Na terça-feira (18/06), um sistema frontal irá se formar no sul do Atlântico, dando origem a uma frente fria. Por conseguinte, há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte, no centro-sul do estado. Na quarta-feira (19/06), a continuidade da atuação desse sistema causará chuvas moderadas a fortes na região central e norte, e chuvas fracas a moderadas na porção sul. As temperaturas entrarão em declínio após a passagem desse sistema frontal. Na quinta-feira (20/06), uma perturbação causada por um sistema frontal no Pacífico Sul, ao passar pelos Andes, dará origem a um cavado em níveis médios que, somado ao suporte de umidade advectada da região norte, contribuirá para a formação de sistemas convectivos sobre o Rio Grande do Sul. Esperam-se pancadas de chuva isoladas na porção sudoeste e chuva fraca a moderada nas porções central e nordeste. Na sexta-feira (21/06), ainda sob influência do vórtice em níveis médios, ocorrerão chuvas isoladas na região litorânea do estado.  No sábado (22/06), haverá condição de estabilidade, sem previsão de chuvas e com temperaturas em declínio. No domingo (23/06), a formação de um sistema frontal no sul da Patagônia influenciará o tempo, causando acumulados de chuva de moderada a forte intensidade no centro-norte do Rio Grande do Sul e chuvas fracas na porção sul. Além disso, o sistema de alta pressão da retaguarda, localizado na Argentina, contribuirá, juntamente com esse sistema frontal, para a entrada de uma intensa massa de ar polar, com risco de geada nas porções sul e norte do estado. Na segunda-feira (24/06), a estabilidade se manterá, e as temperaturas continuarão baixas em todo o estado. Não há previsão de chuva significativa para este dia. Na terça-feira (25/06), a formação de um sistema frontal sobre o continente ocasionará chuvas fracas a moderadas na porção centro-norte do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos oito dias indica a ocorrência de chuvas significativas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar o território gaúcho nos próximos dias. Nas porções norte, nordeste, central e em parte da região Sul, os volumes esperados podem ultrapassar os 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 200 mm acumulados. Já as demais regiões, apresentam acumulados que irão variar entre 5 e 100 milímetros.  (SEAPI)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
Banrisul anuncia suspensão da negativação de produtores rurais por 90 dias
Em reunião extraordinária de diretoria realizada nesta quinta-feira (19/6), o Banrisul decidiu suspender a negativação de todos os produtores com crédito rural no banco. O prazo para essa interrupção é de 90 dias, válidos a partir da próxima terça-feira (24/6) em razão do tempo necessário para retirar os negativados dos registros de inadimplência. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite. "A decisão do banco do Estado é uma ótima notícia para os homens e mulheres do campo e reforça nosso compromisso de estar ao lado de quem produz. Esperamos que, neste prazo, novas medidas venham a ser anunciadas pela União em favor dos produtores rurais gaúchos, que tiveram perdas recorrentes nas sucessivas estiagens e enchentes dos últimos anos", afirmou Leite. "Nosso objetivo é auxiliar e preservar esse importante setor econômico do Rio Grande do Sul", destacou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.416


GDT 382: Mercado internacional de lácteos passa por novas baixas nos preços

O mercado lácteo global segue em correção. Leite em pó e muçarela recuam, cheddar e manteiga sobem. Queda no volume sinaliza cautela dos compradores. Confira!  

No 382º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 17 de junho, o mercado manteve a tendência observada na edição anterior, com a maioria dos produtos passando por correções de baixa. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.389 por tonelada, refletindo uma queda de 1,0% no GDT Price Index. Apesar de parecer contraditório frente ao patamar médio de preços do leilão anterior, essa variação negativa é explicada pela redução de 6,7% no volume negociado, e pelos diferentes pesos de cada produto, que influencia diretamente o índice ponderado da plataforma.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP), principal referência entre os derivados lácteos negociados na plataforma GDT, registrou uma queda de 2,10%, sendo comercializado a US$4.084 por tonelada. Esse recuo reforça o movimento de ajuste nos preços, observado após os picos registrados nos leilões de maio — ainda que os valores atuais permaneçam em patamares historicamente elevados, quando comparados à média dos últimos anos. O preço do leite em pó desnatado também continua com correções negativas, caindo 1,3%, com média de US$2.775 por tonelada

Gráfico 2. Preço médio LPI

A muçarela, que vinha de duas rodadas consecutivas de valorização, apresentou queda de 1,9% neste leilão, sendo negociada a US$ 4.802 por tonelada. A retração indica um movimento de correção após as altas registradas nos eventos anteriores, mas o produto ainda se mantém com preços firmes no cenário internacional.

Por último,  a gordura anidra do leite recuou 1,3% após cinco eventos seguidos de alta. Enquanto isso, a lactose segue em correção negativa, registrando queda de 3,6% no preço após o forte aumento observado em maio.

As valorizações foram registradas na manteiga, que, mesmo após correções negativas recentes, voltou a apresentar alta de 1,4%, alcançando preço médio de US$ 7.890 por tonelada. O queijo cheddar também se valorizou, revertendo duas quedas consecutivas para subir 5,1%, com preço médio de US$ 4.992 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/06/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado volta a apresentar queda

O volume negociado no leilão voltou a registrar quedas, depois da pequena recuperação vista no último leilão. No total, foram comercializadas 15.209 toneladas, o que representa uma retração de 6,7% em relação ao evento anterior, que havia apresentado aumento de pouco mais de 7%. Essa variação negativa pode ser explicada ainda por um mercado cauteloso frente às tensões no mercado internacional. 

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) ficaram abaixo dos valores vistos no último leilão GDT, e reforçou a tendência de quedas nas cotações até o fim do ano. 

A expectativa é de aumento na produção global nos próximos meses, enquanto a demanda segue incerta — reflexo das crescentes tensões comerciais, da baixa confiança do consumidor e da desaceleração econômica em mercados importantes, como a China. Esse cenário tem exercido pressão sobre os preços e reforça a possibilidade de uma correção gradual no mercado.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

O cenário global de lácteos, com previsão de aumento da oferta e queda nos preços internacionais, pode refletir nos preços no mercado brasileiro. A demanda externa mais contida e as tensões comerciais podem continuar reduzindo os preços no mercado internacional, inclusive do Mercosul (nossos principais fornecedores). Além disso, com a valorização recente do real frente ao dólar nas últimas semanas, a competitividade do produto importado tem sido favorecida.

Nesse contexto, o câmbio será um fator decisivo: o aumento da taxa de câmbio real vs dólar pode conter as importações, enquanto uma moeda americana mais fraca pode indicar um caminho inverso. (Milkpoint)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
PIB do Agronegócio cresce 6,49% no primeiro trimestre de 2025
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgaram o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio referente ao primeiro trimestre de 2025. A análise apontou um crescimento de 6,49% no período, dando continuidade à tendência de recuperação observada no último trimestre de 2024, quando o setor reverteu a queda registrada até o terceiro trimestre do ano passado. O setor agrícola registrou alta de 5,59% e a pecuária teve expansão de 8,50%. Todos os elos da cadeia produtiva registraram expansão do PIB no primeiro trimestre: insumos (4,45%), setor primário (10,0%), agroindústria (3,18%) e agrosserviços (6,27%). O principal destaque nos primeiros três meses de 2025, foi o setor primário, que teve crescimento tanto do segmento agrícola (10,78%) quanto do pecuário (8,58%). A expansão do segmento primário agrícola foi impulsionada pela combinação da valorização dos preços e pelo aumento da produção esperada de importantes commodities que compõem o segmento, como café, milho, soja e trigo. Já no segmento primário pecuário, a alta decorreu do maior valor da produção esperado para o ano. Esse crescimento do valor da produção se deve ao avanço dos preços e à produção esperada, com destaque para a bovinocultura de corte e de leite, além de ovos e suinocultura. Com base nesse desempenho parcial, o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 3,79 trilhões em 2025, sendo R$ 2,57 trilhões no ramo agrícola e R$ 1,22 trilhão no ramo pecuário. A estimativa, considerando o comportamento do PIB brasileiro, é que a participação do setor na economia fique próxima de 29,4% em 2025, acima dos 23,5% registrados em 2024. Veja a análise completa do PIB aqui. (CNA)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.415


Programação oficial do Milk Summit Brazil 2025 será lançada no Dia Nacional do Produtor de Leite

No dia 12 de julho, em comemoração ao Dia Nacional do Produtor de Leite, será apresentada oficialmente a programação da primeira edição do Milk Summit Brazil, que promete ser o maior encontro do setor leiteiro do Sul do Brasil. O anúncio acontecerá durante evento com início às 8h, no Auditório do Sicredi, junto ao Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, em Ijuí (RS), reunindo indústrias, cooperativas, produtores, técnicos, autoridades e representantes de instituições ligadas à cadeia produtiva do leite.A data foi escolhida por seu simbolismo e força representativa. “Daremos a largada para o Milk Summit Brazil 2025 com a apresentação da programação que foi construída para oferecer conteúdos relevantes e, ao mesmo tempo, valorizar e conectar os protagonistas que atuam na produção leiteira”, destaca Darlan Palharini, coordenador do evento e Secretário Executivo do Sindilat/RS.Para participar da atividade basta realizar a inscrição através do link. Será uma manhã de atividades que servirá como uma amostra da experiência completa que o Milk Summit vai oferecer em outubro, com momentos de relacionamento, conhecimento técnico e reconhecimento. A programação inicia com o credenciamento e milk break, criando espaço para networking. Na sequência, Valter Galan, do Milkpoint, fala sobre os cenários do mercado e as principais tendências do setor leiteiro. O amplo diálogo entre os representantes do setor acontece na mesa-redonda que terá a participação de Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Fazenda San Diego e Milkpoint, que debatem o papel das instituições no fortalecimento do setor.O diretor-executivo da Fecoagro/RS, Sérgio Feltraco, destacou a importância do engajamento das cooperativas na mesa-redonda. Segundo ele, elas são responsáveis por cerca de 45% da produção de leite no RS, atuando desde a captação até a industrialização. Feltraco reforçou que o setor está comprometido com o debate e a preparação para o Milk Summit Brazil. “Queremos garantir o engajamento necessário para que esta primeira edição tenha grande repercussão para o setor”, afirmou.

Encerrando as atividades, será realizada a premiação aos produtores de leite de Ijuí, promovida pela Prefeitura. “Segundo dados da Emater, Ijuí é a maior fornecedora de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com 741,9 milhões de litros por ano e mais de 157 mil vacas leiteiras. Isso representa um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano. Será uma honra para a cidade reunir e premiar o setor leiteiro neste momento especial”, afirma Emerson Pereira, secretário de Desenvolvimento Rural.

A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, FecoAgro/RS, Sindilat/RS, Emater, Suport D Leite, Impulsa Ijuí e Prefeitura de Ijuí. Acompanhe as atualizações e novidades sobre o evento pelo Instagram: @milksummitbrazil

Programação:

Data: 12 de julho de 2025 (sábado)
Local: Auditório do Sicredi – Avenida David José Martins, nº 30, junto ao Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, Ijuí (RS) 

  • 8h às 8h30min - Credenciamento 
  • 8h30min às 9h30min – Milk Break & Networking: café da manhã de recepção com espaço para conexões e trocas de experiências.
  • 9h30min às 10h05min – Palestra com Valter Galan (Milkpoint): Cenários de Mercado e Tendências para o mercado do leite
  • 10h05min às 11h – Mesa-redonda com Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Fazenda San Diego e Milkpoint: diálogo sobre o papel das instituições no fortalecimento do setor. Mediação: Darlan Palharini
  • 11h às 11h10min - Lançamento da programação oficial do Milk Summit Brazil 2025 e abertura das inscrições.
  • 11h10min às 12h – Premiação a produtores de leite de Ijuí: reconhecimento promovido pela Prefeitura de Ijuí, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural.
*As informações são do Milk Summit Brazil 2025

GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT adaptado pelo Sindilat

EMBRAPA CILEITE: Indicadores Leite e Derivados Junho/2025


Dados sobre os principais indicadores para a cadeia produtiva do leite como preços do leite no mercado brasileiro e internacional, relação de troca ao produtor, balança comercial brasileira de leite e derivados.

O preço do leite ao produtor, cotado a R$ 2,74 por litro em abril de 2025 na média nacional, apresentou queda de 2,9% no mês e aumento de 11,6% nos últimos 12 meses.
A relação de troca leite/mistura teve leve melhora em abril/25 na comparação com o mês anterior e ficou pior que a observada no ano de 2024. Foram necessários 34,0 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura.

No varejo, o preço médio da cesta de lácteos caiu 0,5% em maio/25, e no acumulado em 12 meses, registrou alta de 7,2%, superando a inflação brasileira de 5,3% no período, medida pelo IPCA. O leite condensado registrou a maior alta mensal, 0,9% e o queijo a maior queda, -1,0%.


As importações brasileiras de leite e derivados, alcançaram 172 milhões de litros equivalentes em maio/25, registrando alta de 8,4% no mês e alta de 17,4% em relação a maio/24. O principal produto importado foi o leite em pó.

As exportações subiram 58,5% em maio/25 na comparação com o mês anterior, fechando em 7,2 milhões de litros equivalentes e registraram alta de 62,4% em comparação com maio/24. 

No acumulado de 2025, o saldo da balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 405 milhões, correspondente ao volume de 891 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral registrou queda de 4,1% na primeira quizena de junho/25 em relação a  maio/25, cotado a US$ 4.173/tonelada e o leite em pó desnatado, queda de 0,5%, cotado a US$ 2.807/tonelada.

Fonte:
Boletim Indicadores Leite e Derivados
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo. (Graduandos da UFJF) - Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


Jogo Rápido
Resultado da Languiru deve chegar a R$ 40 milhões no quadrimestre
A Cooperativa Languiru encerrou o primeiro quadrimestre de 2025 com um desempenho que surpreendeu até os próprios gestores. A informação foi anunciada com exclusividade à Rádio Popular nessa terça-feira (10/6), pelo presidente liquidante Paulo Roberto Birck e pelo superintendente administrativo e financeiro, Gustavo Marques. Eles destacaram os resultados positivos alcançados pela cooperativa nos primeiros 4 meses do ano, que totalizaram R$ 40 milhões. O montante representa um salto expressivo em relação ao ano passado. “Em 2024, a Cooperativa Languiru conseguiu um resultado positivo de pouco mais de R$ 15 milhões. No primeiro quadrimestre de 2025, nós praticamente triplicamos”, afirmou Marques. O dado reforça a constatação de que a cooperativa, mesmo em processo de liquidação, tem viabilidade, desde que seja mantido o rigor na gestão financeira. “Nós só encontramos o equilíbrio da operação em outubro do ano passado. A partir daquele mês, passamos a operar no positivo”, assinalou. Segundo ele, hoje a Languiru já não depende de financiamentos para manter sua rotina e o fluxo de caixa passou a ser tratado como ferramenta central da tomada de decisões. Birck alega que, todos os dias, às 11h, lideranças de todos os segmentos da cooperativa se reúnem para organizar os pagamentos, alinhar prioridades e definir o rumo das operações.“Montamos o fluxo de caixa com todos os setores: frigorífico de frangos, laticínios, fábrica de rações, agrocenters. Todo mundo participa, todo mundo sabe a situação da cooperativa”, pontuou Marques. Apesar da estrutura atual representar apenas uma fração da antiga potência da Languiru, o saldo operacional demonstra que tamanho, sozinho, não garante sustentabilidade. “A Languiru chegou a ter um faturamento de R$ 240 milhões por mês, e hoje está com faturamento de R$ 45 milhões. Ou seja, ela está com cerca de 18% a 20% do tamanho que era”, apontou Birck. Ainda assim, alega que os números são mais promissores por não apresentarem prejuízo. O foco da gestão agora segue rumo à consolidação dessa nova fase, com um modelo de operação mais enxuto, controle apurado e decisões colegiadas. “O que estamos mostrando é que é possível dar resultado mesmo em meio a um processo de liquidação”, finalizou Marques. (Fonte Folha Popular via Edairy News)


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.414


Piracanjuba aposta em tecnologia, transparência e expansão no relacionamento com produtores

Em conversa no MilkPro Summit, Edney Murillo Secco detalha como a Piracanjuba investe em sinergia com o campo, capacitação e expansão

Durante o Milk Pro Summit, Edney Murillo Secco, diretor de Compra de Leite do Grupo Piracanjuba, participou do PodCast do MilkPoint. Em conversa com Valter Galan, diretor de Operações da MilkPoint Ventures e host do episódio, Murillo destacou as estratégias da empresa para estreitar relações com fornecedores, impulsionar a produção e consolidar a presença no Nordeste.

Com mais de 20 anos dedicados à pecuária leiteira, Murillo reforçou o compromisso do Grupo Piracanjuba com a valorização de todos os perfis de produtores, dos pequenos fornecedores de 20 litros por dia aos grandes, com produção de até 50 mil litros diários. “Essa proximidade sempre fez parte do DNA da empresa. Desde sua fundação, há 70 anos, a relação com o campo é tratada com respeito e transparência”, afirmou.

Transformações no perfil dos fornecedores
Murillo destacou uma transformação significativa no perfil dos produtores no Brasil. Muitos produtores estão investindo na atividade, principalmente em tecnologia e capacitação, buscando maior produtividade e eficiência. Em contrapartida, a evasão da atividade leiteira tem se intensificado, motivada por fatores diversos, entre eles, dificuldades técnicas e de manejo e, principalmente, ausência de sucessores nas propriedades. “Temos mais de 6.500 fornecedores atualmente, mas já tivemos mais. Enxergamos esse movimento com consciência e buscamos alternativas para apoiar os os produtores, tentando oferecer condições mais competitivas e sustentáveis”, explicou.

Programa ProCampo: comunicação técnica e humanizada
Um dos principais pilares dessa estratégia de aproximação é o programa ProCampo, relançado com força renovada nos últimos anos. Criado inicialmente como uma fazenda-escola, o programa evoluiu para se tornar a principal plataforma de relacionamento, comunicação e suporte técnico aos produtores. “O ProCampo é a nossa bandeira. A ideia é prover informações de qualidade, mesmo quando as notícias não são boas. Transparência é fundamental. Estamos falando de produtividade, mercado, qualidade do leite, teor de sólidos, sustentabilidade e bem-estar animal, tudo com uma linguagem mais leve e direta”, destacou Murillo.

A empresa também tem apostado em ações nas redes sociais, com campanhas como “Ser Pró é Ser ProCampo”, que dialogam com todo o setor, e aproximam mais ainda as novas gerações, reforçando o profissionalismo e os casos de sucesso de algumas fazendas. 

Expansão para o Nordeste e digitalização do relacionamento
Um dos grandes movimentos do Grupo Piracanjuba é a expansão para o Nordeste, com a aquisição de uma fábrica em Sergipe. “Essa é uma decisão estratégica. O Nordeste é uma das regiões que mais cresce em produção leiteira no Brasil e já conhece nossa marca. Agora, com uma unidade lá,  vamos ampliar nossa atuação e nos tornar também uma voz ativa e presente junto às comunidades locais”, afirmou. Anunciada em meados de maio, a transação ainda irá passar pelas aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Olhar para o futuro: sinergia e inteligência artificial
Murillo também destacou um movimento positivo de maior diálogo entre a indústria e os produtores de leite nos últimos anos. “Percebemos uma sinergia crescente. As empresas estão ouvindo mais o campo. E essa escuta ativa é essencial para evoluir junto.”

O executivo acredita que a digitalização e a inteligência artificial terão um papel decisivo na próxima fase do setor. “A nova geração quer conhecimento, gestão e a operação na palma da mão. Estamos nos preparando para isso.”

As informações são do Milkpoint e da Piracanjuba


Distribuidora já subirá preço do diesel após alta do petróleo com guerra entre Israel e Irã

Distribuidora de combustíveis, a Ipiranga já está avisando os postos que elevará o preço do diesel, sem dizer quanto ainda. No comunicado ao qual a coluna teve acesso, a empresa atribui a decisão à alta no preço do petróleo. 

A cotação saltou nessa sexta-feira (13) após os ataques de Israel e do Irã, país que é produtor de petróleo. Mas sim, é cedo para aumento de preços, ainda que o Brasil não produza todo o combustível que consome e precise importar.  

Já a Petrobras não deve fazer alterações por agora. Normalmente, a estatal evitar mexer em preço de diesel e gasolina nas suas refinarias quando há conflitos geopolíticos sem esperar um pouco para ver a duração do impacto em petróleo e dólar. A moeda norte-americana, por exemplo, teve uma alta muito pequena (+0,01%) apesar da tensão no Oriente Médio.  

Em tempo, o litro do diesel está custando, em média, R$ 6,04 no Rio Grande do Sul, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). É o principal combustível usado para abastecer caminhões, tornando-se o maior custo no cálculo do frete, o que impacta no preço do que é transportado, como alimentos.Já a gasolina comum está com o litro em média a R$ 6,08, variando de R$ 5,55 a R$ 6,79 pelo Estado, segundo o levantamento feito na última semana pela agência reguladora. Houve uma queda de R$ 0,08 após a Petrobras reduzir os preços nas refinarias, mas ainda não toda a prevista pela estatal, de R$ 0,12. (Zero Hora)

10º Sipoa tem novo coordenador

A coordenação regional da 10ª região do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, trocou essa semana de coordenador. A troca foi publicada no Diário Oficial do dia 11 de junho.

O médico veterinário Marcos Paulo Borges, graduado pela Universidade de Passo Fundo e Auditor Fiscal Federal Agropecuário desde 2019. Antes atuou como Fiscal Estadual Agropecuário na Secretaria da Agricultura do RS, atuando na Inspeção de Produtos de Origem Animal, tendo sido Supervisor Regional de Passo Fundo.

Marcos Paulo Borges substitui Marcio André Todero, médico veterinário e Auditor Fiscal Federal Agropecuário desde 2004. (As informações são do Fundesa editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
Setor lácteo do sul busca melhorar a competitividade
A cadeia produtiva do leite enfrenta vários desafios competitivos no Brasil. Produtores da região Sul se reuniram, nesta semana, para debater formas de aprimorar a produção e a logística do setor. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, os avanços sanitários são essenciais nesse processo. Assista a entrevista na íntegra clicando aqui. (AgroMais via youtube)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.413


Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS clicando aqui. 

As informações são do Sindilat/RS


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1871 de 12 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A alimentação dos animais tem sido ajustada com suplementação devido ao lento desenvolvimento das pastagens, o que tem permitido a manutenção e/ou recuperação do escore corporal dos rebanhos. Os dias chuvosos e a consequente formação de barro dificultaram o manejo dos bovinos nas instalações. A qualidade do leite em geral está dentro dos padrões. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores intensificaram a suplementação com ração, silagem e feno para os animais em função do atraso no desenvolvimento das pastagens. A produção apresenta excelente qualidade, pois os aspectos microbiológicos e de sólidos estão dentro dos parâmetros exigidos.

Na de Caxias do Sul, a sanidade do rebanho segue adequada, e a condição corporal manteve-se conforme o esperado.

Na de Erechim, observou-se aumento de produção, e o rebanho está em bom estado nutricional e sanitário.

Na de Frederico Westphalen, a produção teve leve queda pela dificuldade do manejo nos dias chuvosos e pela diminuição do conforto dos animais nos dias frios.

Na de Ijuí, observou-se um pequeno aumento de produtividade, principalmente nos sistemas a pasto, onde os animais começam a recuperar o escore corporal. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos melhoraram o escore corporal em razão da redução de 
ectoparasitas.

Na de Pelotas, a produção de leite aumentou moderadamente devido ao uso intensivo de silagem e de alimentação suplementar. Alguns casos de tristeza parasitária ainda ocorrem, mas tendem a se reduzir em virtude do frio. Estão sendo realizadas vacinações  contra brucelose e demais práticas sanitárias.

Na de Santa Maria, a produção apresentou queda. Em rebanhos onde há suplementação com volumoso, o rebanho está mantendo o escore corporal.

Na de Santa Rosa, observa-se tendência de aumento de produção. A contagem bacteriana total está em conformidade com os parâmetros de qualidade, diferentemente da contagem de células  somáticas, que seguem em valores reduzidos.

As informações são da Emater/RS adaptadas pelo Sindilat/RS

Previsão do tempo indica retorno das chuvas ao Estado

Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul registrou baixas temperaturas, com valores negativos em algumas regiões. Na bovinocultura de leite, as chuvas seguiram sendo desafio para os produtores, principalmente pela dificuldade de manejar os animais nos ambientes de ordenha e de alimentação. No entanto, a qualidade do leite esteve dentro dos parâmetros, de maneira geral. Produtores seguiram suplementando a alimentação com silagem, ração e feno, e foi observada um aumento de produção.

A meteorologia aponta o retorno das chuvas em todo o Rio Grande do Sul a partir do final da semana. Após um período de estabilidade, o tempo começa a mudar com a chegada de uma frente fria, seguida por novos sistemas de instabilidade que devem provocar volumes significativos de precipitação no Estado.

A tendência para os dias 17 e 18 de junho indica o avanço das chuvas para todas as regiões gaúchas, com risco de temporais em diversas localidades.

As informações são do  Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2025, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (13/6): Estabilidade atmosférica ainda predomina. Temperaturas em elevação.

Sábado (14/6): A partir da madrugada, avanço de uma frente fria. Chuvas de intensidade moderada em várias regiões, com possibilidade de descargas elétricas.

Domingo (15/6): Precipitações ainda pela manhã, mas com menor intensidade. À tarde, a frente fria se desloca para o oceano. Temperaturas apresentam leve declínio.

Segunda-feira (16/6): As condições de estabilidade do dia anterior devem persistir, com temperaturas frias, seguidas de aquecimento ao longo do dia em todo o Estado.

Terça-feira (17/6) e quarta-feira (18/6): As chuvas avançam para todas as regiões do estado. Risco de temporais em diversas localidades.

O prognóstico para os próximos seis dias indica chuvas significativas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes de precipitação deverão variar entre 50 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Missões, áreas Centrais, Norte, Serra e região Metropolitana. Em algumas partes das Missões, Centro-norte, Serra e Litoral Norte, os acumulados podem ultrapassar os 100 mm. Já para o Leste da Campanha, as áreas da Serra do Sudeste e Costa Doce, os volumes esperados serão inferiores, variando entre 10 mm e 50 mm. No extremo Sul do estado, esses volumes podem superar os 50 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido
SOJA/CEPEA: Demanda externa sustenta preços domésticos
Cepea, 09/06/2025 – Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa. A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua lenta. Segundo o Centro de Pesquisas, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Em maio, o Brasil exportou 14,09 milhões de toneladas do grão, 4,9% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,7% abaixo do escoado em abril, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Na parcial de 2025 (até maio), os embarques somam quantidade recorde, de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do vendido em período equivalente de 2024. Para o segundo semestre, pesquisadores do Cepea explicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atrativa. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.412


EMBRAPA: Anuário Leite 2025 aborda os impactos das mudanças climáticas na produção leiteira

Já está disponível o Anuário Leite 2025, publicação técnica que reúne 35 artigos distribuídos em 128 páginas, com foco especial nos desafios impostos pelas mudanças climáticas à cadeia produtiva do leite no Brasil e no mundo.

A aproximação da COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro em Belém (PA), influenciou diretamente a escolha dos temas desta edição. O anuário traz uma reflexão aprofundada sobre o papel da pecuária leiteira diante do cenário climático global, com base em pesquisas e dados científicos produzidos por centros de referência, como a Embrapa Gado de Leite.

A publicação destaca o esforço da comunidade científica brasileira na busca por soluções sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças no clima. Projetos coordenados pela Embrapa envolvem atualmente cerca de 2 mil propriedades rurais no país e avaliam estratégias como melhor manejo de pastagens, redução de desperdícios e otimização dos processos produtivos com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Um dos avanços apresentados está relacionado à melhoria genética do rebanho Girolando, que resultou em um aumento de 60% na produtividade e em uma redução de 39% nas emissões de metano por litro de leite produzido. Também ganham destaque os estudos sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), modelo que tem contribuído para a redução do estresse térmico dos animais e, por consequência, para a melhoria da fertilidade e da produtividade.

O anuário ainda mostra como o Brasil tem consolidado sua posição no debate internacional sobre sustentabilidade agropecuária. Programas como o Plano ABC/ABC+, que entre 1990 e 2022 reduziram em 11% as emissões de metano entérico por bovino, são citados como exemplos de políticas públicas e tecnologias que vêm transformando a produção de proteína animal no país.

Frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas — especialmente para países tropicais —, o conteúdo do Anuário Leite 2025 reforça a necessidade de integração entre ciência, política pública e setor produtivo para garantir a segurança alimentar e a resiliência dos sistemas agropecuários no longo prazo. ACESSE CLICANDO AQUI. (As informações são da Embrapa editadas pelo Sindilat RS)


LATÍCINIO DEALE - COMUNICADO AO MERCADO

Hoje damos início a um novo capítulo na história da Deale. Foi assinado um acordo para que o Grupo Scala, empresa familiar com mais de seis décadas de tradição no setor de laticínios, se torne a nova controladora da nossa empresa. A transação ainda será submetida à aprovação do ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica (CADE), conforme determina a legislação.

Essa decisão foi tomada com muito cuidado, responsabilidade e, sobretudo, com profundo respeito pelo legado que construímos até aqui, que foi possível graças ao trabalho e parceria que sempre construímos com nossos colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades locais.

Os empregos e parcerias existentes serão mantidos, assim como o estreito relacionamento com os fornecedores de leite. O Scala chega com admiração genuína pela nossa história e com o compromisso de preservar o nosso legado. Ao mesmo tempo, traz consigo a força de uma marca reconhecida nacionalmente pela qualidade e também pelo cuidado com as pessoas, comunidades onde está presente e pelo olhar de longo prazo.

Estamos confiantes de que este novo capítulo na história da Deale representa um caminho de crescimento, continuidade e novas possibilidades para todos. Seguimos com orgulho do que construímos, com entusiasmo e profunda gratidão pela parceria que construímos juntos ao longo dos últimos 14 anos de história.

Atenciosamente,
Alexandre dos Santos
Sócio-Diretor Laticínio Deale
www.deale.com.br

Sobre o Grupo Scala:
Com mais de 60 anos de história, o Grupo Scala tem atuação nacional no setor de alimentos por meio de duas divisões: Lácteos, com uma das mais tradicionais marcas de queijos do Brasil; e Nutrição Animal, oferecendo soluções de alta qualidade para o agronegócio, além de linhas de rações para pets. Com raízes familiares e foco na perpetuidade dos negócios, o grupo investe no desenvolvimento sustentável das regiões onde está presente e mantém o compromisso com a qualidade e a valorização da cadeia produtiva.

Sobre o Laticínio Deale:
A Deale é uma empresa brasileira do setor de laticínios, com sede em Almirante Tamandaré do Sul, no Rio Grande do Sul. Fundada há mais de 14 anos, a Deale destaca-se pela produção de queijos e derivados lácteos, combinando tradição familiar com tecnologia de ponta. A matriz da Deale está localizada em Almirante Tamandaré do Sul, com filiais nas cidades de Aratiba e Catuípe, no Rio Grande do Sul. A empresa possui 350 colaboradores diretos.

As informações são do Laticínio Deale

Produção de leite recua na China após 5 anos de alta

Com queda na produção e no consumo de leite, a indústria chinesa aposta em lácteos funcionais, inovação nutricional e foco no envelhecimento saudável para crescer. 

A produção de leite na China caiu no ano passado pela primeira vez em cinco anos, após um período de crescimento constante, à medida que as mudanças nas preferências dos consumidores superam a capacidade da indústria de se adaptar. Segundo especialistas do setor, a chave para reverter essa tendência está em reduzir a distância entre os produtos lácteos tradicionais e as exigências em constante evolução dos consumidores modernos.

Queda na produção e lucros sinaliza preferência por lácteos premium e funcionais
A produção de leite fluido na China recuou 2,8% no ano passado em relação ao ano anterior, totalizando 27,4 milhões de toneladas, de acordo com dados da Associação da Indústria de Laticínios da China. Antes disso, a produção vinha crescendo mais de 2% ao ano nos últimos cinco anos.

Produtores de laticínios de médio e grande porte em todo o país registraram uma queda de 1,9% na produção total de derivados lácteos em 2024, em comparação com o ano anterior, somando 29,6 milhões de toneladas, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas. Trata-se do primeiro crescimento negativo em anos recentes, em forte contraste com 2022 e 2023, quando a produção aumentou 2% e 3,1%, respectivamente.

Essa queda afetou as receitas. As três maiores empresas do setor — Yili Group, Mengniu Dairy e Bright Dairy — registraram queda nos lucros entre 8% e 10% no ano passado, em relação ao ano anterior. A Yili teve receita de CNY 115,8 bilhões (USD 16 bilhões), a Mengniu reportou CNY 88,7 bilhões (USD 12,3 bilhões) e a Bright Dairy registrou CNY 24,3 bilhões (USD 3,4 bilhões).

Segundo Liu Jiangyi, presidente da Associação da Indústria de Laticínios da China, há duas razões principais para essa queda, conforme destacou na reunião anual da associação realizada recentemente em Nanjing. Primeiro, o ambiente econômico complexo, tanto doméstico quanto internacional, levou a uma desaceleração no consumo. Segundo, o mercado reflete uma queda na demanda por leite comum e uma crescente dependência de produtos lácteos premium importados.

Por muito tempo, a indústria de laticínios da China foi dominada por diferentes tipos de leite fluido, mas o consumo agora está em declínio. No ano passado, o consumo médio per capita de laticínios na China foi de 41,5 quilos, uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior.

Indústria chinesa aposta em inovação e saúde para impulsionar setor lácteo
As importações de leite fluido e leite fermentado também estão em queda. No entanto, as importações de itens de maior valor agregado, como creme de leite, leite condensado e proteína do soro do leite, estão aumentando. Por exemplo, as importações de creme cresceram 9% no ano passado, alcançando 290 mil toneladas.

O setor lácteo está passando por uma transformação completa, afirmou Wang Hua, gerente de marketing da empresa sueca de embalagens alimentícias Tetra Pak, durante o evento. O hábito de fazer lanches está em ascensão e impulsiona a demanda por queijos prontos para consumo. O boom do mercado fitness também está estimulando o interesse por suplementos proteicos e produtos voltados para o controle de peso.

Com a desaceleração nas vendas de leite, mais empresas de laticínios estão aumentando os investimentos no setor de saúde e nutrição. A Bright Dairy, bem como a Yili e a Mengniu (com sede em Hohhot), afirmaram em suas últimas teleconferências de resultados que pretendem focar mais em produtos funcionais e no processamento avançado de laticínios daqui para frente.

A inovação futura deve girar em torno de três objetivos principais, disse Liu Zhenmin, cientista-chefe da Bright Dairy, com sede em Xangai, ao portal Yicai: desenvolver probióticos voltados a necessidades específicas de saúde, aprofundar as pesquisas sobre nutrição láctea e criar produtos lácteos funcionais focados no envelhecimento saudável. Em sua visão, atender às necessidades nutricionais da população idosa da China pode abrir um novo e vasto mercado, demonstrando o grande potencial dos produtos voltados à promoção de um envelhecimento saudável.
As informações são do Yicai Global.


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Preços seguem em queda no BR
Cepea, 09/06/2025 – Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior. Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.411


IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite

No 1º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,49 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 3,4% em relação ao 1° trimestre de 2024, e uma redução de 4,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.11 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que o 1° trimestre regularmente apresenta queda da aquisição de leite em relação ao 4° trimestre do ano anterior. Janeiro foi o mês de maior captação, com 2,31 bilhões de litros (+4,0%), enquanto março apresentou a variação mais significativa em relação ao mesmo mês do ano anterior (+5,0%). Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor, ocorreu aumento de 22,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e houve estabilidade em relação ao 4º trimestre de 2024.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 39,6% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (36,3%), Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (9,3%) e Norte (3,9%). No comparativo do 1º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 210,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 19 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Paraná (+91,56 milhões de litros), Minas Gerais (+34,46 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+27,31 milhões de litros), Sergipe (+21,98 milhões de litros), Goiás (+15,87 milhões de litros) e Bahia (+11,35 milhões de litros). As principais quedas ocorreram em: Rio de Janeiro (-9,88 milhões de litros), Mato Grosso (-7,35 milhões de litros) e Rondônia (-4,53 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,1% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%), Santa Catarina (12,2%) e Rio Grande do Sul (12,0%) (Gráfico I.12).

O preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 1º trimestre de 2025 foi de R$ 2,76, valor 22,1% superior ao praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio do 4° trimestre de 2024, houve estabilidade (Gráfico I.13). O preço foi aumentando ao longo do trimestre, passando de R$ 2,69 em janeiro, para R$ 2,77 em fevereiro, e atingindo o maior valor, de R$ 2,84, no mês de março.

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve alta de 1,97% no acumulado de janeiro a março de 2025, abaixo do Índice geral da inflação de 2,04%. As altas mais significativas foram verificadas para o Leite fermentado (4,68%) e para o Requeijão (4,11%). O Leite longa vida apresentou alta de 0,71%, e foi o item com o menor aumento no período, considerando que todos os itens pesquisados apresentaram aumento. A maior parte da captação de leite foi realizada por estabelecimentos que receberam mais de 150 mil litros por dia, responsáveis por 66,9% do volume captado no 1º trimestre de 2025 (Tabela I.13).

No 1º trimestre de 2025, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 920
estabelecimentos, 625 (32,6%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 855 (44,5%) no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 440 (22,9%) no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 86,8%, 11,3% e 1,9% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. (As informações são do IBGE)


Menos gordura, mais proteína: o novo rumo dos laticínios

A onda do GLP-1 altera preferências: menos laticínios gordurosos e adoçados, mais foco em proteínas puras como leite desnatado e whey. 

Enquanto a obesidade domina as manchetes, uma onda mais sutil está redesenhando o cenário dos laticínios. Os medicamentos com GLP-1, originalmente desenvolvidos para o controle do diabetes, ganharam destaque como catalisadores da perda de peso. Com 40% da população mundial com sobrepeso ou obesidade — quase o dobro da população subnutrida —, os sistemas de saúde estão sob pressão. Esses medicamentos, que imitam o hormônio peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), reduzem o apetite ao aumentar a saciedade e desacelerar a digestão, com potencial para redefinir não apenas corpos, mas também os mercados alimentares — inclusive o de laticínios.

Uma pesquisa de 2023 indica que 15,5 milhões de adultos nos EUA utilizam essas injeções, com uma projeção de adoção de 9% até 2030. O mercado de GLP-1, atualmente avaliado em US$ 47 bilhões, pode crescer dez vezes até 2032 (Pharmaceutical Journal, 2024). Usuários reduzem a ingestão calórica diária em 20% (cerca de 800 kcal), preferindo proteínas magras em vez de alimentos gordurosos, salgados, açucarados ou processados. Para o setor lácteo, isso cria uma divisão clara: as proteínas puras ganham espaço, enquanto as guloseimas industrializadas perdem força.
A ascensão da proteína nos laticínios

Os usuários de GLP-1 não apenas comem menos — eles mudam suas preferências. Pesquisas de 2023 mostram uma queda no desejo por alimentos ricos, doces ou salgados, o que afeta laticínios processados como sorvetes, queijos intensos e iogurtes adoçados. Relatórios de varejo de outubro de 2023 apontam queda nas compras, com os produtos mais processados sendo os mais afetados (FoodNavigator, 2024). Um estudo canadense registrou uma redução de 30% na demanda por lanches lácteos doces, como leites saborizados e sobremesas. Já a proteína permanece em alta. Uma usuária dos medicamentos relatou ter trocado "besteiras" por iogurte natural e cottage.Essa mudança impulsiona um boom proteico nos laticínios. Leite, whey e caseína se encaixam nas dietas com GLP-1, evitando desconfortos digestivos como diarreia ou constipação, associados a alimentos gordurosos (The Economist, 2024).

Especialistas preveem aumento no consumo de laticínios com baixo teor de gordura e sem adição de açúcar, enquanto itens cremosos e processados — como molhos de queijo ou sobremesas congeladas — devem perder espaço. Um especialista em sistemas alimentares prevê uma tendência de “proteínas animais com menos gordura”, um território onde os laticínios podem dominar ao priorizar a pureza (EW Nutrition, 2024).

O declínio dos laticínios processados
Os medicamentos com GLP-1 representam uma ameaça para os bastiões processados dos laticínios. Projeções sugerem uma queda de 4% nos EUA no consumo de bebidas açucaradas, lanches salgados e alimentos gordurosos até 2035, impactando produtos lácteos como milkshakes e molhos cremosos. Dados mostram que os usuários evitam laticínios com alto teor de gordura, sal e açúcar, refinando seus paladares (FoodNavigator, 2024). Para uma indústria que há muito se apoia em produtos indulgentes, como cafés cremosos aromatizados, isso sinaliza uma mudança. Enquanto algumas empresas já se adaptam com opções mais “amigáveis ao GLP-1”, outras ainda resistem — arriscando-se a perder relevância à medida que os hábitos dos consumidores evoluem.

Os produtores também sentirão os efeitos. A demanda reduzida por leite rico em gordura pode direcionar a genética do rebanho para produções mais proteicas do que voltadas ao teor de gordura. Analistas sugerem que áreas hoje dedicadas ao cultivo de ingredientes para produtos adoçados (como açúcar para iogurtes) possam ser redirecionadas para culturas que melhorem o rendimento proteico do leite (The Economist, 2024). Ainda assim, a proteína animal — incluindo o leite — deverá sofrer disrupções mais brandas do que os setores de lanches e bebidas, com previsão de queda de apenas 0,5 a 1% na produção ao longo de uma década.

Dinâmica econômica e de mercado
O setor de laticínios está em um ponto de inflexão. A redução de 20% na ingestão calórica geral pode encolher as vendas de alimentos, mas a ascensão da proteína oferece estabilidade. Dados de varejo de 2023 relacionam o uso de GLP-1 à queda nas vendas de snacks, enquanto laticínios simples e suplementos proteicos seguem estáveis (CBC News, 2024). Se 9% dos americanos — frequentemente os primeiros a aderirem a novas tendências — adotarem GLP-1 até 2030, sua preferência por proteínas lácteas magras pode remodelar o mercado e as prateleiras. Líderes do setor defendem cortes de açúcar e revisão de porções, promovendo uma transição para produtos mais simples (Tilley Distribution, 2024).

O custo ainda é um obstáculo. Os preços elevados dos medicamentos GLP-1 limitam o acesso, favorecendo consumidores mais ricos. Pesquisas indicam que seria necessário um corte de 85% no preço para tornar o uso amplamente acessível — até lá, os laticínios proteicos de alta qualidade lideram o movimento (The Economist, 2024). A demanda crescente por perda de peso também pode empurrar o setor para valorizar mais o leite in natura e menos o processamento industrial.

O próximo capítulo dos laticínios
Os medicamentos com GLP-1 estão redesenhando o panorama dos laticínios. Proteínas puras como leite desnatado e whey têm enorme potencial, enquanto produtos gordurosos, processados ou adoçados enfrentam desafios.

Empresas que investirem em produtos centrados na proteína poderão liderar esse novo ciclo; quem ficar para trás, corre o risco de desaparecer. Os produtores devem focar em rendimentos mais magros. Essa mudança, segundo um especialista, “terá um impacto profundo” nos sistemas alimentares (The Economist, 2024). O setor de laticínios pode aproveitar o embalo das proteínas — ou ver seus lucros com produtos processados minguarem.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Escala produtiva no leite: Brasil segue os passos da Argentina?

Com a expansão das grandes fazendas e alta produtividade, o Brasil dá sinais claros de seguir os passos da Argentina na concentração da produção leiteira.

O Milkpoint divulga anualmente a lista das cem maiores propriedades produtoras de leite no país, no relatório dos Top 100. Cada edição desta pesquisa mostra o aumento paulatino da participação dessas maiores fazendas no total de leite produzido no Brasil. A última estatística, referente ao ano de 2024, mostra que 4,7% do leite inspecionado produzido no país veio destas propriedades. Esta métrica é interessante, pois permite avaliar até que ponto o Brasil evolui sua estrutura produtiva para se igualar aos países mais competitivos na produção de leite, onde é forte o aumento da escala de produção das propriedades.

A Argentina, por exemplo, produziu em 2024, 29 milhões de litros/ dia, pouco mais de 30% da produção diária brasileira. No país latino o total de propriedades produtoras de leite era de apenas 9.407 em 2024, com produção média de 3.076 litros/ dia por fazenda.
Se para o Brasil como um todo, o peso destas cem maiores fazendas ainda não é muito elevado, há fortes diferenças regionais a serem analisadas. Utilizando os dados do IBGE, disponíveis para cada município brasileiro para o ano de 2023, o Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa Gado de Leite definiu as 15 bacias leiteiras do país, onde há forte concentração da produção e da inovação tecnológica do leite. Confrontando os dados destas cem maiores fazendas, que produziram entre 13.771 e 96.688 litros/ dia em 2023, pode-se avaliar o impacto desta concentração e aumento de volume nas diferentes bacias leiteiras brasileiras (Figura 1).

Figura 1 - Bacias leiteiras brasileiras

                                   
Fonte: Cileite-Embrapa e IBGE (2025).

Em 2023, 74% destas 100 maiores propriedades brasileiras se localizavam em alguma das bacias leiteiras definidas, mostrando que é nestas menores áreas de maior dinamismo da atividade leiteira brasileira que estão surgindo fazendas de elevada escala de operação. Mais da metade destas 100 maiores unidades de produção do país se encontram em apenas duas bacias. 33% das propriedades se encontram na Bacia do Sudeste e 22% no Leste Paranaense. A Bacia do Sul engloba 9% das propriedades e Goiás, 4% (Figura 2).

Figura 2 - Distribuição dos 100 maiores produtores de leite do Brasil pelas diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: CILeite-Embrapa e MilkPoint (2025).

O impacto das grandes fazendas nas principais bacias leiteiras do Brasil
Será que, em alguma destas 15 bacias, o volume produzido é expressivo, afetando já a cadeia de suprimento de leite regional? A resposta é sim. A Bacia do Leste Paranaense, que já produz 2,6 milhões de litros de leite/ dia possui mais de 0,6 milhão, ou 24,2% do leite ofertado por alguma das cem maiores fazendas de leite do país. É uma medida muito expressiva, considerando que neste grupo só há produtores com mais de 13 mil litros/ dia.

Na Argentina, por exemplo, em fevereiro de 2025, 26,8% da produção nacional veio de propriedades com produção acima de 10 mil litros/ dia. É possível que a porcentagem para 13 mil litros/ dia no nosso vizinho do Mercosul seja abaixo do observado nesta importante bacia leiteira do estado do Paraná. Outras bacias também apresentam números expressivos.

No Sudeste Paranaense, 13,4% da produção advém das cem maiores propriedades e no Triângulo Mineiro, 8,0%. É interessante observar que, na principal bacia brasileira, a do Sul, que produz mais de 22,2 milhões de litros/ dia, a contribuição das cem maiores fazendas neste total é de apenas 0,8%, indicando uma estrutura fundiária relativamente mais fragmentada. A Bacia do Sudeste, que produz 16,7 milhões de litros/ dia, possui 0,9 milhão de litros/ dia advindos das cem maiores, 5,4% da sua produção, mostrando que o processo de surgimento de grandes fazendas leiteiras também ocorre nas bacias de maior volume de produção, mas de maneira desuniforme (Figura 3).

Figura 3 - Participação dos 100 maiores produtores de leite do Brasil na produção total de diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: Cileite -Embrapa e MilkPoint (2025).

A análise da distribuição das cem maiores fazendas produtoras de leite nas quinze bacias leiteiras identificadas pelo CILeite-Embrapa no Brasil mostra diferença significativas na distribuição espacial destas fazendas e dos seus impactos:

No Sul e no Nordeste, o impacto destas grandes fazendas ainda é limitado na oferta total.
No Sudeste, no Triângulo Mineiro e em Goiás, estas propriedades já impactam a oferta de leite.

Nas bacias do estado do Paraná, Leste Paranaense e Sudeste Paranaense esta contribuição é mais expressiva, mostrando um processo de expansão contínuo no tamanho médio das fazendas. Nesta primeira bacia, que engloba importantes municípios como Castro, Carambeí e Arapoti, já há uma concentração de grandes fazendas maior que a observada na Argentina. Esta bacia, que possui a mais elevada produtividade de leite por vaca do país, exibe este importante ganho de escala e competitividade.

As informações são do Milkpoint editadas pelo Sindilat


Jogo Rápido
As exportações de lácteos do Uruguai caíram 10%
As divisas geradas com as exportações de produtos lácteos foram de US$ 66 milhões, em maio. Representou queda de 10%, em dólares, na comparação interanual e redução de 20 para 17 mil toneladas. O principal produto exportado foi o leite em pó integral, que gerou US$ 54 milhões em divisas, e representou 82% do valor total de lácteos embarcados. De acordo com o boletim de maio do Uruguai XXI, houve recuo tanto em valor como em volume. Depois vieram os queijos, com faturamento de US$ 7 milhões, as manteigas com US$ 3 milhões e por último soro de leite e outros produtos lácteos. A Argélia encabeçou os destinos comprando US$ 25 milhões, seguida pelo Brasil com US$ 21 milhões. Também ocuparam posições de destaque Chile, Argentina, México e Panamá. Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br