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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.483


IBGE: Valor da produção da pecuária e da aquicultura chega a R$ 132,8 bilhões em 2024

O valor de produção na PPM 2024 chegou à marca de R$ 132,8 bilhões, alta de 8,8% em relação ao ano anterior. Os produtos de origem animal levantados na pesquisa (leite de vaca, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos-do-bicho-da-seda. ) atingiram R$ 121,1 bilhões, alta de 8,2% em relação a 2023, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 11,7 bilhões, aumento de 15,4%.

A Pesquisa da Pecuária Municipal 2024, divulgada hoje (18) pelo IBGE, trouxe essas e outras informações sobre os efetivos, produtos de origem animal e a aquicultura no país, que também estão disponíveis na página da pesquisa no Portal do IBGE e no Sidra.

A produção de leite atingiu novo recorde ao atingir 35,7 bilhões de litros, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior. Ao passo que a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,1 milhões de vacas ordenhadas, 2,8% a menos do que em 2023, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979.

 Produção de leite cresce pelo segundo ano consecutivo

O valor de produção do leite contabilizado em 2024 foi de R$ 87,5 bilhões, alta de 9,4% frente a 2023. O preço médio estimado pago ao produtor foi de R$ 2,45 por litro de leite, um aumento de 7,9% em comparação aos R$ 2,31 pagos no ano anterior.

“Ao longo dos anos existe uma alternância entre as regiões Sul e Sudeste na liderança entre as Grandes Regiões com a maior produção de leite no país. Atualmente, o Sudeste lidera após três anos de liderança da Região Sul”, explicou Mariana Oliveira. No Sul, a produtividade é o diferencial, a Região possui a maior produção de leite por vaca no país. O Sudeste lidera no número de vacas ordenhadas, com destaque para Minas Gerais, que é responsável por cerca de um quarto da produção nacional de leite.

O município de Castro (Paraná) liderou o ranking, mais uma vez, com 484,4 milhões de litros, alta de 6,7% em relação ao ano anterior. Carambeí (Paraná) manteve a segunda posição, com 293,1 milhões de litros, e Patos de Minas (Minas Gerais) ocupou a terceira posição, com 226,9 milhões de litros.

A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui. 

As informações são do IBGE, adaptadas pelo Sindilat/RS


O desafio de comunicar o leite: o que um café dos anos 70 pode nos ensinar

O leite vive um dilema hoje semelhante ao que o café viveu no passado: como dialogar com jovens que buscam propósito e autenticidade? Reinvenção na comunicação é essencial.Quem já assistiu à série Mad Man talvez se lembre de uma cena marcante: uma reunião em que publicitários debatiam a crise de consumo de café nos Estados Unidos dos anos 60. O problema era claro — os jovens não estavam consumindo café como as gerações anteriores. O hábito de tomar café, antes um símbolo de rotina e pertencimento familiar, começava a perder espaço e se tornar algo ultrapassado. A indústria se viu diante de uma encruzilhada: como reconectar um produto tradicional às novas gerações que já não se viam refletidas naquela xícara?A cena, me tocou. O paralelo com o leite, hoje, é inevitável.Assim como o café naquela época, o leite vive um dilema atual: como dialogar com uma geração que pensa, consome e se informa de maneira completamente diferente e nova? Concordemos que quem geralmente ocupa as cadeiras estratégicas em nas indústrias nasceu pelo menos nos anos 80 ou antes.Os jovens de hoje não são indiferentes ao leite — eles questionam, problematizam, buscam significado em cada escolha de consumo. O desafio não é mais vender apenas o benefício nutricional ou a tradição familiar, mas reconstruir narrativas que façam sentido dentro da lógica cultural dessas novas gerações. Lembremos que as informações além de estarem a um clique de distância, são também ofertadas nos feeds infinitos 24/7.O café encontrou o caminho apostando em inovação de comunicação, reposicionamento e em uma estratégia clara: educar e, ao mesmo tempo, encantar. O resultado? O café não só sobreviveu, como se reinventou. Hoje, é sinônimo de estilo de vida, experiência e até status. Uma boa experiência nesse sentido foi a marca de café Costa, criada em Londres nos anos 1970 e que se posicionou de forma esplendorosa num país onde a demanda por chá era a cultura e que buscava cafés suaves. Ela entrou com nada menos dos que cafés italianos encorpados, fortes (de cortar com a faca como diria minha avó) mas também com personalidade e se conectando a juventude da época. Vale ressaltar que o café Costa nunca perdeu esse traço na identidade da marca e além de seguir crescendo no mundo todo, segue inovando na comunicação que ao invés de apenas ser agradável traz embates (que convenhamos, se conectam tanto com a juventude desde sempre). Analise a foto abaixo e me diga se não é uma provocação ?O leite pode, e precisa, fazer o mesmo.
A pergunta é: como os laticínios estão se preparando para esse reposicionamento? Estamos insistindo em falar a mesma língua de décadas atrás ou já entendemos que o consumidor de hoje não se conecta com mensagens genéricas, mas com valores, autenticidade e propósito?A história nos mostra que crises de consumo são cíclicas. O que muda é a nossa capacidade de enxergá-las não como ameaça, mas como oportunidades de reinvenção.

Talvez o maior desafio do leite hoje não seja de produção, tecnologia ou logística. Mas o verdadeiro desafio esteja no campo da comunicação: traduzir o valor do leite em narrativas que façam sentido para quem vai escolher — ou não — levá-lo para dentro de casa amanhã. (Milkpoint)

Publicada MP que abre crédito extraordinário de R$12 bilhões para renegociação de dívidas rurais

Foi publicada nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória nº 1.316 que abre crédito extraordinário, em favor de Operações Oficiais de Crédito, no valor de R$ 12 bilhões para o financiamento destinado à liquidação ou à amortização de dívidas de produtores rurais prejudicados por eventos climáticos adversos

A destinação destes recursos é advinda da MP 1.314/2025, assinada no dia 5 de setembro, que autoriza a renegociação de débitos do setor agropecuário.

Os valores serão repassados pelo Tesouro Nacional a bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com estruturação pelo BNDES. As taxas de juros serão reduzidas em relação às praticadas no mercado, variando conforme o porte do produtor: 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais. Acesse aqui. Fonte: Terra viva


Jogo Rápido

A produção de leite da Argentina continua aumentando, de acordo com dados do OCLA
Dados divulgados pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), indicam que no mês de agosto de 2025, a produção total de leite na Argentina aumentou 7,6% em relação ao mês de julho e 9,8%, na comparação interanual.  No acumulado do ano o crescimento está em 10,6%. Em 03/janeiro/2025 o OCLA estimou em 4,4% o percentual de aumento de agosto. (Terra Viva)

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Porto Alegre, 17 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.482


Setor de proteína animal reúne especialistas para debater impactos da Reforma Tributária

O evento "Encontro sobre reforma tributária - aspectos práticos para o setor de proteína animal" reuniu especialistas, lideranças e produtores no dia 5 de setembro, na Casa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (Fundesa), durante a 48ª Expointer, realizada em Esteio, entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro. O objetivo foi debater temas importantes para o agronegócio, sendo um dos temas os impactos práticos da Reforma Tributária sobre a cadeia de proteína animal, analisando quem será afetado com as mudanças e como adaptar contratos e operações.

Promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em conjunto com a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS (Sicadergs), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul, o evento contou com a participação de representantes e técnicos das cadeias produtivas de avicultura, suinocultura e laticínios, em conjunto com juristas e técnicos e representantes do governo estadual que integraram os debates.

Ao reunir análises técnicas e experiências jurídicas em um ambiente de debate, o evento proporcionou diretrizes operacionais para produtores, cooperativas e empresas ajustarem seus fluxos de caixa, planejamento tributário e renegociação de contratos. O resultado é mais previsibilidade para investimento e segurança jurídica, fortalecendo o papel do agronegócio como motor de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul.

“A inclusão das carnes na cesta básica com alíquota zero, conforme aprovada, tende a reduzir custos e fortalecer a competitividade interna e externa do setor. Mas há o outro lado da moeda: o fim de benefícios fiscais e a adoção de uma alíquota única de IBS/CBS podem elevar a carga tributária do produtor de forma significativa, especialmente por conta da perda de créditos fiscais e da centralização da tributação. Além disso, o desafio operacional para pequenos produtores é real — adaptação ao novo sistema tributário, fluxo de caixa e burocracia podem exigir uma reestruturação urgente”, disse José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav.

O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, participou do evento.

As informações são da Asgav adaptado pelo Sindilat


GDT 388: estabilidade para o leite em pó e queda forte para muçarela
 
GDT registra estabilidade nos preços do leite em pó e Cheddar, enquanto muçarela segue em queda. Confira os efeitos para o Brasil.
 
No 388º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 16 de setembro, o preço médio dos produtos negociados ficou em US$ 4.041 por tonelada, praticamente estável em relação ao evento anterior — a menor variação registrada entre dois leilões neste ano (-0,05%, ou seja, USD 2/ton). Essa estabilidade foi sustentada, sobretudo, pelos leites em pó, cujos preços médios também permaneceram próximos aos do último evento.
 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT
 
 
O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, manteve-se relativamente estável, com variação negativa de apenas -0,8%, cotado a US$ 3.790 por tonelada, após a forte queda registrada no último evento. O leite em pó desnatado (LPD) acompanhou a mesma tendência, permanecendo estável, com leve variação negativa de -0,3%, cotado a US$ 2.615 por tonelada, após as quedas observadas nos últimos leilões.
 
Gráfico 2. Preço médio LPI
 
 
O Cheddar manteve-se como o único produto a registrar alta, repetindo o movimento do último evento, com valorização de +2,2% e cotação de US$ 4.814 por tonelada. 
 
Entre os demais produtos, o movimento foi de retração: a gordura anidra do leite recuou -1,5%; a manteiga acumulou a sexta queda consecutiva, ainda que mais moderada (-0,8%); e a muçarela manteve a trajetória de baixa, com sétima queda seguida, de -9,6%, somando desvalorização de -19,8% desde junho. 
 
Já a lactose e o leitelho não foram negociados neste evento.
 
A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.
 
Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 16/09/2025.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Volume negociado mostra certo padrão
 
O volume negociado neste leilão somou aproximadamente 39,1 mil toneladas, um recuo de -5,7% em relação ao último evento. Já em relação ao evento correspondente no ano passado, o aumento é de +0,7%. 
 
Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram nova queda nas projeções de preços em comparação com as projeções no último leilão, mas a previsão de queda vista nos últimos meses deu lugar à uma tendência de estabilidade até fevereiro de 2026.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).
 
 
Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Após a forte queda registrada no primeiro leilão de setembro, os preços no GDT voltaram a mostrar estabilidade, o que pode trazer um alívio momentâneo ao mercado brasileiro, já que Argentina e Uruguai — principais fornecedores de lácteos — seguem de perto as referências desse mercado. Caso o GDT retome a trajetória de queda, aliado à cotação do dólar próxima de R$ 5,30, a competitividade dos produtos do Mercosul tende a aumentar, ampliando a pressão sobre os preços nacionais.
 
Para a muçarela, o cenário é ainda mais delicado: os preços no mercado interno têm registrado quedas sucessivas e, combinados à tendência baixista do mercado internacional, podem sinalizar novas desvalorizações do produto.
 
Para compreender as tendências do mercado, traçar estratégias assertivas, se conectar com os líderes do setor e participar ativamente da transformação do leite no mundo, o Dairy Vision 2025 é o espaço ideal. (Milkpoint)
 
 
 
Banco de antígenos para febre aftosa é inaugurado nas Américas para facilitar acesso rápido a vacinas de emergência
 
O Banco Regional de Antígenos contra a Febre Aftosa (BANVACO) está oficialmente em operação a partir de hoje, marcando um marco importante na capacidade das Américas de responder a emergências sanitárias relacionadas a essa doença.
 
O objetivo do BANVACO, que realizou sua primeira reunião regular em 28 e 29 de agosto, é garantir um fornecimento contínuo de antígenos e vacinas para conter potenciais surtos de todos os sorotipos virais relevantes da febre aftosa por meio da vacinação de emergência. Embora a reintrodução da doença seja improvável nas Américas, é essencial que os países estejam preparados, já que um surto grave poderia comprometer a segurança alimentar nacional e internacional, além do desenvolvimento socioeconômico e do bem-estar das comunidades afetadas.
 
Gerido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio de seu Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA), o BANVACO não é uma instalação física. Trata-se de uma rede coordenada de laboratórios fornecedores que armazenam antígenos, os quais seriam formulados em vacinas em caso de emergência. Essa abordagem inovadora garante resposta rápida, custo-benefício e flexibilidade em situações de crise.
 
O diretor da OPAS, Dr. Jarbas Barbosa, chamou a iniciativa de um passo ousado rumo a uma região mais preparada e coesa. “O BANVACO é um compromisso político e operacional dos países para fortalecer a preparação regional, a saúde e a segurança alimentar, garantindo acesso ao rápido fornecimento de vacinas em uma emergência para preservar a saúde animal e o bem-estar das comunidades”, afirmou.
 
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de produção, incluindo bovinos, suínos e outros de casco fendido. Pode ter consequências socioeconômicas significativas, com perdas anuais que podem ultrapassar bilhões de dólares nos países afetados.
Nos últimos anos, as Américas avançaram significativamente na erradicação da febre aftosa. Neste ano, Brasil e Bolívia foram certificados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) como países livres de febre aftosa sem vacinação. Atualmente, quase 80% do rebanho bovino das Américas está em países reconhecidos pela OMSA como livres da doença sem vacinação, cerca de 18% em países ou territórios livres com vacinação, e apenas 2% ainda sem status oficial de livre. Esse progresso é uma conquista histórica, resultado de políticas sólidas de saúde animal, vigilância aprimorada e controles de fronteira eficazes.
 
“O reconhecimento oficial da Bolívia e do Brasil como países livres de febre aftosa sem vacinação representa um marco significativo para o Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), que busca a erradicação da doença”, acrescentou o diretor da OPAS.
 
Historicamente, a vacinação sistemática do rebanho tem sido a principal estratégia para controlar surtos e prevenir novos casos. No entanto, uma vez confirmada a ausência de infecção e eliminados os riscos internos, os países podem suspender a vacinação. Em uma crise sanitária animal, a vacinação de emergência é reconhecida mundialmente como a ferramenta mais eficaz e socialmente aceita para o manejo de surtos, pois reduz a necessidade de abates em larga escala, mitiga perdas econômicas e contribui para a recuperação do status sanitário. Essa estratégia, porém, só é possível se existir uma reserva estratégica prévia de antígenos adequados, o que requer planejamento e coordenação entre os setores público e privado.
 
A criação do BANVACO está alinhada com recomendações de longa data das autoridades regionais de febre aftosa, incluindo a Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), o Comitê Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA) e a Reunião Interamericana de Saúde Animal em Nível Ministerial (RIMSA). Seu objetivo é proteger os territórios livres de febre aftosa, evitar a disseminação do vírus em caso de surto e resguardar os avanços conquistados pelo PHEFA.
 
Todos os países das Américas podem aderir ao BANVACO, sejam eles livres da doença com ou sem vacinação. Integram o Conselho Diretor do BANVACO:
 
• Brasil, por meio do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
 
• Equador, representado pela Agência de Regulamentação e Controle da Saúde Vegetal e Animal (AGROCALIDAD)
 
• Paraguai, por meio do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (SENACSA)
 
Fonte original: 
https://www.paho.org/en/news/29-8-2025-antigen-bank-foot-and-mouth-disease-opens-americas-facilitate-quick-access-emergency
 
Traduzida para português via inteligência artificial 

Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Óleo de soja tem participação recorde na margem de lucro da indústria
Levantamento do Cepea mostra que a participação do óleo de soja na margem de lucro da indústria de esmagamento praticamente se igualou à do farelo na semana passada, configurando um cenário histórico. Pesquisadores explicam que o movimento reflete o avanço da demanda pelo óleo brasileiro, sobretudo por parte do setor de biodiesel. No último dia 11 de setembro, a participação do farelo na margem da indústria foi de 51% e a do óleo atingiu 49% – como comparação, a participação média do farelo no ano passado foi 62,2% e a do óleo, de 37,8%, considerando-se como base os preços da soja em grão, do óleo e do farelo no estado de São Paulo levantados pelo Cepea. (Cepea via Terra Viva)

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Porto Alegre, 16 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.481


Jogos interativos sobre o leite enriquecem experiência do Milk Summit Brazil 2025

Para além da programação presencial, o Milk Summit Brazil 2025 também se aventura no universo digital. É no site do evento que estão disponibilizadas duas atrações interativas sobre o universo do leite. Para jogar basta acessar milksummitbrazil.com. No primeiro jogo, o desafio é ajudar o produtor a desviar de obstáculos e assim coletar itens que aumentam a produção. Já o quiz “O que você realmente sabe sobre o leite?”, é um teste de conhecimentos com 17 perguntas sobre nutrição, saúde e produção leiteira, baseadas em dados e evidências científicas.  

Conforme Darlan Palharini, coordenador do evento, a estratégia aposta na abordagem lúdica para difundir os benefícios do leite. “Através dos jogos online entregamos, com leveza, conteúdos relevantes e certificados, combatendo fake news com informações corretas sobre os benefícios do leite para a saúde e para a economia”, destaca o também secretário-executivo do Sindilat. Os jogos foram desenvolvidos pelas empresas de tecnologia Hooks e Cincuenta, que também fizeram o site e a parte de comunicação da IA do evento.

No site também se concentra toda a programação do evento que acontece nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí (RS), no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. A agenda reunirá produtores, cooperativas, indústrias e especialistas em torno de quatro grandes eixos: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Já estão confirmadas participações de representantes da Embrapa, Emater, Milkpoint, Tetra Pak, Senar, Ciepel, Fetag, Letti A², além de produtores de leite, indústrias e cooperativas de laticínios.

As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de outubro, pelo site Sympla. A entrada será solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais. 

Sobre o Milk Summit Brazil 2025
A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS), pela Prefeitura Municipal de Ijuí, pelo Sebrae, pela Emater/RS-Ascar, pela Suport D Leite e pela Impulsa Ijuí. 

O evento conta com o patrocínio de Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Launer Química, RIT Resfriadores, Tetra Pak Brasil, Senar, Grupo Piracanjuba, Laticínios Deale e SulPasto, empresas que acreditam na importância da inovação, da sustentabilidade e da valorização do leite brasileiro.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Centro de Ciências Rurais da UFSM, Universidade de Passo Fundo, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Ministério da Agricultura, Ciepel e a Rede Leite, que contribuem para ampliar o alcance e a relevância do encontro. (Sindilat)


GDT Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat
 

Êxodo do leite desafia futuro da produção no Rio Grande do Sul

Fetag-RS e Gadolando alertam para recuo da atividade; Sindilat defende ganho de competitividade

A pecuária leiteira gaúcha passa por uma transformação que preocupa lideranças da agricultura familiar e da indústria. Em pouco mais de uma década, o Rio Grande do Sul viu o número de famílias produtoras despencar de cerca de 150 mil para menos de 30 mil, segundo a Emater/RSAscar. Só no último ano, essa redução foi de cerca de 12%. A produção estadual se mantém estável graças à concentração em propriedades maiores e mais tecnificadas, mas o impacto social é evidente em diversos municípios.Para Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), a mudança ameaça a sustentabilidade da agricultura familiar. Ele lembra que a atividade garante renda permanente em pequenas propriedades, mas vem perdendo atratividade. Herdando itens da cadeia da carne, como a dinâmica da instabilidade dos preços e do peso dos insumos de produção, “permanece apenas quem é extremamente profissional, com escala, gestão e manejo. Para os demais, a atividade se torna inviável”, avalia.No campo institucional, o setor leiteiro encara seus plantéis de forma bastante distintas. Enquanto a pecuária ornamental das raças leiteiras, com o cereal mantido para sustentar o rebanho, é vista como um ativo cultural e uma atividade com impacto social positivo, a bovinocultura leiteira é encarada como atividade econômica, com custos elevados, alta exigência tecnológica e instabilidade equivalente aos mercados de frango e de suínos, segundo Marcos Tang.O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando/RS) e da Confederação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), destaca o caráter histórico do fenômeno. Ele recorda que, há 15 anos, o Estado reunia em torno de 150 mil famílias ligadas ao leite, número que hoje não passa de 28 mil com emissão regular de notas fiscais. Segundo ele, as propriedades profissionais migraram para a escala e elevaram a média de produção de 100 litros por família para mais de 600 litros. Tang bem lembra que o Estado enfrentou cinco anos de impactos causados por enchentes, estiagens e concorrência de importados que trouxeram dificuldades adicionais.

Esse movimento de saída já tem um custo social significativo. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, entende que as propriedades maiores vêm absorvendo as menores e o processo vem perdendo força.

Ele ressalta, entretanto, o ganho de competitividade: enquanto no RS a média por propriedade é de cerca de 450 litros, na Argentina e no Uruguai estruturas comuns atingem 4 a 5 mil litros. Essa diferença de escala pesa sobre a logística, que no Estado tem custo médio de R$ 0,20 por litro apenas no transporte. Apesar disso, Palharini afirma que o RS segue competitivo, lembrando que a indústria local tem em torno de 100 mil litros exportados por ano e que o Estado detém a liderança nacional em produção e exportação de queijos. Para sustentar a produção, defende maior investimento em políticas públicas, ressaltando que o atual momento exige maior conversão estrutural.

“O leite ainda é o quinto produto em importância no agronegócio do Rio Grande do Sul, não podemos perder essa atividade. Não podemos achar que é normal sair de 150 mil produtores para apenas 30 mil. Precisamos pensar em como estimular os pequenos produtores, caso contrário, vamos perder espaço para estados menos produtivos”, alerta.

Os investimentos da indústria reforçam essa linha. Na Expointer, a Lactalis anunciou R$ 400 milhões para ampliar suas plantas no Estado, em atividade voltada ao aumento de produtividade e versificação de produtos. Segundo Palharini, esse tipo de investimento pode estimular o crescimento da atividade, associado a programas de assistência, que registram elevação da ordem de 10% a 15% na produtividade das famílias assistidas.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Elton Weber (PSB) protocolou na última semana o projeto de lei que institui o Pró-Leite RS – Programa Estadual de Sustentabilidade e Produção Leiteira. A meta é criar um fundo estadual para investir na atividade mais sensível do agronegócio gaúcho e torná-la mais estável. “Se não enfrentarmos a crise atual com medidas robustas, daqui a 10 anos o Rio Grande do Sul terá um setor leiteiro ainda mais concentrado e com baixíssima participação da agricultura familiar”, projeta Weber. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Mesmo com aumento na produção estimada, preços seguem firmes
Ainda que novas estimativas indiquem aumento na produção brasileira da safra 2024/25, levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem registrando pequenos avanços na maior parte das regiões acompanhadas. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da firme demanda interna e da posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível. Quanto à produção, dados divulgados na última semana pela Conab indicaram aumento de 2% frente ao mês anterior e de 21% em relação à temporada passada (2023/24), somando 139,69 milhões de toneladas. (Cepea via Terra Viva)

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Porto Alegre, 15 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.480


Último mês para inscrições no Milk Summit Brazil 2025

O prazo para inscrições para o Milk Summit Brazil 2025 entra em sua reta final e o  último dia para garantir uma vaga para acompanhar a primeira edição do evento se encerra no dia 10 de outubro através do site Sympla. A entrada será solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais.

O evento acontece nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí (RS), no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. A programação completa pode ser acessada no site www.milksummitbrazil.com  e vai reunir produtores, cooperativas, indústrias e especialistas em torno do debate de quatro eixos: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Entre os nomes já confirmados estão representantes da Embrapa, Emater, Milkpoint, Tetra Pak, Senar, Ciepel, Fetag, Letti A², produtores de leite, indústrias e cooperativas de laticínios, além de lideranças de cooperativas e indústrias gaúchas. 

Segundo o coordenador do evento, Darlan Palharini, que também é secretário-executivo do Sindilat, a iniciativa busca fomentar conhecimento e gerar conexões estratégicas. “O leite é um motor da economia gaúcha. A atividade está em praticamente todo o território, gerando emprego, renda e contribuindo para o crescimento social e econômico do Estado”, assinala. 

A escolha de Ijuí valoriza a vocação da região noroeste, que é a maior fornecedor de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Emater, são 741,9 milhões de litros por ano, oriundos de mais de 157 mil vacas leiteiras, o que representa um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões anuais, nesta região.
Sobre o Milk Summit Brazil 2025

A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS), pela Prefeitura Municipal de Ijuí, pela Emater/RS-Ascar, pela Suport D Leite e pela Impulsa Ijuí. 

O evento conta com o patrocínio de Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Launer Química, RIT Resfriadores, Tetra Pak Brasil, Senar, Grupo Piracanjuba, Laticínios Deale e SulPasto, empresas que acreditam na importância da inovação, da sustentabilidade e da valorização do leite brasileiro.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Centro de Ciências Rurais da UFSM, Universidade de Passo Fundo, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Sebrae, Ministério da Agricultura, Ciepel e a Rede Leite, que contribuem para ampliar o alcance e a relevância do encontro. (Sindilat/RS)


XV Dia de Campo da CCGL: o leite do futuro se constrói hoje
 
No próximo dia 18 de setembro, a CCGL promove a 15ª edição do seu tradicional Dia de Campo do Leite. O encontro acontece a partir das 9h, no Tambo Experimental da cooperativa, localizado na ERS 342, em Cruz Alta, e reunirá produtores, técnicos e parceiros em um dia inteiro de conhecimento, troca de experiências e inovação.
 
Com o tema “O leite do futuro se constrói hoje: com gestão, tecnologia e sucessão”, o evento reforça a importância de unir práticas modernas, eficiência produtiva e visão estratégica para garantir a sustentabilidade e a competitividade da cadeia leiteira. Ao longo do dia, os participantes poderão acompanhar estações técnicas que vão abordar desde o manejo de solo e forragens até ferramentas de gestão financeira e sucessão familiar, trazendo soluções práticas para os desafios do campo.
 
A programação inclui debates sobre irrigação como ferramenta para intensificação da produção de forragens, a fertilidade do solo como base da produtividade, a importância de diversificar fontes de forragem para melhorar a qualidade do leite, além de estratégias de bem-estar animal que reduzem o estresse térmico e aumentam os resultados. Também estarão em pauta o uso do controle leiteiro como instrumento de decisão e a gestão financeira aplicada à propriedade rural. Para completar, será discutida a sucessão na pecuária de leite e os caminhos para preparar as novas gerações.
 
Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o Dia de Campo é uma importante ferramenta para levar conhecimento e difundir tecnologias de forma prática, diretamente no ambiente onde o produtor atua. “ A cada edição, buscamos trazer conteúdos atuais e relevantes, que possam se transformar em resultados reais dentro das propriedades. Essa 15ª edição está sendo preparada com muito carinho, justamente para que nossos produtores e parceiros tenham um dia para troca de experiências, inspiração e aprendizado. Mais do que um evento, o Dia de Campo é um espaço de conexão e construção conjunta do futuro do leite”.
 
O Dia de Campo é uma realização da CCGL, da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e da Smartcoop, com co-realização do Sebrae RS e patrocínio de grandes parceiros do setor, como Sicredi, Biotrigo, Fockink, Elanco, BRDE, Gelgas, Genex, Plastrela, Inbra, Datamars Livestock e Oligo. (CCGL)
 
 
Pesquisador Leonardo Dutra toma posse oficial como chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas
 
A elite da pesquisa agropecuária da Zona Sul se reuniu, na tarde de sexta-feira (12), para dar posse oficial ao novo chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas, Leonardo Dutra. No exercício da função desde o dia 1º de agosto, Dutra foi prestigiado por autoridades nacionais, estaduais, municipais, pesquisadores ativos e aposentados, além de funcionários de diversas unidades da instituição, familiares, amigos e representantes das mais diversas instituições da região, Estado e imprensa, no auditório Ailton Raseira, na Embrapa sede. O diretor executivo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Brasília, Clênio Pilon, representou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na solenidade.
 
Ao assumir o cargo, transmitido pelo chefe-geral interino Waldyr Stumpf Junior, o novo chefe-geral fez um relato sobre a história da instituição, presente na região Sul há 87 anos, e a sua importância para o desenvolvimento da agropecuária local, estadual e nacional. “Assumo esta missão com a convicção de que não se trata de um trabalho individual, mas de uma construção coletiva, que só será possível com a dedicação e o talento das equipes de pesquisa e transferência de tecnologia, de gestão, apoio e colaboradores”, ressaltou. Também destacou a parceria de instituições como prefeituras, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater/RS-Ascar, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), entre outras. 
 
Segundo Dutra, a história da unidade que completou 32 anos em 2025 e da pesquisa agropecuária na região, começou em 1938, relatou. “Neste ano, foi criada a Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de Clima Temperado, na Cascata”, pontuou. “Desde então, foi entregue à sociedade uma diversificada gama de resultados, trabalhos com mais de 140 espécies, representando a diversidade de culturas agroalimentares para as variadas condições climáticas e alimentares”, lembrou. 
 
Ele também mencionou a preocupação com a soberania dos agricultores sobre as sementes para evitar dependência. No seu relato sobre os resultados das pesquisas obtidas pelas unidades da empresa, mencionou as mais de 30 cultivares de arroz lançadas, entre elas a BRS Pampa CL que ocupa atualmente 15% da área semeada no Estado e a BRS Pampeira, 7%, entre outras tecnologias, que ganharam as lavouras do país. Citou  ainda cultivares de pêssego, nectarina, batata, feijão e outras, pesquisas conduzidas por pesquisadores hoje aposentados. “Não fizemos todas estas entregas sozinhos, nossa principal fortaleza são as nossas parcerias”, salientou. Dutra apontou que a Embrapa coordena o sistema nacional de pesquisa agropecuária, reunindo organizações estaduais, universidades, institutos de pesquisa federais e estaduais, além de outras organizações públicas e privadas. Também citou as parcerias locais.
 
Dutra reforçou que a Embrapa está conectada a todos os desafios de pesquisa, e revisita sua agenda estratégica para construir soluções mais complexas para problemas cada vez mais complexos. “A Embrapa irá focar suas ações nos próximos anos em quatro linhas temáticas principais: produção, competitividade e inovação, resiliência climática e sustentabilidade, segurança alimentar e agregação de valor e inclusão sócio-produtiva”, disse.  
 
Trajetória
 
Chefe-adjunto de transferência de tecnologia, de novembro de 2023 a março de 2025, Dutra ingressou na Embrapa em 2004, na unidade Florestas, em Colombo, no Paraná, foi transferido para a unidade de Pelotas em 2008 para atuar na micropropagação de plantas e conservação de recursos genéticos vegetais, junto ao Laboratório de Cultura de Tecidos.
 
Casado com a nutricionista Fabiana Dutra e pai de Lívia, de 11 anos, Dutra enalteceu o trabalho das mulheres nos mais diversos ramos de atividade, citando uma a uma as integrantes da sua família e convívio diário, agradecendo o papel que cada uma desempenhou na sua trajetória, em especial à mãe, esposa e filha. Também citou o pioneirismo das mulheres em cargos antes desempenhados apenas por homens dentro da unidade e garantiu a sua valorização na atual gestão.
 
Nova gestão
 
Compõem a gestão atual ainda, nas chefias-adjuntas, os pesquisadores Rosane Martinazzo, na pesquisa e desenvolvimento; Dori Edson Nava, na transferência de tecnologia; e o técnico Leandro Aquino, na administração. Na coordenação técnica das unidades, José Ernani Schwengber, na Estação Experimental Cascata; Gilmar Alves, nas Terras Baixas, e Nélson Pires Feldberg, na Canoinhas. 
 
Entre as ações defendidas pela sua gestão estão visão integrada de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco em temas estratégicos como de insumos, rastreabilidade, saúde única, além de intensificar as ações voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Também buscará a manutenção da atuação da unidade nos tradicionais temas dos quais já é protagonista, fortalecimento de ações de desenvolvimento humano com gestão participativa, capacitação contínua, fortalecimento da comunicação interna e integração dos novos empregados que devem chegar por concurso, manutenção e aprimoramento da infraestrutura e captação de novas parcerias e fontes de financiamento, fortalecendo as colaborações com o ecossistema local de inovação e redes estratégicas. (Jornal Tradição)

Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link. (Sindilat)

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Porto Alegre, 12 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.479


Seminário do Senar/RS debate agro na geopolítica mundial

Evento realizado na quinta-feira, no teatro do Bourbon Country, também discutiu as conjunturas econômica e fiscal no Brasil atual

O futuro do agronegócio e da economia brasileira foi o assunto do Seminário Campo das Ideias, realizado ontem, no teatro do Bourbon Shopping, em Porto Alegre. Especialistas nacionais sobre os dois temas palestraram no evento promovido pelo Senar-RS, que teve na abertura a presença do governador Eduardo Leite.

“Precisamos inovar, pensar diferente na nossa produção, a gestão dos nossos negócios, nossa estrutura de resiliência às dificuldades e até mesmo as nossas relações sociais”, lembrou o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, na abertura do encontro do qual participaram quase mil pessoas, entre produtores rurais, lideranças e autoridades empresariais e públicas.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, disse ver o mundo “difícil”, passando não por uma “nova ordem econômica”, mas uma nova “desordem” econômica, diante da perda de protagonismo de grandes organizações multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC). Neste contexto, afirmou que todos estão atropelados por quatro modernos “cavalos do apocalipse”: insegurança alimentar, insegurança energética, mudanças climáticas e desigualdade social.

“O mais sensível é a insegurança alimentar”, acrescentou. “E alimentos para o povo significam a única condição de estabilidade política e social de uma nação. É preciso enfrentar estes quatro fantasmas”, advertiu. “Eu estou convencido que quem vai resolver estas questões todas é o agro”, disse. “Mas qual agro? O agro tropical”, emendou, evocando a agropecuária praticado no Brasil.

O economista, cientista político e diplomata Marcos Troyjo citou a história do personagem bíblico José do Egito que, há milhares de anos, orientou o faraó a se preocupar com questões econômicas e estruturais para garantir a sobrevivência assim que a fase de “vacas gordas” fosse substituída pela de “vacas magras”.

“Porque acho esta história tão importante para o Brasil, para o agro no atual contexto mundial. Porque eu tenho a impressão que estamos entrando numa fase que é potencialmente ruim para a grande maioria das nações”, explicou, mencionando o termo “trumpulência”, a turbulência global causada pelo presidente norte-americano.

A economia brasileira e mundial foi abordada pelo economista e professor de Economia da UFRGS Marcelo Portugal. Segundo ele, as perspectivas para a economia brasileira são complicadas, não apenas neste ano, mas para os dois próximos.

“O ano que vem vai ser tudo empurrado com a barriga”, definiu, referindo-se às eleições.

“Vai ser um problema muito grave em 2027”, projetou. Portugal explicou que o país cresceu 1,3% no primeiro trimestre, mas que agora os números perderam fôlego. “E em 2026 vamos empurrar os problemas para frente. Ninguém vai tratar de problemas estruturais da economia brasileira”, lamentou. “Infelizmente, o nosso maior problema, que é o fiscal, não vai ser resolvido”, disse.

O economista-chefe da federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, descreveu a situação fiscal do Brasil como bastante comprometedora, uma vez que o governo federal não promove ações para reduzir suas despesas.

“Apesar dos bons números do agronegócio, o setor não é uma ilha, ele é parte de um grande navio, e esse navio é a nossa economia. Estamos com uma Selic de 15% e a mortalidade das empresas vai aumentar”, previu.

“Assim como a mortalidade de produtores rurais será enorme. Aliás, já está sendo”, completou. (Correio do Povo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1884 de 11 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O volume de produção leiteira permanece no ápice da curva sazonal, e houve expressivo incremento nas propriedades conduzidas em sistema de produção a pasto. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas intensas têm dificultado o manejo das propriedades leiteiras, causando degradação das pastagens, maior demanda por silagem e aumento na ocorrência de mastites associadas ao acúmulo de barro, o que compromete a comercialização do leite em um período de alto potencial produtivo. 

Na de Ijuí, observa-se aumento nos casos de elevação da Contagem de Células Somáticas (CCS), indicador que tem gerado preocupação entre os produtores devido ao risco de comprometimento da saúde do úbere, especialmente pela maior incidência de mastites. 

Na de Passo Fundo, a bovinocultura de leite está estável, e os rebanhos apresentam boas condições sanitárias e nutricionais, assegurando níveis de produção dentro do esperado.

Na de Santa Maria, a baixa luminosidade compromete o desenvolvimento das pastagens cultivadas, resultando em oferta limitada de forragem e impactando negativamente o escore corporal dos animais. 

Na de Santa Rosa, os dias ensolarados intercalados com chuvas favoreceram o crescimento das forrageiras e o bem-estar animal, ampliando o consumo de alimentos a campo. (Emater/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 37/2025 – SEAPI

Os últimos sete dias foram marcados por chuva e diminuição da temperatura em grande parte do Rio Grande do Sul. 

As forrageiras apresentam bom desenvolvimento, principalmente o azevém, que garante elevada produção de massa verde. As aveias de ciclo curto estão em fase final, com menor oferta de forragem. Já as espécies anuais de verão encontram-se em emergência, com semeaduras escalonadas. 

O volume de produção da bovinocultura de leite permanece no ápice da curva sazonal, e houve expressivo incremento nas propriedades conduzidas em sistema de produção a pasto. No entanto, nas áreas de maior precipitação houve dificuldade no manejo dos animais, causando degradação das pastagens, maior demanda por silagem e aumento na ocorrência de mastites associadas ao acúmulo de barro. 

Nos próximos dias, o tempo deverá permanecer estável em parte do Rio Grande do Sul, com destaque para a elevada amplitude térmica. 

Na sexta-feira (12/09) e sábado (13/09), o tempo seguirá estável e seco em grande parte do território gaúcho. Não há previsão de chuvas significativas, e as temperaturas apresentarão amplitude térmica elevada, ou seja, com noites frias e tardes mais quentes. No domingo (14/09), as temperaturas médias irão se elevar, principalmente na porção oeste do estado, e há possibilidade de chuva apenas em pontos isolados. 

Na segunda-feira (15/09) e terça-feira (16/09), um sistema de baixa pressão deverá se formar próximo ao estado do Rio Grande do Sul, favorecendo a ocorrência de chuvas ao longo desses dois dias. Por fim, na quarta-feira (17/09), com o afastamento do sistema, o tempo voltará a permanecer estável 
em grande parte do território gaúcho.

De forma geral, os totais esperados oscilarão entre 5 e 30 mm na maioria das regiões e somente no extremo sudeste não deve ocorrer precipitação. Em alguns municípios das regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Central e Metropolitana os volumes previstos podem alcançar os 50 milímetros acumulados. (Seapi)


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Exportações aquecidas elevam preços no BR
 Soja vêm subindo neste início de setembro o grão e de óleo tem acirrado a disputa entre consumidores domésticos e estrangeiros e elevado os prêmios de exportação. Os preços da soja vêm subindo neste início de setembro, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o bom desempenho dos embarques brasileiros de soja em grão e de óleo tem acirrado a disputa entre consumidores domésticos e estrangeiros e elevado os prêmios de exportação. Além disso, pesquisadores explicam que a valorização do dólar frente ao Real aumenta a competitividade do produto nacional e estimula as negociações internas. De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 9,33 milhões de toneladas de soja em agosto. Apesar da queda de 23,8% frente a julho – movimento comum para o período –, o volume foi recorde para o mês. No acumulado de 2024 (janeiro a agosto), os embarques totalizaram 86,5 milhões de toneladas, também recorde. (Cepea Via Terra Viva)
 

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Porto Alegre, 11 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.478


Radiografia da Agropecuária Gaúcha | RS exporta lácteos a 44 países, mas depende de importações

Em 2024, o leite gerou R$ 7,92 bilhões no RS. O estado exportou US$ 24 mi, mas importou US$ 83,4 mi, segundo a Radiografia da Agropecuária Gaúcha.

Leite no RS foi destaque na edição 2025 da Radiografia da Agropecuária Gaúcha, lançada neste mês pelo Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O documento oficial detalha números de rebanho, produção, valor econômico e comércio exterior da bovinocultura de leite gaúcha, evidenciando tanto a relevância social quanto os desafios de mercado.

Segundo a publicação, em 2025 o rebanho declarado do Rio Grande do Sul soma 1,04 milhão de bovinos destinados à atividade leiteira.

Em 2023, a produção totalizou 4,14 bilhões de litros de leite, movimentando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 7,92 bilhões em 2024. Esses números confirmam o peso estratégico do setor dentro da economia agropecuária estadual.

Comércio exterior: exportações limitadas, importações elevadas
Os dados mostram que, em 2024, o Rio Grande do Sul exportou lácteos para 44 países, gerando US$ 24 milhões em receitas, o que garantiu ao estado a terceira posição no ranking nacional de exportadores.

O principal destino foi Cuba, que absorveu US$ 18,4 milhões em produtos lácteos gaúchos, equivalente a 76,7% do total exportado. Em seguida aparecem Uruguai (US$ 2 milhões; 8,5%), Chile (US$ 1,3 milhão; 5,3%), Filipinas (US$ 1,2 milhão; 5,0%) e Paraguai (US$ 0,5 milhão; 2,4%).

Por outro lado, as importações de lácteos foram significativamente mais altas, atingindo US$ 83,4 milhões no mesmo ano.

O destaque absoluto foi o Uruguai, responsável por 97,1% do valor importado (US$ 80,9 milhões e 24,7 mil toneladas). Outros fornecedores tiveram participação marginal, como Itália (1,6%), Estados Unidos (0,9%), Argentina (0,3%) e Países Baixos (0,2%).

Esse desequilíbrio evidencia a forte dependência externa, sobretudo do mercado uruguaio, que domina o abastecimento do estado.

Estrutura produtiva e industrial
A Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025 mostra também a capilaridade da atividade leiteira. O RS conta com pouco mais de 30 mil propriedades que têm no leite uma fonte de renda.

O estado abriga 240 estruturas de industrialização, sendo a maioria (69%) vinculada ao Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Outros 13% estão sob a Coordenação de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA) e 18% no Sistema de Inspeção Federal (SIF).

A publicação destaca ainda que a profissionalização crescente, aliada à adoção de novas tecnologias, tem sido tendência e necessidade para a continuidade da atividade no campo.

Perfil do rebanho
O levantamento detalha a composição etária dos animais no estado. Em 2025, havia:

202.141 bovinos de 0 a 12 meses,

174.625 de 13 a 24 meses,

141.715 de 25 a 36 meses,

526.012 com mais de 36 meses.

Esse perfil indica predominância de animais adultos, essenciais para manter a produção estável em um cenário de custos elevados e competição internacional.

Principais municípios produtores
De acordo com a Radiografia, os dez maiores rebanhos leiteiros do estado em 2025 estão localizados em: Santo Cristo, Augusto Pestana, Crissiumal, Cândido Godoi, Ijuí, Campina das Missões, Marau, São Francisco do Sul, Ibirubá e Três Passos.

Essa distribuição reforça a relevância regional da bovinocultura de leite, presente em praticamente todos os municípios gaúchos.

Reflexões e desafios
Os dados oficiais escancaram um paradoxo: enquanto o Rio Grande do Sul é referência em produção leiteira e mantém exportações consistentes, a balança comercial do setor segue deficitária, puxada pela alta dependência do Uruguai.

Para os produtores e indústrias locais, o desafio passa por ampliar a competitividade, reduzir custos e diversificar destinos comerciais.

A profissionalização crescente e a introdução de novas tecnologias surgem como caminhos estratégicos para enfrentar um mercado cada vez mais globalizado. Acesse na integra clicando aqui. (Edairy News)


Pesquisa trimestral do leite: captação formal de leite atinge recorde histórico
 
Com estabilidade climática e maior formalização, Brasil registra crescimento de 9,4% na captação de leite, totalizando 6,5 bi de litros no 2º trimestre.
 
De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal no Brasil totalizou 6,502 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, avanço de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024 — resultado superior ao já expressivo número divulgado na prévia da pesquisa. Na comparação com o trimestre anterior, houve ainda leve alta de 0,17%, movimento atípico para esta época do ano, geralmente marcada pela entressafra e pela redução da oferta devido às condições climáticas mais secas.
 
Gráfico 1. Evolução do 2º trimestre da Captação de leite no Brasil
 

 
Esse desempenho fez do segundo trimestre de 2025 o maior volume já registrado para o período na série histórica acompanhada pelo IBGE.
 
Gráfico 2. Captação Mensal de Leite - Brasil
 

 
Desempenho mensal
 
Tabela 1. Captação total mensal de leite no Brasil
 

 
Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado
 
Os estados que mais contribuíram para o resultado nacional foram Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Minas Gerais manteve a liderança, com 1,55 bilhão de litros no trimestre, crescimento de 5% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O Paraná aparece em seguida, com pouco mais de 1 bilhão de litros e alta expressiva de 13,4%. Santa Catarina, por sua vez, registrou 824 milhões de litros, incremento de 8% na mesma base de comparação.
 
Em termos proporcionais, o destaque ficou com o Ceará, que apresentou expansão de 22% frente ao mesmo trimestre de 2024, alcançando 124,7 mil litros de leite captados no trimestre.
 
Gráfico 4. Variação percentual da Captação Formal (2º trimestre: 2025 vs 2024)
 

 
Entre as regiões, o Sul liderou em volume absoluto, com 2,6 bilhões de litros no trimestre, crescimento de 13%. Na sequência, o Nordeste apresentou avanço de 9,9%, impulsionado principalmente por Ceará (22%), Piauí (21,8%), Rio Grande do Norte (15,3%) e Sergipe (13,4%).
 
As demais regiões também registraram resultados positivos: Centro-Oeste (+9,5%), Sudeste (+6%) e Norte (+4,5%). Esse desempenho evidencia a recuperação generalizada da produção nacional no período.
 
O que influenciou no aumento da captação?
O crescimento expressivo da captação no segundo trimestre de 2025 pode ser explicado por um conjunto de fatores. Entre eles, destaca-se a rentabilidade ao produtor ainda em patamares satisfatórios, que tem estimulado investimentos em tecnologia e manejo, inclusive confinamentos, favorecendo a diminuição dos efeitos típicos da entressafra.
 
Outro ponto relevante é a maior formalização da produção, também associada à melhora da rentabilidade, que tem reduzido a participação de volumes comercializados de forma irregular e ampliado o registro oficial da captação.
 
Adicionalmente, a ausência de adversidades climáticas significativas colaborou para o desempenho positivo. Diferentemente de 2024, quando enchentes no Sul prejudicaram a atividade, o segundo trimestre de 2025 foi marcado por maior estabilidade climática, o que favoreceu a produção em diferentes regiões do país.
 
Expectativas para o próximo trimestre
As expectativas para o próximo trimestre apontam para a continuidade do aumento na captação de leite, uma vez que o terceiro trimestre, historicamente, coincide com o início período das águas e com a safra no Sul, principal região produtora do país. A coleta deve se manter aquecida, sustentada por indicadores de rentabilidade ainda favoráveis ao produtor ao longo desse período. No entanto, a variação percentual tende a ser menos expressiva, já que a base comparativa do segundo trimestre de 2025 frente a 2024 é impactada pelas enchentes ocorridas no Sul, que reduziram a produção no ano anterior. (Milkpoint)
 

Ranking global de laticínios 2025: os destaques e tendências para 2026
Rabobank Global Dairy Top 20 2025: Lactalis domina, Nestlé perde fôlego e empresas como Emmi e Sodiaal se aproximam do ranking. Saiba mais!
 
A lista anual do Rabobank traz poucas surpresas este ano, mas as atividades de fusões e aquisições pendentes podem provocar mudanças significativas em 2026. Oito empresas trocaram de posição no ranking Global Dairy Top 20 de 2025, mas não houve novos entrantes nem saídas entre os maiores players do setor.
 
No entanto, mudanças relevantes estão a caminho para 2026, já que empresas como Unilever, DMK e Fonterra ainda não concluíram processos de fusão e desinvestimento em andamento.
 
Top 20 Global de Laticínios – Rabobank 2025
Com base no faturamento de vendas de laticínios de 2024 estimado por meio dos demonstrativos financeiros, transações de fusões e aquisições concluídas de 1º de janeiro de 2025 a 30 de junho de 2025.
 

 
As cinco maiores empresas com base nas vendas de laticínios permaneceram as mesmas este ano, com Lactalis, Nestlé e Dairy Farmers of America ocupando os três primeiros lugares, seguidas por Danone e Yili.
 
A Arla trocou de posição com a Fonterra, ficando em 6º e 7º lugares, respectivamente, mas a gigante neozelandesa – que recentemente concordou em vender seus negócios globais de consumo e associados para a Lactalis – deve cair para a 10ª posição no próximo ano, uma vez concluído o acordo.
 
“O apetite da Lactalis por aquisições parece insaciável”, informou o RaboResearch, acrescentando que a multinacional francesa pode ampliar sua liderança no topo em US$ 10 bilhões no futuro, especialmente diante da fraca concorrência da Nestlé, que ocupa o segundo lugar.
Maior crescimento de receita: Saputo
A canadense Saputo aumentou sua receita em 8,4% – mais do que qualquer outro membro da lista das 20 maiores – ao melhorar o desempenho em todas as divisões, exceto na Argentina. A empresa reforçou sua eficiência ao transferir a produção para mais perto de casa e reduzir custos duplicados.
 
Já a gigante suíça Nestlé “continua enfrentando desafios em seu segmento de laticínios”, segundo o Rabobank, com vendas estáveis em cerca de US$ 24 bilhões pelo terceiro ano consecutivo. “Suas duas divisões relacionadas a laticínios (produtos lácteos & sorvetes e nutrição & ciências da saúde) registraram queda no faturamento na Europa, América do Norte, Ásia e América Latina”, destacaram os analistas do banco. “De acordo com o relatório anual da Nestlé, apenas China e Taiwan mostraram crescimento, especificamente no segmento de nutrição & ciências da saúde.”
 
Europa: fusões e aquisições podem mudar posições
Não houve mudanças significativas nas posições de cooperativas do noroeste europeu, como Arla Foods e FrieslandCampina, embora a DMK – que anunciou planos de fusão com a Arla Foods – tenha registrado queda de 6,7% na receita após a saída de grandes produtores da cooperativa e, consequentemente, menos leite processado.
 
A Sodiaal, que adquiriu a Yoplait Canadá da General Mills, pode melhorar sua posição no ranking no próximo ano.
 
Enquanto isso, a Savencia subiu no ranking após concluir a aquisição da empresa argentina Williner, adicionando cerca de € 295 milhões (US$ 344 milhões) ao seu faturamento.
 
A Danone, por sua vez, concluiu desinvestimentos estratégicos, como a venda da Horizon Organic, ao mesmo tempo em que manteve crescimento em seu segmento de laticínios e aumentou sua receita em 4%.
 
Movimentos para 2026: Emmi Group é “forte candidato” ao Top 20
A suíça Emmi Group está entre as empresas que podem entrar na lista do Rabobank no próximo ano. A fabricante do Emmi Café Latte poderia assumir o lugar da DMK e quase entrou no ranking de 2025 após gerar faturamento de US$ 5,4 bilhões.
 
O Rabobank aponta que tendências cambiais favoráveis e o alto preço do leite suíço podem impulsionar ainda mais a empresa no próximo ano.
 
Enquanto isso, a Arla deve desafiar a Danone pela 4ª posição caso a fusão com a DMK seja concluída como esperado; e a FrieslandCampina pode alcançar o 6º lugar com base em seu acordo com a Milcobel.
 
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 

Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Oferta limitada sustenta cotações
Atentos às recentes valorizações nos portos e no mercado externo, vendedores brasileiros estão limitando a oferta de milho no spot e/ou pedindo preços firmes em novos negócios, apontam levantamentos do Cepea. Atentos às recentes valorizações nos portos e no mercado externo, vendedores brasileiros estão limitando a oferta de milho no spot e/ou pedindo preços firmes em novos negócios, apontam levantamentos do Cepea. Por outro lado, a demanda doméstica segue enfraquecida, contexto que impede avanços mais intensos nas cotações, explicam pesquisadores. Consumidores utilizam estoques, à espera de aumento na oferta, fundamentados na possibilidade de produtores passarem a ter necessidade de vendas. Vale lembrar que a safra deve ser recorde no Brasil e nos Estados Unidos. Já a demanda externa está se aquecendo. A exportação do milho, que apresentava fraco desempenho até o julho, tem reagido, refletindo principalmente as negociações antecipadas do cereal. Além disso, o aumento da paridade de exportação e o consequente maior interesse de vendas para o mercado internacional também dão suporte aos valores domésticos e mantêm expectativa de novos avanços. O ritmo de embarques diário de agosto/25 superou em 18% o observado em agosto/24, com volume escoado também 13% maior na mesma comparação, somando 6,84 milhões de toneladas, segundo dados da Secex analisados pelo Cepea. (Cepea Via Terra Viva)
 

 


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Porto Alegre, 10 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.477


Sindilat apoia exclusividade do termo “leite” para produtos de origem animal

Para assegurar que a palavra “leite” seja usada exclusivamente em produtos de origem animal e, com isso, defender o direito de escolha do consumidor, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoiou, em audiência pública na Câmara dos Deputados, a aprovação do Projeto de Lei 10.556/2018, que prevê a proibição do uso da denominação em produtos de origem vegetal.

“Trata-se de assegurar que o consumidor tenha clareza sobre o que está adquirindo. Leite é alimento de origem animal, e essa diferenciação precisa estar expressa”, destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. “Seria absurdo oferecer tofu de origem animal ou uma bebida de soja com leite de vaca”, comparou, ao lembrar que algumas marcas de produtos vegetais se apropriam de imagens e de termos próprios dos laticínios em seus rótulos. “Isso gera confusão para o consumidor, desvaloriza e ameaça a sustentabilidade do setor lácteo, além de prejudicar os produtores”, reforçou o dirigente.

No debate, o Sindilat indicou ainda que produtos vegetais precisam de rotulagem clara, sem induzir o consumidor ao erro. Além disso, as bebidas vegetais devem ser comercializadas com denominações próprias, não como substitutas do leite e os rótulos devem destacar ausência de leite e indicar composição/alergênicos de forma evidente.

O debate, realizado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços na terça-feira (09/09), atendeu ao requerimento do deputado federal Heitor Schuch (RS) e reuniu representantes do ramo do leite de todo o Brasil no debate do projeto de autoria da deputada federal Tereza Cristina (MS). (Sindilat)


Capital do leite ganha centro para formar próximas gerações de produtores

Pensando nas próximas gerações de produtores de leite, a cidade de Castro (PR) deu início à criação de um complexo educacional que deve se tornar referência para a cadeia leiteira. Considerada a capital nacional do alimento, o município de cerca de 73 mil habitantes é responsável pela ordenha anual de mais de 420 milhões de litros do produto, quase 10% de toda a produção paranaense. 

O Centro de Excelência em Bovinocultura de Leite – uma iniciativa da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) em parceria com o Sindicato Rural de Castro, a prefeitura da cidade e a cooperativa Castrolanda – será voltado à formação de mais de 500 profissionais para toda a cadeia produtiva do setor, por meio de cursos técnicos e de especialização reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

Com previsão de iniciar as atividades em 2027, o empreendimento receberá investimentos de mais de R$ 35 milhões, com o objetivo de tornar-se um marco na capacitação para o setor lácteo no país. O complexo, com oito blocos, ocupará uma área de 4,3 mil m² em um terreno de quatro hectares. 

O lançamento da pedra fundamental da estrutura foi realizado durante a 25.ª edição do Agroleite, evento técnico anual realizado no mês de agosto.

“É a consolidação de uma conquista que foi possível graças a uma união de propósitos em torno dessa cadeia produtiva, que está em 399 municípios paranaenses, gerando emprego, renda e riqueza”, disse o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. 

Responsável por cerca de 4,5 bilhões de litros de leite anuais, o Paraná é hoje o segundo maior produtor do país, atrás apenas de Minas Gerais.

A iniciativa faz parte de um projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade vinculada a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da qual a Faep é integrante. Atualmente, há três centros de excelência em operação no país: de fruticultura, em Juazeiro (BA), bovinocultura de corte, em Campo Grande (MS), e cafeicultura, em Varginha (MG).

“O leite talvez seja a cadeia mais pulverizada, geograficamente, mais dispersa pelos municípios”, destacou o diretor de Inovação e Conhecimento do Senar Nacional, André Sanches.

De acordo com a Faep, Castro tem um rebanho de 53,4 mil vacas ordenhadas, com produção média anual de 8,4 mil litros por animal, quase quatro vezes a média nacional, de 2,2 mil litros. 

O desempenho em produtividade no município se aproxima de líderes da pecuária leiteira mundial, como Estados Unidos e Alemanha, e supera o de países como a França e Nova Zelândia. 

A produtividade e a qualidade do leite de Castro resultam de um cuidado extremo dos criadores de gado da região, que incluem a separação de vacas no período entre lactações, controle de temperatura nos currais, camas secas e ambientes adequados para animais em pré-parto, por exemplo. (Gazeta do Povo)

Boletim de Preços - Mercado de Leite e Derivados - Agosto de 2025

Preços dos lácteos seguem em queda e Spot com recuo expressivo
Os preços dos principais derivados lácteos mantiveram viés baixista. O queijo muçarela registrou queda mais acentuada, devido ao aumento da oferta e maior pressão de vendas. O mercado de leite UHT também apresentou um movimento de ligeira desaceleração nos preços. O leite em pó seguiu o mesmo caminho e sofrendo a concorrência das importações. No leite Spot, as cotações arrefeceram ao longo das últimas quinzenas, com maior volume de leite sendo ofertado e menor interesse dos compradores. Estoques com ligeiro aumento, forte competição entre laticínios e os varejistas buscando recuperação de margens tem mantido o mercado de lácteos mais baixista.

Conseleites indicam recuo

As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em agosto apontaram queda nas projeções em todos os estados acompanhados. Paraná e Rio Grande do Sul registraram reduções mais acentuadas, enquanto Santa Catarina e Minas Gerais apresentaram recuos moderados. Mas o movimento geral foi de baixa, em linha com os preços no mercado atacadista de derivados. 

Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido
IBGE: Trimestrais da pecuária - Aquisição de leite teve alta de 9,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior
No 2º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru foi de 6,50 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 9,4% em relação ao 2° trimestre de 2024, e uma redução de 1,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos para um segundo trimestre de toda a série histórica. Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor que foi de R$ 2,75, ocorreu aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 0,4% em relação ao 1º trimestre de 2025. A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 40,7% do total, seguida pelas regiões Sudeste (35,9%), Centro-Oeste (10,5%), Nordeste (9,4%) e Norte (3,5%). No comparativo do 2º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 559,06 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 20 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (+122,06 milhões de litros), Paraná (+120,04 milhões de litros) e Minas Gerais (+74,15 milhões de litros). No sentido oposto, as reduções mais significativas ocorreram no Espírito Santo (-3,98 milhões de litros), Alagoas (-2,64 milhões de litros) e Mato Grosso (-2,51 milhões de litros). Minas Gerais liderou o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (15,7%) e Santa Catarina (12,7%) (IBGE)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.476


Leite do RS mira futuro sustentável e inovador 

Setor do leite gaúcho debate sustentabilidade e inovação na Expointer 2025, com foco em novas políticas e potencial da cadeia.

A produção de leite no Rio Grande do Sul esteve no centro do debate sobre sustentabilidade e inovação durante a 48ª Expointer, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
O painel “Caminhos para o leite – sustentabilidade e inovação”, promovido pelo Centro de Inteligência do Agro da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), reuniu representantes da indústria, entidades e produtores rurais no último sábado (6).

A mediação foi conduzida por Denize da Rosa, CEO da Suport D Leite, que ressaltou a importância do tema diante da implementação de novas políticas públicas estaduais voltadas para a cadeia leiteira.

Segundo ela, o objetivo foi abrir espaço para que diferentes atores do setor – indústrias, técnicos, comunidades e produtores – apresentassem suas visões.

“Esse debate, no momento de novas políticas públicas, vem para fomentar e divulgar o quanto a produção de leite apresenta um grande potencial para o nosso Estado”, afirmou.

Sustentabilidade como requisito indispensável

Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, a sustentabilidade é hoje um requisito essencial para a competitividade do leite gaúcho.

Ele destacou que a gestão responsável de recursos naturais, como água e energia, e a adoção de boas práticas na indústria e no campo já não são diferenciais, mas exigências do mercado. “Até pouco tempo, o soro era um grande passivo para o setor.

Hoje, o whey protein é altamente valorizado no consumo e um exemplo de aproveitamento tecnológico dentro da cadeia láctea”, lembrou Palharini.

A discussão também evidenciou que a sustentabilidade não se limita à produção ambientalmente correta, mas se conecta diretamente com a saúde do consumidor.

A produtora Jéssica Fachini enfatizou que práticas equilibradas entre economia, sociedade e meio ambiente resultam em um leite mais saudável, que contribui para benefícios como recuperação muscular, fortalecimento ósseo e melhor qualidade de vida.

“Nossa cartada é mostrar que sustentabilidade no campo é saúde na mesa”, destacou.

União do setor e valorização do leite
Outro ponto central do painel foi a necessidade de união entre entidades, produtores e indústria para fortalecer o setor.

Marcos Tang, presidente da Febrac, defendeu que o caminho para uma produção sólida começa pelo bem-estar animal e pelo compromisso com práticas sustentáveis. “A cadeia do leite é uma das que mais incorporam tecnologia, mas seguimos sendo alvo de críticas.

Está na hora de mostrarmos a qualidade e o valor do nosso produto, que é um dos alimentos mais completos depois do leite materno”, afirmou.

Tang também ressaltou que, embora os produtores já tenham avançado em aspectos técnicos e de manejo, ainda há um longo percurso em termos de marketing e comunicação. “O produtor já entendeu a importância da sustentabilidade, mas precisamos comunicar melhor essa evolução para a sociedade”, completou.

Inovação como motor de transformação
A presença de indústrias, técnicos e representantes do governo reforçou que a inovação é uma das principais aliadas do setor.

Desde tecnologias de reaproveitamento de subprodutos até ferramentas digitais de gestão e monitoramento da produção, o avanço tecnológico tem permitido aumentar a eficiência, reduzir impactos ambientais e abrir novos mercados para produtos derivados do leite.

O evento na Expointer mostrou que há um consenso crescente sobre a necessidade de alinhar as demandas de mercado – cada vez mais orientadas para produtos sustentáveis e saudáveis – com a realidade do produtor gaúcho, que enfrenta desafios como custos elevados, volatilidade de preços e necessidade de modernização constante.

Um futuro promissor, mas desafiador
A conclusão do painel reforçou que a cadeia láctea do Rio Grande do Sul possui um enorme potencial para se tornar referência em sustentabilidade e inovação no Brasil, mas que isso exige continuidade de políticas públicas, incentivo à pesquisa, capacitação de produtores e estratégias de comunicação mais assertivas para reconectar o setor com o consumidor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Correio do Povo


Projeto piloto de rastreabilidade bovina foi lançado durante a Expointer

Cinquenta propriedades voluntárias vão participar do projeto piloto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O lançamento do projeto foi realizado nesta quinta-feira (4/9), na Casa do Fundesa, durante a Expointer.“A Seapi vem discutindo sobre rastreabilidade desde 2017, começando pelo gado leiteiro nas propriedades certificadas como livres de brucelose. Hoje temos 100 mil bovinos de leite identificados. A partir dessa experiência, entendemos que o estado já tem uma base de rastreamento que atende aos padrões do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB)”, destacou o secretário adjunto Marcio Madalena.

A rastreabilidade individual de bovinos é um sistema que permite acompanhar todo o ciclo da vida de um animal, dados sobre sua raça, sexo, idade, vacinas, até o abate. Esses dados ficam em um sistema, vinculado a um número de registro de um brinco ou bóton. A partir de um grupo técnico formado por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgãos estaduais de sanidade agropecuária e associações de produtores, foi elaborado um plano estratégico para a implementação do PNIB, com escalonamento de prazos que totalizam oito anos de adaptação até a adoção obrigatória, a partir de 2033. "O Rio Grande do Sul tem interesse em ser pioneiro na implementação da rastreabilidade", frisou o secretário.

As 50 propriedades que irão participar do projeto piloto estão sendo selecionadas pelo Serviço Veterinário Oficial. “Mais de 20 municípios terão propriedades selecionadas, com diferentes características de produção, como leite e corte, ciclo completo, recria e terminação. Será com uma distribuição geográfica que nos dá um retrato fidedigno da agropecuária gaúcha”, complementou Madalena.

O secretário contou que o projeto foi desenhado a partir de conversas com uma grande diversidade de entidades e produtores, ligados aos segmentos de corte e leite, com estrutura empresarial ou familiar. O cronograma prevê que o projeto piloto seja concluído na Fenasul/Expoleite 2026 para, a partir dele, ser elaborado o Plano Estadual de Rastreabilidade Individual. “Praticamente todos os segmentos da pecuária no Rio Grande do Sul estiveram na discussão para a elaboração do projeto. O nosso plano estadual será escrito de dentro da porteira, para depois ir ao gabinete da secretaria”, frisou.

Três propriedades gaúchas já utilizam o sistema de rastreabilidade individual bovina e estão com animais participando da feira. “A Expointer já está com animais identificados de acordo com o que prevê o PNIB. Não poderíamos apresentar o projeto piloto só na projeção, queríamos apresentar já em funcionamento”, concluiu Madalena.

Durante o evento, também foi assinado um protocolo de intenções entre a Seapi e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para integração entre os sistemas de defesa agropecuária dos dois estados. (Expointer)

 

Países da América do Sul puxam alta global do leite em 2025
 
Dados referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo: países do Cone Sul puxando a alta. Confira a análise detalhada!
 
Dados compilados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo.
 
Na média dos países e blocos considerados, a produção cresceu 1,05%, com algumas regiões (União Europeia, China e Austrália) tendo redução de produção e, outras apresentando forte aumento. 
 
O que chama a atenção é que os 4 países que mais cresceram percentualmente foram Argentina (11,7%), Chile (8,0%), Brasil (6,2%) e Uruguai (5,7%). Todos do Cone Sul!
 
Tabela 1. Países/Blocos com suas variações interanuais acumuladas. Período de janeiro a junho de 2025.
 

 
Ainda que seja importante ressalvar que a Argentina venha de uma base muito fraca, em função da forte queda de 12,5% frente ao primeiro semestre de 2023, e que o Uruguai também vinha de queda, embora menor (4,0% frente ao primeiro semestre de 2023), a liderança no crescimento mundial nos países do Cone Sul não deixa de ser relevante, representando uma reversão de uma tendência de mais de uma década.
 
Após atingir 10,3% da produção mundial de leite bovino em 2011, a América do Sul foi perdendo gradativamente participação, alcançando 8,67% em 2023, segundo a FAO.
 
Gráfico 1. Dados da participação sobre o total produzido.
 

 
Fonte: FAO STATS
 
Embora cada país tenha a sua história, como por exemplo o processo de aumento de escala e profissionalização que começa a dar um contorno diferente para o leite brasileiro, influenciando a oferta, é interessante pensarmos sobre o porquê o esquecido Cone Sul ter liderado o crescimento global.
 
Minha visão é que esse crescimento inusitado reside em uma combinação de fatores:
 
Clima: parte da região tem sofrido hora com duras secas, hora com fortes chuvas. O primeiro semestre de 2025 foi tranquilo nesse sentido.
 
Ambiente institucional: principalmente na Argentina, o ambiente político-econômico parece mais calmo, o que favoreceu a retomada dos investimentos que haviam sido adiados em 2024
 
Relação de troca: o primeiro semestre foi bom para o produtor de leite praticamente no mundo todo. Aí entra o quarto fator que explica o maior crescimento no nosso continente:
 
Condições propícias para o crescimento: menor regulamentação ambiental, se comparado a Europa e Nova Zelândia; sem restrição hídrica crônica, se comparado a Austrália e parte dos EUA; disponibilidade farta de insumos (milho, soja, etc)
 
A reflexão que se pode fazer é que o Cone Sul foi um carro que andou por mais de 10 anos com o freio de mão puxado. Ora era o clima, ora era a economia, ora era a política que fazia o papel de freio (às vezes, alguns desses fatores juntos). De repente, nesse primeiro semestre de 2025, os astros se alinharam positivamente para o leite na região.
 
As projeções feitas por agências e bancos especializados não apontam que a região vai mudar seu papel como fornecedora de leite no mundo. Porém, essas projeções muitas vezes olham com os olhos do passado, porque prever uma mudança de curso é sempre arriscado.
 
Esse primeiro semestre de 2025 nos dá uma pista de que as coisas podem ser diferentes no futuro, desde que tenhamos as condições adequadas. Nesse cenário, podemos crescer mais do que os outros e ser, enfim, mais protagonistas no mercado externo.
 
Oferta e demanda: o desafio
Percentagens são sempre uma maneira de ver os números. Além da questão do comparativo já comentado acima, em que uma base histórica muito fraca pode distorcer a análise, é sempre interessante ver também o aumento absoluto, que sofre influência do volume total produzido.
 
Nesse sentido, apesar do aumento de 11,7% verificado pela Argentina, o acréscimo de cerca de 500 milhões de litros no semestre é próximo ao dos Estados Unidos, que cresceu somente 1%, mas a partir de um volume muito maior.
 
Mais interessante ainda: o maior aumento em volume no mundo no primeiro semestre foi justamente do...Brasil (considerando os dados do IBGE), com acréscimo de mais de 760 milhões de litros.
 
Esse acréscimo no Brasil (aliado ao leite importado que ainda entra em bons volumes) é o que está desafiando os preços nesse momento. Não é que a demanda esteja fraca; é que a quantidade ofertada aumentou muito. Em valores per capita, a disponibilidade aparente em 2025 deve chegar a 178 kg/pessoa/ano, contra 175 kg no ano passado, segundo apontam as estimativas da MilkPoint Ventures e está ilustrado no gráfico abaixo.
 
Gráfico 2. Disponibilidade per capita de leite.
 

 
Aliás, vale notar que é o terceiro ano de recuperação no consumo aparente, representando uma mudança de cenário se compararmos ao período entre 2011 e 2022, quando ficamos andando de lado, oscilando em torno dos 165-172 kg. Como nós raramente olhamos sob uma perspectiva menos de momento, acabamos não vendo isso. Mas é uma mudança, uma retomada.
 
O desafio é evidente: mantendo-se esse crescimento na oferta, como continuar dando vazão a esse volume no mercado interno?
 
Há espaço para ocupar parte do leite importado no ano que vem, caso os preços externos/câmbio e sua relação com os preços internos resulte em cenário desfavorável para importar. Mas mesmo que isso ocorra, e depois?
 
Substituídas as importações, haverá um limite para o crescimento da oferta interna se o nosso campo de batalha for o mercado interno. É pouco realista apostar em crescimento de consumo total da ordem de 3-4% ao ano, continuamente. O caminho, então, será a exportação.
 
Mas, a dúvida que fica é: conseguiremos jogar esse jogo?


Jogo Rápido
Ideias em campo: o presente e o futuro do agro
Porto Alegre se transformará em um Campo das Ideias nesta quinta-feira. É quando ocorre o evento que leva esse nome, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), e que se propõe a ser uma grande arena de troca de ideias sobre temas relevantes para o agro. – Fizemos uma Expointer legal, com muito público mas o volume de negócios demonstra a fragilidade da situação. A gente sabe que o agro tem um papel estratégico nessa situação – pondera o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli. Diante dos desafios que se colocam, a ideia foi trazer analistas, pensadores, formadores de opinião, com histórico de políticas públicas no Brasil, experiências para “nos fazer repensar, refletir em outras óticas”, acrescenta o superintendente. O evento começa às 9h, no Teatro do Bourbon Country, e terá quatro painéis que vão da importância do agro ao cenário político e geopolítico. O seminário Campo das Ideias é aberto ao público e as inscrições são gratuitas. A programação completa pode ser conferida no site do Senar-RS. (Zero Hora)


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Porto Alegre, 08 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.475


Governo anuncia R$ 12 bilhões para produtores do RS

Comunicação em redes sociais do Presidente ocorreu instantes antes da abertura oficial da Expointer

Um pouco antes da abertura da Expointer, evento com a presença de autoridades, incluindo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e também protestos de produtores, o presidente Luiz Inácio da Silva anunciou, por meio de suas redes sociais, a liberação de R$ 12 bilhões em apoio aos agricultores gaúchos atingidos pelos problemas climáticos.

“Assinei medida provisória para renegociação de dívidas em condições especiais. Serão R$ 12 bilhões do Tesouro para serem operados pelos bancos”, disse Lula, que lembrou que nos últimos anos as “secas prolongadas e enchentes provocaram grandes perdas aos nossos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra”. “Por isso tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, acrescentou.

“A medida vale para pequenos, médios e grandes produtores com duas grandes perdas nos últimos cinco anos em municípios que decretaram calamidade duas vezes neste período”, lembrou.

Conforme Lula, a expectativa é beneficiar 100 mil agricultores, 96% destes pequenos e médios agricultores inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. O pequeno terá acesso a até R$ 250 mil de crédito com taxa de 6% ao ano.

Já o médio, a até R$ 1,5 milhão com taxa de até 8%, enquanto os demais, até R$ 3 milhões e taxas de até 10% ao ano. “Não é perdão, é renegociação responsável. Os produtores terão até nove anos para pagar, com um ano de carência pra se reorganizar e poder plantar”, lembrou. E ainda mencionou terem sido criados estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações voltam a apresentar queda

Agosto registra redução de importações de lácteos, exportações estáveis e movimentações fortes em queijos, soro e leite em pó integral.

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou menores importações no mês de agosto. Com um total de -155,4 milhões de litros em equivalente-leite, agosto apresentou um avanço de 10,97 milhões de litros em relação ao mês anterior, saldo menor do que em julho, já que as importações voltaram a apresentar queda, mas as exportações apresentaram certa estabilidade.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em agosto, as exportações de lácteos somaram 5,16 milhões de litros em equivalente-leite, sendo esse um leve recuo de 4,8% em relação a julho, no comparativo com agosto do ano anterior houve um aumento de 26,8%. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações totalizaram 160,5 milhões de litros em equivalente-leite em agosto, com recuo mensal de 6,53%. Em relação a agosto de 2024, a redução foi de 12,15%, como ilustra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 
Em agosto, as exportações de lácteos apresentaram um cenário diversificado entre os principais produtos. O leite UHT foi um produto que apresentou grande retração nas exportações (-63%), assim como o leite em pó integral (-67%). O leite condensado também foi outro produto que apresentou forte queda de -31%, e a manteiga também (-26%). Já os queijos totais apresentaram alta de 45% em relação ao mês passado, o soro de leite também apresentou maior exportação, com alta de 25%. 

Em relação às principais categorias de lácteos importados apresentaram movimentações predominantemente negativas. O leite em pó desnatado registrou a queda mais expressiva, com redução de 26% nas importações em relação ao mês anterior, o soro de leite também apresentou retração de 14%. Por outro lado, algumas exceções pontuais foram observadas: os queijos tiveram um discreto aumento de 7% nas importações.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em agosto de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em julho de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
A competitividade dos preços dos produtos importados tem se mostrado mais atrativa em comparação aos nacionais. No entanto, o aumento da captação de leite no Brasil já pressiona as cotações internas e pode influenciar a dinâmica do mercado, diminuindo a competitividade.

Além disso, os preços do leite em pó no mercado internacional, como no GDT, permanecem em níveis historicamente elevados, mesmo com a queda vista no último leilão. Outro ponto de atenção é o Leilão da ONIL - Argélia, que demandou grandes quantidades de leite em pó integral e desnatado, e pode impactar na disponibilidade destes produtos para os próximos meses, e portanto, no saldo da balança.

Por outro lado, a volatilidade cambial deve ser acompanhada de perto, pois pode impactar diretamente a competitividade dos importados. (Milkpoint)

Expointer 2025 encerra com marca de 1 milhão de visitantes

Crescimento no público que visitou a feira representa um crescimento de 22,82% frente a 2023, maior recorde até então

Quando fecharam os portões da 48ª Expointer, às 20h deste domingo (7/9), a feira conquistou mais uma marca inédita. Foram 1.010.020 de visitantes durante os noves dias do evento, que aconteceu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Só neste domingo, foram 147.812 mil visitantes, batendo o público de sábado (6/9), quando havia sido registrado o marco de 143.806 pessoas, marcando o novo recorde diário. 

O maior recorde de público havia sido em 2023, com 822.340 mil visitantes. O resultado representa um crescimento de 22,82% frente a 2023. Em relação ao ano passado, quando foram registrados 662 mil pessoas, o aumento de visitante é de 52,6%.

“O Parque esteve lotado durante todos os dias, então já prevíamos alcançar a marca de 1 milhão de pessoas. É uma feira que se consolida a cada ano e encanta os visitantes, trazendo cada vez mais público. Nossa meta para a próxima edição é melhorar cada vez mais a experiência do cidadão no Parque, disponibilizando melhor infraestrutura e serviços”, afirmou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum.

Durante a tarde, houve a divulgação do balanço geral dos números da Expointer, com destaque para a venda da agricultura familiar que também teve números recordes.A 49ª Expointer acontecerá de 29 de agosto a 6 de setembro de 2026. (Expointer)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 06/09/2025
No sábado (6), o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) encerrou sua participação na 48ª Expointer contribuindo para o debate sobre o futuro da cadeia produtiva. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou como debatedor no painel “Caminhos para o Leite – Sustentabilidade e Inovação”, promovido pela Suport D Leite no estande do Governo do Estado, no Pavilhão Internacional do Parque Assis Brasil, em Esteio. O encontro reuniu lideranças do setor para discutir estratégias que garantam eficiência, competitividade e responsabilidade socioambiental na produção de leite. Durante os 25 minutos de debate, foram apresentadas diferentes visões sobre os caminhos para tornar a cadeia mais sustentável e inovadora, além de reflexões finais que reforçaram a importância da união entre indústria, produtores e poder público. Com essa participação, o Sindilat concluiu uma semana de intensa agenda de atividades, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade, a valorização dos produtores e a defesa do setor lácteo gaúcho. (Sindilat)