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Porto Alegre, 23 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.15

  Leite/América do Sul

Nas duas últimas semanas, o clima quente e seco foi prevalente na Argentina, limitando a umidade para o desenvolvimento das culturas de milho e soja, acelerando a secagem e colheita de grãos de inverno. 

Enquanto isso, chuvas moderadas e fortes mantiveram as condições favoráveis para a soja e a primeira safra de milho nas áreas produtoras do centro e sul do Brasil. O volume e a qualidade das forrageiras são boas ou regulares nas principais bacias leiteiras do continente.  

Os custos de concentrados permanecem relativamente baixos, enquanto o preço ao produtor é aceitável para a maioria dos produtores de leite, de forma a obter margens justas entre receitas e custos.

A produção ao nível de fazenda é sazonalmente em declínio na Argentina, Uruguai, mas, encontra-se estabilizada no Brasil. A oferta de leite é suficiente para atender as necessidades de processamento de leite engarrafado, incluindo UHT, em todo o Cone Sul. Mas, com chegando as férias escolares de verão, as vendas de leite engarrafado/UHT caem.
 
Em todo o continente existe escassez na oferta de creme, pois está havendo queda nos teores de proteína e matéria gorda, dado que as elevadas temperaturas do verão afetam o conforto das vacas. Portanto, os produtos industrializados que tenham o creme como base, como manteiga, sorvete e doce de leite, foi um pouco reduzida em algumas plantas. Apesar disso, os pedidos de queijos e manteiga para as festas de fim de ano pelos varejistas e alguns canais de food service foram entregues, resultando em considerável queda dos preços no mercado spot, principalmente para leite em pó. (Terra Viva)

Celso Moretti será efetivado na presidência da Embrapa

Interino desde julho, o pesquisador ficará no comando da empresa de forma definitiva por dois anos

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, decidiu nesta sexta-feira (20) indicar o pesquisador Celso Luiz Moretti para a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Interino desde julho, ele ficará no comando da empresa de forma definitiva por dois anos, prazo prorrogável até três vezes, segundo a Lei das Estatais.

A nomeação deve ser publicada nos próximos dias no "Diário Oficial da União" (DOU). A Casa Civil vai analisar as documentações necessárias para que ele assuma o cargo e o Conselho de Administração da Embrapa (Consad), presidido pelo secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, vai editar a portaria com a confirmação.

“É a pessoa que pode implementar as mudanças que a gente quer”, disse, ao Valor, a ministra. Haverá troca nas três diretorias executivas da Embrapa. Os diretores Lúcia Gatto e Cléber Soares serão substituídos nas áreas de Gestão Institucional e Inovação e Tecnologia, respectivamente. Moretti vai deixar de acumular a chefia de Pesquisa e Desenvolvimento, que terá novo comando. Ainda não há definição de nomes para os lugares deles. Isso só deve ocorrer em janeiro, quando Tereza Cristina retornar do recesso. A expectativa é que sejam indicadas pessoas de dentro e de fora da Embrapa para os cargos.

Moretti, que completa 25 anos de trabalho na Embrapa no próximo dia 30 e com longo currículo de pesquisador — é doutor em produção vegetal e foi chefe de unidade — tem 11 anos de experiência em gestão pública. A boa relação com a ministra, o desempenho no cargo nos cinco meses como interino e os planos para o futuro da empresa, focados em parcerias com setor privado, redução de custos e monetização dos ativos da Embrapa, foram o que o credenciaram a conquistar a indicação, segundo ele. O fato de ser de dentro da empresa também colaborou.

“Recebo com tranquilidade, serenidade e muita responsabilidade a indicação. Muita energia para fazer o que precisa ser feito a partir de 2020”, afirmou Moretti. (Valor Econômico)

Preço Cepea

2019 foi um ano atípico para o setor de lácteos, marcado por sustentação dos preços no campo, em decorrência da oferta limitada e do aumento da competição entre os laticínios para assegurar mercado. 

E isso foi verificado num contexto de consumo retraído. O resultado: os preços ao produtor não seguiram a tendência sazonal de aumentos entre fevereiro e agosto e de quedas entre setembro e janeiro. As cotações no campo já iniciaram o ano em alta e a oferta restrita sustentou as consecutivas elevações de janeiro a junho. No período, foi verificado aumento real de 22 centavos por litro na “Média Brasil” líquida¹, com as cotações reais atingindo os mais altos patamares da série histórica do Cepea para um primeiro semestre. No entanto, a estagnação econômica, a diminuição do poder de compra do brasileiro e a pressão das redes varejistas para atrair consumidores com preços baixos restringiram a valorização dos derivados lácteos. 

De acordo com pesquisas do Cepea, os preços médios anuais do leite UHT e da muçarela caíram 6,1% e 3,3% de 2018 para 2019, respectivamente, em termos reais (foram consideradas as médias de janeiro a novembro). A dificuldade das empresas em repassar a alta da matéria- -prima para os lácteos sem comprometer seus shares de mercado espremeu as margens das indústrias. Com isso, a participação média anual do preço do leite ao produtor nas cotações do UHT e muçarela aumentou 10,4% e 8,6%, nessa ordem, de um ano para o outro (considerando-se as médias de janeiro a novembro). Por esse motivo, os preços do leite ao produtor registraram quedas em julho e agosto, que, sazonalmente, são períodos de picos de entressafra – apenas nestes dois meses, o recuo real foi de 12 centavos/litro. 

Contudo, a competição entre indústrias para garantir a compra de matéria-prima continuou acirrada no terceiro trimestre, já que a produção não se recuperou. O desequilíbrio entre oferta e demanda levou ao encadeamento de altas nos preços dos derivados, no leite spot e, por fim, nos pagos ao produtor em setembro. A produção de leite enxuta no que seria, sazonalmente, o início da safra acarretou em volumes mais baixos nos estoques de derivados, o que trouxe incertezas aos agentes. Assim, o intenso recuo que normalmente se observa no final do ano não deve ser verificado em 2019. Dois pontos explicam a oferta limitada no campo em 2019 e também o fato de a produção do segundo semestre não ter sido estimulada, mesmo com os preços favoráveis até a metade do ano – oposto ao ocorrido em 2017. O primeiro ponto é clima. 

De janeiro a março, as chuvas irregulares diminuíram a disponibilidade de pastagens e a produtividade das lavouras de milho; no segundo e terceiro trimestres, o inverno seco prejudicou a captação leiteira no Sudeste e a produção do Sul não foi tão alta quanto se esperava. Por fim, o atraso das chuvas da primavera, que tipicamente marcam o início da safra do Sudeste e Centro-Oeste, limitou a recuperação da produção no último trimestre. Em segundo lugar, deve-se destacar que a restrição da oferta foi intensificada pela saída de produtores da atividade nos últimos anos e pela grande insegurança – verificada em anos anteriores e neste também – em realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo. Assim, as dificuldades de 2017 e 2018 se desdobraram em efeitos de longo prazo, que impactaram negativamente a produção em 2019. 

Ressalta-se, ainda, que o aumento dos preços dos grãos neste final de ano pode diminuir o potencial de crescimento da atividade. Ademais, as cotações atrativas no mercado de gado de corte têm incentivado o abate de vacas e podem, nos próximos meses, levar à destinação de parte da produção de leite para a alimentação de bezerros. Se, no início do ano, perspectivas apontavam para aumento da produção anual em torno de 3%, neste final de 2019, já se revisam os cálculos para uma possível estagnação da produção. Por outro lado, com menor oferta de leite, a captação formal deve se elevar em 2019. Os dados da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL) apontam alta de 3,4% no volume formal captado entre o 1º e 3º trimestres de 2019 frente ao mesmo período de 2018. É importante lembrar que, segundo levantamento do IBGE, a diferença entre produção e captação formal no Brasil em 2018 foi de quase 9,4 bilhões de litros. (Por Natália Grigol/Cepea)

Leite/Europa – Neste final de ano a produção de leite na Alemanha está apresentando crescimento. 

Em relatório da última semana de novembro ficou em destaque o aumento da produção em relação à semana anterior e em relação à mesma semana do ano passado. A produção de leite na União Europeia (UE) em outubro foi 0,4% superior à de outubro de 2018. De acordo com a Eucolait, no acumulado do ano, a produção da UE ficou 0,5% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado entre os países variou: Irlanda (+6,9%); França (-0,5%); Holanda (-1,4%); e Alemanha (-0,4%). Apesar disso, França (+1,3%), e Holanda (+2%) apresentaram resultados positivos em outubro. 

A produção de queijo na UE em outubro foi 1,1% a mais em relação à produção do último ano. No acumulado do ano, o aumento é de 0,6%. A vitória eleitoral do Tory no Reino Unido parece ter legitimado a decisão de Boris Johnson de retirar o Reino Unido da UE até 31 de janeiro de 2020.

A expectativa é de que o período de transição dure até o final de 2020, mas, ainda não foi negociado o que acontecerá depois.
A Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu, teve crescimento de 1,3% em outubro deste ano quando comparado com o mesmo mês de 2018, e no acumulado do ano aumento de 1,9%, em relação a 2018. (Terra Viva)

Fiscais agropecuários suspendem greve a partir de segunda-feira
Fiscais estaduais agropecuários e demais servidores da Secretaria da Agricultura decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (20), suspender a greve da categoria a partir de segunda-feira (23). A paralisação teve início há 24 dias, motivada pelo parcelamento de salários e pelo pacote de reformas enviado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa.
As categorias ligadas ao Sintergs, Sindicaixa e Sindsepe no entanto, optaram por manter o estado de greve até a próxima votação do pacote do funcionalismo no Parlamento, que deve ocorrer no final de janeiro. Em nota, os servidores afirmaram que voltarão às suas funções, mas que estarão mobilizados para qualquer desenvolvimento acerca do tema. Uma nova assembleia unificada já está agendada para o dia 21 de janeiro.
Os servidores ligados à Secretaria da Agricultura - fiscais agropecuários, técnicos agrícolas e os analistas agropecuários e florestais, além de servidores da área administrativa e os da antiga Caixa Estadual - estão em greve desde o dia 26 de novembro. Entre os principais motivos do movimento, destacam o atraso e parcelamento dos salários há 48 meses, a falta de reposição salarial há cinco anos e o pacote proposto pelo Executivo gaúcho. (Jornal do Comércio)

 

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.14

  Cadeia produtiva debate atualização do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite na UPF

Atualizado em novembro de 2019, o novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) foi tema de discussão na manhã desta quinta-feira (19/12), no auditório da Faculdade de Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF). O encontro, que reuniu 120 técnicos de indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul, contou com palestras dos fiscais federais do Mapa Roberto Lucena e Milene Cé, a fim de esclarecer dúvidas, inclusive, sobre a consulta pública de normas do leite cru e derivados, que está aberta para manifestação até 27 de janeiro de 2020. O PQFL consiste em um plano de ação e gerenciamento que deve ser elaborado por todas as empresas e postos de resfriamento, é exigido quando o fiscal visita o estabelecimento. O plano contempla a verificação de mais de 150 pontos dentro da propriedade. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

 
Crédito: Darlan Palharini

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, levar o evento para o interior do Estado é uma maneira de aproximar os técnicos das indústrias e os fiscais do Mapa para que possíveis dúvidas sejam respondidas, principalmente no que se refere ao novo guia orientativo do PQFL. “Quanto mais conhecemos e compreendermos à legislação, mais aptos estaremos para qualificar os produtores”. O PQFL é um passo a passo para as empresas conseguirem conceituar melhor seus fornecedores, se adequando as exigências e boas práticas da produção leiteira. O objetivo geral do plano é atender todas as propriedades, com metas plausíveis dentro da estrutura da empresa.

Na oportunidade, ocorreu a apresentação do aplicativo Milk Wiki, desenvolvido pela empresa de mesmo nome, para facilitar o gerenciamento do PQLF dentro das propriedades. “O app visa suprir as dificuldades das indústrias de gerenciar os indicadores de eficiência ou não de cada propriedade rural”, disse Roberta Züge, da Ceres Qualidade, destacando que o questionamento, por parte do público, ao Mapa sobre a viabilidade do projeto foi bastante positivo. “O próprio Lucena disse que a ferramenta será muito importante e que poderia tornar mais ágil o cumprimento das exigências previstas nas INs 76 e 77”.

Quanto à consulta pública que trata das normas de destinação do leite cru, Milene Cé destacou que as mesmas são um complemento das INs 76 e 77 e do novo RIISPOA. O evento também contou com o apoio da UPF, Emater, Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Associação de Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAP). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite indica estabilidade no preço de referência

O valor de referência do leite projetado para o mês de dezembro de 2019 registrou queda no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20/12) durante a última reunião do Conseleite do ano, realizada na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS), o valor estimado para o mês é de R$ 1,1096, 0,63% abaixo do consolidado do mês de novembro, que fechou em R$ 1,1166. Segundo o professor da UPF – instituição responsável pelo estudo – Marco Antônio Montoya, o leite UHT que possui maior participação no mix de 13 produtos analisados (39,43%), teve variação positiva de 3,45%, enquanto outros produtos, com participação de 33,86% no mix, caíram 3,88%. Essa alteração de preços entre componentes importantes do mix justifica a pequena variação no valor de referência do Conseleite. 


Crédito: Luciane Radicione

De acordo com Montoya, 2019 se encerra com um cenário de estabilidade no preço do leite, considerando todos os itens que compõem a cesta de produtos analisada. “Para 2020, a tendência é de iniciar com estabilidade nos preços, mas, com a recuperação da economia brasileira, a projeção é de melhora gradativa dos preços”, afirmou o professor da UPF. 

Os participantes do Conseleite debateram também sobre a importância da participação da assistência técnica periódica nas propriedades, a fim de orientar sobre os procedimentos que garantam à manutenção dos níveis de qualidade de produção de leite exigidos pelas INs 76 e 77. Neste contexto, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressaltou a importância do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), recentemente atualizado, que trata da exigência de um planejamento elaborado por todas as empresas e postos de resfriamento e que devem ser apresentado no momento em que os fiscais visitam o estabelecimento. O plano contempla a verificação de mais de 150 pontos dentro da propriedade. “Estamos avançando praticamente 20 anos em um no que se refere a ações que visam à qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul”, afirmou o secretário-executivo do Sindilat. O presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, afirma que o Rio Grande do Sul vive um momento diferenciado na busca pela qualidade do leite e que isso já se reflete no produto que vem sendo entregue à indústria. “O cenário está mudando, o mercado está cada vez mais exigente, por isso temos que trabalhar com toda a nossa competência”, reforçou. 

Relatório socioeconômico da cadeia do leite no RS é apresentado aos associados do Sindilat 

A reunião mensal das indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticinios do RS (Sindilat), realizada na tarde desta sexta-feira (20/12), fez um balanço das ações desenvolvidas ao longo de 2019, discutiu questões acerca do cenário lácteo e suas perspectivas para o próximo ano. Na oportunidade, o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou dados do relatório socioeconômico da cadeia do leite no  Estado para os associados do Sindilat. "Esse estudo mostra a evolução da cadeia produtiva", disse Ries, referindo-se ao produtor que está usando a tecnologia a seu favor. "A produção de leite está aumentando, a cada ano, 0,5l por vaca/dia".

Para a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o estudo da Emater é de suma importância e serve como base para o setor identificar a evolução da produtividade dos animais nos próximos anos. "Imaginamos que, com a implementação das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, o próximo relatório terá grandes avanços", ponderou. Na mesma linha, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o prazo para manifestação da consulta pública sobre as normas do leite cru e derivados (portaria 241). "A atualização dessas normas eram muito aguardadas pelo setor, visto que elas são um complemento das INs 76 e 77 e do novo RIISPOA". O Sindilat deixou agendada a data de 09 de janeiro para que o grupo de trabalho dos técnicos e gerente de qualidade das indústrias associadas se reúna a fim de enviar a manifestação sobre a referida consulta pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na pauta do encontro também estava a divulgação sobre a escolha  do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, como novo coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira em 2020 e a nomeação do presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, como coordenador da Câmara Setorial do Leite do RS. "Agora temos duas coordenações importantes para o setor: uma pela ALSB e outra pela Câmara Setorial do Leite do RS e isso é bastante significativo", frisou Guerra. Além disso, houve a apresentação da proposta orçamentária do sindicato para 2020 e um debate a respeito da substituição tributária dos estados. (Assessoria de imprensa Sindilat)

GO: governo apresenta indicador de referência para preço do leite

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mauro Borges (IMB), a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite) apresentarão, no dia 20 de dezembro, às 9 horas, no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO), o 1º Relatório do Índice de Preços de Derivados Lácteos. Trata-se de um indicador para cálculo de referência do preço do leite, que vai auxiliar tanto produtor quanto laticínios nas negociações, visando proporcionar maior transparência, integração, cooperação e competitividade à cadeia leiteira goiana. 

A questão de previsibilidade do preço do leite pago ao produtor era uma demanda antiga do segmento, que causava conflito entre os elos da cadeia produtiva. Na busca por uma solução, o Governo de Goiás, por meio da Seapa, mediou a criação, em agosto deste ano, da Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea do Estado de Goiás, voltada para atender aos anseios de produtores de leite e das indústrias de laticínios. A proposta é também de garantir a qualidade e sanidade dos produtos lácteos ao consumidor final e tornar mais competitiva a cadeia leiteira em Goiás. 

Durante o evento, além da apresentação do relatório do Índice de Preços de Derivados Lácteos, a Câmara Técnica irá divulgar o Diagnóstico da Cadeia do Leite de Goiás, por meio da Faeg, enquanto o Sindileite entregará o Manual de Boas Práticas Agropecuárias e o de Transportes. Será assinada, ainda, a regulamentação do Selo Arte em Goiás. 

Índice de Preços de Derivados Lácteos
Por meio de técnicos, o Instituto Mauro Borges atuou, de forma independente, para auxiliar produtores e indústrias no desenvolvimento de uma metodologia que suprisse as necessidades dos envolvidos nos elos da cadeia láctea. A proposta foi de criação de um indicador que informasse sobre o comportamento dos preços ao mercado. Chamado de Índice de Preços de Derivados Lácteos, é calculado a partir da variação dos preços de uma cesta de derivados lácteos que representa o mix médio, ou representativo, de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás. É feito com base em informações dos preços no atacado de produtos lácteos selecionados, por meio de ponderações sugeridas pelos representantes dos produtores de leite e indústrias de laticínios.

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a criação da Câmara de Conciliação, por intermédio do Governo de Goiás, e as soluções já estruturadas para resolver os conflitos que existiam no setor representam um grande avanço para a cadeia láctea no Estado. “Mostra o compromisso do governador Ronaldo Caiado de buscar melhorias para o setor agropecuário goiano, especialmente para o segmento do leite que está presente nos 246 municípios goianos, movimentando a economia e gerando renda para milhares de famílias. É importante ter essa visão do todo e buscar soluções que beneficiam todos os elos da cadeia. Por isso, o governo e a Câmara estão trabalhando de forma conjunta e integrada para somar forças e tornar o nosso Estado de Goiás cada vez mais competitivo no mercado leiteiro”, destaca. (Agrolink)

Qualidade do leite
Até o dia 11 de fevereiro estarão abertas as inscrições para o curso à distância sobre produção de leite com qualidade, produzido em parceria pelas equipes técnicas da Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Gado de Leite. Com carga horária de 40 horas, pedido em três módulos, o curso aborda os principais conceitos e parâmetros de qualidade do leite; procedimentos de ordenha e armazenamento do leite; manutenção e limpeza do equipamento de ordenha e tanque de refrigeração. O público-alvo são técnicos de assistência técnica e extensão rural, produtores de leite, estudantes e profissionais de ciências agrárias. “Vamos ensinar como obter e manter a qualidade do leite, abordando temas como rotina padronizada de ordenha higiênica e procedimentos de higienização dos tanques de leite, com o objetivo de cumprir as exigências estabelecidas nas recentes instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura”, afirma André Dutra, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos e um dos instrutores.  A próxima turma está programada para acontecer no período de 11/02 a 21/03. Para se inscrever, acesse a página da Embrapa na internet clicando aqui. (Terra Viva)

 

 

 

 

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.13

  Setor de lácteos se adapta a novas regras e abre mercados
 
Novas regras e novos mercados inseridos no horizonte em 2019 afetarão fortemente o setor lácteo em 2020, criando boas perspectivas para o próximo ano. A mudança mais diretamente ligada à base da produção de leite no Estado foi a entrada em vigor de duas novas normas técnicas para produção e industrialização. As Instruções Normativas nº 76 e nº 77, em nível federal, passaram a exigir mais controle e melhor qualidade do leite entregue à indústria.

"A partir de novembro, quando se passou definitivamente a rejeitar quem estava fora dos padrões, vimos que 12% dos produtores ainda precisavam de adequação. Quem ainda precisava de ajustes melhorou, e o índice caiu 10%. Em produto, não chega a 7%, porque a maior parte era de pequenos produtores", explica o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

A atividade leiteira no Estado sofreu uma queda brutal. Segundo relatório divulgado pela Emater, o Rio Grande do Sul perdeu 33.335 produtores de leite em quatro anos. Em 2015, eram 84.199 produtores de leite. Em 2019, esse número caiu para 50.664, uma redução de 39,82% no período. Parte dessa redução foi por falta de sucessores para um trabalho pesado, além da influência dos baixos valores pagos nos últimos anos. Agora, diz Guerra, as maiores exigências que passaram a fazer parte do setor também acabaram acelerando um pouco a saída de quem não estava bem preparado para um novo cenário. "Produtores que já tinha intenção de parar acabam decidindo sair neste momento", resume.

Ainda muito dependente do consumo interno, a produção de lácteos, porém, tem nas novas normativas uma aliada para ampliar as exportações. Guerra ressalta que China e Egito são dois mercados que se abriram recentemente ao produtor brasileiro. "Com novas normativas, temos mais condições de competir lá fora. Em 2020, teremos mais empresas tentando entrar nesses mercados internacionais", assegura o presidente do Sindilat.

Para apoiar os estreantes no comércio exterior, o Sindilat já está se aproximando da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex Brasil) para começar a preparar melhor as indústrias que ainda não têm experiência de vendas para o exterior. (Jornal do Comércio)

Preço/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 17 de dezembro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em novembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de dezembro de 2019. 

Calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 


 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Dezembro de 2019 é de R$ 2,3721/litro.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico:www.conseleitepr.com.br.
  
A T E N Ç Ã O 
Na reunião do mês de outubro/2019, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite-Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.020, apenas valores com revisão. (FAEP)

Preço/MS

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de novembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de dezembro de 2019. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (FAMASUL)

 

Dia Nacional do Produtor de Leite é criado
Foi protocolado nesta terça-feira (17/12) na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei – PL 6487/2019, que institui o Dia Nacional do Produtor do Leite, a ser comemorado no dia 12 de julho em todo o território nacional, com o objetivo de valorizar o produtor de leite brasileiro, bem como incentivar o consumo de leite e de produtos lácteos.
A data instituída por esta Lei passará a constar do calendário oficial e por ocasião da comemoração do Dia Nacional do Produtor de Leite os setores público e privado promoverão palestras e seminários, entre outros eventos e atividades, com vistas a promover o consumo de leite e de produtos lácteos e também debater políticas voltadas ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e a valorização do produtor de leite.
Esta lei foi idealizada pela ABRALEITE Associação Brasileira dos Produtores de Leite, que contou com o apoio imediato dos deputados federais Evair de Melo, Domingos Sávio e Emidinho Madeira, que se prontificaram para serem os parlamentares autores do PL perante a Câmara dos Deputados.
A data de 12 de julho foi a escolhida por ser a data de criação da ABRALEITE, que é entidade que representa e defende os interesses de todos os produtores de leite do Brasil. (ABRALEITE)

 

 

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.132

  Produção mundial 

A expectativa é de que a produção mundial de leite aumente 1% em 2020, de acordo com as mais recentes projeções das principais regiões produtoras. Isso significa aproximadamente 292,5 bilhões de litros, 2,9 bilhões a mais em relação à estimativa de produção de 2019. Essa projeção abrange a redução do crescimento na Austrália, conforme recentes expectativas do USDA, que é ainda mais baixa do que a projetada pelo governo australiano em setembro. Contínuos desafios com a seca, incêndios, custos elevados da água e alimentos dificultam a recuperação da Austrália.
  
A produção prevista para a Nova Zelândia é de quase estabilidade, pois é pouco provável ultrapassar as produções recordes das últimas temporadas.
 
A demanda global por produtos lácteos deve continuar, e de acordo com a Organização Mundial para Alimentação e Agricultura (FAO) o crescimento será de 2,1% ao ano para produtos frescos e de 1,5% para produtos processados. Assim sendo, a expectativa é de que os preços mundiais dos produtos lácteos permaneçam firmes pelo menos até o final do primeiro semestre 2020, uma vez que as possibilidades de aumento da produção são pequenas. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva)

Fabricantes de alimentos terão de abolir gordura trans em 2023

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu fixar regras para reduzir o uso de gorduras trans em alimentos industrializados e preparados em estabelecimentos comerciais no país. A redução será feita de forma gradual, até a proibição total do seu uso a partir de 2023. A proposta foi aprovada por unanimidade pela diretoria da Anvisa, durante reunião realizada ontem, em Brasília.

De acordo com a Anvisa, a implantação de norma será feita em três etapas. Na primeira, a agência impôs o limite de 2% de presença de gorduras trans em óleos refinados a partir de 1º de julho de 2021.
A partir dessa data, entra em vigor a restrição de gordura trans industrial para os demais alimentos vendidos no atacado e no varejo, também com limite de 2%. Essa restrição valerá até 1º de janeiro de 2023, mas não será considerada para alimentos usados como matérias-primas para as fabricantes.

Na última fase do plano, a gordura parcialmente hidrogenada, que é fonte principal de gordura trans industrial, será banida dos alimentos a partir de 1º de janeiro de 2023.

As gorduras trans também podem ser encontradas de forma natural nos alimentos derivados de animais ruminantes, como carnes, banhas e queijos, mas neste caso, as concentrações são consideradas baixas e adequadas para o consumo. A maior preocupação da Anvisa é com os produtos industrializados.

A gordura trans é considerada nociva à saúde por favorecer para o surgimento de problemas cardiovasculares. Pode ser encontradas em margarinas, biscoitos, lanches prontos, bolos, sorvetes, chocolates, pratos congelados entre outros alimentos industrializados. E também está presente em frituras vendidas em serviços de alimentação e vendedores ambulantes. 

Existem evidências científicas de que quando o consumo desse ingrediente supera 1% do valor energético total da alimentação de uma pessoa, aumenta o risco de surgimento de doenças cardiovasculares. Segundo a Anvisa, estimativas de 2010 apontam para um consumo geral de 1,8% de gordura trans pela população brasileira.

Ainda de acordo com a agência reguladora, estima-se que o consumo excessivo de gordura trans foi responsável por 18.576 mortes por doenças do coração no Brasil em 2010. (As informações são do Valor Econômico)

Nova taxa sobre exportações pode levar Argentina a perder mercado para o Brasil

As decisões do governo argentino deste fim de semana de elevar as taxas sobre as exportações agropecuárias e de suspender temporariamente os registros de exportação do setor a partir de hoje podem minar a competitividade do segmento no País e, dessa forma, beneficiar as exportações do agronegócio brasileiro, sobretudo no médio a longo prazo, segundo analistas.

As exportações dos produtores argentinos, que pagavam 4 pesos por dólar embarcado, passam agora a ser cobradas por uma nova taxa de até 12%. Como a soja e seus derivados já pagavam alíquota fixa específica de 18%, as exportações do grão pagarão agora 30% no total. No caso do milho e do trigo, a alíquota irá a 12% e, no caso da farinha de trigo, a 9%. À imprensa local, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, argumentou que a medida "atualiza" as "retenciones", já que o peso argentino se desvalorizou ante o dólar.

 

A decisão ocorre em um momento em que os produtores argentinos estão plantando a safra 2019/20 de soja e milho e colhendo a de trigo. Como a medida já era esperada, os produtores vinham antecipando as vendas ao exterior, que estão três vezes maiores do que um ano atrás, segundo dados da Bolsa de Comércio de Rosário.

Para Nery Ribas, diretor da NR Consultoria, a medida terá impacto na competitividade da soja e do milho do país vizinho nas próximas safras. "Já para nós, é interessante." Para ele, a medida pode levar os produtores argentinos a reduzirem gastos com os tratos culturais desta safra, com possíveis reflexos na colheita.

No caso do trigo, a taxa pode dificultar as vendas ao Brasil, pois o país terá que competir com outras origens, beneficiadas pela cota de 750 mil toneladas isenta de tarifa, lembrou Christian Saigh, vice-presidente do Sindustrigo/SP. (As informações são do Valor Econômico)

Produção/Austrália

A produção de leite da Austrália voltará a cair em 2020 e chegará ao menor nível em 25 anos de acordo com o último relatório divulgado pelo escritório de Canberra do USDA -Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
A produção de leite chegará em 8,4 milhões de toneladas, com queda de 2% em relação a 2019. A retração é explicada pela persistente seca em várias regiões do país que eleva os custos da alimentação e da água, e também reduz o tamanho dos rebanhos leiteiros, com o abate de vacas de leite.
 
A taxa de produção de leite no próximo ano será muito menor do que a registrada em 2019. Prognósticos de maiores precipitações e bom crescimento de pastagens em regiões produtoras podem ser traduzidas em maior produção. Apesar de menor produção de leite, o USDA espera que a oferta de leite fluido, bem como de queijo se mantenham, embora a oferta de manteiga e leite em pó seja reduzida.
Um dos aspectos positivos destacados pelo relatório do USDA é que o preço ao produtor é recorde, o que é muito importante para que superem os problemas de liquidez.
 
A combinação de oferta de leite reduzida e capacidade industrial ociosa levou a uma grande concorrência pelo leite produzido. Este aumento no preço do leite ao produtor está impactando nas margens da indústrias, e algumas companhias já anunciaram menores lucros. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Consumo das famílias deve retomar nível pré-crise em 2020, diz FGV
Este fim de ano deve marcar uma retomada mais acelerada no ritmo de consumo das famílias brasileiras e, no primeiro semestre de 2020, essa demanda deve voltar ao patamar registrado no período anterior à recessão econômica. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação GetúlioVargas (Ibre/FGV). Silvia Matos, economista e coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, explica que o consumo das famílias deve avançar 1,1% neste quarto trimestre, em comparação com os três meses anteriores. Caso confirmado, esse indicador estará apenas 1% abaixo do pico histórico, atingido no quarto trimestre de 2014. Durante seminário na FGV, a economista destacou que, novamente, o consumo das famílias crescerá acima do PIB, algo recorrente desde que o País saiu da recessão. O desempenho mais forte neste fim de ano tem influência da liberação de recursos do FGTS, por essa razão Silvia pondera que o ritmo previsto para este quarto trimestre não deve se manter, afinal o desemprego segue alto e a inflação dos alimentos gera perdas no poder de compra. Para 2020, Ibre/FGV acredita em elevação de 2,6% no consumo das famílias, o que pode representar o melhor resultado do indicador desde 2017, quando o avanço foi de 3,6%.  (As informações são do SA Varejo)

 

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.131

  RS assume coordenação geral da Aliança Láctea Sul Brasileira

Na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), realizada nesta segunda-feira (16/12), em Curitiba (PR), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, foi indicado pelo grupo, com o apoio de entidades ligadas à atividade leiteira, para ser o novo coordenador geral, deixando o Rio Grande do Sul à frente da ALSB durante o ano de 2020. Segundo Guerra, a ALSB busca, a cada encontro, debater ações visando à competitividade do setor. “Estamos assumindo esse compromisso de trabalharmos em prol da cadeia láctea na região Sul, com foco em pautas de interesse comum para o desenvolvimento do setor”, disse, ressaltando que, unidos, os três estados representam, atualmente, 35% da produção nacional de lácteos. “Em breve, seremos responsáveis por 40% dessa produção”.

Entre os assuntos discutidos nas reuniões do grupo estão à profissionalização do setor, o uso da tecnologia e tecnificação, a sanidade do rebanho, a qualidade do leite, a organização setorial e a assimetria tributária brasileira. “Nesses encontros é possível reunir as secretarias da Agricultura, as federações, os sindicatos e os Conseleites de cada estado, além de diversos outros atores que trabalham pelo crescimento do setor”, afirma Guerra.

Durante a reunião, os integrantes da ALSB fizeram um balanço de como foi o ano de 2019, esclareceram dúvidas sobre a rotulagem de produtos e sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Agropecuárias para produtores de leite, e ressaltaram as ações realizadas pela cadeia produtiva, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a melhora na qualidade do leite produzido no país. Na oportunidade, o grupo destacou a importância do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para a região Sul e do aprimoramento do Programa Mais Leite Saudável para o setor.

Confira a agenda de encontros para o próximo ano: RS (13/03), SC (17/07) e PR (06/11). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Alexandre Guerra e Airton Spies
Crédito: Darlan Palharini

Sindilat é parceira do primeiro HackatAGRO da Capital 

O Hackatho AgroUp (HackatAGRO) é uma competição entre startups que busca desenvolver melhores tecnologias  para o agronegócio nas áreas da bovinocultura de corte, leite, grãos e fruticultura. O evento, que aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, na sede do TECNOPUC, em Porto Alegre, contou com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para promover mentoria e milkbreaks para os participantes.

A consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, foi mentora das equipes durante a competição e considera muito importante que o sindicato esteja presente nesse tipo de encontro, devido a sua forte atuação na melhoria da qualidade do leite. “Participando dessas ações a gente também se beneficia das ideias, fazendo com que elas cheguem mais rapido à realidade”, disse.

A grande vencedora da competição foi a Bio In, que propôs um controle biológico das lagartas nas lavouras de maça, seguida da Avelã, que sugeriu um mapeamento, através de dados públicos, das doenças que afetam os bovinos e causam perdas para os produtores e, em terceiro lugar ficou a Elysios, empresa que trouxe uma solução de crédito para o produtor. Os vencedores levaram para casa o prêmio de R$ 8 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil reais, respectivamente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Luciana Kolbe


GDT – 17/12/2019

 

(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)
 

Sindilat é apoiador do projeto Conexão Mentes do Futuro

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) realizou a doação de 16 kits com produtos lácteos para a formatura dos jovens que fazem parte do projeto Conexão Mentes do Futuro. A cerimônia de entrega do certificado de conclusão ocorreu no último sábado (14/12), no Galpão da OABRS. 

De acordo com o art. 92 do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90 disposto no ECA (Brasil, 2009), o projeto, que existe há oito anos e atua nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, visa cumprir a função social de acolhimento e preparar o público para o mercado de trabalho.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participar de ações como essa é de suma importância, principalmente pelo viés social. “O projeto é voltado à crianças e adolescentes, a fim de estimular habilidades que serão determinantes para o desenvolvimento desses jovens”. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Crédito: Gabriel Encizo

AGRO RS EM FOCO - Acordo entre Mercosul e União Europeia e seus impactos
O acordo entre Mercosul e União Europeia e seus impactos nos setores de lácteos, carnes e vinhos é o tema do Agro RS em Foco desta semana. Para debater este assunto, os convidados são o deputado estadual Elton Weber, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Fruticultura e Vitivinicultura, e o secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, o Sindilat, Darlan Palharini. CLIQUE AQUI para assistir a entrevista. (TV Assembleia)

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.130

  Passo Fundo recebe encontro sobre novo guia orientativo do PQFL

O novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) e a consulta pública sobre as normas de destinação do leite cru e derivados será tema de debate em Passo Fundo (RS). Promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e pela Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no RS, com data marcada para esta quinta-feira (19/12), o encontro contará com palestras dos Fiscais Federais do Mapa Roberto Lucena e Milene Cé e da apresentação do aplicativo para o gerenciamento do PQLF. “Estamos iniciando essa série de debates com o objetivo de sanar as dúvidas das indústrias de laticínios, que necessitam apresentar projeto de qualificação dos produtores e gerenciar os indicadores desses projetos, já que cada propriedade rural sera monitorada em mais de 150 itens, que vão desde a produção de leite a saúde do produtor e seus funcionários” destaca o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O evento inicia às 8h30min, no Auditório da Faculdade de Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Publicado pelo MAPA em maio e atualizada em novembro, o PQFL tem uma serie de itens que devem ser contempladas no projeto a ser elaborado por todas as laticínio independe do seu tamanho ou tipo de inspeção. Através desse projeto as indústria poderão solucionar pontualmente juntos aos seus produtores em relação as exigências das Instruções Normativas 76 e 77.

De acordo com Lucena, o plano de qualificação de fornecedores visa aproximar as indústrias dos produtores. “Esses encontros têm como intenção que as indústrias conheçam de fato a realidade da produção e dos produtores, e com isso desenvolvam ações de assistência técnica, gerencial e de implementação das boas práticas agropecuárias”, afirma.

Aplicativo para o PQFL
As funcionalidades do Aplicativo será outro ponto apresentado para avaliação dos técnicos das Laticinios durante o encontro. O aplicativo é um compilado de itens necessários para os produtores se adequarem às Instruções Normativas 76 e 77. Voltado aos laticínios, o Mesmo quer suprir as dificuldades das indústrias de gerenciar os indicadores e deficiências de cada propriedade, inclusive com a possibilidade comunicação on-line do técnico da laticínio com produtor na sua propriedade rural.

Segundo Züge, o aplicativo é de uso cotidiano das indústrias. “Informação é tudo e ter um compilado delas é um grande ganho. O Milk.Wiki são os olhos do laticínio dentro da propriedade”, ressalta.

As inscrições para o encontro podem ser feitas clicando aqui
O guia orientativo completo pode ser acessado clicando aqui

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
8h30 – 8h40: Milkbreak e abertura
8h45 – 9h15: Dr. Roberto Lucena (MAPA)
     *Plano de qualificação de fornecedores de leite
9h20 - 10h00: Roberta Züge (CERES QUALIDADE) e César Antunes (Milki.Wiki)    
     *Aplicativo Milki.wiki
10h05 - 10h35: Dra. Milene Cristine Cé (MAPA)
     *Proposta de destinação para leite cru
10h40: Mesa redonda
12h: Encerramento

(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preço/MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 11 de dezembro de 2019 na cidade de Belo Horizonte, aprova e divulga os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em outubro de 2019 a ser pago em novembro de 2019, os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em novembro de 2019 a ser pago em dezembro de 2019, os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em dezembro de 2019 a ser pago em janeiro de 2020. (Faemg/Terra Viva)

Venda de fatiados/RS 

Fruto de um trabalho conjunto entre a Secretaria da Saúde e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural com representantes do setor varejista, o novo decreto que regulamenta o fracionamento e a venda de carnes, fiambres e queijos foi sancionado ontem (11/12) pelo governador Eduardo Leite.

"Depois de meses de muito trabalho, é de se comemorar que chegamos à resolução de algo que causava e ainda vinha causando transtornos na operação de supermercados e outros estabelecimentos, sem contar na insegurança por parte do consumidor", disse o governador no ato da assinatura, no Palácio Piratini.
  
Desde a revogação do decreto estadual 53.304/2016 - que restringia a venda de produtos a granel nos supermercados e em pequenos empreendimentos - no final do ano passado, as formas de fracionamento e comercialização estavam sendo regidas pelo decreto 23.430, de 1974.

"As legislações antigas foram revogadas e, com isso, tivemos a oportunidade de buscar soluções inovadoras e atuais, que conciliam da melhor forma a segurança sanitária dos produtos ofertados aos consumidores com as necessidades do setor produtivo", disse a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária (Cevs), Rosângela Sobieszczanski.

O novo decreto altera o código sanitário do comércio de produtos de origem animal. Traz, ainda, a possibilidade de açougues e fiambrerias realizarem as atividades de fracionamento, embalagem e rotulagem de carnes e produtos fatiados na modalidade de autosserviço (produto embalado ou em balcão expositor).
 
A modernização da legislação traz benefícios para o consumidor de praticidade na compra, com segurança sanitária. Para os comerciantes, traz amparo legal para as atividades que já estavam sendo realizadas, acompanhando a inovação no setor e padronizando os processos e as boas práticas de manipulação dos alimentos.

Participaram da reunião os secretários adjuntos da Saúde, Anglaé Regina da Silva, e da Agricultura, Luiz Fernando Rodrigues, a deputada Any Ortiz, e o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, entre outros representantes do governo e de entidades Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, entre outros representantes do governo e de entidades setoristas. (Governo do RS)

Embaré investe em queijos e prevê avanço em 2020

Diante do ano difícil para os laticínios, a Embaré não deverá alcançar neste ano o crescimento de 10% em receita, para R$ 1,5 bilhão, projetado no primeiro semestre. De acordo com Alexandre Antunes, diretor presidente da empresa, o faturamento deverá alcançar R$ 1,38 bilhão. “Foi um ano bem difícil, mas conseguimos manter o volume estável”, afirmou o executivo, referindo-se à dificuldade de repasse do aumento dos preços do leite ao consumidor no primeiro semestre, quando a economia estava mais fraca, o que achatou as margens das indústrias do ramo. Antunes afirma estar otimista para o ano que vem, com a possibilidade de aumentar o volume de vendas diante da expectativa de aquecimento da economia e do lançamento de novos produtos. “Nossa expectativa para 2020 é alcançar uma receita próxima da meta que tínhamos para 2019, ou até maior”, disse ele. A Embaré anunciou neste mês investimento de R$ 25 milhões, em sua unidade em Lagoa da Prata (MG), no desenvolvimento, maquinário e tecnologia para dar início à produção do queijo fresco da marca Camponesa que será vendido em caixinhas, o primeiro neste formato no país.

Foi o segundo aporte na empresa no segmento de queijos neste ano, já que tinha feito investimentos de aproximadamente R$ 15 milhões para construir uma nova unidade em Santo Antônio do Monte (MG) dedicada ao segmento. A empresa começou neste ano a produzir queijo minas padrão, meia cura, mussarela; em 2017, havia começado a produção de queijo parmesão ralado e de requeijão. A nova embalagem do queijo fresco Camponesa foi desenvolvida em parceria com a Tetra Pak e amplia o tempo de prateleira do produto de aproximadamente dez dias para três meses. “Vendemos mais de 1 bilhão de embalagens para esse segmento de queijo em caixinha no mundo e vemos muito potencial para esse segmento no mercado brasileiro”, afirmou Vivian Haag Leite, diretora de marketing da Tetra Pak. O produto começou a ser vendido no começo do mês em Minas Gerais e, em janeiro, chegará ao mercado no restante do país. (Valor Econômico)

Pesquisa Trimestral do Leite - 3º trimestre 2019
Já estão disponíveis no SIDRA os dados da pesquisa conjuntural Pesquisa Trimestral do Leite - 3º trimestre 2019. Acesse o link https://sidra.ibge.gov.br/home/leite. (Fonte: Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA)

Porto Alegre, 13 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.129

  Câmara Setorial do Leite elege representante no RS
 
Jeferson Smaniotto, presidente da Cooperativa Piá, foi eleito coordenador da Câmara Setorial do Leite no Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira (12/12), durante reunião do grupo, na sede da Fepagro em Porto Alegre. Em decisão unânime, diversas entidades ligadas à atividade leiteira escolheram Smaniotto para representar a Câmara Setorial do Leite gaúcha em 2020, ao lado de Darcy Bittencourt, presidente da Associação de Gado Jersey, eleito coordenador adjunto. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, a escolha dos nomes visa atender todos os elos da cadeia produtiva.

O encontro, que discute o cenário do leite no Estado, também contemplou debates acerca das normativas para ordenhadeiras (INs 48 e 53), que disciplina as boas práticas de ordenha e a manutenção das mesmas, além de padronizar os equipamentos no que se refere aos insumos utilizados na sua fabricação. Também foram pauta da reunião as INs 58 e 59, que alteram às INs 76 e 77 quanto à interrupção da coleta de leite dos produtores que não atingirem as médias geométricas trimestrais, dentro do padrão exigido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Decidimos flexibilizar essa norma para os produtores de leite, já que tivemos um aumento considerável na profissionalização do produtor", disse a médica veterinária do Mapa, Milene Cé.

Na oportunidade, o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou dados do relatório socioeconômico da cadeia do leite no RS. "Através desse estudo percebemos que a cada ano aumenta 0,5l da produção de leite por dia, por vaca", afirmou, Ries, ressaltando que o produtor está usando cada vez mais a tecnologia a favor da atividade e com instalações mais adequadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
Crédito: Stéphany Franco

Aliança Láctea Sul Brasileira faz balanço de 2019

Na próxima segunda-feira (16/12), as entidades membros da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) estarão reunidas, na sede da FAEP, em Curitiba (PR), a fim de fazer um balanço do setor em 2019 e uma projeção para o próximo ano. O objetivo, segundo o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, é verificar onde é possível trabalhar para que a cadeia produtiva do leite avance ainda mais. "Estamos no caminho certo e trabalhando para tornar o nosso produto mais competitivo no mercado", afirma.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, 2019 foi um ano de muitas mudanças para o setor. "Tivemos a implementação das INs 76 e 77, que alteraram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite na propriedade rural, bem como a implementação do Plano de Qualificação de Produtores de Leite, que é um novo marco, principalmente para a profissionalização do setor", conta, ressaltando que a região Sul do Brasil está à frente das demais, devido ao Conseleite e, no que se refere à sanidade do rebanho, pois os três estados têm feito um trabalho exemplar de assistência técnica dentro das propriedades. 

Temas como o esclarecimento do Decreto 10.032/2019, que amplia o mercado de produtos de origem animal inspecionados por Consórcios Municipais e o PL que trata da rotulagem e o uso do nome "leite" em produtos que não são derivados de origem animal também farão parte da discussão do grupo, assim como a situação da Consulta Pública da Portaria nº 83/2019, que estabelece o Regulamento Técnico de Boas Práticas Agropecuárias aos produtores de leite para a fabricação de produtos lácteos artesanais. 

Na oportunidade, o estado de Santa Catarina irá passar a coordenação geral da ALSB, após um ano de mandato, para um representante do Rio Grande do Sul, que será escolhido durante o encontro em Curitiba. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Maioria no Supremo considera crime não pagar ICMS declarado

Está praticamente definido no Supremo Tribunal Federal (STF): não pagar ICMS declarado é crime, desde que comprovado o dolo (intenção). Porém, a chance de o empresário ter que cumprir pena atrás das grades, segundo advogados, é pequena. Mas o condenado ficará sujeito a complicações que, dependendo do caso, poderão inviabilizar os negócios. Ontem, os ministros retomaram o julgamento de um dos casos mais esperados do ano. No entanto, depois de o placar atingir seis votos a três, o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu pedir vista. O julgamento será retomado na quarta-feira da semana que vem.

Mais de 200 mil devedores poderão ser afetados pelo resultado só em São Paulo e Santa Catarina, segundo afirmou na sessão, iniciada anteontem, o defensor público do Estado de Santa Catarina, Thiago Yukio. Condenações por crime, de acordo com especialistas, podem dificultar os contratos com o poder público ou mesmo com outras companhias, atrapalhar a obtenção de crédito e até a concessão de visto para as viagens internacionais. O tema é importante para as finanças dos Estados. O ICMS é o tributo mais sonegado do país. São R$ 91,5 bilhões por ano, segundo o relator da ação, ministro Luís Roberto Barroso. O Rio Grande do Sul, exemplificou, perde R$ 2 bilhões por ano. Ele votou a favor da criminalização. Mas considerou "impossível" alguém ser efetivamente preso pelo crime de apropriação indébita tributária. Além da pena se limitar a dois anos, acrescentou, a punibilidade é extinta se o contribuinte quitar o tributo devido, mesmo depois do trânsito em julgado.

No Estado de Santa Catarina, onde o Ministério Público já aplica a criminalização, se comprova o dolo por meio de investigação. A denúncia de crime, então, é analisada pelo juiz. Após sentença e recursos, ainda que se fixe pena de dois anos, ela poderá ser substituída por restritiva de direitos, como multa ou prestação de serviços, segundo Giovanni Andrei Franzoni Gil, promotor de justiça de Santa Catarina. O empresário, porém, deixa de ser réu primário para novos crimes cometidos após o trânsito em julgado. 

A empresa, afirma o promotor, ainda pode enfrentar dificuldades de contratar com o poder público, mas a condenação do empresário por crime tributário não gera automaticamente essa consequência. "No Estado, desconheço regra de compliance que impeça a contratação se o empresário não for mais réu primário." Advogados da área penal, contudo, afirmam que a decisão poderá trazer consequências graves. "Para qualquer pessoa honesta responder a uma ação penal e ser condenado é extremamente grave, independentemente de ser pena de privação de liberdade", diz Sérgio Rosenthal, do escritório Rosenthal Advogados. De acordo com o especialista, com as regras de compliance, cada vez mais comuns nas empresas e no poder público, há mais constrangimentos. "Existem empresas que não contratam com outras que têm empresário condenado pela prática de crime", afirma. Ele ainda acrescenta que o empresário pode até ter dificuldade em conseguir visto, a depender do destino da viagem. Com a decisão que se desenha poderão ser abertas investigações sobre ICMS declarado e não pago, de acordo com o advogado Pierpaolo Bottini, que representa a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na ação. Segundo Bottini, se o empresário se tornar réu em ação penal, poderá sofrer consequências do ponto de vista civil e também dificuldade para conseguir crédito. 

"Os efeitos reputacionais [da perda de primariedade] podem gerar dificuldades na concretização de alguns negócios", afirma Rogério Taffarello, advogado da área penal empresarial do escritório Mattos Filho. Para ele, haverá insegurança no exercício de atividades empresariais.

Pedro Ivo Vellosso, criminalista do escritório Figueiredo e Velloso Advogados, concorda. "Vai dificultar muito continuar na vida empresarial", diz. Responder a um processo penal é muito penoso e gera estigmatização. A pessoa passa a ser vista como uma criminosa." 

Segundo o advogado, há risco de prisão se o empresário for reincidente. Ele cita o artigo 44, inciso 2º do Código Penal, que veda a substituição da pena para os casos de reincidência de crime doloso. Velloso acredita que a decisão do Supremo, se confirmada, afetará em cheio os micro e pequenos empresários, que não têm a mesma estrutura de contingenciamento dos grandes. "O ICMS é declarado no ato da venda, mas não é pago no ato", chama a atenção. "Será um tiro no pé do empreendedorismo." O tema é julgado no STF por meio de recurso contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que considerou crime o não recolhimento de ICMS declarado. No caso, dois empresários eram sócios e administradores de uma empresa em Santa Catarina e deixaram de pagar ICMS entre 2008 e 2011. A empresa entrou em três programas de parcelamento e não quitou a dívida, no valor total de R$ 30 mil reais. Para o ministro Luís Roberto Barroso, declarar o tributo e não pagar caracteriza a apropriação indébita tributária se demonstrado dolo. A intenção, segundo ele, deve ser apurada na instrução criminal por situações como inadimplência reiterada, venda de produtos abaixo do preço de custo, criação de obstáculo à fiscalização ou uso de laranjas. Seguiram o relator os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Edson Fachin. Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio divergiram. Para eles, trata-se de mero inadimplemento. (Valor Econômico)

TV Assembleia - Agro RS em Foco - Sábado 14/12 às 12h30
No programa AgroRS em Foco desta semana o tema é o "Acordo entre o Mercosul e União Europeia e seus impactos nos setores de lácteos, carnes e vinhos", com a participação do deputado estadual Elton Weber e do secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, o Sindilat, Darlan Palharini. Apresentação Irineu Fernando Guarnier Filho, produção Sara Goldschmidt.
Horários de exibição: PROGRAMA INÉDITO - Sábado 14/12 às 12h30
REPRISES - Sábado 14/12 às 19h30
Domingo 15/12 às 09h e às 18h - Quarta-feira 18/12 às 09h
TV Assembleia Canal 61.2 + Canal 16 da NET
Portal ALTV: www.al.rs.gov.br/tvassembleia
YouTube: www.youtube.com/tvalrs  
(TV Assembleia)

Porto Alegre, 12 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.128

  Leite/Europa

A produção de leite na Europa Ocidental atingiu seu menor ponto sazonal e começa subir lentamente. Em alguns países líderes sobe semana após semana. Os aumentos são verificados em relação ao ano passado, mas, também na comparação com a semana anterior. Este desempenho tem gerado otimismo em relação ao calendário de 2019 de produção de leite neste final de ano.
 
O leite adicional está sendo rapidamente acolhido pelas indústrias. Os queijeiros, particularmente, esperam e desejam obter todo leite possível.
 
Embora muitos compradores, ou a maioria deles estejam com estoques satisfatórios para o final de 2019, o mesmo não ocorre em relação às necessidades do início de 2020, tanto para o consumo interno, como para exportação. A oferta apertada de queijo fez com que os compradores fossem menos resistentes aos preços. Os analistas do setor não vislumbram quedas nas cotações dos queijos em um futuro imediato.
 
A produção de leite no Leste Europeu é semelhante à da Europa Ocidental, em relação às baixas sazonais. Há sinais de aumentos nos principais países produtores de leite em relação ao ano passado. A Polônia, o maior produtor de leite da Europa Oriental, continua na esperança de ter resultados satisfatórios em dezembro, encerrando 2019 com forte produção. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Exportações/AR 
 
No mês de outubro houve crescimento de 44% na comparação intermensal. O leite em pó liderou as exportações. 
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina informou que durante o mês de outubro a Argentina exportou 36.731 toneladas de produtos lácteos para o mundo, o que representou crescimento intermensal de 44%, colocando o décimo mês do ano como o de maiores vendas de 2019. No acumulado do ano o volume exportado atinge 228.240 toneladas.
 
O principal produto exportado foi o leite em pó integral (15.443 toneladas) com um aumento de 91% em relação ao desempenho de setembro. As vendas do principal produto lácteo vem apresentando crescimento e recuperação de vendas sustentáveis, desde o mês de junho.
 
Outro produto de destaque é o queijo curado de massa dura, que em outubro atingiu o volume de 1.790 toneladas, representando crescimento de 185% em relação ao mesmo anterior. Também aumentaram as vendas de leite em pó desnatado (+86%), 2.714 toneladas no mês.
 
Embora as vendas externas estejam 10% abaixo das registradas em 2018, é preciso destacar os elevados volumes embarcados, e consolidação da tendência de crescimento sustentado iníciada em julho. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Consumidor single 
 
Em 2010, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE, o Brasil tinha mais de 89 milhões de pessoas solteiras entre a sua população. Já em 2017, uma pesquisa da Ipsos apontou que 54% da população do país se declara solteira, sendo as cidades de maior concentração deste público: Salvador (60%); Belo Horizonte e Brasília, ambas com 56%. O estudo também apontou que 68% dos solteiros procuram manter alimentação saudável.
 
A gestora de marca da GSA, Ilana Ferreira confirma essa tendência. "O número de pessoas que vive sozinho - divorciados, viúvos com filhos adultos e solteiros - está cada vez maior no Brasil e no mundo. Segundo a pesquisa "10 Principais Tendências Globais de Consumo" realizada pela Euromonitor Internacional, o número de residências com um único morador deve crescer a uma taxa média anual (CAGR) de 1,9% na próxima década", diz. Ela ainda revela que segundo o mesmo estudo, até 2030, a estimativa é que haja um aumento de 120 milhões de residências de uma única pessoa, o que corresponde a um aumento de 30% em relação a 2018. "No Brasil, a tendência também é confirmada. Segundo o IBGE, em 10 anos, o número de pessoas que vivem sozinhas cresceu de 10,4% para 14,6%. E quando questionados os motivos da decisão para a mudança foram: se sentirem mais independentes (25%), livres (23%), e com maior privacidade (50%). Com as mudanças do comportamento e do tamanho da família, surge um novo cenário de consumo: o consumo para um", informa Ilana.
 
São dados que demonstram o potencial de um mercado cheio de oportunidades para indústria, atacado e varejo. A ABIA - Associação Brasileira da Indústria de Alimentos informou, por meio de nota, à reportagem da Revista Distribuição, que "a opção por morar sozinho é uma realidade cada vez maior no Brasil. Segundo a ABIA, para acompanhar essa tendência, notada em todo o mundo, a indústria brasileira de alimentos tem trabalhado com embalagens menores e porções individuais. De acordo com o estudo Brasil Pack Trends 2020, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), instituição de pesquisa ligada ao governo do Estado de São Paulo, o aumento da quantidade de residências com apenas uma pessoa e a vida urbana cada vez mais atribulada têm criado uma demanda por alimentos em porções menores ou individuais. Esse tipo de embalagem permite também diferentes opções de consumo no caso de lares com mais de uma pessoa, ou seja, cada pessoa na residência pode escolher o que consumir.
 
O que o consumidor espera?
Exigente e a procura de produtos e maneiras que simplificar a sua vida. Esse é, segundo Ilana Ferreira, uma das características do perfil do consumidor single no Brasil. Segundo ela, esse shopper não é fiel a marcas, busca qualidade e sempre está atento à relação custo X benefício. "A GSA já está ciente das mudanças do comportamento do consumidor, por isso tem trabalhado com produtos com custo x benefícios bem definidos e também com variações nas gramaturas, já que esse conceito propõe a oferta de produtos em pequenas quantidades e em porções individuais de fácil preparo ou para consumo imediato. Os nossos produtos de porção individual fazem muito sucesso com esse público, como por exemplo, macarrão instantâneo, sopão de 90 gramas, pipoca de micro-ondas, salgadinhos e batata", conta Ilana Ferreira.
 
Outra característica pertinente a esse público é a busca por informações sobre saúde, o que os leva a procurar no ponto de venda produtos que tenham o apelo de saudabilidade. "A Vapza sempre foi pioneira em alimentação prática. Nossos produtos são vendidos em duas porções de 250g (porção individual). Hoje contamos com a linha SINGLE, já pensada e destinada a esse consumidor que não abre mão de se alimentar bem e tem uma consciência maior, inclusive em relação ao desperdício. Nossos alimentos são embalados a vácuo (dispensando refrigeração) e cozidos dentro da própria embalagem, dispensando o uso de aditivos e conservantes", conta Rafael Hortz, gestor de Marketing da Vapza. Ele destaca que com o avanço da velocidade da informação e a mudança na rotina de uma forma geral, é muito comum ver cada vez mais casamentos após os 30 anos, coisa que nos anos 80/90 eram até motivos de preocupação. "As prioridades mudaram, foco nos estudos, na carreira e a busca por uma rotina flexível, porém com metas, fazem com que naturalmente haja uma busca maior pela individualidade", diz.
 
Fatores que interferem na decisão de compra
Segundo uma pesquisa da EuroMonitor Internacional os fatores que interferem na decisão de compra são do consumidor single são: a) gosto por experimentar novos produtos e serviços; b) marcas que já confiam e conhecem; c) qualidade e d) compra de locais que tenha selo fidelidade e produtos ecológicos. Ou seja, uma lição de casa que precisa ser feita tanto pelo atacado distribuidor como pelo varejo é investir no sortimento de marcas e produtos e, claro, cuidar muito bem do abastecimento tanto dos pontos de venda como das gôndolas propriamente ditas, evitando ruptura. "O controle de estoque é fundamental para uma venda constante. Como se trata de itens com um giro agressivo é preciso um abastecimento regrado para evitar rupturas. A execução na ponta de gôndola nos varejos também é um dos fatores essenciais para uma boa performance no ponto de venda. A GSA atua com vários skus dentro da linha de Macarrão Instantâneo, Sopão e Refresco em Pó. A atenção no mix dos produtos para a venda faz a diferença no resultado final", comenta Ilana.
 
Como o consumidor está buscando produtos cada vez menos processados e mais naturais, Rafael Hortz orienta o setor atacadista a investir em bons produtos em porções menores. "Quem não se adaptar está fora do target dos singles, que economizam em tudo, menos na saúde e no prazer em comer bem. Experiências são o foco desse tipo de consumidor", finaliza.
 
Fatores que estimulam a busca por porções individuais
• Busca por uma dieta mais equilibrada;
• Conveniência e praticidade, a exemplo do que ocorre nas categorias de pratos prontos e semiprontos congelados;
• Maior consciência de consumo, buscando a redução do desperdício;
• Busca pela otimização do sabor e do frescor dos alimentos, a exemplo dos biscoitos em embalagens menores.
(Fonte: Newtrade)
Cotrifred inaugura nova indústria
A Cooperativa Tritícola Frederico Westphalen (Cotrifred) inaugura sua indústria de leite e derivados hoje à tarde. O laticínio está localizado em Linha Mânfio e tem capacidade para processar 100 mil litros por dia. O investimento da cooperativa, incluindo a área, a estrutura física e equipamentos, soma R$ 16,5 milhões. Segundo o presidente da cooperativa, Elio Pacheco, o empreendimento vai gerar, inicialmente, 60 empregos diretos. "A Cotrifred dá um passo importante no sentido de industrializar parte do leite produzido na região, agregando valor a esta matéria-prima e, com isso, auxilia no desenvolvimento desta parte do Estado", afirma. A indústria também contará com um posto de recebimento e resfriamento. Pacheco detalha que o complexo tem quatro mil metros quadrados de área construída e conta com modernos equipamentos, sendo que inicialmente serão produzidos cinco itens - queijo muçarela, queijo prato, queijo colonial, ricota e nata. O mix de produtos que a fábrica tem condições de produzir pode chegar até a 20 itens. "Importante ressaltar que, com inspeção federal, a indústria está autorizada a vender não só para o Brasil, como também para o exterior e temos como meta vender também para a China", ressalta. O laticínio possibilita a comercialização, também, de nata e do soro resfriado a granel. Após a inauguração do laticínio será aberta a Feira em Campo, com 90 expositores, que vai até sábado. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.127

  Sindilat realiza encontro para debater novo guia orientativo do PQFL

O novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), publicado no dia 19 de novembro, foi tema do primeiro encontro organizado nesta quarta-feira (11/12) pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Com a presença de técnicos das indústria de laticínios, a reunião debateu pontos específicos do guia e levantou dúvidas sobre artigos da legislação. “Quanto mais próximos estivermos da regulamentação e do entendimento sobre a legislação, mais aptos estaremos para construir maneiras de gerenciar e qualificar os produtores”, afirmou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. 

O PQFL é uma ferramenta contínua de controle elaborada pela empresa ou cooperativa de laticínio. Neste plano são definidas as políticas da indústria em relação aos produtores de leite, devendo contemplar as exigências das Instruções Normativas 76 e 77, assistência técnica e gerencial e capacitação dos produtores, focando em gestão da propriedade e implementação de boas práticas agropecuárias. 

Para o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Roberto Lucena, responsável por sanar as dúvidas levantadas no encontro, o PQFL serve de auxílio para as empresas conseguirem administrar melhor seus fornecedores, se adequando às exigências e boas práticas da cadeia leiteira. “O objetivo do plano é atender todas as propriedades, mas com metas plausíveis e dentro da estrutura acessível pela empresa”, reforçou. Segundo o auditor, é essencial que o PQFL apresente  informações que sejam verídicas e que o MAPA consiga entender como serão efetuadas as ações pontuadas pela indústria.

De acordo com a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o guia pode ser construído calibrando a prioridade de cada laticínio. “Com base na sua lista de prioridades, cada empresa pode estabelecer como irá atender, em primeiro lugar, os pontos mais graves”, explicou. 

O plano é obrigatório para os três níveis de inspeções: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA). Acesse AQUI o guia orientativo do PQFL. (Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Letícia Breda

Leite/América do Sul 

A produção de leite na América do Sul continua com sua queda sazonal, já que as elevadas temperaturas de verão continuam afetando o desempenho das vacas de leite. No entanto, o volume atende as necessidades da indústria de processamento de alimentos, particularmente na Argentina, Uruguai e Paraguai.
 
No Brasil, ao contrário, o volume de leite declinou, recentemente, e estão bem abaixo da forte demanda industrial. Apesar da economia fraca e a baixa cotação da moeda nos principais países do Cone Sul, o preço ao produtor está ligeiramente acima dos custos operacionais. A boa qualidade e disponibilidade de concentrados na região tem sido um fator importante na mitigação dos custos operacionais em diversas fazendas. No entanto, pequenos produtores, sem capacidade para economia em escala, lutam com pequenas margens de lucro e estão enviando animais de leite para corte.  
 
Enquanto isso, na Argentina, a eleição presidencial gerou incertezas para a indústria de laticínios do país. Pessoas ligadas ao setor avaliam que o novo governo deve ser protecionista e poderá se opor ao acordo comercial em andamento, Mercosul x União Europeia. No entanto, é muito cedo para saber o que a nova administração irá propor para a indústria de laticínios do país. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
 

Conseleite/MS: valor médio do litro de leite de janeiro a outubro de 2019 cai 2,23%

Nos dez primeiros meses do ano a média do litro do leite no estado fechou em R$1,0336, valor 2,23% menor que o mesmo período do ano anterior, que registrou o preço de R$1,0571. Os dados são do Conseleite/MS (Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul). Em 2017, o preço médio de janeiro a outubro era de R$0,9767. 

Em outubro de 2019, a média foi de R$1,0178, valor 5,41% inferior em comparação com o mesmo período do ano anterior, que ficou em R$1,0760. Já em 2017 essa média não passou dos R$0,8947 pelo litro do leite. Segundo a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, em novembro deste ano a estimativa é que o valor médio se mantenha em R$1,0207. "Esse valor está 0,28% superior ao mês de outubro e 2,02% superior ao de novembro de 2018".

O volume de leite captado pelas indústrias inscritas no SIF (Serviço de Inspeção Federal) e SIE (Serviço de Inspeção Estadual) de janeiro a setembro deste ano foi 0,64% inferior a 2018. Para a analista, o cenário permanece regular. "A produção estável sem resposta contundente do consumo está entre os fatores que inviabilizam melhoria nos preços dos produtos lácteos e por consequência pressionam para baixo a remuneração ao produtor", explica Eliamar Oliveira. (As informações são do Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul) 

Exportações/AR 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca informou que, no mês de outubro, a Argentina exportou 36.731 toneladas de produtos lácteos para o mundo, sendo o mês de melhor desempenho em 2019. No acumulado do ano, o volume exportado totaliza 228.240 toneladas. O principal produto exportado foi o leite em pó integral (15.443 toneladas) com aumento de 91%, em relação ao desempenho de setembro. As vendas do principal produto lácteo de exportação sustem um crescimento e recuperação das vendas desde o mês de junho. Outro produto em destaque são os queijos de massa dura, com registros em outubro: 1.790 toneladas, representando 185% mais em relação ao mês anterior. As vendas de leite em pó desnatado, em outubro, foram 2.714 toneladas, aumento de 86%. Ainda que as vendas para o exterior, no acumulado do ano, estejam 10% abaixo das registradas no mesmo período de 2018, é preciso destacar que foi iniciada uma tendência de crescimento sustentado em julho de 2019. (Agrositio - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 10 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.126

  Edital de convocação - Assembleia Geral 

Edital publicado na página 16 do Jornal Correio do Povo, em 10/12/2019. (Correio do Povo) 

Setor tem até o final de janeiro para opinar sobre as normas de destinação de leite cru e derivados lácteos
 
Destacando os principais pontos das normas de destinação de lácteos, portaria nº 241, publicada em 28 de novembro, no Diário Oficial da União (DOU), que estão gerando dúvidas para a cadeia produtiva do leite, a médica veterinária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Milene Cé esclareceu dúvidas durante a sua palestra para os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), na última quinta-feira (05/12). Na ocasião, Milene ressaltou que o setor tem até 27 de janeiro de 2020 para se manifestar, via e-mail,  sobre a referida consulta pública.
Segundo a médica veterinária do Mapa, as normas de destinação são um complemento das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, em vigor desde maio de 2019, e do novo RIISPOA, que está aguardando regulamentação de artigos a fim de ter uma interpretação uniforme. “Essas normas são tão importantes quanto as INs 76 e 77”, disse. Para a consultora de qualidade do Sindilat, Leticia Vieira, a normativa que está em consulta pública já era aguardada há muito tempo, pois substitui uma legislação desatualizada em seu processo industrial. “A nova proposta parece mais adequada aos processos produtivos atuais”, afirma.
As normas de destinação incluem: aproveitamento condicional (destino do leite cru e produtos que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação), aproveitamento industrial (destino de leite cru e derivados pelo estabelecimento, que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação) e inutilização (destino de leite cru e produtos que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação, cujos desvios não permitem seu aproveitamento na elaboração de produtos para o consumo humano e animal). 
Aproveitando a rodada de reuniões técnicas que vêm sendo realizadas, o Sindilat irá promover, nesta quarta-feira (11/12), uma reunião para os técnicos das empresas associadas com a presença do Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa Roberto Lucena, que deverá auxiliar nas principais dúvidas referentes ao novo guia orientativo do Programa de Qualificação de Fornecedores de Leite, publicado em novembro de 2019. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Stéphany Franco

Cooperativa Santa Clara é homenageada na 9° edição do Prêmio Folha Verde


O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve presente na premiação, que aconteceu nessa segunda-feira (09/12), na Assembleia Legislativa do Estado. A Cooperativa Santa Clara, que possui 107 anos de história, é associada ao sindicato desde 1969. De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, essa láurea é mais do que merecida pelo trabalho ético e sério realizado por cerca de 2 mil colaboradores e 5,5 mil produtores associados à cooperativa.  "Isso é a distinção e o reconhecimento da história da Santa Clara, solidificado por tudo aquilo que ela construiu", disse.

Para o presidente da Santa Clara, Rodrigo Bruno Sauthier, o Sindilat é uma das entidades importantes nesta jornada. "Todas as entidades que trabalham para o bem a gente tem que dar valor porque agregando as forças a gente consegue muito mais", e completou: "É uma alegria muito grande pra nós, a cooperativa ser homenageada entre tantas outras cooperativas muito boas que tem dentro do Rio Grande do Sul".

O prêmio é conferido anualmente pela Assembleia Legislativa do Estado, por meio da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, à pessoas e entidades que se destacaram no setor primário, como forma de prestar reconhecimento pelo trabalho realizado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Mirna Messinger  


Preços/NZ 

A Fonterra reduz a faixa de previsão de preços de NZ$ 7-7,60 - e agora a previsão do valor médio é NZ$ 7,30/kgMS, constituindo o quarto melhor preço já pago pela Fonterra a seus produtores.
 
 
A cooperativa disse que o primeiro trimestre do ano financeiro da temporada foi muito bem - mas existem variáveis para serem vistas com cautela.

No exercício financeiro encerrado até julho de 2019 a Fonterra registrou prejuízo de NZ$ 605 milhões, pois sofreu os efeitos de um plano de expansão sustentado em dívidas.

Agora a Fonterra adotou uma nova abordagem de retornar ao básico para se recuperar.
A colocação da faixa de preço do leite entre NZ$ 7 e 7,60/kgMS eleva a média para NZ$ 7,30/kgMS. A faixa anterior era muito ampla - NZ$ 6,55-7,55/kgMS.
 
Essa nova previsão eleva o pagamento aos produtores para NZ$ 11,2 bilhões, NZ$ 400 milhões a mais em relação à previsão anterior.  

No comunicado, o presidente da Fonterra, John Monaghan, disse que a cooperativa continuou a ter bons retornos para o seu leite, permitindo aumentar o ponto médio da faixa prevista anteriormente, em NZ$ 0,25/kgMS.

"O preço mais alto reflete um mercado global de laticínios inclinado, ligeiramente, a favor da demanda. Nossa produção de leite na Nova Zelândia deve aumentar 0,5% em relação ao ano passado. A produção de leite em outras regiões importantes como Estados Unidos e União Europeia (UE) está crescendo menos de 1%.
 
Do lado da demanda, os preços do comércio global de laticínios aumentaram cerca de 6% desde nossa última previsão. A cotação do leite em pó integral (WMP), o principal sustentáculo do preço ao produtor, atingiu seu maior nível desde dezembro de 2016.
Nesse estágio do ano, já firmamos contratos de venda de boa parte de nossa produção e que permite termos confiança em nossa decisão.

O Diretor Miles Hurrel disse que a cooperativa fez bom progresso em sua nova estratégia no primeiro trimestre.
 
Quando anunciamos nosso plano em setembro, dissemos que iríamos focar em três objetivos: cuidar das pessoas e causar um impacto positivo na sociedade (Pessoas Saudáveis), trabalhar juntos para alcançar equilíbrio ambiental para as fazendas e a sociedade (Saúde Ambiental) e negócios sustentáveis com bons resultados (Saúde Financeira). Fizemos bons progressos nas três áreas. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Setor se torna tema de fórum em Montevidéu
Deputados, senadores e representantes de governos e entidades de Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai se reúnem hoje, em Montevidéu, para o 1º Fórum do Leite do Parlamento do Mercosul (Parlasul). A intenção, conforme o deputado federal Heitor Schuch, é discutir os problemas das cadeias leiteiras dos países e, principalmente, tomar posição frente ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. "Temos de discutir a criação de cotas de importação, um assunto espinhoso, porém urgente", afirma o parlamentar. Entre os participantes da delegação brasileira estão o vice-presidente da Fetag, Nestor Bonfanti, o coordenador geral da Fetraf, Rui Alberto Valença, e o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella dos Santos. Bonfanti reitera a posição da Fetag de que o Mercosul não é interessante para o produtor de leite, que tem sofrido com a entrada de importados. O dirigente diz que, embora a decisão seja dos governos, há confiança de que o fórum indique um posicionamento a favor das cotas. (Correio do Povo)