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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.307


Dia do Queijo: Querido pelos consumidores, ele ganha cada vez mais espaço na indústria

Ralado ou fatiado. De massa dura, mofada, cremosa ou macia. Seja na pizza, na massa, na lasanha, na salada ou no lanche, o queijo está presente na mesa dos consumidores do café da manhã ao jantar. Querido pelos consumidores, nutritivo e comemorado mundialmente no dia 20 de janeiro, vem conquistando também a atenção da indústria gaúcha.Conforme Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS, o aumento da produção de queijos no RS vem sendo observado tanto em empresas e cooperativas com potencial de escala, quanto por pequenas queijarias. Esse crescimento, segundo ele, vem se acelerando principalmente nos últimos anos, amparado por um lado pelo aumento da procura dos consumidores e, de outro, pela crescente melhoria da qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul. “Os produtores estão conquistando patamares superiores, aumentando a quantidade de sólidos, o que permite à indústria planejar o aumento da produção e também remunerar melhor quem fornece este leite”, diz Palharini ao lembrar que, em média, são necessários em média 10 litros de leite para se fazer 1kg de queijo.Outro destaque importante vai para o crescente aproveitamento do whey resultante do processo de transformação do leite em queijo. Antigamente dispensado como sobra da produção, hoje é amplamente utilizado na indústria alimentícia, seja como emulsificante, espumante e geleificante, ou como ingrediente principal das linhas funcionais. “O whey corresponde a até 90% do volume de leite usado para fazer o queijo, com a vantagem de carregar 55% dos nutrientes do leite, como a lactose, proteínas e minerais como cálcio, sódio, fósforo e potássio. É um  subproduto que tem se mostrado valioso”, destaca.Além de todos os benefícios, o queijo, que passa por muitas etapas, desde as propriedades leiteiras até as indústrias, desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Isso porque a produção leiteira está em praticamente todos os municípios gaúchos como fonte de renda e desenvolvimento, empregando mais de 62 mil pessoas e garantindo o sustento de aproximadamente 220 mil gaúchos.Elaboração: As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat RS

Fontes consultadas: Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS - Sindilat RS / Associação Brasileira das Indústrias de Queijo – ABIQ / Conseleite RS


Grandes ideias prometem projeção e crescimento da cadeia leiteira, tendo Ijuí e a nossa região como protagonista

Prefeito Andrei Cossetin, acompanhado do secretário Emerson Pereira e do vereador Ricardo Adamy, recebeu na sexta-feira (17), o secretário de desenvolvimento rural do RS Clair Kuhn, o secretário executivo da Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios) Darlan Palharini, e a professora Denize da Rosa, representando a empresa Suport D Leite, para apresentar uma ideia inovadora que propõe controle de qualidade e avanços no segmento.O Selo de Certificação de Rastreabilidade e Sanidade do Leite, foi apreciado pelo Secretário Clair Kuhn, que manifestou grande interesse em firmar parceria do Estado com a ideia, por meio Secretaria da Agricultura do RS, através do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite – FUNDOLEITE.O projeto piloto que tem por objetivo estimular as boas práticas que resultam em maior qualidade do leite, maior produção e por consequência maior sustentabilidade para aqueles que realizam a atividade leiteira, tem o protagonismo do Governo de Ijuí, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, do Sindilat e da empresa Suport de Leite.“Ijuí avança para desenvolver economicamente as propriedades ligadas ao setor e, com esse projeto piloto, tende a se destacar servindo de inspiração para outras regiões do Estado no fomento da cadeia leiteira”, afirma o Prefeito Andrei Cossetin cujo trabalho constante, visa o crescimento de todos os segmentos que impulsionam o desenvolvimento.

A certificação das boas práticas para propriedades no que diz respeito a sanidade, qualidade e bem-estar animal prevê também que o Selo seja lançado em evento exclusivo para a cadeia leiteira que já está sendo projetado pelo Governo em parceria com a Emater, Unijuí, Sindilat, empresários e produtores. O Milk Summit Brasil acontecerá no mês de julho e reunirá produtores, empresas e grandes nomes do segmento, o que promete tornar a nossa região uma referência no assunto.

Sooro Renner: gigante do Whey Protein expande operações com Nova Unidade Industrial em Francisco Beltrão - PR

Com mais de duas décadas de atuação no processamento de soro de leite e uma das maiores da América Latina a Sooro Renner Nutrição S.A. é reconhecida por sua inovação, compromisso com a qualida e e contribuição para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Com um investimento de R$ 650 milhões, a nova unidade trará avanços para a Sooro Renner. O empreendimento faz parte do planejamento estratégico iniciado em 2021, e integra o plano de expansão até 2030. Além de ampliar a capacidade de produção de Whey Protein, a nova planta introduzirá a produção de Lactose Infant Formula Grade, atendendo à crescente demanda dos mercados de nutrição infantil e esportiva. A unidade também incorporará a Concen Lácteos, referência nacional na produção de manteiga, adquirida recentemente pela Sooro Renner.

A construção de sua terceira unidade industrial, estará situada na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná. A escolha pelo município no sudoeste foi motivada pela proximidade com os fornecedores de matéria-prima e pela localização estratégica, entre duas unidades industriais: uma em Marechal Cândido Rondon - PR e outra em Estação - RS, otimizando a operação logística.

A instalação da indústria contou com o apoio fundamental da gestão municipal do prefeito
Antônio Pedron, que forneceu suporte integral ao projeto.

Capacidades e Infraestrutura
Atualmente em fase de construção, a nova unidade terá uma capacidade nominal de produção de aproximadamente 40.000 toneladas de Lactose por ano e cerca de 12.000 toneladas de Whey Protein. O complexo industrial conta com uma área total de 340.000 m², e representará um grande avanço para a operação da empresa.

Lactose: O novo marco no portfólio da Sooro Renner

O projeto teve início em julho de 2024, com a contratação da empresa fornecedora da tecnologia necessária para a produção de Lactose Infant Formula Grade, consolidando a Sooro Renner como empresa brasileira pioneira no processamento desse produto.

Esse avanço no portfólio de produtos da empresa é fruto de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, além de visitas técnicas a empresas internacionais, garantindo que suas tecnologias estejam alinhadas com as melhores práticas globais de processamento de Lactose e Whey Protein de alta qualidade.

Impacto social e econômico
Mais que um avanço industrial, a nova unidade será um agente econômico e transformador para Francisco Beltrão e região. Com mais de 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos, gerando renda e promovendo o desenvolvimento local.

Eduardo Serra, CEO da Sooro Renner, destacou a importância deste novo investimento: "Estes investimentos visam gerar riquezas para a cadeia de negócios das regiões onde atuamos e contribuem para que o Brasil se torne cada vez mais relevante a nível mundial
em relação ao processamento de soro de leite. Ao mesmo tempo, alavancará o consumo de Whey Protein no país, um mercado que já se desponta como um dos mais promissores do mundo."

Com a nova unidade industrial, a Sooro Renner reafirma seu compromisso com a inovação, desenvolvimento sustentável, social e com as melhores práticas de governança. Esse é mais um passo para a consolidação da Sooro Renner na liderança do mercado de Whey Protein e seus derivados. (Sooro Renner)


Jogo Rápido

Falta de chuva gera alerta para a pecuária gaúcha: Produtores relatam redução na produção de carne e de leite no RS
Assim como a agricultura, a pecuária agora também começa a "sentir" o efeito da falta de chuva no Rio Grande do Sul. O principal problema no momento é a oferta de alimento para os animais, aponta um estudo do monitoramento divulgado pela Emater. Há relatos ainda de produtores registrando redução na produção de carne e de leite em função das condições climáticas. Conforme o documento da Emater, o desenvolvimento das pastagens "está abaixo do esperado" para o período. Segundo o extensionista rural e assistente técnico estadual da Emater Jaime Ries, o calor intenso, por si só, já reduz a produção de soja, por exemplo, e, se somado à seca, há ainda perda na pastagem, que interfere diretamente de forma negativa. — Com a alimentação deficiente, o animal deixa de ganhar peso. As regiões que começam a acumular problemas com a seca são a Campanha, Zona Sul, Fronteira Oeste, Central e Missões. (Zero Hora)

 
 

Relatório Sócio Econômico da Cadeia do Leite no RS 2023

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.306


Conjuntura econômica do agronegócio do leite, analisada por especialistas da Embrapa: Cenário segue favorável para o leite, mas ambiente econômico é desafiador

Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Janeiro de 2025O cenário econômico mundial segue desafiador. Os conflitos bélicos, as dificuldades de crescimento econômico em importantes economias da Ásia e da Europa afetam as expectativas dos agentes econômicos. O Fundo Monetário Mundial prevê crescimento modesto, de apenas 1,8%, para as economias desenvolvidas neste ano. Para os países em desenvolvimento o crescimento previsto é 4,2%, com destaque para a Índia com 6,2%. A China deve crescer apenas 4,5%, valor baixo considerando o histórico recente do país. Assim, ainda que importantes regiões do planeta sigam com crescimento modesto, consolida-se o cenário para aumento da renda global e, por consequência, maior consumo de bens e serviços, incluindo leite e derivados.Os últimos meses assistiram à recuperação da produção mundial de leite e derivados e à manutenção das cotações internacionais, indicando um melhor equilíbrio entre oferta e demanda em escala global. A rentabilidade da atividade melhorou em muitos dos principais países produtores do mundo, o que pode continuar a estimular o aumento da oferta no futuro próximo.No âmbito doméstico, os principais indicadores macroeconômicos sinalizam para um crescimento da economia acima das expectativas iniciais em 2024 (3,5% no último Boletim Focus) com alguma acomodação a partir de 2025, por volta de 2%. Os indicadores de emprego e renda seguem favoráveis, garantindo a melhoria do poder de compra da população.O crescimento da massa de rendimento dos brasileiros tem permitido a expansão da oferta de lácteos no mercado brasileiro e a manutenção de preços mais elevados. Os últimos 12 meses registraram um aumento médio de 10% no preço de lácteos, acima da inflação de 5%. O preço pago ao produtor, ainda que tenha registrado queda nos últimos meses, se encontra em patamar superior ao observado há 12 meses. Este fato, somado com o aumento mais discreto dos custos de produção do leite, apenas 2% no último ano, cria um cenário de melhores condições para o aumento da oferta de leite e derivados.

Ainda que estas condições favoráveis estejam presentes, ilustradas pelos termos de troca mais favoráveis ao produtor no ano de 2024 em relação `a média histórica, a produção doméstica de leite ainda não esboça reação significativa. Apesar de estar em curso o período de safra de leite, com aumento da produção em relação aos últimos meses, este crescimento é meramente sazonal. A produção de leite inspecionada continua estacionada em 68 milhões de litros/ dia nos últimos doze meses finalizados em setembro/24. Este é o mesmo valor que já havia sido registrado em maio/ 19.

As mudanças estruturais na produção de leite, com a saída de muitos pequenos e médios produtores, bem como o aumento das importações, são algumas das causas deste cenário de baixo crescimento.

O aumento dos gastos públicos e a percepção de que há dificuldade para o ajuste desejável das contas públicas têm alterado as expectativas dos agentes econômicos. O câmbio avançou mais de 20% nos últimos 12 meses e as expectativas de juros para o final de 2025 dispararam, alcançando 15% no último prognóstico de especialistas consultados pelo Banco Central. As expectativas inflacionárias seguem desancoradas, corroborando para o cenário de alta das taxas de juros. Este cenário menos alvissareiro pode contaminar a economia real e alterar e até reverter a trajetória de crescimento econômico previsto para o ano.

O aumento da taxa de câmbio pode afetar a oferta de leite no mercado brasileiro. Ainda que parte dos custos de produção do leite possam ser afetados pelo câmbio, o custo do produto internacional aumenta e a produção local tende a ser favorecida. A queda das importações de lácteos, incipiente, mas já observada em dezembro/24 pode ser uma sinalização neste sentido. Por outro lado, os riscos macroeconômicos podem afetar o mercado de trabalho e a renda da população, dificultando repasse de custos e reduzindo as margens dos diferentes elos da cadeia do leite.  

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 14 de janeiro de 2025.

Autores*: Samuel José de Magalhães Oliveira; Lorildo Aldo Stock; Manuela Sampaio Lana. 

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Milho está em plena colheita e atinge 16% da área total plantada

A cultura do milho está em plena colheita no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (16/01) pela Emater/RS-Ascar, em algumas regiões as primeiras áreas colhidas apresentam excelentes resultados. Já foram colhidos 16% da área total estimada, 31% da cultura está em fase de maturação, 30% em enchimento de grãos, 11% floração e 12% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A ausência de chuvas afeta as lavouras em estágio reprodutivo de maneira mais intensa e o plantio está impactado pela reduzida umidade do solo.Milho Silagem: Tem continuidade a colheita de milho silagem no Estado. A produtividade dessas primeiras áreas está muito boa de maneira geral. As lavouras em fase reprodutiva estão sendo afetadas pela estiagem, principalmente nas regiões de Bagé, Santa Rosa, Santa Maria e Ijuí. Continua também o plantio de safrinha, sem maiores restrições na região Sul.Soja: A última semana foi caracterizada por umidade relativa do ar muito baixa em grande parte do Estado. As chuvas que ocorreram foram muito desuniformes e de baixos volumes e, em algumas localidades, acentuaram-se os sintomas de déficit hídrico. O plantio da soja segue suspenso onde não choveu e, em certas lavouras, não há estande adequado de plantas. Das lavouras implantadas, 6% estão em enchimento de grãos e 30% em floração, fases que mais exigem água.As atuais condições climáticas têm trazido preocupação para os produtores e podem causar perdas irreversíveis nas culturas de verão, principalmente na soja. Estão sendo realizadas aplicações preventivas de fungicidas contra ferrugem-asiática e de inseticidas para tripes e ácaro principalmente. (Seapi adaptado Sindilat RS)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1850 de 16 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A bovinocultura de leite manteve-se dentro da normalidade, com manejo predominante a pasto e alimentação diferenciada para vacas secas e terneiras. As pastagens estão em boas condições, garantindo oferta de forragem de qualidade para todas as categorias. 

O manejo sanitário segue estável, e é realizada vacinação de rotina. Porém, seguem sendo registradas ocorrências de mosca-dos-chifres, carrapato e berne.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas durante o dia têm gerado estresse térmico nos animais, embora a disponibilidade de água ainda esteja suficiente na maioria das propriedades. 

Há registro de queda na produção de leite em Santana do Livramento, Alegrete e Manoel Viana. Na de Erechim, diminuiu o excesso de umidade e a formação de barro nos arredores das propriedades e estábulos, o que, consequentemente, reduz os riscos de doenças, como mastite, de problemas de casco e de lesões causadas por atolamentos e escorregões. 

Na de Frederico Westphalen, o bom desenvolvimento das pastagens aumentou o pastejo, favorecendo o bem-estar e a produção animal. 

Na de Ijuí, a produção de leite está em queda nas propriedades à base de pastagens devido à piora na qualidade e na oferta dos pastos, além das altas temperaturas, que impactam negativamente os rebanhos.

Na de Passo Fundo, foram observadas infestações de mosca-dos-chifres, carrapato e berne. 

Na de Pelotas, em Morro Redondo, quedas constantes de energia têm aumentado os custos com geradores e prejudicado a qualidade do leite. 

Em Rio Grande, cerca de 20% dos produtores estão finalizando o plantio com atraso em função da dependência da Patrulha Agrícola. 

Na de Porto Alegre, o rebanho bovino está em boas condições em virtude do planejamento forrageiro, mas a falta de chuvas começa a afetar o desenvolvimento das pastagens perenes recém-implantadas. 

Na de Santa Maria, os produtores continuam suplementando a alimentação com silagem e ajustando a dieta dos animais para evitar desequilíbrios nutricionais. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas, somadas ao acesso de animais em áreas com barro, tem aumentado os casos de mastite e de contaminação do leite. Para evitar o estresse térmico e a exposição dos animais ao sol intenso, os produtores estão ajustando os horários de pastejo. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

Previsão do tempo semanal 
A previsão meteorológica para os próximos dias indica mudanças significativas no tempo no Rio Grande do Sul, com o avanço de um cavado que, a partir de sexta-feira (17/01), intensificará as condições para chuvas em várias regiões do Estado. Esse cavado dará origem a uma frente fria associada a um ciclone extratropical, provocando precipitações de intensidade fraca a moderada na maioria das áreas. Além das chuvas, a nebulosidade aumentará, e as temperaturas apresentarão elevação durante este período. No domingo (19/01), a frente fria avançará, trazendo chuvas de moderada a forte intensidade nas regiões da Campanha, Serra Gaúcha e Campos de Cima da Serra. Nas demais áreas, espera-se precipitação com intensidade de fraca a moderada, e a partir do entardecer, as temperaturas começarão a cair, marcando o início de uma nova onda de frio. Na segunda-feira (20/01), o ciclone extratropical sobre o oceano continuará influenciando o tempo no Estado, com chuvas persistentes nas regiões dos Campos de Cima da Serra, Planalto e ao longo da faixa litorânea entre a Região Metropolitana e o Sul. Nessas áreas, as precipitações serão de moderada a forte intensidade, enquanto no Planalto, Norte e Região Metropolitana, a chuva será mais fraca. As temperaturas devem permanecer amenas ao longo do dia. Para terça (21/01) e quarta-feira (22/01), a previsão é de retorno à estabilidade climática, com o ingresso de um anticiclone migratório sobre o Rio Grande do Sul. Com isso, as temperaturas amenas darão lugar a um gradual aumento, trazendo de volta o clima mais quente. Os acumulados de chuva variam conforme a região. Nas áreas próximas ao Litoral e em partes do Centro do Estado, os volumes devem oscilar entre 20 e 100 mm. Na Região Metropolitana, Vale do Taquari e Serra, os acumulados podem ultrapassar 100 mm. Já nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha e Missões, os volumes esperados ficam entre 5 e 50 mm. No Extremo Norte e Extremo Sul, as chuvas também devem variar entre 10 e 100 mm em localidades específicas. A recomendação é que a população esteja atenta às atualizações meteorológicas e preparada para as possíveis condições adversas. (Seapi - Boletim agrometerológico)

 
 

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Porto Alegre, 16 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.305


Governo central tem déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro, diz Tesouro

O governo central registrou déficit primário de R$ 4,515 bilhões em novembro do ano passado, ante um saldo negativo de R$ 38,071 bilhões no mesmo mês de 2023, segundo dados do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (15).O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi melhor que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters que apontava para um déficit de R$ 6,6 bilhões no mês.O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 16,5% na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — e uma queda real de 6,3% das despesas totais em comparação com novembro de 2023.

A alta das receitas é resultado, principalmente, de um aumento real de 14% das receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União.Já as receitas não administradas pela Receita subiram 39,5%, puxadas por ganhos com concessões (de R$ 228,9 milhões em novembro de 2023 para R$ 4,732 bilhões em novembro de 2024) e dividendos (de R$ 3,438 bilhões para R$ 7,763 bilhões).

Os principais destaques nas receitas administradas foram os ganhos mais altos de Pis/Cofins, Imposto de Importação, e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Do lado das despesas, a queda foi impulsionada, principalmente, por menores desembolsos com apoio financeiro a Estados e municípios. O resultado do mês foi o melhor para novembro desde 2021, quando houve superávit de R$ 4,869 bilhões segundo dados corrigidos pela inflação.

No acumulado do ano até novembro, o governo central registrou um déficit primário de R$ 66,827 bilhões. No mesmo período em 2023, foi registrado um déficit de R$ 112,466 bilhões.

A meta de resultado primário para 2024 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto, o que corresponde a cerca de R$ 29 bilhões.

Os dados de novembro são normalmente divulgados na última semana de dezembro, mas foram apresentados com atraso pelo Tesouro. (InfoMoney)


Fundesa aplicou mais de R$ 13 milhões em 2024

A prestação de contas referente ao exercício de 2024 do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS foi aprovada nesta quarta-feira (15) em Assembleia Geral Ordinária virtual. Os conselheiros deliberaram sobre os números referentes às arrecadações e aplicações de recursos realizadas ao longo do ano. O Fundesa aportou em 2024, mais de R$13 milhões, entre indenizações e investimentos em prevenção. O volume é 15,7% superior ao aplicado em 2023, que foi de R$ 11,28 milhões.Embora a arrecadação de contribuições tenha ficado dentro da normalidade, a liberação de dinheiro teve algumas diferenças em função das enchentes de maio. O número de processos para indenização da pecuária leiteira, por exemplo, que em 2023 superou R$6 milhões, no ano passado não chegou a R$5 milhões. “Isso ocorreu em função das dificuldades de locomoção e outros problemas enfrentados pelos produtores e pelos técnicos da Secretaria da Agricultura no período da calamidade”, explica o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber.

Já entre os investimentos em estrutura e aquisição de insumos e equipamentos, um destaque foi para o volume disponibilizado para o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, que superou R$454 mil. Localizado em Eldorado do Sul, uma das localidades mais afetadas pelas enchentes, o IPVDF registrou perdas de equipamentos e materiais de laboratório, além dos reagentes e produtos de laboratório que necessitam de refrigeração e foram perdidos pela falta de energia elétrica. “Todos os materiais de laboratório necessitam de precisão e garantia de efetividade, por isso, nos casos em que não foi necessária a troca do equipamento, foi preciso realizar calibrações ou aferições”, pontua Kerber.

Ao longo do ano também teve destaque os aportes realizados para o trabalho na avicultura, primeiro com a atuação na prevenção da Influenza Aviária, que chegou a ser registrada em aves silvestres e, depois, na contenção da emergência do caso isolado de Newcastle em Anta Gorda.

O Fundesa encerrou 2024 com um saldo de R$158,1 milhões, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Todos os números relativos à atuação do fundo estão disponíveis no site do Fundesa - www.fundesa.com.br. (Fundesa)

Após um 2024 estagnado, países exportadores de lácteos devem registrar crescimento na produção

O relatório semestral Dairy: World Markets and Trade do USDA, prevê que a produção de leite entre os cinco maiores exportadores mundiais de lacteos crescerá 0,4% em 2025.

A produção global de leite entre os principais exportadores de laticínios está a caminho de crescer em 2025, mas será suficiente para compensar a crescente demanda? Essa é a principal questão para os produtores e analistas de laticínios dos EUA. O relatório semestral Dairy: World Markets and Trade do USDA, divulgado no início de dezembro, prevê que a produção de leite entre os cinco maiores exportadores mundiais de laticínios crescerá 0,4% em 2025, após permanecer praticamente inalterada em 2024.

Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma consultoria agrícola em Buenos Aires, afirmou que um aumento global de 0,4% na produção de leite de um ano para o outro pode não ser suficiente para atender à crescente demanda por laticínios. “Os ganhos na produção de leite serão críticos se a indústria espera atender à demanda global por laticínios, que provavelmente aumentará em 2025, à medida que a população mundial cresce e as condições econômicas em melhoria promovem o consumo de produtos de origem animal”, disse Ganley.

Os produtores de leite dos EUA serão os principais responsáveis pelo aumento global projetado, com um crescimento de 0,7% este ano, em comparação a 2024. O USDA projeta que a produção de leite nos EUA subirá para 103,42 bilhões de quilos, devido a margens melhores e a um rebanho maior de vacas em lactação. “Melhorias nos níveis de componentes do leite este ano impulsionarão ainda mais a produção de produtos lácteos a partir do leite disponível”, observou Ganley.

A produção na Oceania também deve registrar ganhos no próximo ano, e embora os aumentos percentuais da região sejam maiores que o ganho de 0,7% nos Estados Unidos, o volume total será menor. O USDA prevê que a produção na Austrália aumentará 1,1%, enquanto a produção na Nova Zelândia crescerá 0,9%.

“Os altos preços do leite e as condições climáticas favoráveis na Nova Zelândia estimularam a expansão, mas a indústria de laticínios no país continua enfrentando desafios estruturais que limitarão o potencial de crescimento a longo prazo”, disse Ganley.

Já a produção de leite na União Europeia deve continuar sob pressão, com o USDA prevendo uma queda de 0,2% de um ano para o outro. “Os custos de insumos persistentemente altos e as regulamentações ambientais têm desencorajado investimentos no setor de laticínios da Europa e sufocado o crescimento”, observou Ganley. “No entanto, o impacto tem sido desigual e, enquanto alguns países do bloco continuam expandindo, a produção total de leite europeia deve enfrentar dificuldades nos próximos anos.”

Por fim, a Argentina deve registrar o maior crescimento percentual anual na produção de leite em 2025, com 4,7%. “Após um 2024 desastroso, uma perspectiva macroeconômica drasticamente melhorada para o país facilitou novos investimentos e otimismo no setor de laticínios”, acrescentou ela. Isso deve impulsionar a produção de leite.

Impactos no mercado brasileiro

Pensando nos impactos para o mercado brasileiro, segundo a análise do MilkPoint Mercado, o crescimento esperado na produção de lácteos na Argentina merece atenção especial. Isso porque o país é o principal fornecedor de lácteos importados pelo Brasil, respondendo por mais de 60% do volume total.

Apesar da perspectiva de aumento na oferta por parte do nosso principal fornecedor, esse crescimento não deve necessariamente resultar em um maior volume de envios ao Brasil. Isso se deve, em parte, à conjuntura econômica mais equilibrada na Argentina em comparação ao início do ano anterior, o que provavelmente impulsionará o consumo interno de lácteos no país. Além disso, no atual cenário do mercado internacional, como já discutido em análises do MilkPoint, o Brasil tem apresentado um menor poder de compra, enquanto a Argentina tem redirecionado suas exportações para outros mercados mais atrativos.

Diante desse contexto, espera-se que o volume de importações de lácteos pelo Brasil permaneça elevado, mas em patamares inferiores aos registrados em 2024, mesmo com o aumento da oferta na Argentina.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint Mercado.


Jogo Rápido

Como funcionam os programas de sustentabilidade nas fazendas leiteiras?
 Sustentabilidade vai além da pegada de carbono; envolve os pilares social, ambiental e econômico. Produtores já são recompensados por práticas sustentáveis!  Saiba mais com o Dr. Luiz Gustavo Pereira, com o vídeo completo no MilkPlay, clicando aqui. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 15 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.304


Programa de Sementes e Mudas Forrageiras investirá mais de R$ 18 milhões no RS
 
Reformulado para 2025, o Programa de Sementes e Mudas Forrageiras vai atender 16.076 produtores rurais em sua nova edição. Somando R$18,4 milhões em pedidos para a aquisição de sementes e mudas forrageiras, a aplicação do recurso foi autorizada pelo governador Eduardo Leite na última semana.
 
O programa, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), tem como objetivo estimular a diversificação e a qualidade das pastagens nos estabelecimentos familiares, visando melhorar a produção de leite e carne, além da qualidade dos rebanhos. Atualmente, os projetos para aquisição das cultivares já estão em elaboração pela Emater/RS-Ascar e iniciarão contratação em fevereiro próximo.
 
Ao todo, 145 entidades, incluindo cooperativas, sindicatos e associações de 123 municípios, enviaram manifestações de interesse à nova etapa do programa. Entre os novos materiais ofertados, os cereais de outono e inverno lideram as solicitações, sendo preferidos por 53% das entidades, seguidos pelas mudas (33%) e cultivares perenes de verão (25%). A alta adesão mostra que o conjunto robusto de melhorias implementadas nessa nova edição realmente estão alinhadas com a necessidade e desejos dos produtores em ampliar e qualificar a produção de forragem para alimentação animal.
 
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, destacou a ampliação dos recursos e a inclusão de novas espécies nesta edição. Temos como foco, à frente da SDR, desenvolver e modernizar as políticas públicas de fomento do Estado para a agricultura e a pecuária familiar, e a atual versão do Forrageiras mostra isso, com mais recurso e mais tecnologia para qualificar a produção de leite e carne do trabalhador rural gaúcho, concluiu Covatti.
 
O programa reforça o compromisso do governo Eduardo Leite em apoiar pequenos produtores e fortalecer as cadeias produtivas locais, promovendo avanços na qualidade de vida no campo e na economia rural.
 
A parceria entre SDR, Embrapa e Emater/RS-Ascar visa aumentar a produtividade, sustentabilidade e renda dos agricultores. Jonas Wesz, chefe da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR, destacou que a forte adesão, com montante superior a quase três vezes à edição anterior, reflete a importância do programa. As inovações devem melhorar significativamente a produção de pastagens e o planejamento forrageiro das propriedades, garantindo mais competitividade para a agricultura familiar, afirmou.
 
Principais inovações da edição 2024/2025
 
O programa, elaborado em parceria com SDR, Embrapa e Emater/RS-Ascar, traz novidades que aumentam sua atratividade e eficiência:
 
- Ampliação de valores: Crédito ampliado para até R$ 2 mil por CPF de produtor e R$ 300 mil por entidade;
 
- Bônus de adimplência: Percentual de desconto aumentado de 30% para 50%;
 
- Inclusão de novas espécies: Cereais de outono-inverno, leguminosas e espécies perenes;
 
- Qualificação técnica: Suporte da Embrapa e assistência técnica especializada pela Emater/RS;
 
- Disseminação tecnológica: Unidades de Referência Tecnológica e Dias de Campo para capacitar os produtores.
 
Fonte: Emater/RS

Leite/Europa

O preço do leite ao produtor caiu de 2023 para 2024 na maioria dos países da UE As estatísticas anuais da Comissão Europeia indicam que os preços do leite em 2024 foram menores do que os de 2023 em 16 dos 27 países membros da União Europeia (UE). Os maiores declínios foram registrados na Finlândia (-12%), Portugal (-10%) e Espanha (-8%). Os países com os maiores percentuais de aumentos foram: Irlanda (+15%), Lituânia (+11%) e Letônia (+10%). Uma grande cooperativa de laticínios da Irlanda anunciou ligeiro aumento do índice de preços (PPI) para o mês de novembro, saindo de 151,7 em outubro para 156,7 em novembro. 

Fonte: USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br

Forte depreciação cambial. Milho e boi registram queda nos preços.

Os preços do milho, da soja e do boi gordo registraram queda no mês de dezembro/24, ainda que em doze meses apresentem alta nas cotações. O preços do farelo de soja e do bezerro, por outro lado, aumentaram em dezembro/24 A intensa desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação, e pode pressionar o preço destas commodities em reais, no futuro próximo.


Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira.
Colaboração: Henrique Sales Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido

Um lembrete de que não se pode baixar a guarda
Apesar da distância que separa a região da Alemanha onde foi registrado um foco de febre aftosa e o Rio Grande do Sul, o episódio reforça a máxima de que, em se tratando de vírus, não se pode baixar a guarda. O registro no país europeu foi confirmado na semana passada na região de Brandemburgo, em um rebanho de búfalos. E interrompeu um hiato de quase 40 anos sem casos naquele país.  Com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de livre da doença sem vacinação desde maio de 2021, o Estado obteve conquistas importantes a partir da evolução do status sanitário. E por isso todo a prevenção é pouca e se faz necessária para preservá-lo.— Esse surto na Alemanha comprova que não existe risco zero. É um fato para tirar da zona de conforto, relembrar de estar vigilante com o rebanho — destaca Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. Coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS), Grazziane Rigon reforça que a globalização, com pessoas e produtos circulando entre os países, "torna o mundo altamente conectado nos dias de hoje": — E a febre aftosa é um vírus que pode ser carreado através de produtos de origem animal, principalmente cárneos, mas também através das nossas roupas e sapatos. Ou seja: a prevenção vai além da porteira. Entre as recomendações para produtores, Grazziane lembra da revisão regular do rebanho. Sintomas parecidos com os da doença (feridas na boca, cascos ou tetos, animais babando e/ou mancando) devem ser comunicados o mais rapidamente possível à Inspetoria de Defesa Agropecuária. Outro ponto (veja quadro abaixo) considerado importante refere-se a ações de biosseguridade na propriedade, como a desinfecção de veículos previamente à entrada, principalmente caminhões, restringindo o acesso de visitantes ao rebanho, mantendo a porteira fechada e o perímetro do entorno bem cercado. — Precisamos nos manter vigilantes para a doença, por mais que estejamos há tanto tempo distantes dela — frisa a coordenadora. (Zero Hora)

 
 

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Porto Alegre, 14 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.303


Valor Bruto da Produção - VBP do leite

Brasil fechou em R.$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023.

O Valor Bruto da Produção (VBP) do leite no Brasil fechou em R$ 65,8 bilhões em 2024, uma redução de 1,5% em relação aos R$ 66,8 bilhões registrados em 2023.

Essa leve queda reflete os desafios enfrentados pelos produtores, como os altos custos de produção e a instabilidade nos preços ao longo do ano. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 21 de novembro de 2024.

Apesar da retração, o leite ocupa a sétima posição na contribuição ao VBP total, com 5,4% de participação, reafirmando sua relevância no agronegócio brasileiro. 

O estado de Minas Gerais se manteve como o maior produtor de leite do país, com um VBP de R$ 16,8 bilhões em 2024, praticamente igual em relação a 2023.

A forte presença de pequenas e médias propriedades, aliada a investimentos em tecnologia de manejo, ajudou o estado a sustentar sua posição de liderança.

O Paraná, segundo colocado, registrou uma leve queda de 1% no VBP, que passou de R$ 9,8 bilhões em 2023 para R$ 9,7 bilhões em 2024.

Apesar do recuo, o estado segue como um dos principais polos leiteiros do Brasil, com destaque para o avanço em práticas sustentáveis.

Santa Catarina, terceiro maior produtor, apresentou um recuo de 3,3%, com o VBP caindo de R$ 8,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões. A redução foi impactada por oscilações nos preços do mercado interno e custos elevados com insumos.

Outros estados como Rio Grande do Sul e São Paulo completam o ranking dos principais produtores, com VBPs de R$ 7,3 bilhões e R$ 5,6 bilhões, respectivamente, ambos registrando pequenas quedas em comparação ao ano anterior.

O desempenho geral do setor leiteiro em 2024 ressalta a necessidade de políticas de incentivo que reduzam os custos de produção e garantam maior estabilidade nos preços, assegurando a competitividade do Brasil no mercado global de lácteos.

Com a versão digital do Anuário, você terá acesso a análises aprofundadas e dados essenciais que ajudam a compreender o desempenho das principais atividades agropecuárias em 2024 e as tendências para 2025. Acesse a versão digital clicando aqui.  Fonte: O Presente Rural via Edairy News


Leite/América do Sul 

O clima ameno da primavera melhorou a produção de leite no Hemisfério Sul Embora a produção de leite durante o ano tenha variado em todo o continente como consequência de uma série de circunstâncias climáticas, ela foi beneficiada pelo clima ameno da primavera na maioria das principais bacias leiteiras. Certos países conseguiram registrar percentuais positivos de produção de leite na comparação interanual, embora outros tenham continuado com volumes inferiores aos de 2023. Na Argentina, aumentaram o preço e a produção durante a temporada. No Uruguai, embora o clima turbulento do início de primavera tenha melhorado, em novembro, o volume de leite captado ficou abaixo do de novembro de 2023. A produção de leite no Brasil melhorou, sazonalmente. No entanto, bacias leiteiras importantes enfrentaram condições climáticas inclementes, incluindo incêndios florestais causados pela seca no inverno e início da primavera, e que ainda não foi possível recuperar. À medida que o verão se aproxima, a expectativa é de que a produção de leite vá diminuindo, mas as recentes melhoras sazonais devem continuar nas primeiras semanas de 2025. 

A típica queda do comércio de produtos lácteos durante os feriados do final de ano manteve os preços das commodities lácteas estáveis na América do sul. Existe um certo impulso de alta na região em relação aos leites em pó e queijo. 

Os processadores de soro de leite da região têm a expectativa de que a demanda global continue impulsionando mais vendas de proteínas concentradas de soro no continente. Além disso, as necessidades continental e mundial de manteiga estão mantendo os exportadores de leite em pó integral ocupados. 

Como sempre, existe uma série de interrogações em relação a 2025, mas o sentimento em geral é de que os preços dos produtos lácteos permaneçam firmes com tendência de alta.  (USDA via terra viva)

Exportações uruguaias de lácteos cresceram em 2024

Em 2024 o Uruguai exportou 232.471 toneladas de lácteos pelo valor total de US$819,8 milhões. 

O faturamento foi o quarto principal produto exportado pelo Uruguai no ano passado, trata-se de uma elevação de 5% em relação às 21.273 toneladas enviadas para o exterior em 2023 e uma recuperação de 0,2% em relação aos US$818,6 milhões do mesmo ano. 

O Brasil voltou a ser o principal destino dos lácteos do Uruguai, com 81.380 toneladas por US$290,6 milhões. Apesar disso caiu 22,5% em relação às 105.099 toneladas exportadas para o país vizinho em 2023. 

A Argélia ficou em segundo lugar, com 63.140 toneladas pelo valor total de US$222 milhões. Também ocupou o mesmo lugar do ranking em 2023, com as 36.716 toneladas compradas naquele ano. Mas, neste caso, houve um salto de 22% nos envios. 

No terceiro lugar, em volume surgiu as Filipinas, com 8.966 toneladas por US$13,8 milhões, quando em 2023 havia sido a Rússia. 

O leite em pó integral foi, de longe, o principal produto exportado (178.148 toneladas), seguido por queijos e requeijão (21.460 toneladas) e soro de leite e outros em terceiro lugar (12.984 toneladas). Bem perto ficou a manteiga com (12.378 toneladas).  Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos terá compensação fiscal, diz Haddad
O Orçamento deste ano, que ainda não foi aprovado pelo Congresso, prevê isenção de IR para quem ganha até R$ 2.824, e caso suba para dois salários mínimos, passaria para R$ 3.036. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (14) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a equipe econômica do governo federal a elevar para dois salários mínimos mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) deste ano. A afirmação foi feita a jornalistas na saída da pasta, em Brasília, antes de participar de evento no Palácio do Planalto. “Nós estamos considerando essa possibilidade para manter o ritmo de mudança da faixa de isenção”, disse. (Valor)

 
 

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Porto Alegre, 13 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.302


Projeto visa fomento da cadeia leiteira

O Secretário Executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, esteve reunido ontem com o vice-prefeito Marcos Barriquello e o secretário de Desenvolvimento Rural, Emerson Pereira. Na pauta, foram debatidas questões como a importância da cadeia de leite no Noroeste do Estado, o preço do leite e o mercado mundial.

Nesse contexto, o vice-prefeito expôs o empenho do Governo Municipal em buscar alternativas para auxiliar os produtores de Ijuí, enquanto o secretário salientou o constante trabalho que é realizado, bem como, os novos programas e ações acerca do assunto que vem sendo articulados para o desenvolvimento econômico do setor leiteiro.

Em entrevista ao JM, Darlan Palharini destaca que estão sendo feitas tratativas para o desenvolvimento de um projeto de certificação de propriedades com boas práticas agropecuárias, o que envolveria práticas de boa gestão, seja ela sanitária ou de qualidade da água. Ele exemplifica citando a relação da qualidade do leite produzido com a qualidade da água consumida pelo rebanho. Mesmo que a alimentação dos animais esteja em boas condições, a água de péssima qualidade pode levar a problemas como infecções ou desequilíbrios metabólicos, refletindo na composição do leite. 

A proposta que vem sendo construída com o Executivo é do desenvolvimento de um projeto piloto visando melhorar a competitividade do leite gaúcho. O projeto está em fase de finalização por parte da equipe do Sindilat e deverá ser apresentado no próximo dia 16, quando ocorrerá nova reunião. 

“Isso repercute no desenvolvimento regional, Ijuí é uma das principais bacias leiteiras do Estado, mas também sofre com o abandono de pequenos produtores da atividade leiteira, como em todo Estado ocorre esse fenômeno, e esse programa vem tentar diminuir a evasão desses produtores, dando assistência técnica aos mesmos”, destaca Palharini, acrescentando que a Universidade será parceira da iniciativa por meio dos cursos de Medicina Veterinária e Agronomia. Ele acrescenta que investir no fomento à cadeia produtiva do leite acarreta aumento de renda ao produtor e, consequentemente, aumento de arrecadação de ICMS para o município. (Jornal da Manhã)


Unidade de Referência Técnica de Bioinsumos recebe dia de campo em Condor, diz Emater/RS

Uma Unidade de Referência Técnica no município de Condor receberá 50 produtores na próxima quinta-feira (16), para um Dia de Campo. Serão cinco estações, com diferentes temáticas, onde extensionistas da Emater/RS-Ascar e convidados irão expor explicações e dicas técnicas, sobre manejo com refúgio e bioinsumos no milho silagem, análise financeira do uso de bioinsumos, qualidade do leite e nutrição animal.De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, Eduardo Canepelle, o intuito é demonstrar nessa Unidade de Referência Técnica de Bioinsumos, de forma prática, alternativas que podem ser utilizadas pelos agricultores familiares, afim de aumentar a sua produtividade aliado a uma produção mais sustentável.A inoculação de Azospirillum brasilense na cultura do milho proporciona aumento da produção de massa aérea verde da cultura, o que possibilita aumento da produção de forragem. É uma tecnologia de baixo custo que pode ser utilizada pelos produtores de leite para elevar a produção dessa forragem, afirma Canepelle.Além da inoculação da bactéria Azospirillum brasilense, na lavoura de milho da URT de Condor também foi realizada a aplicação de inseticida biológico em complementação ao químico para o controle da cigarrinha no milho. Buscamos reduzir as aplicações de inseticida químico para controle dessa praga, devido a isso realizamos aplicação de inseticida biológico composto por Beauveria bassiana em complemento ao inseticida químico, complementa.A Emater/RS-Ascar tradicionalmente assessora os agricultores familiares de Condor na bovinocultura de leite, em ações de soberania e segurança alimentar, solos, produção de grãos como milho, bem como em atividades de organização e valorização do meio rural, dos jovens, mulheres e idosos. Este trabalho é realizado pela Emater/RS-Ascar em conjunto com prefeitura municipal e seus parceiros locais.

Para participar, o agricultor interessado deve realizar inscrição antecipada, via WhatsApp (55) 9 9677 7434 ou presencialmente no Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Condor.

PROGRAMAÇÃO DO DIA DE CAMPO

  • Estação 1: Bioinsumos no Milho Silagem - Eduardo Canepelle Emater, RS - Ascar
  • Estação 2: Análise financeira do uso de bioinsumos - Roseli Seitenfuss Emater, RS- Ascar
  • Estação 3: Qualidade do leite - Lacticínios Heja
  • Estação 4: Manejo de milho silagem com refúgio - Cooperativa Cotripal
  • Estação 5: Aumento da produção de leite pelo controle de proteína - PNI nutrição animal

Fonte: Emater/RS-Ascar

Mais de R$ 22 milhões disponíveis para fortalecer a defesa agropecuária do Estado

Um convênio entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) disponibilizará mais de R$ 22 milhões em investimentos para o fortalecimento da defesa agropecuária no Estado, auxiliando com recuperação de materiais perdidos durante as enchentes de abril e maio do ano passado. 

Os recursos, que somam R$ 21 milhões de repasse do Mapa e mais R$ 1,29 milhão de contrapartida do Governo do Estado, serão utilizados para aquisição de veículos, computadores, notebooks, tablets, drones, microscópios e mobiliário, entre outros implementos.

“São recursos importantes que ajudam na recuperação do Estado e no fortalecimento da Defesa Sanitária Animal e Vegetal, o que impacta positivamente na prestação dos serviços aos produtores rurais que foram fortemente atingidos pelos eventos climáticos extremos”, enfatiza o secretário da Agricultura, Clair Kuhn.

Segundo o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, José Cleber Dias de Souza, trata-se do maior valor já repassado por convênio pelo Ministério à Secretaria da Agricultura. As tratativas começaram ao final de maio de 2024, quando as equipes do Ministério e da Seapi elaboraram documento quantificando o valor necessário. “Naquele período, por iniciativa do ministro Carlos Fávaro, estava em instalação o Gabinete Itinerante do Mapa, sendo esta uma das suas ações de apoio à recuperação da agropecuária gaúcha”, detalha.  

Os departamentos de Defesa e Vigilância Sanitária Animal (DDA), de Defesa Vegetal (DDV) e de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) devem receber os novos equipamentos. O prazo para execução do plano de trabalho é até dezembro de 2025.  (Seapi)


Jogo Rápido

Boas perspectivas para o Mercado do Leite 
Secretário Executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, analisa as tendências para 2025. Assista a entrevista para o programa A Granja no youtube da Ulbra Multi RS, clicando aqui. (Ulbra via youtube)

 
 

 

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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.301


Por que o leite não deve ser banido do seu cardápio, segundo a ciência

Novo estudo absolve os laticínios do risco de pré-diabetes; outros trabalhos mostram que leite e seus derivados não favorecem males cardiovasculares e inflamações

Relatos históricos dão conta de que o ser humano começou a beber leite em 5000 a.C., período em que se originou a prática da ordenha. Ultimamente, porém, essa convivência milenar tem sido abalada por um movimento conhecido como terrorismo nutricional, que coloca diversos alimentos como vilões.

Por outro lado, despontam pesquisas mostrando que os lácteos não devem ser banidos do cardápio sem respaldo médico. Afinal, eles oferecem muitos benefícios. Um dos estudos mais recentes, publicado em novembro no periódico científico Clinical Nutrition, absolve grande parte dos laticínios a fim de favorecer o surgimento do pré-diabetes.

O trabalho traz, inclusive, um elo entre o consumo de leite desnatado e a redução do risco da doença. Mas mostra, por sua vez, que o excesso de lácteos ricos em gordura pode ser prejudicial.

O pré-diabetes é um distúrbio metabólico marcado por níveis alterados de glicose no sangue, mas que não ultrapassam os limites da classificação para o diabetes. É diagnosticado por meio de exames laboratoriais. Se detectado ainda no estágio inicial, mudanças no estilo de vida – prática de exercícios e alimentação saudável – podem reverter a situação e normalizar a glicemia. No entanto, quando não é identificado precocemente, tende a evoluir para o diabetes tipo 2, doença vinculada a males circulatórios, renais e oculares.

Para chegar à conclusão, pesquisadores europeus avaliaram dados de 7.521 participantes oriundos de um grande estudo britânico, o Fenland. Ainda que se trate de uma associação, que não estabelece uma relação de causa e efeito, o trabalho levanta hipóteses promissoras.

Já sobre o elo dos laticínios com males cardiovasculares, há evidências de que, dentro do equilíbrio, não aumenta o risco — inclusive, um estudo nacional, o Elsa-Brasil, aponta benefícios às artérias. E quanto à relação com processos inflamatórios, ainda não há comprovação científica de que a ingestão sirva de estopim.

“Entretanto, para quem apresenta alergias ou intolerâncias, o leite pode, sim, favorecer inflamações”, comenta a nutricionista Daniela Boulos, da Unidade de Check-Up do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, segundo a nutricionista, a caseína – principal proteína da bebida – pode estar por trás de desconfortos, sobretudo em organismos mais sensíveis. “Ela costuma ser difícil de digerir”, diz.

Mas nada de agir por conta própria. “Antes de restringir lácteos no dia a dia, é fundamental buscar o diagnóstico certeiro”, orienta Carla Muroya, nutricionista do Programa Obesidade e da Unidade Check-up do Hospital Israelita Albert Einstein.

Alergia x intolerância

No caso de alergia, o que ocorre é uma resposta diferenciada do sistema imunológico frente à proteína e que dispara a produção de uma série de mediadores inflamatórios responsáveis por reações exacerbadas. Sintomas como vômitos, diarreia e até falta de ar são comuns. Os exames laboratoriais, assim como o teste de provocação, ajudam a bater o martelo.Já a intolerância à lactose se dá porque o organismo produz pouca enzima lactase, a responsável pela quebra da famosa substância, que é um tipo de açúcar. Distensão abdominal, flatulência e desarranjos intestinais são exemplos de distúrbios desencadeados. Aqui, além de avaliação clínica, testes respiratórios, de glicose e até genéticos são indicados para flagrar o problema.

Afora essas situações e quando não há nenhum mal-estar decorrente da ingestão de lácteos, não existem motivos para excluí-los. A restrição pode até trazer prejuízos.

Um mix de nutrientes

O leite e seus derivados concentram nutrientes essenciais à saúde, tanto que as diretrizes alimentares recomendam três porções diárias. Um dos maiores destaques é o cálcio, mineral reconhecido pelo seu papel no esqueleto. Trata-se do principal nutriente da mineralização dos ossos, contribuindo para fortalecê-los.

O cálcio ainda está envolvido nas contrações musculares, daí ser indispensável, especialmente aos praticantes de atividade física. E há evidências de que favorece o controle da pressão arterial.

Laticínios também ofertam proteína, sobretudo a já citada caseína. Proteínas, em geral, são fundamentais para a formação de tecidos, manutenção dos músculos e colaboram para a sensação de saciedade.

Vale mencionar que lácteos são fontes de vitaminas: oferecem vitamina A, algumas integrantes do complexo B, além de pequenas quantidades da vitamina D, numa mistura que, entre outros atributos, beneficia a saúde óssea e a imunidade.

A lista ainda não acabou. “Outro nutriente que marca presença é a gordura, sobretudo a saturada”, aponta Daniela Boulos. E esse tipo, quando consumido em excesso, pode cooperar para o aumento nas taxas de colesterol e prejudicar as artérias.

Para indivíduos adultos, a sugestão é optar pelo leite na versão desnatada. Queijos mais magros, como o minas frescal, o cottage e a ricota, também estão entre os lácteos recomendados.

Um olhar atento aos rótulos é mais um conselho das especialistas. Ainda assim, a parcimônia é sempre bem-vinda. Exageros podem pôr tudo a perder — assim como para diversos outros alimentos. (CNN Brasil)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Janeiro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2024 a ser pago em Janeiro/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está  disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1849 de 9 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em relação à saúde animal, o controle de mosca, berne e carrapato tem sido eficaz tanto em matrizes quanto em terneiras. Estão sendo empregadas práticas de manejo e monitoramento constante para prevenir infestações mais severas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a produção segue regular, apesar da ausência de chuvas desde 20/12/2024. O estresse térmico tem aumentado, exigindo ajustes nos horários de pastejo e fornecimento de volumosos conservados. 

Na de Caxias do Sul, o manejo ajustado e a dieta balanceada garantem oferta alimentar de qualidade e manutenção da produtividade nos sistemas a pasto, confinados e semiconfinados. 

Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta bom desempenho, e há oferta de água e de pastagens perenes e anuais, que estão em excelente desenvolvimento, reduzindo a necessidade de alimentos conservados. 

Na de Frederico Westphalen, segue a preocupação com as infestações de mosca e carrapato. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua em alta, e os melhores resultados têm sido obtidos nos sistemas a pasto e no uso de silagem de trigo. Os rebanhos mantêm estado corporal adequado, e o controle de ectoparasitas tem sido eficiente. 

Na de Passo Fundo, os animais mantêm estado nutricional e escore corporal satisfatórios. A produção de leite permanece estável, e há oferta de pasto, especialmente em propriedades tecnificadas que ajustam o manejo por lote.

Na de Pelotas, a produção leiteira também segue estável, mas houve aumento pontual em algumas propriedades. Ocorreu crescimento das infestações de mosca e carrapato, demandando controle estratégico. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão enfrentam estresse hídrico, afetando o rebrote e reduzindo a oferta de forragem em quantidade e qualidade para o rebanho leiteiro. 

Na de Santa Rosa, o monitoramento de ectoparasitas continua, e houve redução das populações de carrapato, resultado dos tratamentos anteriores e da ausência de chuvas nas últimas semanas. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido

Tempo seco previsto para a maior parte das regiões do Estado nos próximos dias
A previsão para os próximos dias indica tempo seco na maior parte das regiões do Rio Grande do Sul, com possibilidade de temporais isolados.  É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). sábado (11/01) e domingo (12/01): a nebulosidade deve predominar na maior parte do estado devido ao sistema frontal em deslocamento sobre o oceano , com temperaturas mais altas nas regiões oeste e noroeste. Nessas datas, não se descarta a possibilidade de formação de nuvens de chuva e até temporais isolados, isto é, chuvas acompanhadas de trovoadas e relâmpagos de curta duração, principalmente entre as regiões Central e Norte do estado. Entre sábado e domingo, a aproximação de um anticiclone migratório pós-frontal ao estado deverá influenciar as temperaturas, tornando-as mais amenas em comparação aos dias anteriores. Segunda-feira (13/01) e terça-feira (14/01): o destaque será a atuação persistente de um anticiclone migratório na costa do estado, que favorecerá condições de céu encoberto a parcialmente nublado em todo o território gaúcho. As temperaturas deverão permanecer amenas em todas as regiões, mas tendem a apresentar elevação a partir da terça-feira. Quarta-feira (15/01): a previsão indica um forte aquecimento das temperaturas no Rio Grande do Sul, devido à mudança na direção dos jatos de baixos níveis, que passarão a atuar sobre o estado. O prognóstico para a próxima semana indica a possibilidade de chuvas nas regiões Central e Norte do Estado, com volumes previstos de até 20 mm. No litoral, poderão ocorrer chuvas isoladas de baixa intensidade ao longo do período. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.(Boletim Agrometeorológico da Seapi editado pelo Sindilat RS)

 
 

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Porto Alegre, 09 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.300


Estratégia de sustentabilidade | RAR constrói barragem e amplia estocagem e economia de água

A RAR de Vacaria, no Rio Grande do Sul, investiu na construção de uma nova barragem de 3,5 hectares.

A RAR, empresa com forte atuação na produção de queijos, derivados do leite e fruticultura, concluiu a construção de uma barragem de 3,5 hectares ampliando sua capacidade de armazenamento de água para irrigação.

A nova estrutura atenderá uma área de 240 hectares, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a eficiência hídrica.

Atualmente, mais de 70% de toda a água utilizada na fazenda de leite da RAR é proveniente de processos de reutilização, consolidando a empresa como referência em boas práticas ambientais no setor.

Em 2024, outras práticas sustentáveis permitiram uma economia de 1,2 milhão de litros de água por dia, oriundos do sistema de reutilização implantado para a limpeza do free stall. Ao longo do ano, estima-se que 438 milhões de litros de água foram economizados.

“Essa barragem é um marco importante em nossa estratégia de sustentabilidade. Além de garantir a irrigação de uma área significativa, reforçamos nosso compromisso com a gestão responsável dos recursos hídricos. Nosso objetivo é aliar produtividade com respeito ao meio ambiente, entregando resultados consistentes para nossos consumidores e parceiros”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR.

A construção da barragem integra um conjunto de medidas da RAR voltadas para a sustentabilidade, alinhadas aos desafios do setor em tempos de escassez de recursos naturais. A empresa segue investindo em tecnologias e infraestruturas que possibilitem o crescimento de forma consciente e inovadora. 

Sobre a RAR – A RAR, de Raul Anselmo Randon, teve origem na fruticultura, com o cultivo da maçã na década de 1970. Hoje, é uma das maiores produtoras e comercializadoras da fruta no Brasil, comprometida com a inovação e a sustentabilidade. Com um legado voltado para o futuro, nos anos 1990, montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália lançando a marca Gran Formaggio. A RAR tem, em seu portfólio, linha de importados como queijos e acetos italianos, presuntos e salames italianos e espanhóis, e azeites de oliva chilenos. A linha de derivados é composta por creme de leite fresco, manteiga e queijo parmesão. A RAR, com sede em Vacaria (RS), conta ainda com linha de 32 rótulos entre vinhos e espumantes, nacionais e importados, e azeite de oliva produzido a partir de olivares próprios. (Agrorevenda via Edairy News)


Um copo de leite por dia pode reduzir o risco de câncer de intestino, mostra estudo

O maior estudo sobre dieta e doenças já realizado sugere que 300 mg extras de cálcio por dia estão associados a um risco 17% menor desse tipo de tumor

Tomar um copo grande de leite todos os dias pode reduzir o risco de câncer de intestino em quase um quinto, de acordo com o maior estudo realizado sobre dieta e doença, publicado na revista científica Nature Communications.

De acordo com os pesquisadores, uma dose extra diária de 300 mg de cálcio, aproximadamente a quantidade encontrada em meio litro de leite, foi associada a um risco 17% menor de câncer de colorretal.

"Este é o estudo mais abrangente já realizado sobre a relação entre dieta e câncer de intestino, e destaca o potencial papel protetor do cálcio no desenvolvimento desta doença", diz o médico Keren Papier, investigador principal do estudo e epidemiologista nutricional sénior da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em comunicado.

Eles analisaram dados de mais de 500 mil mulheres para investigar a associação entre 97 produtos dietéticos e nutrientes e o risco de câncer de intestino durante um período médio de 16 anos. Os resultados mostraram que o consumo de alimentos ricos em cálcio, como leite e iogurte, estava associado a um menor risco de desenvolver câncer de intestino.

E isso também se aplica a fontes de cálcio não lácteas, como vegetais de folhas verdes escuras. Portanto, é provável que o cálcio seja um fator importante para ajudar a reduzir o risco de câncer de intestino.

“Temos uma ideia da razão pela qual o cálcio tem este efeito”, avalia Papier. “É sugerido que o cálcio pode proteger contra o câncer de intestino ligando-se aos ácidos biliares e aos ácidos graxos livres para formar uma espécie de 'sabão' inofensivo, que os impede de danificar o revestimento do nosso intestino.”

Este efeito de “sabão” ajuda estes ácidos biliares e graxos a serem eliminados do intestino como uma “limpeza de primavera”, para que não se possam acumular e, portanto, tenham menos probabilidade de causar danos.

O estudo descobriu que a maioria das mulheres participantes consumia acima do nível recomendado de cálcio (mais de 700 mg). Mas, para alguns, isso pode ser devido à adição de suplementação de cálcio na alimentação, como em pães ou certos produtos veganos (por exemplo, leites vegetais). Mas são necessárias mais pesquisas para saber se os suplementos de cálcio e os alimentos enriquecidos com cálcio têm o mesmo efeito na redução do risco de câncer de intestino.

“Não pudemos analisar a associação entre o consumo de suplementos de cálcio e o risco de câncer de intestino neste estudo”, explica Papier. “Dado o uso generalizado de suplementos de cálcio, estudos futuros deverão investigar o papel dos suplementos de cálcio na prevenção do câncer de intestino em diversas populações.”

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino no Brasil. No país, esse tipo de tumor fica atrás apenas do câncer de mama e câncer de próstata.

A dieta e o risco de câncer é difícil de mapear, mas existem algumas ligações claras entre certos produtos dietéticos e o risco da doença. O estudo de Papier também confirma a associação clara entre o consumo de álcool e o aumento do risco de câncer de intestino. Descobriu-se que beber mais 20g de álcool por dia, o equivalente a um copo grande de vinho, aumenta o risco desse tipo de tumor em 15%.

“Além de manter um peso saudável e parar de fumar, manter uma dieta saudável e equilibrada é uma das melhores maneiras de reduzir o risco de câncer de intestino. Isso inclui reduzir o consumo de álcool e carne vermelha e processada e comer muitas frutas, vegetais e grãos integrais. Produtos lácteos como o leite também podem fazer parte de uma dieta que reduz o risco de cancro do intestino.”, pontua Sophia Lowes, gerente sênior de informações de saúde da Cancer Reserch UK, entidade patrocinadora do estudo.

Apesar dos resultados, o médico David Nunan, pesquisador sênior do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford, que não participou do estudo, pondera que "embora o estudo possua um grande tamanho de amostra e uma análise estatística rigorosa, ele permanece suscetível aos vieses inerentes a todas as pesquisas observacionais, como vieses de seleção, erros de medição e fatores de confusão". Acesse o estudo completo e oficial clicando aqui. (Folha de Pernambuco)

Rúmens saudáveis começam com água

Para vacas mais saudáveis, que comem mais e produzem mais leite: água limpa! Entenda.

Se você deseja vacas mais saudáveis que comem mais e produzem mais leite, há um truque relativamente simples: certifique-se de que elas tenham acesso a água limpa, segundo o veterinário David Reid.

Reid, consultor leiteiro de Hazel Green, Wisconsin, compartilhou suas ideias sobre a importância da água em um episódio recente do The Dairy Podcast Show. Ele afirmou que seus anos de trabalho como consultor de qualidade do leite e saúde do úbere lhe ensinaram muito sobre o papel essencial da água na saúde das vacas.“Grande parte do que sei sobre ordenha de vacas, aprendi em fazendas pequenas de 30-60 vacas amarradas, no sudoeste de Wisconsin,” compartilhou Reid. “Tínhamos tigelas de água com mangueiras de pequeno diâmetro e canos enferrujados. Substituímos esses sistemas por tubulações de 5 centímetros em torno do curral, colocamos mangueiras de 1,9 centímetro nos bebedouros e começamos a limpá-los diariamente. As fazendas que adotaram isso aumentaram a produção de leite, geralmente de 0,91 a 1,36 quilos por vaca por dia.” 

Desde então, Reid tem visitado e consultado fazendas leiteiras de todos os tamanhos ao redor do mundo. Ele destacou que, independentemente de uma fazenda ordenhar 100 ou 10.000 vacas, a água faz diferença. “Ela é uma parte importante para criar um rúmen realmente saudável, o que resulta em um sistema imunológico mais forte, ajudando na qualidade do leite, controle de mastite e outras questões da produção leiteira.”

A seguir, estão algumas lições adicionais de sua experiência:

1. Fique atento à limpeza: Apenas disponibilizar água não é suficiente. “Quando caminho por fazendas e passo a mão pelo bebedouro e ele cheira a esgoto, isso não é água de alta qualidade,” declarou Reid. Ele recomenda que as fazendas estabeleçam cronogramas regulares de limpeza dos bebedouros e trabalhem com fornecedores de produtos químicos para implementar sistemas que higienizem rotineiramente a água, usando produtos contendo dióxido de cloro ou peróxido. Isso tornará a água mais higiênica e os bebedouros mais fáceis de limpar, especialmente se a água da fazenda tiver alto teor de ferro.

2. Uma vaca em lactação é uma vaca sedenta: O leite é composto por 87% de água e as vacas precisam de grandes quantidades dela. Reid explicou que, durante o processo de ordenha, o hormônio prolactina é liberado, o que desencadeia a sede. Ele afirmou que o ideal é que as vacas tenham acesso a água fresca no corredor de retorno, ao saírem da sala de ordenha.

3. As vacas preferem água morna: Pesquisas e práticas comprovam que as vacas bebem mais quando a água está mais quente. Reid defende sistemas que utilizem a água de descarga do resfriamento do leite, pois isso conserva água e também a aquece. Ele também observou que, em climas frios, as vacas tendem a preferir bebedouros próximos à entrada do curral, pois bebedouros mais distantes podem ter água mais fria.

4. Limpeza durante o período de transição é crucial: Reid destacou que o impacto mais dramático da manutenção meticulosa dos bebedouros ocorre nas baias pré e pós-parto. “Sabemos que há uma queda na ingestão de matéria seca em torno do parto, mas, se tivermos um rúmen funcional com boa água passando por ele, teremos melhores apetite e menor queda no consumo, resultando em saúde geral melhor,” afirmou.

5. Construa instalações pensando na água: Ao planejar novas instalações ou avaliar as existentes, a água não deve ser um aspecto secundário. Reid recomenda 10-12,7 centímetros lineares de espaço para bebedouro por vaca, o que deve ser alcançado com pelo menos 2 fontes de água por baia. Além disso, a capacidade de abastecimento deve ser suficiente para atender à demanda. “Em um bebedouro de 3 metros, é possível que 6-7 vacas bebam ao mesmo tempo,” observou. “Se você vê pouca água neles, tem um problema.”

Reid comentou que, nos sistemas atuais de gestão leiteira baseados em métricas, adoraria ver medidores de água instalados em cada baia de vacas. Dessa forma, seria fácil correlacionar os cronogramas de limpeza, o consumo de água e a ingestão de matéria seca.

Por fim, Reid compartilhou a história de um cliente extremamente rigoroso com a qualidade da água, que esfregava as tigelas de água do curral diariamente. “Podia ser uma chamada de emergência na manhã de Natal, e os bebedouros estariam limpos,” relatou. “Ele me dizia: É a coisa mais fácil que já fiz para obter 1,36 quilos extras de leite por vaca por dia."

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Capacitações sobre Nota Fiscal Fácil seguem após prorrogação de prazo
O prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota fiscal Eletrônica foi prorrogado. Em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em dezembro de 2024, foi definido que a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica será a partir de janeiro de 2026, para os produtores que faturam até R$ 360 mil por ano. Os demais, com faturamento superior, já devem emitir a partir do dia três de fevereiro de 2025. Visando auxiliar os agricultores familiares no uso da Nota Fiscal Fácil, a Emater/RS-Ascar dará continuidade a partir do próximo mês de fevereiro, ao calendário de palestras e capacitações. As palestras são ministradas pelo extensionista da Emater/RS-Ascar, Everton da Rosa, e contam com a parceria da Secretaria da Fazenda do Estado do RS (SEFAZ), além de instituições bancárias. O objetivo principal dos encontros é orientar para o uso adequado do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), através da ferramenta digital desenvolvida pela Procergs. Esse trabalho teve início em julho de 2024. Os primeiros encontros ocorreram em São Francisco de Paula, na Região da Serra, encerrando o ano com a realização de 15 palestras, em 11 municípios da região da Serra, que contaram com a participação de 1.184 pessoas. O papel da Emater/RS-Ascar é parte da extensão rural, auxiliando os assistidos, sanando dúvidas, levando as informações de qualidade a qualquer local. Essa prorrogação nos deu um tempo maior para conseguir capacitar mais pessoas durante o ano de 2025", destaca Everton. Nesses encontros é explicado desde como baixar o aplicativo, seu funcionamento, cadastramento de dados, como emitir a nota fiscal eletrônica e guias de tributos incidentes, além de esclarecimento de dúvidas. Como os produtores rurais trabalham no campo, algumas vezes sem acesso à internet, o aplicativo NFF permite também o uso sem conexão. Dessa forma, os usuários podem emitir a nota de forma off-line e, quando o aplicativo é utilizado com o acesso restabelecido, a nota é autorizada. O aplicativo está disponível na Apple Store para sistema iOS e na Play Store, sistema Android. Para acessar é preciso usar o login da plataforma gov.br. Cada produtor pode instalar o NFF em até dez dispositivos. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.299


Balança comercial de lácteos: importações fecharam o ano em baixa

No mês de dezembro, o saldo registrado para a balança comercial de lácteos ficou em cerca de -189 milhões de litros em equivalente-leite.

No mês de dezembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para a balança comercial de lácteos ficou em cerca de -189 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um aumento mensal de cerca de 10 milhões de litros em relação a novembro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

 Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos, apesar de serem em volume pequeno, apresentaram aumento no último mês, com 5,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados em dezembro, o aumento mensal foi de 12,5%. Em relação a dezembro de 2023, a variação foi de -3,6 % conforme mostra o gráfico 2. Dessa forma, o ano de 2024 fechou com um volume total exportado de cerca de 86,1 milhões de litros em equivalente-leite (+19,5%).

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Já as importações fecharam o ano em baixa. Ao todo, foram importados em dezembro cerca 194,4 milhões de litros em equivalente leite, registrando um recuo de - 4,8% em relação ao mês anterior, como mostra o gráfico 3. 

Dessa forma, apesar do recuo no último mês, o volume importado total do ano apresentou o maior volume anual da série histórica, fechando 2024 com cerca 2,3 bilhões de litros em equivalente-leite (+5% vs 2023).

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de leite em pó desnatado, que teve redução de cerca de 802 toneladas (-92%) e fechou o mês com volume exportado de 72 toneladas em dezembro; além da categoria de leite condensado, que aumentou seu volume no mês em 298.758 toneladas (+51%) e fechou dezembro com cerca de 886.190 toneladas exportadas.

Já pelo lado das importações, o leite em pó desnatado se destacou em crescimento percentual, com aumento de 49%. A categoria dos iogurtes teve um aumento de 4.356 toneladas no mês de dezembro totalizando cerca de 48.645 toneladas importadas, um patamar de +50% de aumento. Por fim, o soro do leite e manteiga também apresentaram aumentos, sendo em cerca de +17,4% para o soro de leite e 33% para a categoria das manteigas. 

Por outro lado, o grupo de queijos foi o principal destaque: após uma sequência de aumentos consecutivos, atingindo as máximas históricas, o volume importado da categoria voltou a apresentar expressiva redução, com retração de cerca de 38%  em relação ao último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de dezembro e novembro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em dezembro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em novembro de 2024

O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar do volume importado ainda ser considerado elevado, essa tendência de diminuição já observada em dezembro deve prevalecer ao longo de 2025. 

Nos últimos meses, os compradores brasileiros têm visto seu poder compra para importações de lácteos ficarem mais limitados, em virtude da mudança de patamar dos preços internacionais (que estão mais caros) e, principalmente, da forte elevação recente da taxa de câmbio, que tem operado em patamares acima de R$6,00/dólar

Nesse cenário, as exportações argentinas e uruguaias para fora do Mercosul se mostraram como fator de competição para as importações brasileiras, visto que a  presença de novos compradores reduziram a prioridade do Mercosul para envios ao Brasil. Esse redirecionamento das exportações ganhou força no último trimestre de 2024 e, agora, no início de 2025, pode continuar representando um fator limitante nas importações. (Milkpoint)


GDT 371: ano inicia com correção nos preços

O primeiro leilão do ano da plataforma GDT apresentou variações distintas nos preços dos derivados lácteos. O GDT Price Index registrou uma retração de 1,4%.

O primeiro leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) de 2025 foi realizado nesta terça-feira (07/01) e apresentou variações distintas nos preços dos derivados lácteos negociados. O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos, registrou uma retração de 1,4% em relação ao leilão anterior, com o preço médio fechando em USD 4.029 por tonelada, conforme ilustrado no gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No primeiro leilão do ano, os produtos negociados apresentaram variações distintas, com alguns voltando a se valorizar, enquanto outros registraram correções de baixa. Entre os que apresentaram retrações, os preços dos leites em pó chamaram atenção: o leite em pó integral encerrou a USD 3.804/ton (-2,1%), enquanto o leite em pó desnatado ficou em USD 2.682/ton (-2,2%).

Embora tenha ocorrido essa recente correção de baixa no preço do leite em pó integral, o nível atual ainda se mantém significativamente acima do que foi observado na maior parte de 2024, como evidenciado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Por outro lado, algumas categorias iniciaram o ano com ajustes positivos nos preços. A muçarela foi um dos destaques, abrindo 2025 no leilão GDT a USD 4.173/tonelada (+3,6%). A manteiga, que tem operado próximos aos seus preços máximos históricos, também apresentou valorização, com uma alta de 2,6%, mantendo-se em níveis elevados.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 07/01/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No primeiro leilão de 2025, o volume negociado apresentou uma queda em relação ao evento anterior, um movimento sazonalmente típico para este período. Foram negociadas 30.156 toneladas, representando uma retração de 6,1% em comparação ao leilão anterior. No entanto, ao observar os volumes dos primeiros leilões dos últimos dois anos, nota-se que o volume atual é superior, conforme ilustrado no gráfico 2.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No geral, apesar das variações de preços em sentidos opostos entre as categorias, os ajustes foram modestos, permitindo assumir que os preços, de maneira geral, permaneceram próximos da estabilidade. A variação negativa do GDT Price Index foi influenciada principalmente pela retração no preço médio do leite em pó integral, que é o principal produto negociado no leilão e também a categoria mais relevante para as importações brasileiras.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os preços têm mostrado perda de força. Essa tendência reflete expectativas mais fracas de demanda em importantes regiões compradoras, como Norte da África, Oriente Médio e, especialmente, China.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que tradicionalmente praticam preços superiores aos do Global Dairy Trade (GDT). Esse diferencial é amplamente influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que aplica tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

Apesar dos recuos registrados no último leilão GDT de 2024 e da tendência de queda nos preços futuros, as importações para compradores brasileiros têm se mostrado menos atrativas no momento. Isso se deve ao elevado patamar de preços praticados pelo Mercosul, com o leite em pó integral cotado acima de USD 4.100/tonelada, conforme pesquisa do MilkPoint Mercado. Além disso, a taxa de câmbio real/dólar, que superou a marca de R$6,00 na reta final de 2024, permanece nesse nível, tornando as importações ainda mais caras.

Nesse cenário, o que podemos esperar para o mercado internacional e importações brasileiras para este ano de 2025? No dia 18/03 os principais agentes e especialistas do Mercado estarão reunidos em Campinas/SP, no Fórum MilkPoint Mercado, para discutir esses e outros aspectos do mercado lácteo. (Milkpoint)

Tendências para o setor lácteo em 2025

Em 2025, a demanda por produtos inovadores, saudáveis e sustentáveis será o principal motor de crescimento do setor de laticínios. Confira os detalhes!

O segmento de alimentação vem passando por profundas transformações, motivado por mudanças sociais, culturais, tecnológicas e econômicas que vem redefinindo as preferências e prioridades dos consumidores. E isso se reflete também no setor lácteo. Essas alterações estão diretamente ligadas a tendências globais, como maior preocupação com a saúde, sustentabilidade, inovação tecnológica e conveniência no consumo.

Para tentar entender o que vem por aí no setor de laticínios em 2025, foi realizado um levantamento bibliográfico em diferentes fontes internacionais, da literatura científica, pesquisas de mercado e mídia especializada. Os resultados apontam que, em 2025, a demanda por produtos inovadores, saudáveis e sustentáveis será o principal motor de crescimento do setor de laticínios. A seguir, são apresentados alguns detalhes interessantes dessas principais tendências.

1. Saúde e bem-estar em foco: Uma das tendências que ganhou destaque e continua forte desde a pandemia de Covid-19, foi a busca dos consumidores por saudabilidade. E no ano que vem não será diferente. A saúde continuará a ser prioridade para os consumidores, que agora buscam alimentos funcionais adaptados às suas necessidades específicas de saúde. Com isso o foco dos consumidores no momento é: controle de peso, alimentos ricos em proteínas e fibras, saúde digestiva e opções nutricionais mais avançadas. Produtos lácteos associados ao gerenciamento de peso, como opções com alto teor de proteína e alimentos funcionais, estão em ascensão. A crescente procura por iogurtes proteicos enriquecidos e produtos com fibras reflete o interesse em alimentos que promovam saciedade e controle glicêmico. Além disso, a inclusão de ingredientes bioativos, como lactoferrina, deve ganhar espaço, atendendo à demanda por benefícios adicionais, como fortalecimento imunológico e suporte à saúde digestiva. Contudo, os consumidores estão cada vez mais céticos quanto a promessas genéricas de saúde. Os rótulos e campanhas de marketing devem ser claros. Marcas que focarem em soluções específicas, como por exemplo, alívio de inchaços ou desconfortos intestinais, devem ter maior aceitação. Neste quesito, a qualidade dos ingredientes também é importante. Os consumidores estão priorizando cada vez mais os produtos mais naturais, com maior frescor, nutrição e transparência na origem. Assim, marcas que demonstrarem qualidade superior dos ingredientes provavelmente se destacarão no mercado. Entra nesta tendência também, os alimentos que promovem a beleza de dentro para fora, como por exemplo, aqueles ricos em antioxidantes ou vitaminas. Isso acontece porque os consumidores começam a buscar produtos que apoiem a saúde da pele e o bem-estar geral.

2. Sustentabilidade e transparência:  A preocupação ambiental, especialmente entre os consumidores mais jovens, também continua forte e impulsiona a busca por práticas mais sustentáveis. Empresas que adotarem processos produtivos com menor impacto ambiental, como redução de emissões de carbono e uso consciente de recursos naturais, terão vantagem competitiva. No entanto, os consumidores estão ficando mais exigentes com relação a isso: a transparência durante todo o processo produtivo tem ganhado força como motivador de compra. Assim, a transparência na cadeia produtiva, destacando a origem dos insumos e práticas de responsabilidade ambiental, será essencial para conquistar a confiança do público. Esse apelo de sustentabilidade deve continuar promovendo o setor de bebidas e alimentos alternativos ao leite. Inovações tecnológicas, como alternativas lácteas fermentadas livres de origem animal atraem consumidores interessados em dietas mais sustentáveis e plant-based. No entanto, vale ressaltar que mesmo o segmento plant based deve apresentar mudanças. Atualmente, o consumidor está migrando para opções menos processadas que enfatizam ingredientes naturais.

3. Inovação sensorial: A busca por experiências gastronômicas únicas tem levado o setor lácteo a explorar sabores, texturas e combinações inéditas. Essa tendência é impulsionada, sobretudo, pela geração Z, que deseja produtos que vão além do convencional e ofereçam uma experiência sensorial diferenciada. Queijos com especiarias exóticas, iogurtes de edição limitada com sabores de frutas tropicais ou combinações doces e salgadas são exemplos que atendem a esse público mais aventureiro em termos de sabores. O setor de queijos, em particular, tem a oportunidade de explorar sabores ousados e edições limitadas para atrair esse público. Há também um interesse crescente por texturas surpreendentes, como cremosidade extrema ou crocância adicionada. Além disso, a inovação em sabores internacionais e combinações inesperadas pode ampliar o apelo dos produtos lácteos, reforçando o vínculo com consumidores que valorizam sabores emocionantes e experiências culinárias inovadoras.

4. Praticidade refinada: O estilo de vida moderno, urbano e acelerado exige soluções práticas, sem renunciar qualidade e sabor. Por isso, a conveniência permanece como um dos principais fatores de decisão de compra. Cresce a demanda por soluções de refeição convenientes que sejam saudáveis e fáceis de preparar ou consumir em movimento. No setor lácteo, isso se traduz em formatos que facilitam o consumo, como porções individuais, embalagens reutilizáveis e produtos prontos para comer ou beber. Assim, iogurtes em embalagens individuais ou sachês, bebidas lácteas em garrafas compactas e queijos fatiados em porções controladas são exemplos de como a indústria está respondendo a essa necessidade. A conveniência, pode vir também acompanhada de soluções sustentáveis, como embalagens biodegradáveis e sistemas que reduzem o desperdício. Essa combinação agrega valor e torna os produtos mais atrativos para consumidores conscientes e com rotinas de vida dinâmicas. Dentro dessa tendência, é importante ressaltar também a crescente demanda por bebidas prontas para beber e hidratantes. Embora esse segmento seja dominado por águas, isotônicos e sucos, existe espaço também para o leite e bebidas lácteas, já que essa tendência envolve bebidas que oferecem mais do que apenas hidratação, como nutrientes extras ou ingredientes funcionais.

5. Acessibilidade: Embora muitos indicadores econômicos apontem para um cenário positivo da economia brasileira em 2025, por se tratar de um país em desenvolvimento, com grande parte da população em situação de baixa renda, o poder de compra da população ainda é um entrave para a expansão do crescimento do consumo no Brasil. Portanto, a oferta de produtos acessíveis é sempre uma necessidade brasileira. Assim, para a maior parcela da população, que enfrenta restrições orçamentárias, opções acessíveis e nutritivas se tornam indispensáveis. Manter a qualidade de itens básicos como leite fluido, requeijão e queijos populares pode não apenas preservar a demanda, mas também contribuir para combater a insegurança alimentar.

6. Inteligência Artificial: A inteligência artificial (IA) está emergindo como um pilar estratégico para impulsionar a inovação e a eficiência no setor lácteo. Por meio da análise avançada de dados, a IA permite entender com precisão as preferências e necessidades dos consumidores, identificando padrões de comportamento e tendências de consumo. Essa capacidade torna possível a personalização de produtos, desde o desenvolvimento de fórmulas ajustadas para necessidades específicas, como maior teor de proteína ou ingredientes funcionais, até a criação de embalagens e campanhas adaptadas a diferentes públicos. Essa abordagem não só aprimora a experiência do consumidor, mas também fortalece o posicionamento das marcas em um mercado altamente competitivo. Além disso, a IA promove ganhos significativos em eficiência operacional. Desde a previsão de demanda e gestão de estoques até a otimização dos processos de produção, a tecnologia ajuda as empresas a reduzir desperdícios e custos, mantendo a qualidade e a sustentabilidade. Ferramentas como aprendizado de máquina e algoritmos de previsão estão sendo aplicadas para adaptar rapidamente a oferta às condições de mercado, como sazonalidade e oscilações nos preços de insumos. Ao integrar inovação e eficiência, a IA se torna essencial para atender tanto às demandas por produtos diferenciados quanto à necessidade de manter margens competitivas em um setor em constante transformação. 

Atender com excelência ao consumidor em 2025 envolve oferecer um produto que seja saboroso, acessível, com apelo de saudabilidade, sustentável e conveniente.  Encontrar tudo isso em um único produto pode ser complicado. Mas, não para um setor que trabalha com um produto tão nobre quanto o leite. O leite e muitos dos seus derivados já são naturalmente saborosos, saudáveis e sustentáveis. Então, agregar acessibilidade e conveniência são desafios que o setor enfrenta em 2025.

Portanto, é importante ressaltar que há muitas possibilidades de inovação para as indústrias de laticínios no próximo ano. Basta definir o seu nicho de mercado. Empresas que adaptarem suas estratégias para atender às novas demandas dos consumidores, destacando-se em qualidade, transparência e criatividade estarão bem posicionadas para prosperar.

O sucesso do setor em 2025 dependerá da capacidade de responder a demandas distintas, desenvolvendo produtos específicos, promovendo inclusão alimentar enquanto atende às exigências de sustentabilidade e inovação para nichos de mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NF-e e NFC-e passam a valer em fevereiro
O Governo do Estado divulgou que começa a valer em fevereiro a obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) para produtores rurais, incluindo os de leite. Os documentos substituem o modelo 4, conhecido como Nota do Produtor Rural ou “talão do produtor”. No entanto, aqueles que já tenham o talão impresso para emitir o modelo 4 podem seguir utilizando o documento até 30 de junho. Já em 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade das notas eletrônicas começa a valer para todos, independentemente do faturamento e fica vedado o modelo 4.A medida aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no início de dezembro e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 27/12, determina ainda que a emissão vale para quem, em 2023 ou 2024, teve receita bruta superior a R$ 360 mil.  O Governo do Estado ainda disponibilizou um link para a consulta de quem precisará fazer a mudança que pode ser acessado aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat RS com informações da Secom)