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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.510


Prêmio Sindilat de Jornalismo tem 33 trabalhos na disputa

Com o encerramento do prazo de inscrições, o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo contabiliza 33 trabalhos na disputa. São 18 publicações na categoria Texto e outras 15 na de Audiovisual.

A iniciativa é promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS) e busca valorizar o papel da imprensa na divulgação de temas ligados à cadeia produtiva do leite no Estado. As inscrições foram encerradas em 7 de novembro de 2025.

Os materiais seguem agora para análise da comissão julgadora, formada por profissionais da área de comunicação e por representantes de entidades do setor. A expectativa é que os três trabalhos finalistas de cada categoria sejam conhecidos até 28 de novembro de 2025. Os vencedores serão anunciados em dezembro.


Quantos produtos lácteos diferentes existem no Brasil?

Do tradicional leite UHT aos queijos cremosos, descubra o que os números dizem sobre a diversidade e os desafios do setor lácteo brasileiro.

O leite é, sem dúvida, uma das matérias-primas mais versáteis e estratégicas para a indústria de alimentos. A partir dele, obtém-se uma ampla gama de derivados que compõem a base da alimentação cotidiana dos brasileiros. Esses produtos variam em sabores, texturas, estados, entre outras características.

Mas qual é, afinal, a dimensão dessa diversidade? Apresentamos um panorama inédito sobre a variedade de produtos lácteos disponíveis no mercado nacional, com base em dados extraídos da ferramenta Desrotulando. O Desrotulando é um aplicativo colaborativo que reúne informações sobre a composição nutricional de alimentos industrializados. Os usuários enviam fotos de rótulos, que são analisadas pela equipe do app. Com mais de 60 mil produtos avaliados, ele não abrange todo o mercado brasileiro, mas representa uma grande base de dados sobre alimentos disponíveis no país.

Nosso levantamento mapeou o número de rótulos cadastrados por categoria de derivado lácteo, revelando a amplitude das opções ao alcance do consumidor. Os resultados impressionam: são cerca de 3.700 produtos lácteos diferentes disponíveis nas prateleiras brasileiras. Essa diversidade, distribuída de forma desigual entre as categorias, ilustra a complexidade e a vitalidade do setor.

Detalhando os números

Como era de se esperar, a categoria com o maior número de rótulos cadastrados no aplicativo é a de queijos, respondendo sozinha por 23% dos produtos lácteos disponíveis nos supermercados brasileiros. No entanto, o requeijão foi considerado separadamente, dada a sua expressiva representatividade: 14% dos produtos do mercado nacional. Somadas, essas duas categorias correspondem a 37% de todos os laticínios avaliados, evidenciando o protagonismo dos queijos no consumo brasileiro.

O caso do requeijão merece destaque: ele se consolidou como um item cotidiano nas mesas do país e, em número de rótulos, superou até a tradicional muçarela. Os preços mais acessíveis (especialmente nas versões com adição de amido) e a praticidade de uso, já que pode ser facilmente espalhado, ao contrário dos queijos fatiados ou cortados, contribuíram para o sucesso do produto no mercado brasileiro.

Diante desse sucesso do requeijão no mercado brasileiro, observa-se também o crescimento de versões “cremosas” ou “spreadable” de queijos tradicionais, como ricota e cheddar. Esses produtos chegam ao mercado com preços mais competitivos e atraem consumidores em períodos de alta inflação, como o atual. Vale lembrar ainda que a maioria das marcas de requeijão é regularizada e fiscalizada, enquanto o segmento de queijos (especialmente os frescos, como a muçarela) ainda convive com significativa informalidade comercial.

Depois dos queijos, o produto com maior diversidade no nosso levantamento foi a manteiga. Após anos perdendo espaço para a margarina, a manteiga retomou seu protagonismo com o avanço de estudos científicos que evidenciaram seus benefícios quando consumida de forma equilibrada. Presente tanto no café da manhã, como acompanhamento no pão, quanto em preparações culinárias mais elaboradas, ela se tornou também a queridinha dos chefs de cozinha. A versão com sal continua sendo a mais comum e consumida, representando 78% do mercado brasileiro.

Números do leite fluido

Em terceiro lugar em número de produtos identificados, está o leite fluido, carro-chefe do setor lácteo brasileiro. O produto mais consumido do país também está entre os mais disponíveis. Embora não apresente grande variedade de tipos e sabores, como os queijos, o leite UHT aparece em 14 versões diferentes nas prateleiras, representando 14% dos laticínios do mercado nacional. Apenas na versão integral, foram encontradas 103 marcas diferentes. O leite pasteurizado aparece em 4 versões (integral, integral zero lactose, semidesnatado e semidesnatado zero lactose) e o leite em pó apenas na versão integral.

Essa grande pulverização de marcas reflete um mercado altamente competitivo, em que diversas empresas disputam espaço essencialmente por preço. Embora isso amplie as opções para o consumidor, tende a reduzir as margens de lucro da indústria, dificultando investimentos em inovação e diferenciação de produtos. Em segmentos maduros e de baixo valor agregado, como o leite UHT, essa guerra de preços pode comprometer a sustentabilidade econômica das empresas menores e reforçar a concentração de mercado em torno das grandes marcas, que conseguem operar com maior escala e eficiência logística.

A ampla diversidade de produtos lácteos disponíveis no mercado brasileiro reflete a força e a complexidade da cadeia do leite, mas também traz desafios importantes. De um lado, a variedade amplia o poder de escolha do consumidor e demonstra a capacidade de inovação e criatividade da indústria. De outro, a intensa competição por preço e a dificuldade de valorizar produtos premium no mercado brasileiro reduzem as margens de rentabilidade, especialmente em categorias de menor valor agregado. Embora existam nichos que valorizem qualidade e diferenciação, grande parte das decisões de compra dos brasileiros ainda é guiada por preço, indulgência e marca. Esse equilíbrio delicado entre diversidade, inovação e realidade de mercado exige estratégias que combinem diferenciação, qualidade e eficiência produtiva, que são elementos fundamentais para manter o setor lácteo competitivo e resiliente em um cenário de consumo em constante transformação.

Autores: Kennya Siqueira, Manuela Lana, Juliana Dutra

Newsletter do Observatório do Consumidor
Ano 4, nº 32 - Outubro/2025

MDA cria grupo de trabalho para propor políticas de fortalecimento do leite familiar

Grupo de Trabalho vai propor medidas de crédito, comercialização e fortalecimento das cooperativas familiares.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) instituiu, por meio da Portaria nº 55, de 22 de outubro de 2025, o Grupo de Trabalho da Cadeia Leiteira da Agricultura Familiar (GT-Leite). A iniciativa tem o objetivo de articular medidas emergenciais e estruturantes de apoio ao setor leiteiro, diante das oscilações de mercado, altos custos de produção e perda de competitividade enfrentadas pelos pequenos produtores — fatores que impactam diretamente a renda e a permanência das famílias no campo.

O grupo terá como missão elaborar diagnósticos e propor estratégias que ampliem a sustentabilidade econômica, ambiental e produtiva da cadeia leiteira, com foco em crédito, comercialização, industrialização local e fortalecimento das cooperativas familiares.

A proposta é garantir condições mais estáveis de produção e comercialização, valorizando o leite como um dos pilares da agricultura familiar no Brasil.

Inicialmente, o GT-Leite atuará por 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Ao final dos trabalhos, o grupo apresentará um relatório com recomendações e propostas ao ministro Paulo Teixeira.

Composição e objetivos

O colegiado é formado por seis representantes do MDA, incluindo:

a Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia (SAF) — responsável pela coordenação;
a Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar (SEAB);
a Secretaria Executiva;
a Assessoria Especial do Gabinete do Ministro;
e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger, a criação do grupo reforça o papel do MDA na formulação de políticas públicas sensíveis às demandas do campo.

“A cadeia do leite é uma das mais importantes da agricultura familiar, presente em todos os estados e essencial para a segurança alimentar das comunidades rurais. Este grupo será um espaço de construção conjunta, ouvindo quem está na ponta da produção e transformando as demandas das famílias em ações concretas que garantam renda, estabilidade e valorização do produtor familiar de leite”, destacou Ziger.

Espaço de diálogo e construção coletiva

Além dos membros oficiais do MDA, o GT-Leite será um espaço aberto à colaboração de movimentos sociais, cooperativas, instituições de pesquisa, governos locais e entidades de capacitação profissional. A divulgação da lista de organizações participantes busca ampliar o diálogo e estimular novas adesões, fortalecendo a construção coletiva de políticas públicas para o setor leiteiro.

Instituições e organizações parceiras:

Embrapa Gado de Leite – Glauco Carvalho, Pesquisador
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – Guilherme Souza Dias, Assessor Técnico
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) – Fernando Pinheiro, Analista Técnico e Econômico
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) – Sandra Bonetti, Secretária de Meio Ambiente
Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (CONTRAF) – Elizandro Paulo Krajczy, Coordenador Estadual – Paraná
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – Adelar José Pretto, Dirigente
União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES Paraná) – Adair Alves, Vice-Presidente
Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) – Bruno Meireles Leite, Coordenador-Geral de Produção Animal
Câmara dos Deputados / Núcleo Agrário – Jelton Francisco Fernandes, Assessor Técnico
Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ/USP) – Rodrigo Maule, Pesquisador, e Valter Bianchini, Consultor
Representantes dos produtores rurais: Edvaldo Vasconcellos, Fábio Henrique de Barros Pimentel, Fábio Luis Cabral do Nascimento Pinto e Mateus Ferrari Ananias.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.


Jogo Rápido

Amanhã começa o Dairy Vision 2025, ainda da tempo de participar!
A espera está chegando ao fim! Amanhã, tem início o Dairy Vision 2025, evento que se consolidou como o principal fórum de debates sobre o futuro do setor lácteo na América Latina. Durante dois dias de programação intensa, profissionais de toda a cadeia, da indústria à produção, passando por pesquisa, inovação, marketing e varejo, estarão reunidos para compartilhar experiências, discutir desafios e identificar novas oportunidades de crescimento. O Dairy Vision 2025 trará uma grade de conteúdo cuidadosamente elaborada, com palestras de líderes nacionais e internacionais, painéis sobre as tendências mais atuais e momentos de interação estratégica que estimulam o networking e a formação de novas parcerias. Além da programação técnica, o evento é também uma oportunidade de vivenciar o ambiente de transformação e colaboração que marca o setor lácteo contemporâneo. Cada edição reforça o propósito de inspirar ações concretas e promover conexões que aceleram o avanço da cadeia do leite. Com expectativa de público recorde e presença de grandes empresas e instituições, o Dairy Vision 2025 reafirma seu papel como o evento de referência para quem quer entender — e construir — o futuro do leite. Prepare-se para dois dias de muito conteúdo, troca e inspiração. Ainda da tempo de participar, saiba mais sobre o evento aqui! (Milkpoint)

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Porto Alegre, 07 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.510


Balança comercial de lácteos: Em outubro importações avançam e se aproximam dos níveis vistos no segundo semestre de 2024

As exportações recuaram, enquanto as importações aumentaram em outubro em relação ao mês anterior, resultando em um saldo negativo. Confira!

O saldo da balança comercial de lácteos voltou a piorar neste mês. As exportações recuaram, enquanto as importações aumentaram em outubro em relação ao mês anterior, resultando em um saldo negativo de 203,7 milhões de litros em equivalente leite.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Em outubro, as exportações de lácteos totalizaram 4,4 milhões de litros em equivalente-leite, representando uma retração de 23% em relação ao mês anterior, porém seguiram em um patamar similar ao total exportado em outubro do ano passado. No entanto, no acumulado de janeiro a outubro de 2025, as exportações ainda registram queda de 26,2% em comparação com o mesmo período de 2024.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

As importações avançaram em outubro cerca de 8,2%, totalizando 208,1 milhões de litros no período. Em comparação com outubro do ano passado, o incremento foi menor, próximo de 2,3%. Já no acumulado de janeiro a outubro de 2025, as importações registraram queda de 4,1% frente ao mesmo intervalo de 2024.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT. 

Em setembro, as exportações apresentaram movimentos distintos entre os produtos:

O leite UHT, que havia registrado forte avanço no mês anterior, retraiu cerca de 67%, mas ainda se mantém em patamares normais para o período.

O soro de leite, que representa uma parcela importante do total exportado, também reduziu seu volume em aproximadamente 7% em relação a setembro deste ano.

Embora o volume ainda seja pequeno, o doce de leite se destacou pelo salto de 96% nas exportações, alcançando 40 toneladas — apesar de modesto, o resultado representa o dobro do registrado no mês anterior.

O grupo das manteigas apresentou uma leve alta de 2% nas exportações, mantendo o ritmo observado no mês passado.

Por fim, o leite condensado registrou recuo de 5%, enquanto o segmento de queijos apresentou uma queda mais expressiva, em torno de 34% frente a setembro de 2025.

Nas importações,

O leite em pó integral registrou alta de 14% em relação a setembro, enquanto o leite em pó desnatado avançou 20%, em linha com o cenário observado no mês anterior.

O soro de leite seguiu a mesma tendência, com aumento de 15%.

Assim como no mês passado, as importações de queijos recuaram 15% no volume total.

O grupo das manteigas também apresentou quedas, com retração de cerca de 59% nas importações em relação ao mês anterior.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de setembro e outubro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em Outubro de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em Setembro de 2025

O que podemos esperar para os próximos meses?
O descompasso entre oferta e demanda continua pressionando os preços internacionais. O último leilão do GDT registrou novas quedas, reduzindo também os preços no Mercosul, o que ajuda na competitividade da Argentina e do Uruguai. Esse cenário voltou a impulsionar as importações, repetindo o movimento do mês anterior.

De janeiro a outubro, o volume importado ainda está 4,1% abaixo do ano passado, mas a pressão de oferta no Mercosul mantém as compras externas em níveis semelhantes aos do segundo semestre de 2024. Assim, mesmo com um acumulado menor, as importações voltam a ganhar peso na reta final de 2025.

No mercado interno, a expectativa de maior produção e os preços mais baixos dos lácteos tendem a reduzir o apetite por importações. Porém, por outro lado, a forte oferta da Argentina e do Uruguai ajuda a manter o fluxo exportador desses países para o Brasil. Além disso, a volatilidade do dólar continua sendo um fator decisivo para o setor. (Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1892 de 06 de novembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção foi satisfatória na maioria das regiões, e as vacas em lactação apresentam condição corporal adequada. As melhores pastagens foram destinadas aos animais em produção, com complementação alimentar por meio de silagem e de ração. Houve infestações por bernes e aumento da população de moscas, o que demandou intensificação dos tratamentos. Foram relatados ataques de mutucas e de borrachudos, levando os produtores a adotar horários alternativos de pastejo para reduzir o estresse e evitar a queda no consumo.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção está em queda em função da transição entre as pastagens de inverno e de verão. Os parâmetros de qualidade do leite estão apropriados, mas as restrições na dieta resultaram em leve diminuição nos teores de proteína e de gordura.

Na de Santa Maria, em função do vazio forrageiro da época, os produtores intensificaram o uso de silagem e de outros volumosos conservados para manter a produtividade dos rebanhos, que apresentaram, de modo geral, condição sanitária satisfatória.

Na de Caxias do Sul e na de Ijuí, a sanidade do rebanho está adequada, e a produção estabilizada, com bom volume.

Na de Santa Rosa, a atividade atravessa um período de reestruturação, apesar das dificuldades, os rebanhos apresentam estado sanitário apropriado. (Emater)

Final de semana com instabilidade e variação de temperatura a partir de segunda (10) no Estado

O Rio Grande do Sul vai voltar a enfrentar condições instáveis neste final de semana. O avanço de um sistema de baixa pressão pela fronteira Oeste favorece condições de chuva e ganha força com a formação de um ciclone extratropical.

As informações constam no Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (7/11): o deslocamento do sistema de baixa pressão provoca chuva forte em todo o Estado. Na metade Norte, há condições favoráveis a tempestades, acompanhadas de vento forte e granizo durante todo o dia. À noite, esse sistema ganha força e se transforma em um ciclone extratropical, acompanhado de chuva, aumentando a intensidade dos ventos especialmente na região Nordeste e no litoral Norte.

Sábado (8/11): pela manhã, a chuva e o vento se concentram na metade Leste, no litoral e Sul do Rio Grande do Sul. Ao longo do dia, o tempo se estabiliza, a partir do Oeste, devido à atuação de um sistema de alta pressão.

Domingo (9/11): a alta pressão mantém tempo bom em todo o território gaúcho.

Segunda-feira (10/11): segue o tempo estável no Estado, com sol entre nuvens e temperatura amena.

Terça (11/11): o céu apresenta variação de nebulosidade e a temperatura sobe.

Quarta-feira (12/11): a atuação de uma frente fria traz chuva para todo o Rio Grande do Sul.

O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi)


Jogo Rápido

ATÉ A MEIA NOITE DE HOJE: Último dia para inscrições no Prêmio Sindilat de Jornalismo é nesta sexta-feira 
Encerra nesta sexta-feira, 07/11 o prazo de inscrições para a 11ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. A premiação reconhece o papel fundamental da imprensa na divulgação de temas ligados à cadeia produtiva do leite no Estado. As inscrições devem ser feitas pelo link (https://www.sindilat.com.br/site/2025/09/01/inscricoes-abertas-para-o-11o-premio-sindilat-de-jornalismo/) e os documentos exigidos enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com O prêmio contempla duas categorias: Texto e Audiovisual. Podem participar jornalistas registrados, de forma individual ou em equipe, com número ilimitado de trabalhos. Os materiais inscritos devem ter sido veiculados entre 2/11 de 2024 e 1º/11 de 2025. Os finalistas serão anunciados até 28 de novembro, e os vencedores serão revelados em dezembro, após avaliação de uma Comissão Julgadora formada por profissionais de comunicação e representantes de entidades do setor. As informações são do Sindilat/RS

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Porto Alegre, 06 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.509


Último dia para inscrições no Prêmio Sindilat de Jornalismo é nesta sexta-feira 

Encerra nesta sexta-feira, 07/11 o prazo de inscrições para a 11ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. A premiação reconhece o papel fundamental da imprensa na divulgação de temas ligados à cadeia produtiva do leite no Estado. As inscrições devem ser feitas pelo link (https://www.sindilat.com.br/site/2025/09/01/inscricoes-abertas-para-o-11o-premio-sindilat-de-jornalismo/) e os documentos exigidos enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com

O prêmio contempla duas categorias: Texto e Audiovisual. Podem participar jornalistas registrados, de forma individual ou em equipe, com número ilimitado de trabalhos. Os materiais inscritos devem ter sido veiculados entre 2/11 de 2024 e 1º/11 de 2025.

Os finalistas serão anunciados até 28 de novembro, e os vencedores serão revelados em dezembro, após avaliação de uma Comissão Julgadora formada por profissionais de comunicação e representantes de entidades do setor.

As informações são do Sindilat/RS


BC mantém juros básicos em 15% ao ano pela terceira vez seguida

Taxa Selic está no maior nível em quase 20 anos

O recuo da inflação e a desaceleração da economia fizeram o Banco Central (BC) não mexer nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais.

No Brasil, destacou o comunicado, a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.

“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o BC.

O Copom não descartou a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.

Essa é a terceira reunião seguida em que o Copom mantém os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

Após chegar a 10,5% ao ano em de maio do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro de 2024. A Selic chegou a 15% ao ano na reunião de julho, sendo mantida nesse nível desde então.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o IPCA acelerou para 0,48%, influenciada pela conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,17% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.

No entanto, o IPCA-15 de outubro, que funciona como uma prévia da inflação oficial, veio abaixo das expectativas. O indicador desacelerou por causa dos preços dos alimentos, que caíram pelo quinto mês seguido.

Pelo novo sistema de meta contínua, em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em novembro de 2025, a inflação desde dezembro de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em dezembro, o procedimento se repete, com apuração a partir de janeiro de 2025. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária diminuiu para 4,8% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. A próxima edição do documento, que substituiu o antigo Relatório de Inflação, será divulgada no fim de dezembro.

As previsões do mercado estão mais otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,55%, levemente acima acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,8%.

Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Política Monetária, o Banco Central diminuiu de 2,1% para 2% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,16% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Correio do Povo)

Tetra Pak apresenta no Dairy Vision 2025 a importância da gestão da inovação para o futuro do setor lácteo

Diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil, Danilo Zorzan, participará do principal evento de tendências e estratégia do setor

São Paulo, 6 de novembro de 2025 – A Tetra Pak Brasil, líder mundial em soluções de envase e processamento de alimentos e bebidas, participará da próxima edição do Dairy Vision 2025, que acontece nos dias 11 e 12 de novembro, na Expo Dom Pedro, em Campinas (SP). O evento, promovido pelo MilkPoint Ventures, é considerado um dos mais importantes fóruns de estratégia e tendências da cadeia láctea na América Latina.

Durante o encontro, Danilo Zorzan, Diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil, apresentará a palestra “Gestão da Inovação no Mercado de Lácteos”, que abordará como a inovação contínua tem sido essencial para sustentar a competitividade do setor diante das rápidas transformações de consumo e tecnologia.

“Nosso ambiente de negócios está cada vez mais imprevisível e complexo. As empresas que vão se perpetuar são aquelas capazes de se reinventar continuamente e em ciclos cada vez mais curtos”, antecipa Zorzan.

A Tetra Pak, que atua como uma parceira de ponta a ponta para a indústria, vem adotando uma abordagem baseada em ambidestria organizacional, combinando a otimização de negócios consolidados com a exploração de novas oportunidades. Essa visão se reflete na criação da área de Novos Negócios, dedicada a acelerar startups e desenvolver novas categorias, e na estruturação de um Centro de Inovação e uma Planta Piloto, ambos em São Paulo, voltados a testes, formulações e cocriação com clientes.

Entre os segmentos em expansão estão as bebidas com alto teor de proteína (High Protein Beverages), que combinam saudabilidade, conveniência e diferenciação, o que hoje representam uma das apostas mais promissoras do mercado.

“Inovar é antecipar movimentos e entender o consumidor antes da curva. O público busca produtos que unam bem-estar, sabor e propósito. Nosso papel é apoiar a indústria nessa jornada”, completa Zorzan.

Sobre a Tetra Pak  
Estamos aqui para tornar os alimentos seguros e disponíveis. É por isso que fornecemos sistemas avançados de produção de alimentos. Em colaboração com nossos clientes e fornecedores, impulsionados por mais de 24 mil colaboradores dedicados em todo o mundo, todos os dias protegemos os alimentos de forma sustentável para centenas de milhões de pessoas em mais de 160 países. Estamos aqui para cumprir um propósito:    Nos comprometemos a tornar os alimentos seguros e disponíveis, em todos os lugares, e prometemos proteger o que é bom: os alimentos, as pessoas e o planeta.   

Informações para a imprensa :  Néctar Comunicação Corporativa – tetrapak@nectarc.com.br 


Jogo Rápido

LACTALIS CONTINUA SEU DESENVOLVIMENTO NA OCEANIA, SUDESTE ASIÁTICO E ORIENTE MÉDIO COM AQUISIÇÃO DAS ATIVIDADES DE GRANDE CONSUMO DA FONTERRA
A Lactalis anunciou, hoje (22/08), a assinatura de um acordo para compra das operações de grande consumo, negócios integrados de Foodservice e Ingredientes da Fonterra na Oceania, Sudeste Asiático e Oriente Médio.  O negócio representa mais de 5,6 bilhões de dólares neozelandeses em vendas líquidas (mais de R$ 17,5 bilhões), inclui 16 unidades de fabricação na Austrália, Nova Zelândia, Sri Lanka,  Malásia, Indonésia e Arábia Saudita e a incorporação de 4.300 funcionários. Ficam excluídas as operações na Grande China. A aquisição abrange marcas conhecidas como Mainland, Anchor, Perfect Italiano, Western Star, Ratthi, Cheesdale, Fernleaf, Anlene, Anmum. A transação está sujeita às validações regulatórias necessárias, incluindo a aprovação dos acionistas agricultores. (Jardine Comunicação)

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Porto Alegre, 05 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.508


Deputados da FPA cobram do governo medidas urgentes para conter crise no setor leiteiro

Bancada defende suspensão das importações, medidas antidumping e criação de contrato futuro para garantir previsibilidade de preços 

Com importações recordes, queda nos preços e produtores deixando a atividade, o setor lácteo brasileiro enfrenta uma das crises mais severas das últimas décadas. A entrada de leite subsidiado da Argentina e do Uruguai tem comprometido a rentabilidade e ameaçado a sobrevivência de milhares de famílias rurais.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (Republicanos-PR), afirmou que a defesa do produtor de leite é pauta prioritária da bancada. “Nosso papel é pressionar o governo, defender o produtor e garantir igualdade de condições. A bancada do agro está mobilizada e unida para fortalecer a cadeia do leite, do pequeno ao grande produtor”, declarou.

Diante do agravamento da crise, o deputado Valdir Cobalchini (MDB-SC) solicitou a realização de uma audiência pública na Comissão de Agricultura, Abastecimento e Pecuária da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (4). O debate tratou de soluções emergenciais e de longo prazo, como a aplicação de medidas antidumping, a revisão das regras de importação e a criação de um contrato futuro de leite para dar previsibilidade e estabilidade ao produtor.
Cobalchini destacou que a situação ameaça a segurança alimentar e a economia rural. “Hoje, em Santa Catarina, o produtor recebe menos de R$ 2 por litro, enquanto o custo médio de produção chega a R$ 2,40. Isso é inviável”, afirmou. O parlamentar defendeu ações imediatas, como a suspensão temporária das importações do Mercosul, auditorias sanitárias, compras públicas via Conab e ampliação do crédito subsidiado.

Defesa do antidumping e proteção ao produtor nacional
A deputada Ana Paula Leão (PP-MG), presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite, cobrou do governo a revisão da decisão que negou medidas antidumping ao leite do Mercosul. Segundo ela, o país importou 1,6 bilhão de litros até setembro, alta de 28% em apenas um mês. “Enquanto o leite de fora chega barato, o nacional é desvalorizado. Quando o produtor brasileiro quebrar, o importado vai chegar caro e quem vai sentir será o consumidor”, alertou.

Para o deputado General Girão (PL-RN), o leite tem papel essencial na alimentação humana e exige políticas de capacitação e acesso à tecnologia, especialmente para os produtores do semiárido. “O que pudermos fazer para melhorar a capacidade de produção e informação, especialmente nas regiões de clima adverso, precisa ser feito”, afirmou.

Por sua vez, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da Comissão de Agricultura da Casa, lembrou que a pecuária leiteira está presente em todos os municípios brasileiros e defendeu políticas públicas que fortaleçam a cadeia produtiva. “É papel dessa comissão trabalhar para valorizar o produtor e contrapor as falhas das políticas do governo federal”, ressaltou.

Já o deputado Jorge Goetten (PL-SC) chamou a atenção para a responsabilidade das indústrias e cooperativas na crise. “As mesmas empresas que recebem o leite o ano todo são, muitas vezes, as que mais sacrificam o produtor. É preciso empatia e corresponsabilidade nesse momento de dificuldade”, concluiu. (FPA)


GDT 391: pressão baixista continua a pressionar o leilão, atingindo o sexto recuo consecutivo

O 391º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (04/11) e apresentou movimentos variados entre as categorias de produtos. Confira!

No 391º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 04 de novembro, o preço médio dos produtos negociados foi de USD 3.768 por tonelada, registrando uma queda de 2,4% no price index — o sexto recuo consecutivo nos preços. Com isso, o valor acumula redução de 12,2% ao total das seis quedas.

 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, registrou a quinta queda consecutiva, com o preço médio recuando 2,7%, e chegando a USD 3.503 por tonelada.

Já o leite em pó desnatado (LPD) interrompeu a sequência de cinco recuos consecutivos e manteve estabilidade em USD 2.559 por tonelada.

Gráfico 2. Preço médio LPI

A manteiga registrou o nono leilão consecutivo de queda, com recuo de -4,3%, e preço médio de USD 6.371 por tonelada. Já a gordura anidra do leite também apresentou nova redução, de -1,9%, com cotação média em USD 6.887 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 04/11/2025.

Com alta de 1,6%, a muçarela, que vinha em trajetória de queda por nove leilões consecutivos, registrou valorização neste evento, levando o preço médio para USD 3.306 por tonelada.

O leitelho em pó também apresentou avanço, com aumento de 1%, alcançando USD 2.808 por tonelada.

Por outro lado, o cheddar manteve o movimento de retração pelo segundo leilão seguido, com a maior queda percentual do evento, de -6,6%, levando o preço médio a USD 4.449 por tonelada, o menor patamar desde setembro de 2024.

Volume negociado apresenta retração, mas aumento em comparação com o mesmo período do ano passado

O volume negociado neste leilão somou aproximadamente 30,5  mil toneladas, nova redução de -2,7% em relação ao último evento. Em relação ao evento equivalente de novembro de 2024, o aumento é de 8%. 

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó na NZX voltaram a registrar quedas nos preços projetados para os próximos meses, embora em ritmo menos intenso que o observado no último leilão. A tendência ainda é de retração nos últimos meses do ano, mas com expectativa de recuperação gradual ao longo dos primeiros meses de 2026.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures)

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

O cenário de oferta crescente entre a maioria dos players globais continua exercendo pressão sobre os preços. O volume de vendas segue existindo, mas não cresce o suficiente para equilibrar o aumento da oferta, o que é evidenciado pela forte presença de compradores nos eventos de negociação do GDT. Ainda assim, mesmo com o consumo mantido, a conjuntura de excesso de oferta segue pressionando o mercado, e as quedas recentes refletem a continuidade desse movimento.

No mercado interno, o aumento da captação tem elevado os estoques das indústrias, resultando na atual sequência de reduções nos preços dos derivados. Paralelamente, o Mercosul também enfrenta um contexto de oferta crescente e consumo estável, sem sinais de expansão. A queda observada no GDT influencia diretamente nossos principais parceiros comerciais, Uruguai e Argentina, levando-os a ajustar os preços para baixo, o que pode aumentar a competitividade desses países e abre espaço para uma maior pressão das exportações em direção ao Brasil.

Além disso, o câmbio segue como ponto de atenção: com o dólar abaixo de R$ 5,40, os produtos importados permanecem mais competitivos em relação aos nacionais. (Milkpoint)

 

Com assistência técnica da CCGL, tambo de leite em Aceguá cresce 439%

Em meio a uma das piores secas dos últimos anos no Rio Grande do Sul, o casal Marciéle Lopes e Theo Cezar Mota, de Colônia Nova, em Aceguá/RS, viu na atividade leiteira uma nova oportunidade de futuro. O que começou como uma alternativa em um momento difícil se transformou em um case de sucesso, impulsionado pela parceria com a assistência técnica da CCGL.

Em 2022, o casal decidiu construir a casa da família e arrendar os campos da propriedade dos pais de Marciéle, onde até então criavam ovelhas e terneiros. No ano seguinte, a estiagem severa mudou completamente o cenário.

“Os gastos com a produção aumentaram e o valor da venda dos nossos animais caiu. Foi então que dei a ideia de iniciarmos na atividade leiteira, que sempre fez parte da história da minha família e pela qual tenho um grande carinho”, relembra Marciéle.

Theo admite que, no início, teve receio de investir em uma nova atividade. “Fui bastante resistente, com medo dos gastos e de não dar certo. Mas, pela necessidade de reverter nossa situação, aceitamos o desafio e começamos nossa obra”, conta.

Com poucos recursos, o casal literalmente colocou a mão na massa: “Saímos em alguns tambos para ver como poderíamos montar uma sala de ordenha rápida, funcional e barata. Nós mesmos construímos tudo: éramos pedreiros e carpinteiros. Levamos três meses para terminar e começamos com seis vacas em lactação.”

“A técnica da CCGL, Maiara, chegou para somar, disposta a nos ajudar quando tínhamos apenas 100 litros por dia. Desde então, passou a fazer parte de todo o nosso crescimento. Temos 100% de confiança e admiração pelo trabalho dela”, destacam.

O acompanhamento técnico da CCGL começou oficialmente em abril de 2024, marcando o início de uma virada na propriedade.

Com o apoio da técnica da CCGL, Marciéle e Theo implementaram ajustes importantes, especialmente na nutrição dos animais, no planejamento de pastagens e silagem e na organização do manejo, pontos que, segundo eles, fizeram toda a diferença. “A parte da nutrição foi nossa maior dificuldade. Foi ali que vimos o quanto é necessária a assistência técnica”, explica Theo.

Os resultados apareceram com o tempo. Quando iniciou o acompanhamento técnico, em abril de 2024, a produção mensal era de 3.431 litros. Um ano e meio depois, em outubro de 2025, o volume chegou a 18.500 litros, com meta de alcançar 22 mil litros até dezembro de 2025 — um crescimento de aproximadamente 439%.

Além do aumento de produtividade, o casal destaca que a renda familiar também se transformou. “Mesmo o Theo exercendo outra profissão, hoje a leitaria é nossa principal fonte de remuneração. Conseguimos adquirir várias coisas com o dinheiro do leite”, comemora Marciéle.

Mais do que resultados econômicos, o casal afirma que a parceria com a CCGL trouxe motivação e propósito para o negócio. “Quando começamos a vender para a CCGL e tivemos todo o amparo técnico, percebemos que a empresa acreditava em nosso potencial. Isso nos deu um gás enorme. Queremos seguir crescendo, melhorando a genética, a estrutura e, principalmente, incentivando nossos filhos a permanecer na atividade”, afirmam.

Para eles, o modelo cooperativo é essencial para o desenvolvimento do setor leiteiro gaúcho. “A CCGL traz um novo ciclo de produtores que crescem junto com a empresa. Isso movimenta a economia local e beneficia toda a comunidade.”

Os próximos passos da família incluem o melhoramento genético do rebanho, benfeitorias na estrutura e investimentos no bem-estar animal, visando aumentar a produtividade por vaca e facilitar o manejo da propriedade.

E, para outros produtores que ainda não participam do programa de assistência técnica da CCGL, o casal deixa um conselho: “Dificuldades existem em todos os setores, mas é essencial escolher uma empresa que caminhe ao seu lado e permita crescer. A CCGL fez isso por nós.” (CCGL)


Jogo Rápido

ÚLTIMA CHANCE: Inscrições para Prêmio Sindilat de Jornalismo são prorrogadas até sexta-feira
Foram prorrogadas até esta sexta-feira (07/11) as inscrições para a 11ª Edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As inscrições devem ser realizadas a partir do link enquanto os documentos exigidos no regulamento devem ser enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a premiação visa reconhecer o papel da profissão na divulgação de temas relacionados à cadeia produtiva do leite no Estado. A premiação envolve duas categorias: Texto e Audiovisual. Os trabalhos que serão enviados para o concurso precisam ter sido publicados ou veiculados dentro do período de 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025. Podem participar jornalistas registrados, de forma individual ou em equipe, com número ilimitado de trabalhos por concorrente. Os finalistas serão divulgados no dia 28 de novembro e os ganhadores serão conhecidos em dezembro. Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, composta por profissionais da área de comunicação e representantes de entidades ligadas ao setor.

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Porto Alegre, 04 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.508


China: mesmo com instabilidade econômica, país segue comprando lácteos

A China continua importando volumes significativos de manteiga e queijo apesar das preocupações econômicas persistentes e do crescimento da produção doméstica de leite. Saiba mais!

A China continua importando volumes significativos de manteiga e queijo apesar das preocupações econômicas persistentes e do crescimento da produção doméstica de leite, mas as importações ainda não estão tão fortes quanto há alguns anos, de acordo com Betty Berning, analista do Daily Dairy Report.

“A China vem trabalhando para alcançar autossuficiência em laticínios, investindo em fazendas leiteiras, o que tem reduzido os valores das importações. Além disso, os consumidores chineses também podem estar mudando suas preferências para outros produtos, o que pode estar reduzindo as importações de alguns derivados lácteos”, afirma Berning.

Como evidência para a teoria da mudança no perfil de consumo, Berning destaca que as importações de manteiga e queijo pela China em 2025, até setembro, estavam no caminho para atingir recordes anuais. Segundo dados do Trade Data Monitor, as importações chinesas de queijo subiram 13,5% em relação a setembro de 2024, chegando a 14,3 milhões de quilos, e nos primeiros nove meses do ano ficaram 8,7% acima do mesmo período de 2024. As importações de manteiga também ultrapassaram 10,7 milhões de quilos no ano, alta de 8,8% em comparação aos primeiros nove meses de 2024.

As importações de leite em pó integral (WMP) pela China, majoritariamente originárias da Nova Zelândia, cresceram 41% em setembro, para 14,65 milhões de quilos, em relação a uma base fraca no mesmo mês de 2024. No acumulado até setembro, a China importou 328,49 milhões de quilos de WMP, o nono maior volume desde 2016, ficando atrás apenas de 2024 dentro da série. Já as importações de leite em pó desnatado, de 8,44 milhões de quilos, caíram 3% em relação a setembro de 2024 e foram o menor volume para o mês desde 2011. Enquanto isso, as importações de soro de leite caíram levemente, 3,1% frente a setembro de 2024, totalizando 53,25 milhões de quilos.

“Surpreendentemente, as importações chinesas de produtos de soro dos Estados Unidos caíram apenas 0,5%, apesar das tensões comerciais contínuas entre os dois países”, diz Berning. “No início deste ano, a China anunciou planos de reduzir seu plantel de suínos reprodutores em 1 milhão de matrizes. Como resultado, as importações de soro, incluindo as de origem norte-americana, com ou sem tarifas, podem continuar encolhendo nos próximos meses.”

A incerteza em torno da economia chinesa também continua a gerar dúvidas nas projeções para importações de lácteos.

“Embora o crescimento do PIB chinês no terceiro trimestre, de 4,8%, tenha atendido às expectativas dos analistas, foi o menor avanço em um ano”, afirma Berning. “Chamou atenção a queda acumulada de 0,5% nos investimentos em ativos fixos, que incluem o setor imobiliário. Os economistas esperavam um crescimento, mesmo que modesto, e a queda reforça os problemas persistentes no mercado imobiliário chinês.”

Essa incerteza econômica contínua tem deixado os consumidores chineses mais cautelosos. Embora as vendas no varejo tenham aumentado 3% em setembro na comparação anual, houve retração em relação a agosto.

Berning conclui: “Diante da economia incerta e da disputa comercial em andamento, grandes volumes de vendas de lácteos dos EUA para a China parecem improváveis até que a economia chinesa mostre sinais duradouros de força.”

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat  

MILHO/CEPEA: Com recuo vendedor e paridade de exportação elevada, preços têm novas altas

Milho segue avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada. 

Os preços internos do milho seguem avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada. Pesquisadores explicam que muitos produtores, atentos à maior presença de compradores no mercado na última semana, se afastaram das negociações, à espera de novas valorizações do cereal. 

De modo geral, os vendedores ofertam novos lotes apenas quando há necessidade de fazer caixa no curto prazo e/ou de liberar parte dos armazéns. Conforme o Centro de Pesquisas, as altas de preços só não foram mais intensas porque parte dos consumidores utiliza estoques em detrimento de realizar novas aquisições. (CEPEA VIA TERRA VIVA)


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: China sinaliza importação dos EUA, e prêmio de exportação cai no BR
Soja da China nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação no Brasil, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano. A sinalização de retomada parcial das compras de soja da China nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação no Brasil, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, os contratos para embarque em 2026 retornaram a patamares negativos, movimento que não era observado desde julho deste ano. Mesmo assim, as cotações da oleaginosa no mercado físico se mantiveram firmes ao longo da última semana. Vendedores brasileiros mostraram preferência por negociar novos lotes com entrega imediata (spot) e pagamento longo, no intuito de garantir os atuais patamares de preço, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Quanto à safra 2025/26, a Conab projeta recorde de 177,6 milhões de toneladas. Nesta estimativa, a Companhia já prevê menor produtividade no Centro-Oeste do País, devido aos possíveis impactos do fenômeno La Niña. Ao mesmo tempo, bons volumes de chuva nos últimos dias trouxeram alívio e otimismo ao setor. (CEPEA VIA TERRA VIVA)

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Porto Alegre, 03 de novembro de 2025                                                  Ano 19 - N° 4.507


Inscrições para Prêmio Sindilat de Jornalismo são prorrogadas até sexta-feira

Foram prorrogadas até esta sexta-feira (07/11) as inscrições para a 11ª Edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As inscrições devem ser realizadas a partir do link : https://forms.gle/wpumktj4g51Hd69UA, enquanto os documentos exigidos no regulamento devem ser enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a premiação visa reconhecer o papel da profissão na divulgação de temas relacionados à cadeia produtiva do leite no Estado.

A premiação envolve duas categorias: Texto e Audiovisual. Os trabalhos que serão enviados para o concurso precisam ter sido publicados ou veiculados dentro do período de 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025. Podem participar jornalistas registrados, de forma individual ou em equipe, com número ilimitado de trabalhos por concorrente.

Os finalistas serão divulgados no dia 28 de novembro e os ganhadores serão conhecidos em dezembro. Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, composta por profissionais da área de comunicação e representantes de entidades ligadas ao setor. (Sindilat)


Mercado global de lácteos deve entrar em 2026 sob pressão de oferta

Excesso de produção em grandes exportadores deve manter os preços do leite em baixa no início de 2026, impactando também o mercado brasileiro.

O mercado global de lácteos deve iniciar 2026 sob um cenário de baixa, com produção elevada e demanda contida, também afetando o mercado brasileiro. A avaliação é da consultoria StoneX, que aponta o excesso de oferta em grandes exportadores, como Estados Unidos, União Europeia e Argentina, como principal fator de pressão sobre os preços internacionais.

No Brasil, embora as importações representem apenas cerca de 13% do consumo nacional, elas ainda exercem influência na formação dos preços internos. Segundo Marianne Tufani, consultora de Gestão de Riscos em Laticínios da StoneX, as importações funcionam como um “fator marginal” no mercado.

“Quando os preços internacionais sobem, importar fica caro e os preços internos tendem a subir. Quando caem, aumenta a compra de importados, reduzindo a demanda pelo produto nacional e pressionando os preços.”, explica. Tufani destaca que esse efeito é ampliado pela baixa elasticidade do mercado lácteo, onde pequenas variações na demanda interna podem gerar grandes oscilações nos preços.

Do lado da produção, o cenário é de menor atratividade para os pecuaristas. A relação de troca entre o litro de leite e a arroba da vaca gorda está desfavorável, principalmente em São Paulo e Goiás, o que pode levar alguns produtores a migrar para outras atividades.

A expectativa, porém, é de uma recuperação parcial das margens no início de 2026, impulsionada mais pela redução de custos, especialmente com o milho, do que por uma valorização do leite.

No Brasil, a colheita recorde de milho e a comercialização mais lenta ajudam a conter os custos de nutrição animal, contribuindo para margens mais equilibradas. Ainda assim, o risco climático permanece no radar. “Caso o fenômeno La Niña se intensifique, poderemos ter estiagens no Sul, o que mudaria completamente o quadro”, diz Tufani.

No consumo doméstico, a inflação de alimentos acumula quatro meses de recuo, favorecendo o consumo, mas o alto nível de endividamento das famílias, que chega a 60% em algumas regiões, limita o avanço da demanda, especialmente por produtos de maior valor agregado, pontua o levantamento.

“Há um impulso natural no fim do ano, com o 13º salário e as festividades, mas a sustentabilidade desse consumo ainda depende da confiança do consumidor e do cenário macroeconômico”, avalia a consultora.
As informações são do Globo Rural.

Declaração da WDS 2025 sobre alimentos seguros e sustentabilidade

A IDF World Dairy Summit Santiago 2025 (WDS 2025), o primeiro evento global do setor lácteo realizado na América do Sul, concluiu com um compromisso conjunto dos países participantes para promover a segurança alimentar e a produção sustentável do leite. 

Organizada pela Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) e apoiada pelo Consorcio Lechero, Fedeleche e o Ministério da Agricultura do Chile, a cúpula reuniu mais de 1.090 delegados de 48 países, representando 60% do mercado mundial de laticínios. 

A cúpula contou com 90 conferências técnicas sobre desafios chaves do setor, incluindo mudanças climáticas, bem-estar animal, transformação tecnológica, e produção eficiente. As sessões também focaram em questões de gênero, inclusão, saúde pública e promoções estratégicas, reforçando a abordagem abrangente para inovação e sustentabilidade. 

Os participantes, incluindo grandes produtores como China, Índia, União Europeia, Nova Zelândia e Estados Unidos, ratificaram a Declaração de Paris sobre Sustentabilidade do Setor Lácteo (PDDS), uma rede para medir o progresso ambiental, social e dimensões econômicas da produção de leite. O PDDS foi 
elaborado com base na Declaração do Setor Lácteo de Roterdã, em 2016, ampliando seu escopo para incluir compromissos verificáveis alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e apoiados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

De acordo com o relatório IDF-FAO 2025, a iniciativa reuniu mais de 1.000 compromissos de 154 organizações em 42 países, sinalizando o crescimento da colaboração global. A declaração promove uma transição para sistemas sustentáveis de produção que garantam alimentos seguros, nutrição adequada e responsabilidade no manejo dos recursos. 

Gilles Froment, presidente da FIL/IDF, enfatizou o papel das declarações dos fóruns globais como a Conferência Global da FAO sobre a Transformação Sustentável da Pecuária 2025 e a próxima COP30, observando que a mudança de Roterdã para Paris mostra maior ambição e ação. 

Thanawat Tiensin, diretor geral adjunto da FAO, afirma, “A Declaração de Paris sobre Sustentabilidade, desenvolvida em conjunto pela FAO e a FIL/IDF, visa garantir melhor produção, nutrição, meio ambiente e vida”. Ele enfatizou a importância da colaboração internacional para alcançar resultados tangíveis. 

A FIL/IDF criou uma plataforma dinâmica para registrar compromissos voluntários de empresas e organizações, com indicadores mensuráveis e prazos definidos, promovendo transparência e prestação de contas. Essa iniciativa está no âmbito da continuidade dos esforços despendidos pelo setor ao longo do tempo, desde o Programa de Ação Mundial para o Setor Lácteo de 2009, até a Declaração de Roterdã, para melhorar a produção alimentar, reduzir o impacto ambiental e sustentar os meios de subsistência de comunidades. 

Durante a cúpula, várias associações e empresas privadas assinaram ou reafirmaram seus compromissos como Grupo Gloria, FrieslandCampina, Dairy Farmers of Canada, China Dairy Industry Association, Fair Cape Dairies, Valio, Yili Group, Conaprole e Nestlé, entre outros. Tiensin acrescentou: “com os conhecimentos, tecnologias e inovações de hoje, podemos continuar produzindo alimentos sustentáveis”. A FAO afirmou que sustentabilidade na produção de leite é possível, reduzindo o impacto ambiental ao mesmo tempo em que assegura alimentos saudáveis e nutritivos. 

O setor lácteo chileno demonstrou alinhamento com os padrões globais de sustentabilidade, apoiado em iniciativas tais como Chile Origem Consciente, um programa do Ministério da Agricultura que promove práticas responsáveis em toda a cadeia de valor do setor lácteo. 

Octavio Oltra, gerente do consórcio lácteo, afirmou que “A cúpula confirmou que a indústria de laticínios do Chile está comprometida com a qualidade, inovação tecnológica e ações climáticas”. O Chile produz anualmente 2,4 milhões de litros de leite, com um consumo per capita superior à média global, graças a um modelo de colaboração público-privado que certifica produtos sustentáveis, da fazenda à indústria. 

O setor lácteo global está adotando abordagens sustentáveis holísticas, cobrindo desde o manejo dos recursos naturais, proteção à biodiversidade e transição para uma economia circular, ao mesmo tempo em que garante produtos lácteos saudáveis e nutritivos, apoiados por comunidades resilientes. Acesse aqui a matéria na íntegra. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Qualificação da CCGL melhora produção leiteira
O programa Gestores do Futuro, promovido pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL), encerrou a edição 2025 comprovando que conhecimento técnico pode transformar as propriedades leiteiras. Conforme a cooperativa, 162 participantes do curso, que se qualificaram em temas como gestão, nutrição, qualidade do leite e fertilidade do solo, alcançaram um aumento médio de 19% na produção em apenas seis meses. (Correio do Povo)

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Porto Alegre, 31 de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.506


Três pedidos para conter crise do leite

A combinação de fatores externo e interno fez soar o alerta de preocupação no setor de lácteos do Rio Grande do Sul. O Conseleite, conselho paritário que reúne representantes de produtores e indústria, costurou uma proposta de um pacote de ações emergenciais.

Os pontos listados constam em documento encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, a ministros e ao presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

— Precisamos do apoio do governo neste momento crítico para que o setor avance em produtividade e competitividade e, em um futuro breve, consigamos enfrentar o mercado globalizado de forma autônoma — afirma Darlan Palharini, coordenador do Conseleite.

O aumento da produção gaúcha em um momento do ano em que já deveria ser de baixa, a proximidade do período de entrada de safra de Minas Gerais (maior produtor nacional) e a entrada de lácteos importados do Mercosul, que chegam a preços mais competitivos, são os fatores que embasam a preocupação do setor.

Alta na importação preocupa

Há um ingrediente adicional: a queda nos preços pagos ao produtor. Conforme dados do Conseleite, o valor de referência do litro vem caindo desde julho. O projetado para outubro é de R$ 2,2163. A alta na importação de leite em pó também é o motivo do alerta: a quantidade, em milhões de litros, subiu 19,87%. No acumulado entre janeiro e setembro, há redução de 4,9%.

Foram feitos três pedidos. Um é para que haja um benefício fiscal, uma espécie de bônus, às empresas de achocolatados, panificadoras, entre outras, que comprarem leite em pó produzido no Brasil. Seria uma forma de incentivo à preferência pelo produto nacional.

Outra solicitação é a da realização de compra governamental, de cem mil toneladas de leite em pó, para programas sociais e escolas. Por fim, há a requisição para uma sobretaxa emergencial de 50% para leite em pó e queijo muçarela importados da Argentina e do Uruguai por 36 meses. (Zero Hora)


Emater/RS: Informativo Conjuntural 1891 de 30 de outubro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção se manteve estável nas diferentes regiões, sofrendo apenas leves variações, típicas do período de transição entre as pastagens de inverno e de verão. A maioria dos rebanhos apresentou escore corporal e sanitário adequado. As condições meteorológicas, como temperaturas amenas e chuvas bem distribuídas, favoreceram o conforto térmico dos animais. Em algumas propriedades, a oferta de forragem ainda está limitada, exigindo suplementação com silagem e feno para garantir a produtividade e a estabilidade alimentar dos rebanhos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, a produção está satisfatória nas criações mantidas em potreiros com trevo. Na Fronteira Oeste, em São Gabriel, os produtores com menor nível de investimento direcionaram os rebanhos para os campos nativos, aproveitando as condições de pastejo adequadas.

Na de Caxias do Sul, houve relatos de aparecimento de moscas e de borrachudos, além da ocorrência de mastite clínica. O estado corpóreo das vacas foi considerado adequado, e a qualidade do leite produzido foi favorecida pelo tempo seco, que manteve os úberes limpos e os resultados dentro dos padrões exigidos. 

Na de Frederico Westphalen e na de Santa Maria, em algumas propriedades, foi necessário ofertar suplementação alimentar devido ao período de transição das pastagens.

Na de Erechim, em áreas com menor disponibilidade de forragem, foi necessária a suplementação com silagens de verão e de inverno para equilibrar o déficit energético causado pelo alto teor de proteína das forrageiras. Para o manejo das bezerras, foi ofertado colostro equivalente a 10% do peso corporal e realizada desinfecção do umbigo, além da permanência em baias individuais até dobrarem o peso vivo. Essa rotina de cuidados foi facilitada pelas chuvas regulares e pela presença de dias ensolarados, que melhoraram as condições das pastagens e dos arredores das instalações. Devido ao aumento gradual das temperaturas, os sistemas intensivos, como free stall e compost barn, retomaram o uso de aspersão e ventilação.

Na de Ijuí, a produção apresentou leve declínio em relação ao período anterior, acompanhando a curva de sazonalidade. Porém, a redução está menos acentuada do que a do ano passado. Na de Passo Fundo, houve diminuição na oferta de volumosos, e o escore corporal dos animais está adequado. Na de Santa Rosa, a produtividade foi afetada pela senescência das pastagens anuais de inverno e pela baixa oferta das forrageiras de verão, o que exigiu adaptação dos animais à nova dieta.

Na de Pelotas, em Capão do Leão, foi realizado um dia de campo com o tema Terra Forte, Leite Seguro, promovido pela Emater/RS-Ascar, pela Embrapa e pela cooperativa local. 

O evento reuniu cerca de 600 participantes, entre agricultores e estudantes de escolas técnicas da região, abordando temas, como manejo do solo, irrigação de pastagens perenes, bem-estar animal, controle de mastite e melhoria das condições de trabalho e conforto das famílias. Também foram discutidos aspectos da cadeia produtiva do leite, incluindo produção, insumos e industrialização, reforçando a integração entre as etapas produtivas e o foco na qualidade e sustentabilidade da atividade leiteira. Na de Porto Alegre, a produção aumentou como reflexo da melhoria nas condições das pastagens. (As informações são da Emater/RS)

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS 

A semana foi marcada por instabilidades e variação de temperatura. Na próxima semana, o tempo no Rio Grande do Sul será marcado por variação de nebulosidade e instabilidades. 

Em 31/10 (sexta-feira), a nebulosidade permanece variável. 

Em 01/11 (sábado), um sistema de baixa pressão se intensificará, trazendo umidade do centro do país e favorecendo pancadas de chuva em todas as regiões, com maior intensidade na Metade Norte. 

Em 02/11 (domingo), a persistência desse sistema aumenta a instabilidade atmosférica, criando condições favoráveis à ocorrência de tempestades em todo o Estado.

A partir de 03/11 (segunda-feira), uma frente fria manterá o tempo instável. 

Em 04/11 (terça-feira), a entrada de um sistema de alta pressão deixará as temperaturas amenas e o tempo firme. 

Já em 05/11 (quarta-feira), a nebulosidade volta a se espalhar, com possibilidade de chuva no Sul do Estado.


Jogo Rápido

O 3º Congresso Sindical da Indústria da FIERGS reúne lideranças e executivos sindicais de todo o Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves. Um encontro que promove integração, troca de experiências e estratégias para o fortalecimento do movimento sindical da indústria. Na abertura, o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, destacou a força e a união do setor industrial, reforçando o papel decisivo dos sindicatos e os avanços alcançados em áreas como educação, inovação e interiorização. Com palestras, dinâmicas e trocas de boas práticas, o primeiro dia do Congresso reforçou a importância estratégica dos sindicatos na construção de uma indústria cada vez mais forte e conectada aos novos tempos. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, e o 1º Vice-Presidente, Alexandre Guerra, participam do evento. (Fiergs, adaptado pelo Sindilat)

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Porto Alegre, 30  de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.505


Setor lácteo abre frente em defesa do leite brasileiro e pede pacote de socorro emergencial

Produtores de leite, indústrias, e lideranças do setor lácteo deram início, nesta quinta-feira (30/10), a um movimento coletivo de defesa do leite brasileiro. A ação, capitaneada pelo Conseleite/RS, busca frear o ingresso desmedido de leite importado no Brasil, fato que vem desequilibrando o mercado nacional, penalizando o setor produtivo e ameaçando a geração de renda e empregos no campo e nas cidades. Em documento enviado ao presidente, Luiz Inácio Lula da Silva; ao vice-presidente, Geraldo Alckmin; ao ministro da Agricultura, Carlos Fávero; ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Luiz Teixeira, à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e ao diretor da Conab, João Edegar Pretto, o colegiado pede três ações emergenciais de socorro ao setor produtivo. 

O primeiro pedido é pela adoção de uma política de benefício fiscal às indústrias transformadoras que compram leite em pó nacional, o que tornaria a aquisição do produto brasileiro mais atrativo do que a do importado. Atualmente, supermercados e indústrias alimentícias (que fabricam pães e chocolates) são as principais importadoras de leite em pó.

O segundo pedido é pela compra governamental de, no mínimo, 100 mil toneladas de leite em pó produzido no Brasil a serem destinadas a programas sociais e escolas. 

A terceira demanda é pela adoção de uma sobretaxa emergencial de 50% sobre aquisição de leite em pó e queijo muçarela importados da Argentina e do Uruguai por 36 meses. 

Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, a união do setor busca sensibilização do governo brasileiro quanto às dificuldades enfrentadas por produtores e indústrias. “O problema não é novo. Mas chegamos em um ponto limite. Não há como competir com a avalanche de leite e queijos do Prata que está entrando no Brasil. Precisamos de apoio ou o setor lácteo nacional não resistirá por muito tempo”. No campo, explica Palharini, tem sobrado leite, fato agravado pelo início da safra, período em que, tradicionalmente, há aumento da oferta por conta do clima. A rentabilidade da indústria também está comprometida, alerta o dirigente, uma vez que as empresas nacionais têm dificuldade de fazer frente ao leite em pó importado. Com margens reduzidas e mercado nacional abastecido pelos importados, as indústrias estão vendo suas plantas inviabilizadas. “Precisamos do apoio do governo neste momento crítico para que o setor avance em produtividade e competitividade e que, em um futuro breve, consigamos enfrentar o mercado globalizado de forma autônoma”.

SINDILAT/RS

Quem produz o leite brasileiro?

Você sabia que 57% dos produtores de leite no Brasil produzem até 200 litros por dia, mas respondem por apenas 10% do volume total? 🥛
 
Esses pequenos produtores têm um papel fundamental na manutenção da atividade em diferentes regiões do país, garantindo renda, ocupação no campo e diversidade produtiva — elementos essenciais para a sustentabilidade da cadeia. Esses dados fazem parte do Quem Produz o Leite Brasileiro 2025, uma pesquisa que revela como a base produtiva do setor vem mudando — e o que isso significa para o futuro do leite no Brasil. Baixe o relatório completo e descubra ainda mais transformações no setor. ➡️ Acesse: https://bit.ly/4374qM1

Milkpoint

 

LEITE/CEPEA

Cepea, 29/10/2025 – Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em setembro, o preço do leite cru recuou 4,2% frente ao de agosto, fazendo com que a “Média Brasil” chegasse a R$ 2,4410/litro – queda real de 19% em relação a setembro/24 (deflacionamento pelo IPCA de setembro/25). Trata-se da sexta baixa consecutiva nas cotações no campo, e o setor projeta que esse movimento de desvalorização se persista até o final do ano, tendo em vista que o mercado doméstico está bastante abastecido.

De um lado, observa-se crescimento consistente da produção ao longo de 2025, sustentado por investimentos realizados após margens mais favoráveis em 2024. A sazonalidade da primavera e do verão, com melhora das pastagens, também impulsiona a oferta. O ICAP-L (Índice de Captação de Leite) subiu 5,8% de agosto para setembro e acumula alta de 12,2% no ano, indicando forte ampliação da produção.

Além do avanço interno, a disponibilidade total de leite foi reforçada pelo aumento de 20% nas importações de lácteos em setembro, totalizando 198,1 milhões de litros em equivalente leite, dos quais quase 80% correspondem a leite em pó. Mesmo com crescimento de 11% nas exportações no mês, o mercado interno permanece amplamente abastecido. No acumulado de janeiro a setembro, as importações recuaram 4,8% frente às de 2024, mas ainda somaram 1,65 bilhão de litros equivalentes, volume considerado alto pelos agentes do setor. Já as exportações diminuíram 36,7% no mesmo período, somando 52,9 milhões de litros. 

Essa abundância de oferta tem mantido o mercado saturado. A produção segue em alta e sem sinais de desaceleração no curto prazo, enquanto o consumo permanece incapaz de crescer no mesmo ritmo, resultando em estoques elevados e em margens industriais comprimidas, sobretudo nos segmentos de UHT e muçarela. Pesquisa do Cepea realizada com o apoio da OCB mostra que, em setembro, o leite UHT, queijo muçarela e o leite em pó registraram respectivas desvalorizações de 2,87%, 2,08% 1,66%, no atacado paulista.

Nas indústrias, a combinação de custos fixos elevados e de baixa rentabilidade tem levado à redução dos preços pagos ao produtor, agravando as tensões nas negociações. Muitos produtores relatam dificuldades para cobrir o custo de produção.

Segundo pesquisas do Cepea, em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) recuou 0,9% na Média Brasil. Contudo, essa redução é pequena diante da queda das cotações, resultando em estreitamento das margens dos pecuaristas. O aumento dos preços dos grãos também deteriorou o poder de compra do produtor: em setembro, foram necessários 26,5 litros de leite para adquirir um saco de 60 kg de milho, alta de 5,4% frente a agosto. Embora levemente abaixo da média dos últimos 12 meses (27,5 litros), a tendência indica perda de rentabilidade e cautela crescente nos investimentos.

No curto prazo, o cenário aponta para continuidade da pressão de baixa. As sucessivas quedas podem provocar desaceleração gradual da produção, mas parte desse efeito tende a ser compensada pelo aumento sazonal típico da safra das águas, sobretudo no Sudeste e no Centro-Oeste. Assim, o volume deve continuar crescendo, mas em ritmo menor que o habitual, sugerindo início de ajuste na oferta.

Esse movimento pode abrir espaço para estabilização dos preços em dezembro, quando as indústrias passam a planejar o abastecimento do início de 2026. Contudo, uma recuperação mais consistente das cotações não é esperada no curto prazo: pode ocorrer apenas a partir do segundo bimestre de 2026, quando a oferta tende a recuar no Sul e o mercado pode reencontrar um novo ponto de equilíbrio.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/2025)


Cepea


Jogo Rápido

Conecta Leite
O Conecta Leite, chega a Pinhalzinho (SC) nos dias 4 e 5 de novembro de 2025 com uma missão clara: Integrar a cadeia produtiva do leite e impulsionar a inovação no setor. A iniciativa, organizada pela 2W Eventos em parceria com o Sindileite-SC, nasce para aproximar produtores, indústrias, pesquisadores e fornecedores em um mesmo espaço de diálogo e oportunidades. Realizado no Parque de Exposições da Efacip, o evento traz uma proposta inédita para o estado: fortalecer a indústria do leite catarinense por meio da difusão de práticas sustentáveis, da troca de experiências e da valorização da tecnologia. O Conecta Leite aposta na união entre tradição e modernidade para preparar o setor para os desafios e demandas do mercado atual.Entre os temas em destaque, estão as novas tecnologias de processamento, o controle de qualidade, as análises laboratoriais e os avanços em conservação do leite. Essas inovações visam não apenas maior eficiência e segurança, mas também alinhar a produção às exigências do consumidor moderno, que valoriza cada vez mais a qualidade, a origem e a sustentabilidade dos produtos que consome. Segundo os organizadores, o evento se consolida como um ponto de encontro estratégico para quem busca atualização técnica, networking e soluções inovadoras para o futuro da indústria láctea. (Escrito para o eDairyNews, com informações de CDiário do Iguaçu e adaptado pelo Sindilat/RS)

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Porto Alegre, 27  de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.504


FAO reconhece Programa Mais Leite Saudável como exemplo global de pecuária sustentável

Programa se mostra como um importante mecanismo capaz de financiar a transformação sustentável da pecuária de leite no Brasil

O Programa Mais Leite Saudável (PMLS), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi reconhecido oficialmente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como uma das boas práticas e inovações em transformação sustentável da pecuária, iniciativa lançada pela FAO em comemoração ao seu 80º aniversário.

O reconhecimento foi formalizado na quarta-feira (15) durante o World Food Forum (WFF), evento anual realizado na sede da FAO, em Roma, que reúne líderes, pesquisadores e organizações internacionais para debater soluções sustentáveis para os sistemas agroalimentares.

De acordo com o coordenador geral de Produção Animal do Mapa, Bruno Leite, hoje o Programa se mostra como um importante mecanismo capaz de financiar a transformação sustentável da pecuária de leite no Brasil, mostrando o compromisso brasileiro com o tema.

"Muito se discute sobre como financiar a chamada transformação sustentável da pecuária. No Brasil, o Programa Mais Leite Saudável, através de seu desenho inovador de investimento que alinha recursos públicos e privados, se mostra como um sólido mecanismo para financiar ainda mais a sustentabilidade da cadeia produtiva do leite. Quem sabe esse não possamos expandir esse desenho para outras cadeias produtivas?", indagou.

SOBRE O PROGRAMA MAIS LEITE SAUDÁVEL

Criado em 2015, o PMLS estimula empresas do setor lácteo a investirem em melhoria da qualidade do leite e capacitação de produtores rurais. O programa permite que indústrias e cooperativas utilizem parte dos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins em projetos de assistência técnica, inovação e sustentabilidade.

Desde sua criação, o programa já beneficiou mais de 185 mil produtores em mais de 3 mil municípios brasileiros, com mais de 2 mil projetos aprovados e cerca de 900 empresas participantes. Os resultados incluem aumento da produtividade, melhoria na qualidade do leite e fortalecimento da renda dos produtores.

•Programa Mais Leite Saudável: 
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/producao-animal/programa-mais-leite-saudavel

•FAO – Reconhecimento de boas práticas: 
https://www.fao.org/one-health/highlights/highlights-detail/recognition-of-good-practices-and-innovations-in--sustainable-livestock-transformation--one-health--animal-health-and-reference-centers/en

As informações são do MAPA


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Outubro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2025 a ser pago em Setembro/2025.b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2025 a ser pago em Outubro/2025.c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2025 a ser pago em Novembro/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Desafios regulatórios e o impacto na inovação dos produtos lácteos

O desafio das indústrias é equilibrar compliance regulatório com velocidade de inovação, especialmente em um mercado global cada vez mais competitivo. A regulamentação dos produtos lácteos no Brasil envolve um conjunto extenso de normas que vão desde a composição do alimento até as embalagens e rotulagem.

A indústria de laticínios no Brasil opera sob um dos marcos regulatórios mais complexos do setor alimentício, com implicações diretas na capacidade de inovação das empresas. O desenvolvimento de novos produtos lácteos envolve a aprovação de múltiplas agências reguladoras, incluindo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e órgãos estaduais e municipais de inspeção sanitária. Esta multiplicidade de instâncias regulatórias cria um ambiente de sobreposição de competências que impacta significativamente o lançamento de inovações no mercado brasileiro em um setor, onde o ciclo de vida dos produtos é curto e a diferenciação de portfólio é essencial. O desafio das indústrias é equilibrar compliance regulatório com velocidade de inovação, especialmente em um mercado global cada vez mais competitivo.

A regulamentação dos produtos lácteos no Brasil envolve um conjunto extenso de normas que vão desde a composição do alimento até as embalagens e rotulagem.

A nova norma de rotulagem nutricional (RDC 429/2020) e suas atualizações trouxeram ganhos de transparência ao consumidor, mas também exigiram reformulação completa dos layouts de embalagens. Para o setor lácteo, especialmente iogurtes, bebidas lácteas e produtos com adição de açúcar, a obrigatoriedade de selos frontais (“lupa”) impactou custos gráficos, prazos de esgotamento de estoques e comunicação de marketing.

As inovações na maioria das vezes estão relacionadas a uso de novos ingredientes com finalidade funcional ou tecnológica, cuja aprovação se dá por um processo complexo para comprovação de segurança que pode levar até 2 anos.

Enquanto mercados como EUA e União Europeia possuem procedimentos de notificação simplificada para novos ingredientes com histórico de uso seguro, no Brasil o processo requer dossiês técnicos extensos e validação de segurança, o que aumenta tempo e custo.

A lista de ingredientes e aditivos permitidos em produtos lácteos no Brasil é consideravelmente mais restrita e específica por categoria de alimento que em outras jurisdições. Enquanto a Food and Drug Administration (Administração de Alimentos e Medicamentos) dos Estados Unidos, mantém a lista GRAS (Generally Recognized as Safe – “Geralmente reconhecido como seguro”) com centenas de substâncias aprovadas para uso alimentar, a legislação brasileira requer aprovação específica para cada categoria de alimento. Isso significa que um ingrediente funcional aprovado para uso em iogurtes lá pode não ter aprovação para a mesma aplicação no Brasil, exigindo estudos adicionais e procedimentos regulatórios que podem custar centenas de milhares de reais e anos de tramitação.

O resultado é uma defasagem competitiva. Produtos desenvolvidos globalmente demoram meses, ou anos, para serem liberados no mercado brasileiro, o que afeta diretamente a atratividade do país para investimentos em inovação.

Este sistema cria barreiras significativas para a incorporação de ingredientes inovadores, como prebióticos, probióticos específicos, proteínas alternativas e adoçantes naturais emergentes. A necessidade de documentação técnica extensa, estudos de segurança específicos para o contexto brasileiro e análises toxicológicas detalhadas torna o processo de aprovação de novos ingredientes particularmente oneroso para pequenas e médias empresas.

A regulação é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos lácteos, mas o excesso de burocracia e a falta de previsibilidade têm reduzido o dinamismo inovador das empresas brasileiras.

Enquanto o consumidor demanda produtos mais saudáveis, sustentáveis e convenientes, o ambiente normativo nacional ainda impõe barreiras técnicas, documentais e prazos longos, desestimulando o investimento em novas tecnologias.

Esses e outros desafios estarão no centro das discussões do Dairy Vision 2025. No evento, Daniela Tomei, diretora da Meta Regulatória, apresentará uma análise detalhada sobre o impacto das questões regulatórias na inovação dos produtos lácteos, mostrando caminhos para transformar a regulação em aliada do desenvolvimento e da competitividade do setor. 

Associados do Sindilat/RS tem 10% de desconto comprando através do link: https://www.sindilat.com.br/site/2025/09/12/associados-do-sindilat-rs-tem-desconto-no-dairy-vision-2025/

(Milkpoint)


Jogo Rápido

Controle e erradicação de tuberculose e brucelose
O Brasil tem potencial para ser um grande player global também na produção de leite. Aliás, exportar seria uma tremenda oportunidade para escoar a crescente produção nacional e melhorar condições econômicas para produtores e indústrias. Mas, para alcançar esse patamar, precisamos continuar avançando na melhoria do nosso status sanitário. Entre os principais desafios estão a Brucelose e a Tuberculose, doenças que impactam diretamente a produtividade e a competitividade da pecuária leiteira. Como parte das comemorações dos 10 anos do Programa Mais Leite Saudável, realizaremos o 5º e último seminário da série, com foco exatamente nesses temas fundamentais para o futuro do setor. Data: Quarta-feira, 29 de outubro  Horário: 14h às 17h. Acesse: https://shre.ink/tnhP Programação: • 14h - 14h15: Introdução e orientações • 14h15 - 15h: Situação no setor leiteiro e desafios para o controle das doenças – Prof. Vitor Gonçalves (UnB) • 15h - 15h45: Experiências de controle e erradicação na prática – Cooperativa Central Gaúcha de Leite e FUNDESA/RS • 15h45 - 16h15: Como elaborar projetos – Roberto Lucena (DDR/RS/MAPA) • 16h15 - 17h: Debate e discussões, com participação da Coordenação do PNCEBT/SDA/MAPA. Participe conosco do encerramento dessa série especial e vamos juntos fortalecer a pecuária leiteira brasileira com mais qualidade, saúde e sustentabilidade! (Mapa)

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Porto Alegre, 24  de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.503


Secretaria da Agricultura firma parceria com a Embrapa para projeto de rastreabilidade no Estado

Acordo de cooperação de três anos foi assinado durante Dia de Campo em Bagé

O projeto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul deu mais um passo decisivo nesta quinta-feira (23/10), em Bagé. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Embrapa Pecuária Sul formalizaram um acordo de cooperação técnica para avançar e qualificar a implementação do sistema de rastreabilidade bovina no Estado, em alinhamento ao Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O ato de assinatura ocorreu durante o Dia de Campo da Embrapa Pecuária Sul e contou com a presença do secretário-adjunto da Seapi, Márcio Madalena, do chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Rosane Collares, do diretor-geral da Seapi, Márcio Amaral, entre outras autoridades e lideranças nacionais e regionais.

Nesta etapa do projeto, 307 animais já estão rastreados na região da Campanha. A programação do evento incluiu visita a quatro estações técnicas em Bagé e reuniu mais de mil participantes.

 Rio Grande do Sul pretende ser pioneiro

Segundo o secretário-adjunto da Seapi, o Rio Grande do Sul está liderando um projeto-piloto de rastreabilidade na pecuária, demonstrando o protagonismo do Estado no cenário nacional. A iniciativa tem como objetivos acelerar a implementação do sistema no Estado e validar novas tecnologias, com a participação de produtores e o apoio técnico de instituições parceiras.

“Vivemos em um mundo dinâmico, onde a tecnologia avança rapidamente. O uso de brincos com chip já é uma realidade, e outras inovações surgem constantemente. O Rio Grande do Sul está inserido nesse contexto e aspira ser protagonista no desenvolvimento dessa discussão”, destaca Madalena.

Para o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, atuar como unidade de referência e laboratório para o sistema de rastreabilidade do Rio Grande do Sul — que pretende ser pioneiro no Brasil — é motivo de satisfação e compromisso. “Entendemos que esse processo é fundamental para garantir a qualidade da produção pecuária e do produto que chega ao consumidor”, ressalta Cardoso.

Conforme a diretora do DDA, o acordo representa um passo importante no processo de implantação da rastreabilidade no Estado. “Parcerias como essa são fundamentais para fortalecer e ampliar o sistema, que já conta com cerca de mil animais mapeados no Rio Grande do Sul só no projeto-piloto”, salienta Rosane.

Integração e qualificação da rastreabilidade

O plano de trabalho, com duração de 36 meses, prevê a integração de esforços entre as instituições para o desenvolvimento e a validação de tecnologias voltadas à qualificação e ao aprimoramento da rastreabilidade animal. O projeto permite acompanhar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada bovino, contribuindo para a consolidação do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina.

Pelo acordo, a Embrapa será responsável pela disponibilização dos animais para identificação, pelos registros nos sistemas utilizados e pela proposição de melhorias nos processos. Já a Seapi ficará encarregada do fornecimento dos identificadores eletrônicos (brincos ou chips) e da disponibilização do sistema de registro de dados.

A rastreabilidade garante maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação do acesso a mercados internacionais. Com a identificação eletrônica individual, é possível rastrear com precisão a origem, as movimentações e o destino dos bovinos, fortalecendo a credibilidade da pecuária gaúcha.

Projeto-piloto e novas tecnologias

Em 2024, o Estado iniciou a identificação individual de bovinos em uma propriedade experimental da Seapi, na região da Campanha, em Hulha Negra. Nessa etapa inicial, 395 animais foram rastreados, e novas tecnologias — como a biometria nasal — começaram a ser testadas. A identificação única é registrada por meio de brinco ou bóton eletrônico, permitindo o acompanhamento de todo o ciclo produtivo do animal.

As informações sobre raça, idade, vacinação e movimentações são armazenadas em uma base de dados oficial, garantindo controle sanitário, rastreabilidade e segurança na produção.

O projeto está alinhado ao PNIB, coordenado pelo Mapa, que estabelece um cronograma de sete anos para adaptação e adoção obrigatória a partir de 2032. No Rio Grande do Sul, a execução é conduzida por um grupo de trabalho da Seapi, e o projeto-piloto foi lançado oficialmente durante a Expointer 2025.

Entre os benefícios esperados estão o aprimoramento da gestão de rebanhos, o reforço do controle sanitário, a prevenção de furtos de animais e o aumento do valor agregado da produção — especialmente em mercados que exigem comprovação de origem. Além disso, o sistema contribui para a valorização ambiental do bioma Pampa e para o reconhecimento da pecuária gaúcha como referência em sustentabilidade. (Seapi)


CONSELEITE – SANTA CATARINA

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida em Chapecó no dia 24 de Outubro de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2025. O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1890 de 23 de outubro de 2025


BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em diversas propriedades da Campanha, a produção de leite reduziu em relação aos meses de agosto e setembro em razão da transição entre pastagens e do desconforto térmico causado por dias de temperatura elevada. Para enfrentar a menor oferta de forragem, os produtores estão fornecendo silagem e ração aos rebanhos. 

Na de Caxias do Sul, as temperaturas do período favoreceram o bem-estar das vacas leiteiras, e não houve relatos de estresse. O estado corporal do rebanho está adequado, assim como a qualidade do leite, que se manteve dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Em Serafina Corrêa, foram observados casos isolados de mastite e de cetose, além do surgimento de moscas e de borrachudos. Porém, a situação sanitária geral está satisfatória.

Na de Erechim, de Ijuí, de Passo Fundo e de Santa Maria, a boa oferta de forragem colaborou para a manutenção ou para o aumento do escore corporal e da produção. A suplementação com silagem foi utilizada nos sistemas a pasto. 

Na de Santa Rosa, a atual transição forrageira está impactando temporariamente o desempenho produtivo dos rebanhos. No entanto, os indicadores de qualidade do leite, como contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana padrão (CPP), estão dentro dos padrões aceitáveis na maioria das propriedades. 

Na de Pelotas, a produção aumentou em algumas áreas; em outras, houve queda, acompanhada da redução no número de produtores. O rebanho apresentou sanidade e estado corporal adequados. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Estado deve registrar chuva em algumas regiões neste fim de semana
Neste fim de semana a previsão é de instabilidade no Rio Grande do Sul. As informações constam no  Boletim Integrado Agrometeorológico 43/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Sexta-feira (24/10): A atuação de uma frente fria próxima ao Uruguai pode vir a trazer instabilidade para metade sul do estado. Assim, há previsão de chuva fraca, localmente moderada, em alguns pontos isolados dessa região. Sábado (25/10) e domingo (26/10): O tempo ficará instável devido a passagem de uma frente fria. Por consequência, no sábado há previsão de chuva na metade sul e central e no domingo, previsão de chuva na metade central e norte. A partir do domingo (26/10), as temperaturas estarão em declínio. Segunda (27/10), terça (28/10) e quarta-feira (29/10): A instabilidade deve ficar mais concentrada na metade norte do estado. Por conta disso, nessa localidade, ainda há previsão de chuva para esses dias. Nas demais regiões, o tempo voltará a ficar estável e não há previsão de chuva significativa. De forma geral, os acumulados de precipitação previstos variam entre 10 e 100 milímetros na maior parte do estado. Assim como na semana passada, a única exceção será na porção mais a sudeste e leste, que os acumulados não devem ultrapassar os 10 milímetros. O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.