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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.289


Desaceleração de consumo na China mostra urgência de novos estímulos

O crescimento das vendas no varejo na China desacelerou inesperadamente em novembro, aumentando apenas 3% na comparação com o mesmo mês do ano passado

O crescimento das vendas varejistas na China ficou abaixo do esperado e perdeu força em novembro, apesar dos sinais de melhora no mercado imobiliário, o que reforça a urgência para Pequim promover mais estímulos para encorajar os consumidores a gastar.

As vendas no varejo aumentaram 3% ao ano em novembro, o menor crescimento em três meses e abaixo do piso das previsões dos analistas. A produção industrial manteve o ímpeto e cresceu 5,4%, com o lado da manufatura da economia ainda superando os gastos dos consumidores.

“Os dados mostram que a recuperação da demanda interna continua lenta, enquanto a estabilização da produção industrial provavelmente se deve a uma certa antecipação de encomendas antes das tarifas dos EUA e não é sustentável”, disse Michelle Lam, economista do Société Générale.

O índice CSI 300, referencial de ações da China, fechou em baixa de 0,54% nesta segunda-feira (16). O rendimento dos títulos de dívida referenciais de dez anos caiu 6 pontos-base no dia, para 1,72% ao ano, o menor patamar na história. O yuan ficou estável.

Os dados divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas da China nesta segunda-feira (16) reforçam a necessidade do governo de reacender a disposição dos consumidores para gastar, ainda mais após a reeleição de Donald Trump como presidente dos EUA. A ameaça de uma nova guerra comercial pode reduzir o papel das exportações como motor de crescimento da China, depois de terem sustentado quase 25% da expansão econômica em 2024.

Na semana passada, as autoridades chinesas colocaram o estímulo ao consumo como prioridade para seu trabalho econômico do próximo ano — a segunda vez que o fazem em dez anos. Embora tenham divulgado algumas das questões que estarão em foco, como a ajuda a grupos de baixa renda e a melhora da rede de segurança social, as autoridades deixaram os investidores incertos sobre a escala e os detalhes dos planos.

O fraco desempenho das vendas varejistas mostrou os limites da iniciativa governamental de estímulo ao consumo por meio de subsídios à compra de eletrodomésticos e carros. Embora as vendas dessas categorias tenham se mantido fortes em novembro, vários outros bens de consumo discricionários caíram.Os produtos cosméticos encabeçaram o declínio com uma queda de 26% nas vendas na comparação anual. Vestuário, joias, bebidas e tabaco e álcool também tiveram recuos.

“A fraqueza persistente na atividade indica a necessidade de mais apoio das políticas governamentais. Declarações de intenção firmes do Politburo e da Conferência Central de Trabalho Econômico sinalizam a iminência disso”, disseram Chang Shu e Eric Zhu, da Bloomberg Economics.

Fu Linghui, porta-voz do Agência Nacional de Estatísticas, atribuiu parte da desaceleração ao fato de o festival de compras on-line do Dia dos Solteiros — tradicionalmente realizado em 11 de novembro — ter ocorrido mais cedo neste ano, em outubro, o que reduziu as vendas em novembro.

“Observando as vendas totais no varejo em outubro e novembro, ainda foram significativamente melhores do que no terceiro trimestre”, disse Fu, em entrevista coletiva em Pequim. “Mas o impulso interno do crescimento do consumo ainda precisa ser fortalecido.”

As autoridades prometeram expandir o programa de subsídios, mas economistas alertam para o caráter temporário dos efeitos, uma vez que consumidores não tendem a repetir compras de produtos de alto valor com frequência.  O governo tem resistido a propostas de economistas nos últimos anos, de fazer uma distribuição direta de dinheiro aos consumidores, com o presidente da China, Xi Jinping, chegando a advertir que não se deve cair na armadilha do “assistencialismo”.

“O grande quadro continua sendo o desequilíbrio entre oferta e demanda, o que ainda sinaliza um panorama deflacionário”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior para a China no Australia & New Zealand Banking Group Ltd.

Outros destaques dos dados: O investimento em ativos fixos aumentou 3,3% nos primeiros 11 meses do ano, em comparação ao mesmo período de 2023, abaixo do ritmo de janeiro a outubro.

O índice de desemprego manteve-se em 5%, igual ao de outubro.

O investimento imobiliário diminuiu 10,4% no período, ligeiramente pior à queda de 10,3% nos primeiros dez meses.

Os dados decepcionantes do consumo ofuscaram sinais de melhora no assolado mercado imobiliário. Em novembro, a queda nos preços diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, reflexo dos estímulos adotados no fim de setembro, como a redução de impostos relacionados a transações.

Em novembro, as vendas de imóveis cresceram em termos anuais pela primeira vez desde a reabertura da economia no primeiro trimestre de 2023, após os lockdowns da pandemia de covid-19, de acordo com cálculos da Bloomberg Economics baseados em dados oficiais. Em área vendida, houve aumento de 2,7% em comparação a novembro de 2023, na sequência de uma queda de 1,8% em outubro.

O crescimento da produção industrial tem superado as vendas no varejo desde a pandemia, mas isso pode não ser sustentável como motor para a economia, já que o foco da China na manufatura tem levado os EUA e a União Europeia a acusarem o país de inundar seus mercados com produtos baratos.

A desaceleração na expansão econômica no trimestre passado, a mais fraca desde o início de 2023, levou as autoridades a promover cortes maiores do que os usuais nos juros e a apoiar o mercado imobiliário e o de ações. As autoridades também lançaram um programa de troca de títulos de US$ 1,4 trilhão para limitar o risco dos governos locais com suas dívidas e liberar espaço fiscal para promover a expansão.

Nos últimos meses, todas as esferas de governo aceleraram a emissão de títulos, com o financiamento líquido obtido superando a marca de 1 trilhão de yuans (US$ 138 bilhões) por quatro meses seguidos até novembro.  A China prometeu elevar a captação e os gastos públicos em 2025 como forma de estimular a demanda, mas o tamanho do aumento deverá ser modesto, sem a agressividade necessária para reverter a persistente deflação e a queda na confiança.

Os números das vendas varejistas chinesas mostram que a demanda privada continua frágil e que estímulos “priorizaram as aparências, em vez de entregar melhorias econômicas significativas”, disse Charu Chanana, estrategista-chefe da Saxo Markets. 

Isso significa que o governo “precisa adotar mais medidas fiscais direcionadas para ajudar a aumentar a confiança das empresas e dos consumidores". "Mesmo para uma recuperação tática, precisamos de mais, após uma série de largadas em falso e diante do risco à frente de tarifas”. (Valor Econômico)


Primavera deste ano apresentou condições melhores para conforto animal na produção leiteira

A primavera de 2024 apresentou condições melhores que dos anos anteriores para o conforto térmico animal. A conclusão vem das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometeorológico 79 - Especial Biometeorológico Primavera 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).

“A primavera deste ano foi menos chuvosa que a de 2023, embora com altas temperaturas do ar e umidade relativa alta”, complementa a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras da publicação. 

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. 

Situações de estresse térmico calórico para vacas leiteiras foram observadas principalmente no mês de novembro. “No período, 41% das horas avaliadas propiciaram desconforto térmico aos animais. Situações de estresse leve a moderado foram identificadas, em média, durante 23,6% do trimestre”, destaca Loana. 

As regiões do Vale do Uruguai, do Baixo Vale do Uruguai e Depressão Central, além de Ibirubá, Teutônia, São Luiz Gonzaga, e Uruguaiana, foram as que apresentaram maiores valores de estresse térmico, sendo superiores a 40% de horas avaliadas.

O potencial de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas ocorridas na primavera de 2024 foram mais elevadas em vacas de maior produção. A variação foi de 13,8% a 32% ao longo do trimestre, especialmente nas regiões de Porto Vera Cruz (Vale do Uruguai) e São Luiz Gonzaga (região Missioneira). 

“Nestes locais, os produtores rurais tiveram que ficar atentos às possíveis situações de estresse térmico a que os animais ficaram expostos, com os maiores declínios de produção de leite estimados, para evitar prejuízos econômicos na atividade leiteira”, conclui a pesquisadora.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal. O Comunicado Agrometeorológico Especial - Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

Leite/Europa: O preço da manteiga no varejo continua subindo na UE

O mais recente relatório World Quotations of Dairy da Comissão Europeia mostrou que os preços da manteiga na última semana encerrada em 24 de novembro de 2024 estão 44% acima do valor registrado na semana correspondente do ano passado. 

O leite em pó desnatado (SMP), ao contrário, está com a cotação 3% inferior em relação à mesma semana de 2023. Os preços do leite em pó integral (WMP) registraram 13% de aumento no período de um ano. 

O Ministério do Meio Ambiente, Alimentação e Agricultura do Governo britânico publicou os preços do leite e as estatísticas sobre a composição do leite para o mês de outubro. 

O preço médio do leite pago ao produtor no Reino Unido (RU), em outubro de 2024 foi de 45,17 por litro, [R$ 3,43 o litro], 4,6% acima do valor de setembro de 2024 e 22% maior em relação à media de outubro de 2023. 

O volume de leite produzido em outubro de 2024 foi de 1.217 milhões de litros, um aumento de 
5,7% em relação a setembro de 2024. O teor médio de manteiga e de proteína foi de 4,4% e 3,47%, respectivamente. De acordo com dados da Associação ZMB Dairy World consultados pelo USDA, os preços da manteiga no varejo da Alemanha continuaram subindo em outubro.

Uma pesquisa mostrou que o preço médio do pacote de 250 gramas de manteiga de marca da 
indústria era de € 2,40, 29 centavos a mais do que no mês anterior. A média de preço de marcas da distribuição foi de € 2,37. 

O preço garantido de uma grande cooperativa de laticínios europeia, [FrieslandCampina], para o mês de dezembro foi de € 57,35 por 100 kg. O aumento foi atribuído às mudanças do mercado mundial. 

Na terça-feira, antes de uma reunião de governo, o Primeiro ministro polonês anunciou que o país é contra o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul (UE-Mercosul) na sua forma atual. 
Também as autoridades sanitárias da Polônia confirmaram os primeiros casos de língua azul no país. Os casos foram detectados em gado de corte em uma fazenda no sudoeste da Polônia. O rápido aumento dos preços de alguns produtos lácteos no varejo, fez com que o governo russo iniciasse uma investigação sobre a formação dos preços de laticínios. As estatísticas mais recentes publicadas pelo Serviço Estatal Russo de Estatísticas, em novembro, relata que os preços da manteiga no varejo estão aproximadamente 30% acima dos valores de dezembro de 2023. 

As condições de seca severa persistem no Mediterrâneo, Balcãs e região do Mar Negro. O Indicador de Seca (CDI) emitiu sinal de alerta para as condições de seca na Lituânia, leste da Polônia e dos Balcãs, Bielorrússia, centro leste da Ucrânia e sul da Rússia. 

Relatório USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Para onde vai o dólar em 2025?
Ano recheado de incertezas internas e externas tornam ainda mais difícil projetar o rumo da moeda. Veja as projeções de especialistas e o que pode influenciar na cotação do câmbio no ano que vem. O dólar tem grandes chances de encerrar o ano com valorização de mais de 25% ante o real, comparável ao desempenho do índice de ações das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, que caminha para encerrar 2024 com alta de 28%, com um grande impulso das inovações trazidas pela inteligência artificial. Neste mês, a moeda americana renovou recordes, e chegou a tocar a cotação de US$ 6,20 com o aumento da percepção de risco do Brasil. E para onde deve caminhar a moeda americana em 2025? O ano é povoado de incertezas, o que torna mais difícil do que já é projetar para onde vai o dólar. Mas, segundo a mediana das estimativas do último Relatório Focus, do Banco Central (BC) divulgado no dia 16 de dezembro, a moeda deve chegar a R$ 5,85 no final do ano que vem. (Valor)

 
 

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Porto Alegre, 18 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.288


Câmara aprova texto-base do projeto de lei complementar do pacote fiscal

Parlamentares ainda precisam analisar emendas ao texto, os chamados 'destaques', o que deve ocorrer nesta quarta-feira

Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (17) o texto-base do projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal por 318 votos a 149 – 61 a mais do que o necessário para que fosse votado. Os parlamentares ainda precisam analisar emendas ao texto, os chamados "destaques”, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu adiar adiar para quarta-feira (18) essa etapa

A versão aprovada foi a do deputado Átila Lira (PP-PI), relator do projeto, que desidratou parte das medidas propostas pela equipe econômica do governo Lula (PT). Apenas os partidos de oposição, PL e Novo, se posicionaram contra a proposta.

Ele retirou do projeto os artigos que permitiam à União limitar o uso de créditos tributários por parte das empresas, caso o governo federal registrasse déficit primário a partir de 2025. Esses créditos são usados pelas empresas para abater impostos devidos. 

“Esta questão vai de encontro aos contribuintes que já realizaram o seu planejamento tributário, dentro da legalidade, com base nesses valores”, escreveu o relator. A limitação dos créditos era o ponto mais polêmico do texto.

O parlamentar lembrou que o governo já tentou, no ano passado, impedir que créditos de Pis/Cofins pudessem abater tributos devidos de outra natureza, como previdenciária. A medida provisória, contudo, foi devolvida pelo Congresso Nacional, o que, segundo o relator, “demonstra a discordância do Parlamento em relação a esta temática”.

O relator também mudou um artigo do projeto para deixar claro que o superávit financeiro dos fundos públicos que será liberado apenas poderá ser usado para abater a dívida pública.

Conforme mostrou o Valor, a redação enviada pelo Executivo previa aplicação livre desse superávit, o que permitiria que o dinheiro fosse usado para pagar despesas primárias ou ser emprestado a bancos públicos. Ao todo, esses oito fundos tinham um saldo positivo de R$ 39 bilhões em 2023.

Em uma mudança de última hora no plenário, no entanto, o parecer excluiu três fundos dessa liberação. Ele retirou os fundos Nacional Antidrogas, da Marinha Mercante e de Aviação Civil porque “seus recursos são utilizados para importantes investimentos”.

Incentivos e salários
O projeto também proíbe a prorrogação, concessão e ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária se o governo federal registrar déficit primário de 2025 em diante. A vedação valerá para o ano seguinte ao em que for verificado rombo nas contas públicas.

Se houver déficit, o governo também ficará proibido de gastar com pessoal um valor superior à banda inferior do arcabouço fiscal. Isso ainda garantirá um crescimento real (acima da inflação) dos gastos de 0,6% por ano. Ou seja, essa despesa poderá continuar em expansão.

O texto ainda permite que o governo bloqueie os recursos das emendas parlamentares ao Orçamento num montante de até 15% do total. O valor terá que ser equivalente ao bloqueio das despesas discricionárias dos ministérios.
A proposta do governo também enquadra, dentro dos limites do novo arcabouço fiscal (um crescimento real entre 0,6% e 2,5%) os gastos decorrentes de criação ou prorrogação de benefícios da seguridade social pela União.

A volta do DPVAT
A principal discussão no plenário foram os protestos da oposição contra a proposta, incluída em um relatório inicial, de extinguir o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. O relator recuou num último parecer e manteve a manutenção do seguro, que passará a ser cobrado em 2025.

A oposição protestou e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), propôs tratar do assunto num segundo momento para “aprofundar o debate”.

Lira adia destaques
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a conclusão do projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal para quarta-feira (18) por causa do horário. Ainda falta a análise de três requerimentos do PL para suprimir ou acrescentar dispositivos ao texto (os chamados “destaques”).

A Câmara aprovou, mais cedo, o texto-base do projeto por 318 votos a 149, após a proposta do governo Lula (PT) ser desidratada pelo relator, o deputado Átila Lira (PP-PI). E rejeitou os cinco destaques de partidos da base para incluir outros assuntos dentro do projeto.

Faltam, agora, três requerimentos do PL. Os deputados decidirão nesta quarta-feira sobre a supressão da possibilidade de bloqueio das emendas parlamentares ao orçamento pelo governo, sobre a extinção do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT, e sobre a obrigação de que o Executivo persiga o centro da meta de resultado primário e não a sua banda mais baixa. (Valor Economico)


GDT 370: preços internacionais voltam a perder força

O preço médio dos produtos negociados no 370º leilão de lácteos da plataforma GDT, voltou a apresentar recuo após uma sequência de altas. Leia mais!

O preço médio dos produtos negociados no 370º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 17/12, voltou a apresentar recuo após uma sequência de altas. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma desvalorização de 2,8% frente ao leilão anterior, atingindo o valor de USD 4.148/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Após consecutivas sequências de altas, todas as categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, as maiores desvalorizações percentuais ficaram para a categoria do leite em pó integral e para o leite em pó desnatado, que obtiveram, ambas, uma desvalorização de 2,9% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.890/tonelada, para o leite em pó integral, e US$ 2.757/tonelada, para o leite em pó desnatado.

A muçarela registrou uma queda de 1,8%, sendo negociada a uma média de US$ 4.033 por tonelada, enquanto o queijo cheddar, que também apresentou retração nos preços, teve uma desvalorização de 0,2%, fechando a US$ 4.682 por tonelada. Além disso, a manteiga sofreu uma nova desvalorização de 0,6%, alcançando a média de US$ 6.631 por tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/12/2024.

No segundo leilão do mês de dezembro, o volume negociado apresentou queda. Com um total de 32.120 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de 4,5% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Assim como no leilão anterior, em relação aos volumes, a África (que engloba importantes compradores, como Argélia), seguiu aumentando seu volume de compras e sua participação neste último leilão. Além da África, o Sudeste Asiático e a Oceania também aumentaram suas compras no último leilão deste ano. Enquanto, em contrapartida, o Norte da Ásia, região que contempla a China, apresentou um recuo nas suas compras quando comparado ao leilão anterior, apesar de ainda ter se mantido como a região com maior participação de compradores no leilão.

No mercado futuro de leite em pó integral da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais seguem apontando para um aumento nos preços em relação aos valores registrados nos meses anteriores para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Apesar dos recuos nos resultados do último leilão GDT de 2024, os patamares dos preços internacionais permaneceram elevados, mantendo reduzida a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais. Como resultado, assim como havíamos comentado nos textos anteriores, os lácteos da Argentina e do Uruguai têm se tornado mais atrativos para diversos países importadores, aumentando a concorrência de outros países importadores com o Brasil pelas exportações regionais.

Paralelamente, a taxa de câmbio R$/dólar, que permaneceu em patamares máximos históricos, seguiu reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros. Nesse contexto, espera-se uma possível redução no volume importado nos próximos meses, à medida que os impactos do câmbio e da competitividade global se tornam mais evidentes.

Conheça a Valda, primeira vaca tokenizada do Brasil

Tecnologia transformou animal em garantia para o produtor rural, facilitando o acesso a crédito em instituições financeiras

"Mora" na Fazenda Capão da Imbuia, em Carambeí, no interior do Paraná, a primeira vaca tokenizada do país. Chamada Valda, o animal da raça holandesa virou mais do que "colega de trabalho" do produtor William Vriesman com a nova tecnologia no negócio. Transformou-se também em uma garantia digital na hora de acessar créditos rurais em instituições financeiras.

— Com a tokenização, conseguimos demonstrar que nossos animais cedidos em garantia estão saudáveis, bem cuidados, bem alimentados, se movimentando naturalmente, livres de desconfortos térmicos — explica Emerson Vriesman, um dos filhos do proprietário da fazenda, que viu na tecnologia blockchain e no monitoramento inteligente uma oportunidade para liderar essa transformação.

Até então, usar animais como garantia era uma dificuldade pela difícil comprovação que a instituição financeira tinha, contextualiza Luiz Caldas Milano Junior, cofundador e diretor comercial da Simple Token, que forneceu a tecnologia:

— Sem uma garantia importante, o produtor terá mais juro, mais risco da operação e um valor menos acessível.

A tecnologia foi implementada na propriedade pela startup de Milano Junior, de Florianópolis, que trabalha com blockchain e tokenização. Ou seja, transforma a representação de um ativo em digital e em blocos, que são entrelaçados entre si, permitindo que tudo fique registrado de forma segura e imutável.

Mas a tokenização só foi possível graças às coleiras inteligentes da agtech COWMED, de Santa Maria, que monitoram a saúde e o bem-estar das vacas em tempo real, utilizando IoT (Internet das Coisas) e inteligência artificial, na propriedade.

O próximo passo agora é expandir para outras propriedades e Estados, incluindo o Rio Grande do Sul. E, à coluna, a Simple Token adiantou que já há negociações. (Zero Hora)


Jogo Rápido

SEGUNDA PARCELA: Injeção com 13° será de R$ 125 bi
A economia brasileira deverá receber uma injeção de R$ 125,6 bilhões com o pagamento da segunda parcela do 13° salário. A estimativa da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é 4,8% superior aos R$ 119,8 bilhões pagos no ano passado. Segundo a pesquisa da CNC, que analisou a intenção de consumo, a maior parte, R$ 44,1 bilhões, ou 35%, deverá ser gasta com compras de fim de ano. Os setores mais beneficiados deverão ser vestuário e calçados (80%), livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%). (Correio do Povo)

 
 

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Porto Alegre, 17 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.287


Rastreabilidade bovina será gradual e obrigatória a partir de 2027

De acordo com o Ministério da Agricultura, o sistema permitirá monitorar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal identificado

O Ministério da Agricultura e Pecuária vai anunciar nesta terça-feira (17/12) o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. O processo de rastreabilidade dos animais será gradual ao longo dos próximos sete anos, feito por categoria e tipo de movimentação do rebanho. A adesão será obrigatória — tema que exigiu intensa articulação entre governo, frigoríficos e o setor produtivo, principalmente com os pecuaristas que defendiam um sistema voluntário.

Haverá uma fase de adaptação em 2025 e 2026. O período será usado para o desenvolvimento de banco de dados e a realização de testes técnicos. A adoção obrigatória no campo começará, efetivamente, a partir de 2027. Em 2032, o sistema deverá estar plenamente operacional.

O plano deve prever a rastreabilidade individual a partir da primeira movimentação do bovino até o abate nos frigoríficos, sem a necessidade de registro de todos os animais no nascimento.

A proposta inicial foi alterada. Ela dividia o país em blocos para indicar a implementação gradual e regionalizada das medidas. Agora, a identificação dos animais deverá ser adotada conjuntamente, em todo o país, mas haverá diferentes prazos para cada tipo de movimentação: com destinação ao abate, para trânsito interestadual, de primeira movimentação na fazenda, entre outros.

No primeiro ano de obrigatoriedade, por exemplo, em 2027, aqueles que participam de protocolos privados e os rebanhos que já fazem manejo sanitário, como os animais submetidos obrigatoriamente à vacinação contra brucelose, deverão fazer a identificação individual com brincos. Um dos pontos do plano deve ser o abandono da marca com fogo nesses bovinos.

Em 2032, é prevista a identificação de 100% dos animais destinados ao abate, que é a última movimentação no ciclo de vida do animal. Também haverá obrigatoriedade para a primeira movimentação, como na saída de bezerros do sistema de cria para recria ou engorda, por exemplo, ou qualquer outra negociação entre fazendas.

Uma fonte que participou do grupo de trabalho que discutiu o plano com o Ministério da Agricultura, porém, disse que o prazo de transição consensuado foi de oito anos. Serão dois anos para que o governo entregue o sistema integrado com os controles estaduais. A partir daí, começará a fase de obrigatoriedades, sendo gradual nos primeiros três anos para a identificação das fêmeas do protocolo de vacinação obrigatória e mais três anos para a movimentação de todo o rebanho nacional.

O prazo só passa a contar a partir da entrega do sistema pelo ministério, enfatizou esse integrante do GT.

Discutida por vários anos em conjunto com produtores rurais, indústrias e exportadores, a iniciativa pretende alcançar a rastreabilidade animal completa no país, item cada vez mais cobrado nas negociações internacionais para aberturas de mercado.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o sistema permitirá “monitorar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal identificado”. Os objetivos são fortalecer os programas de saúde animal, aumentar a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçar o compromisso do Brasil com os requisitos sanitários exigidos pelos mercados internacionais, disse a Pasta, em nota.

Foco na sanidade
O foco ainda é o controle sanitário, para o acompanhamento individual da vida dos animais e a garantia da sanidade da carne produzida no país. O plano não deve prever a implementação de medidas de rastreabilidade socioambiental, por exemplo. Um executivo da indústria frigorífica, no entanto, pondera que esse é um requisito que será incluído naturalmente nos programas da cadeia bovina nos próximos anos.

“O pano de fundo tem a questão ambiental envolvida, mas o plano tratado com o ministério é somente sanitário”, disse a fonte. (Globo Rural)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT editado pelo Sindilat RS

Apesar de atuação do BC, dólar renova pico histórico

Ibovespa cai pelo terceiro dia, cedendo na linha dos 124 mil pontos

O dólar abriu a semana em alta firme no mercado local e renovou pico nominal histórico, apesar de novas intervenções do Banco Central, com leilão de linha e de venda de divisas à vista, que somaram US$ 4,628 bilhões. 

Segundo operadores, o real sofre com as incertezas fiscais, diante do risco de desidratação das medidas de contenção de gastos durante a tramitação no Congresso, e as remessas de moeda ao exterior por parte de fundos e empresas.

Nova rodada de deterioração das expectativas de inflação revelada pelo Boletim Focus de ontem, apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter acenado com mais duas altas de 1 ponto porcentual da taxa Selic, e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva críticas ao nível da taxa de juros contribuíram para aumentar o desconforto entre investidores.

Com máxima a R$ 6,0986 na primeira meia hora de negócios, o dólar rodou ao longo da tarde entre R$ 6,07 e R$ 6,08. Nos últimos minutos da sessão, a divisa voltou a acelerar, de olho no noticiário fiscal, e fechou em alta de 1,03%, cotada a R$ 6,0934. 

Já o Ibovespa se firmou em baixa e emendou a terceira perda diária nesta abertura de semana, cedendo a linha dos 124 mil na reta final. Na maior parte do dia, o índice da B3 operava colado à estabilidade, mostrando variação de apenas 675 pontos entre a mínima e a máxima, quando veio a piora em direção ao fechamento. 

Ao fim, marcava 123.560,06 pontos, em queda de 0,84%, no menor nível desde 26 de junho, então abaixo dos 123 mil. O giro ficou em R$ 22,78 bilhões. No mês, o Ibovespa cai 1,68% e, no ano, cede 7,92%.


Jogo Rápido

Relator da reforma diz à CNN que reduzirá IVA em 0,7 ponto percentual
Relator do principal projeto de regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG) disse em entrevista à CNN que trabalha para reduzir a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) entre 0,65 e 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao texto do Senado. Cálculos mostram que o IVA do texto aprovado pelo Senado Federal gira em torno de 28%, superior àquele referente à redação anteriormente chancelada pela Câmara dos Deputados. Uma das mudanças que permitirá esta redução, segundo o parlamentar, é a retirada dos serviços de saneamento do grupo que terá desconto de 60% do imposto. Nos cálculos do relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), a inclusão do saneamento neste grupo teve um impacto de 0,38 p.p. “Achamos o cashback mais adequado”, disse à CNN. A devolução de impostos aos mais pobres em água e saneamento será de 100% da CBS (novo imposto nacional) e 20% do IBS (novo imposto subnacional).Reginaldo Lopes reforçou que a trava de alíquota em 26,5% será mantida. Também destacou que a Câmara é a Casa que dará a palavra final sobre o texto. Isso porque a tramitação de projeto de Lei Complementar (PLP) é finalizada na Casa onde o processo foi iniciado. O deputado voltou ainda a indicar que acredita em um gap de conformidade acima de 3 p.p. — ou seja, que o IVA começará a operar na casa dos 25%. Essa tese diz respeito a ganhos com combate à sonegação, fraude e inadimplência com o novo sistema tributário que levará à redução do imposto. (CNN)

 
 

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Porto Alegre, 16 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.286


Supremo considera constitucional modelo de trabalho intermitente

Por maioria, ministros aprovaram que trabalhador receba pelo período efetivamente trabalhado, quando convocado pelo empregador

O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o modelo de trabalho intermitente, instituído pela reforma trabalhista (Lei nº 13.467) no ano de 2017. O placar, no Plenário Virtual, foi de oito votos a três.

A legislação só autoriza essa modalidade para atividades com alternância de períodos de prestação de serviço e de inatividade. O trabalhador recebe pelo período efetivamente trabalhado, quando convocado pelo empregador — que pode ser mais de um.

Os ministros analisaram os artigos 443 e 452 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que foram alterados pela reforma, por meio de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI 5826, ADI 5829 e ADI 6154).

No julgamento, o relator, ministro Edson Fachin, ficou vencido. Prevaleceu a divergência aberta pelo ministro Nunes Marques. Para ele, o trabalho intermitente assegura os direitos mínimos dos trabalhadores, como valor da hora equivalente à do salário mínimo, descanso semanal remunerado, além de melhorar o padrão de proteção social aos trabalhadores que estavam na informalidade. Assim, acrescentou, não gera precarização, mas segurança jurídica.

Alexandre de Moraes também divergiu do relator, afirmando que o Legislativo tem autonomia para dispor sobre novas formas de trabalho, sem a obrigação de se manter fiel aos modelos tradicionalistas. “Mas obviamente o legislador sempre deve portar-se em observância aos direitos sociais consagrados constitucionalmente, e não me parece que aqui foi foi diferente”, afirmou.

Além deles, divergiram do relator os ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, que propôs que o contrato seja rescindido após um ano de inatividade, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso. Ficaram vencidas, por seguirem Fachin, as ministras Rosa Weber, hoje aposentada, e Cármen Lúcia. 

O ministro Luiz Fux ficou com a maioria. Mas defendeu a “existência de omissão inconstitucional no regramento do contrato de trabalho intermitente”, que deve ser suprida pelo Congresso Nacional. (Valor Econômico)


Leite/América do Sul: Maior conforto animal melhora a produção de leite na América do Sul

As melhores condições climáticas ensejaram o aumento da disponibilidade de alimentos e proporcionaram maior conforto para as vacas em importantes regiões da América do Sul. 

Mas, existe um obstáculo notável. A produção de leite brasileira, que embora venha apresentando uma lenta melhora sazonal, ainda se recupera de um início de primavera complicado. Relatórios sugerem que certas áreas do Brasil precisam de mais um tempo para “recuperar os prejuízos”. Talvez mais uns dois ou três meses, se as condições continuarem melhorando. Um ponto importante para análise regional é o nível de consumo de lácteos. O aumento de preço dos produtos lácteos nas prateleiras dos supermercados e as taxas de inflação restringiram o consumo de laticínios em todo o continente. 

Relatórios indicam que, em alguns países, o consumo per capita de leite é o mais baixo, em muitas décadas. Relatos de comerciantes de países vizinhos, indicam que em decorrência da situação da produção de leite no Brasil, o país continua sendo um contínuo e consistente importador de produtos lácteos da região, e que esse movimento deverá ser persistente, pelo menos, até o 1º trimestre de 2025. 

Os compradores brasileiros estão cautelosos em importar maiores volumes de produtos lácteos, principalmente em decorrência dos elevados custos de logísticas. Queijo, leite em pó integral e produtos concentrados de proteínas são todos procurados dentro do bloco comercial sul americano, e no mundo inteiro. As indústrias argentinas estão processando proteínas concentradas e isoladas de soro de leite destinadas à América do Norte e Sudeste Asiático. 


Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

 

Governo sanciona lei do mercado regulado de carbono; agropecuária fica de fora


Parlamentares argumentaram que não se poderia criar obrigações para a redução de emissões de gases de efeito estufa no campo enquanto não houver metodologia

O governo federal sancionou nesta quinta-feira (12/12) a lei 15.042/2024, que estabelece as regras para criação do mercado regulado de carbono no Brasil. A agropecuária ficou fora da lista de setores que serão afetados pela regulamentação.

Durante a tramitação, parlamentares ligados ao agronegócio argumentaram que não se poderia criar obrigações para a redução de emissões de gases de efeito estufa no campo enquanto não houver metodologia para contabilizar as mitigações e sequestro de carbono pelo setor.

A lei institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). A medida permite que as emissões de gases poluentes se revertam em ativos financeiros negociáveis, o que pode atrair investimentos internacionais, fomentar a preservação ambiental e gerar novas oportunidades de renda para os brasileiros, disse o Ministério da Fazenda, em nota.

“O Brasil entra, dessa forma, para o grupo de países que possuem um sistema regulado de precificação de carbono, o que fortalece sua posição no cenário global de combate às mudanças climáticas. Para além do reconhecimento internacional, a nova lei cria segurança jurídica e estimula a participação do setor privado na agenda de descarbonização, um dos compromissos assumidos pelo país em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês)”, completou.

A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) disse que a lei é favorável ao setor sucroenergético. Para a entidade, a implementação do SBCE será uma oportunidade significativa para o setor, pois permitirá a venda de créditos de carbono para quem emite, o que ampliará a rentabilidade dos produtores de cana-de-açúcar.

“A medida é um processo favorável para o setor, pois possibilita a venda de carbono, contribuindo tanto para o aumento da sustentabilidade na produção de cana quanto para o cumprimento das metas ambientais estabelecidas no país”, destacou o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira, em nota.

A entidade considera que os produtores poderão negociar Cotas Brasileiras de Emissão (CBE) e certificados de redução ou remoção verificada de emissões (CRVE), “garantindo a flexibilidade necessária para atender às exigências ambientais de forma eficiente e lucrativa”.

Projeções do Banco Mundial indicam que o sistema tem potencial para impulsionar o crescimento do PIB, o que se reflete em aumento da renda da população e, principalmente, no cumprimento do objetivo central da política: a redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Enquanto em outros países o esforço de redução de emissão é sempre encarado como sendo um custo, aqui há uma verdadeira oportunidade”, afirmou o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, na nota.

O que muda com a regulação?
O mercado regulado de carbono estabelece metas de GEE para as atividades econômicas abrangidas pela lei. Empresas que não atingirem suas metas de redução de emissões poderão comprar permissões de emissão, conhecidas como Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs), de empresas que estiverem abaixo do limite. Esse mecanismo cria um sistema de compra e venda destas cotas, funcionando como um incentivo financeiro para que as indústrias adotem práticas produtivas mais limpas e eficientes.

Com isso, empresas que investirem em tecnologias de baixo carbono podem obter vantagens competitivas, enquanto aquelas que não se adequarem estarão sujeitas a custos adicionais.

A lógica do mercado de carbono é baseada no conceito de cap-and-trade. O governo define o teto total de emissões permitidas para o país e distribui ou leiloa CBEs para as empresas, que podem usá-las para compensar suas emissões ou negociá-las no mercado. Esse mecanismo se diferencia do mercado voluntário, no qual a participação não é obrigatória.

Com a regulamentação, o Brasil passa a ter um sistema obrigatório e fiscalizado. Isso significa que o governo poderá aplicar sanções para empresas que não se adequarem às normas estabelecidas.

Implementação
A implementação do SBCE será gradual e está dividida em cinco fases principais. O objetivo é garantir previsibilidade e segurança jurídica para as empresas reguladas, além de atrair investimentos internacionais. A transição controlada, segundo a Fazenda, busca evitar impactos bruscos na economia, ao mesmo tempo em que oferece às empresas a oportunidade de se adequar gradualmente às novas regras.

Na primeira fase, entre 12 e 24 meses, serão feitas a regulamentação inicial, a criação do órgão gestor e a definição dos setores que serão regulados. Nesse momento, serão definidos os detalhes operacionais do sistema e as bases jurídicas para o funcionamento do mercado.

Na fase, durante mais 12 meses, será realizada a operacionalização do sistema de monitoramento, relato e verificação (MRV) das emissões. Nesse período, as empresas terão de reportar suas emissões de forma padronizada, criando uma base de dados que permitirá a fiscalização do mercado.

A terceira fase, de 24 meses, prevê o início da obrigação de apresentar relatórios de emissões e planos de monitoramento, o que fornecerá os dados necessários para o primeiro Plano Nacional de Alocação (PNA).

Na fase quatro terá início o primeiro ciclo de alocação de CBEs e operacionalização dos primeiros leilões. O governo vai publicar o PNA, com a definição das regras de distribuição de cotas e o volume inicial disponível para o mercado. Nessa fase, as primeiras CBEs começam a ser emitidas e negociadas, com a participação das empresas reguladas.

Na fase cinco haverá a implementação plena do mercado, com o primeiro leilão de CBEs e o início do mercado secundário, que permitirá negociações entre empresas. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Ministro Fávaro lança plano nacional para avançar na rastreabilidade de bovinos e búfalos
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lançará o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos na próxima terça-feira (17). A cerimônia acontecerá às 16h30, na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília. O plano tem como principal objetivo qualificar a rastreabilidade de bovinos e búfalos por meio da implementação de um sistema de identificação individual. Esse sistema permitirá monitorar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada animal identificado. Essa iniciativa fortalece os programas de saúde animal, aumenta a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforça o compromisso do Brasil com os requisitos sanitários exigidos pelos mercados internacionais. (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.285


Kit de identificação de leite A2 tem eficácia comprovada em estudo

Está na edição de dezembro deste ano, da revista científica americana Dairy, um estudo que analisa a eficácia do teste rápido para identificação do leite A2, desenvolvido por pesquisadores brasileiros. O teste analisa algumas gotas de leite e é utilizado para identificar animais com genótipo A2A2. Os resultados foram comparados à genotipagem tradicional confirmando 100% de sensibilidade e especificidade para identificação de animais produtores de leite A2.  O artigo, que mostra ainda a capacidade do teste em detectar contaminações de proteína beta caseína A1 em leite A, pode ser acessado na íntegra através do link: https://www.mdpi.com/2624-862X/5/4/57. 

A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do teste, a doutora Maria de Lourdes Magalhães, afirma que o estudo científico, realizado pelo grupo de pesquisa da doutora Aniela Kempka da Universidade do Estado de Santa Catarina, é muito importante pois representa uma validação por terceiros, assegurando a acurácia da tecnologia, trazendo mais segurança e confiabilidade no uso da mesma. A pesquisa demonstrou que os resultados obtidos pelos testes rápidos coincidem 100% com os resultados da genotipagem tradicional. “Esta ferramenta tem sido fundamental para os produtores ao permitir uma identificação rápida e precisa das vacas que produzem leite A2 diretamente na fazenda. Isso facilita a seleção de animais, otimiza a gestão do rebanho e auxilia no direcionamento do leite para nichos de mercado que valorizam esse produto, gerando maior valor agregado e diferenciando os produtores no mercado. Além disso, a simplicidade de uso economiza tempo e reduz custos relacionados à genotipagem tradicional”, assinala.

Disponível no mercado brasileiro desde 2023, o teste rápido consiste em um kit simples e fácil de ser operado, exigindo somente uma pequena amostra de leite. “Em apenas 20 minutos, é possível determinar se o leite é livre de beta caseína A1”, explica Dra. Maria, ao assinalar que ele simplifica processos mais complexos e caros, como os que exigem amostras de sangue ou exames de DNA.

O sistema é comercializado pela empresa Scienco Biotech e tem sido cada vez mais utilizado nas fazendas leiteiras gaúchas. Atualmente, são 22 propriedades que adotam o mecanismo. Esta realidade, de acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, confirma a inserção dos produtores do Rio Grande do Sul no mercado voltado a atender consumidores que buscam produtos livres da proteína A1. “No campo, está aberta a possibilidade para novos negócios, atendendo aos consumidores de forma mais ampla, agregando valor ao leite, através da seleção de rebanhos exclusivamente A2A2”, afirma. 

(Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Aprovado pelo Senado o PLP 68/24 - Reforma Tributária e segue para Câmara

Incluída na reta final da votação na Câmara, a isenção para carnes foi mantida no relatório de Braga. As proteínas (bovina, suína, ovina, caprina e de aves, além de algumas carnes de peixe) constam na lista de produtos com alíquotas zero dos novos impostos.

Na complementação de voto nesta quarta (12/12), o relator também atualizou a descrição detalhada do chamado “pão francês”, que faz parte da cesta básica isenta. Também retirou o óleo de soja da lista de itens 100% isentos da cesta e passou para a lista daqueles que têm 60% de isenção.

Outra alteração feita por Braga nesta quarta (12/12) foi a inclusão de erva mate, água mineral e biscoitos e bolachas, desde que não sejam adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amanteigados na lista de alimentos com 60% de isenção. (Terra Viva)

Acesse aqui o Projeto de Lei Complementar Nº 68/2024 no Congresso Nacional
Acesse aqui o Projeto de Lei Complementar Nº 68/2024 no Senado Federal

Informativo Conjuntural 1845 de 12 de dezembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

O retorno das chuvas intensas resultou na redução das temperaturas, o que contribuiu para o bem-estar animal. Contudo, as precipitações ocasionaram o aumento do acúmulo de barro nas áreas de alimentação e de deslocamento dos animais, além de exigir maior atenção à higienização durante a ordenha. Apesar desses desafios, não houve impacto na qualidade do leite, e a produção permanece estável. Houve variações pontuais entre as propriedades, conforme o planejamento de parição do rebanho.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas e os dias ensolarados garantiram o bom desenvolvimento das pastagens, sem causar problemas com barro. As temperaturas amenas favoreceram o bem-estar animal. 

Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos bovinos está adequado, pois não houve restrição alimentar. Nos sistemas à base de pasto, a alimentação foi abundante, principalmente devido às pastagens de qualidade e à silagem, que são a base forrageira dos sistemas predominantes na região. 

Na de Erechim, a bovinocultura de leite apresenta desempenho adequado, e a disponibilidade de água para os rebanhos está dentro da normalidade. A oferta de alimentos conservados diminuiu em função da melhoria das pastagens de verão. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, e há expectativas de aumento no próximo mês em razão da maior oferta de pastagem. 

Na de Passo Fundo, há alta incidência de mosca-dos-chifres, e inicia a infestação de carrapato em decorrência da elevação das temperaturas e da umidade relativa do ar. 

Na de Porto Alegre, houve um aumento na presença de ectoparasitas, especialmente carrapato, mas ainda sem dificuldades de controle. 

Na de Santa Maria, há preocupação com o estresse calórico, e os produtores têm ajustado os horários de pastejo para o amanhecer e entardecer, visando otimizar o consumo de pasto. O monitoramento de mosca e carrapato segue com estratégias de controle. 

Na de Santa Rosa, a variação entre dias chuvosos e períodos de calor intenso exigiu ajustes no manejo do rebanho, incluindo adaptações nas pastagens e no momento da ordenha, com o objetivo de mitigar impactos na produção de leite e promover o bem-estar animal. 

Na de Soledade, o preço do leite está estável, mas foi observado um aumento no preço da ração, ingrediente essencial na dieta das matrizes leiteiras, o que impacta o custo de produção. (Emater RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Chuva retorna ao RS nos próximos dias
A previsão meteorológica para o Rio Grande do Sul, de 12 a 18 de dezembro de 2024, indica mudanças significativas no clima, com o retorno da chuva no final de semana. Nesta quinta-feira (12), a presença de um anticiclone próximo ao Estado mantém o tempo estável e temperaturas amenas na maior parte das regiões. Porém, a partir de sexta-feira (13), um cavado entre o Paraguai e Uruguai provocará a formação de uma frente fria, trazendo instabilidade, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Central, Vales e Metropolitana. O sábado (14) será marcado por um ciclone extratropical associado à frente fria, com chuva moderada a forte, principalmente nas regiões Sul, Vales e Metropolitana, além de ventos intensos no Sul, Campanha e Fronteira Oeste. No domingo (15), a instabilidade diminui, mas ainda há possibilidade de chuvas isoladas nessas regiões, enquanto as temperaturas começam a cair, acompanhadas de ventos do sudoeste. A partir de segunda-feira (16), o tempo gradualmente volta a ficar firme, mas ainda pode chover de forma isolada em algumas regiões devido à umidade canalizada pelo ciclone no oceano. Na terça (17) e quarta-feira (18), a estabilidade retorna com sol e temperaturas mais amenas em todo o Estado. Para os próximos dias, espera-se acumulados de chuva intensos no Norte, Litoral e Sul, ultrapassando 100 mm em algumas áreas. Nos Vales e na Região Metropolitana, os volumes devem variar entre 30 e 100 mm, enquanto na Campanha e Fronteira Oeste, as precipitações serão menos expressivas, com acumulados entre 5 e 100 mm. (Boletim agrometeorológico da SEAPI editado pelo pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 12 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.284


Sindilat apoia investigação de dumping no leite

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) vê como positiva a decisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de abrir investigação da prática de dumping na compra de leite em pó importado. A medida deve contribuir para o equilíbrio do mercado nacional de leite, que vem sofrendo com a compra de produtos importados de países do Prata, muitas vezes por empresas do varejo e atravessadores no atacado. A decisão atende à solicitação feita em agosto deste ano pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e publicada na quarta-feira (11/12), na Circular nº 72/2024 do MDIC no Diário Oficial da União.

O Sindilat acompanha de perto o fluxo de importações de leite e queijos pelo Brasil e avalia os danos desse processo à indústria nacional. O que acontece, explica o secretário executivo, Darlan Palharini, é que o custo dos derivados importados que entram no Brasil estão abaixo do valor praticado no mercado nacional. “Nos falta competitividade, mas é preciso estar sempre atento ao cumprimento dos tratados internacionais e das boas práticas comerciais”, disse. A criação de novos agentes importadores no segmento produtivo também preocupa. Palharini explica que com as restrições delineadas à importação pelos laticínios surgiram empresas especializadas em comprar produtos lácteos e entregar direto ao varejo, sem uma correlação vantajosa ao Brasil quanto ao número de empregos, renda e riquezas geradas. 

Conforme levantamento divulgado pela CNA, em 2022, o Brasil importou 942 milhões de litros de leite em pó. Já em 2023, esse valor chegou a 1,7 bilhão de litros. Até novembro deste ano, já foram importados o equivalente a 1,4 bilhão de litros, vindos, principalmente, de países do Mercosul. Desse total, 760 milhões de litros são da Argentina, 566 milhões do Uruguai e 97 milhões do Paraguai.

Em quatro níveis de ações para o mercado nacional, o Sindilat pleiteia mudança na incidência de PIS/COFINS com aumento do crédito presumido para 100% na compra de insumos, a venda internacional da produção com a adoção de um Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), a oferta de linhas de crédito pela União para produtores e indústrias de laticínios e o estabelecimento do Fundo Nacional de Sanidade do Leite (FNSL).

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS


CCJ do Senado aprova regulamentação da reforma tributária do consumo; texto vai a plenário nesta quinta-feira

O projeto de lei (PLP 68/2024) será votado no plenário do Senado na quinta-feira (12); a sessão extraordinária foi convocada para a partir das 10h

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na quarta-feira (11) o principal projeto de lei complementar (PLP 68/2024) da reforma tributária. Após mais de 7 horas de debate, o colegiado fez uma série de alterações no parecer apresentado na véspera pelo relator, Eduardo Braga (MDB-AM), e retirou armas, munições e bebidas açucaradas do rol de itens afetados pelo imposto seletivo. Em outra frente, incluiu mais setores na lista de beneficiados pela alíquota reduzida em 60%, o que tende a aumentar a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

O texto será analisado nesta quinta-feira (12) pelo plenário da Casa, antes de ser remetido à Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou a sessão do Congresso que estava prevista para o mesmo horário para que a proposta seja analisada. 

A inclusão de armas e munições no seletivo foi uma decisão pessoal de Braga. Poupar esses produtos da taxa, criada para coibir bens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, é uma vitória da oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o relator quis, no Senado, abrir um segundo round sobre a discussão, já que a taxação extra esses produtos já havia sido derrotada no plenário da Câmara.

“Isso não foi discutido em momento nenhum. O impacto disso na arrecadação é traço. Ele incluiu por uma questão pessoal, ideológica, num projeto extremamente técnico”, afirmou Flávio.

Já Braga afirmou que nenhuma atitude sua sobre o parecer da reforma tributária foi tomada com base em questões ideológicas. “O que se trata aqui não é proibição a compra de armas. Eu só quero que armas e munições não tenham redução de carga tributária”, argumentou.

O Valor apurou que a equipe econômica esperava “perder” a sobretaxa sobre armas quando o texto fosse analisado na Câmara, mas não ainda no Senado. Braga ainda tem esperança de retomar o trecho no plenário.

Ainda em relação ao seletivo, os senadores isentaram da sobretaxa as bebidas açucaradas. A decisão foi tomada por meio de votação simbólica, em apoio a uma emenda apresentada pelo senador Omar Aziz (PSD-BA). (Valor Economico)

ARGENTINA: um ano de governo, Milei mais uma vez promete ao campo uma redução imediata nas retenções

O Presidente visitou um último dia organizado pela Sociedade Rural. “Um dos impostos que vamos atacar são as retenções”, afirmou. As condições: que a recuperação económica seja prolongada e a despesa pública continue a cair.

O Presidente da Nação,  Javier Milei , comemora nesta terça-feira seu primeiro ano de mandato. Fê-lo, entre outras coisas, com um vídeo que partilhou nas redes sociais e no qual avaliou o que considerava serem  as principais mudanças estruturais que a economia e a sociedade argentinas necessitavam.

Em meio a isso, o presidente voltou a ter ligação direta com o campo: foi à sede da  Sociedade Rural Argentina (SRA)  para participar da Conferência de final de ano de Delegados, Dirigentes e Conselho Federal daquela entidade.

Lá, ele repetiu mais uma vez uma promessa que os produtores esperavam que fosse cumprida há um ano: uma redução ou eliminação das  retenções .

Vale lembrar que parte dessa promessa foi cumprida em meados do ano, quando  foram eliminadas as tarifas de exportação de alguns cortes de carne bovina e também de suínos , além de se confirmar o fim desse imposto para os laticínios. Entretanto, a taxa para outras exportações de proteínas animais foi reduzida.

Porém, no que diz respeito aos grãos, continuam com as mesmas taxas e  do ruralismo afirmam que é urgente que sejam pelo menos reduzidos  porque o cenário de preços internacionais deprimidos afeta a rentabilidade do setor.

Fonte: https://www.infocampo.com.ar/


Jogo Rápido

Emater/RS-Ascar participa do Show Técnico Cooperativo da CCGL
Uma comitiva de extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar participou, na quarta-feira (11/12), em Cruz Alta, do Show Técnico Cooperativo. O evento, que se encerra nesta quinta-feira (12/12), foi promovido pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), juntamente com a Rede Técnica Cooperativa (RTC). "O Show Técnico tem o intuito de mostrar as tecnologias que são geradas dentro do sistema da CCGL e nós, da Emater, numa aproximação com a tecnologia, estamos oportunizando para os extensionistas das nossas 12 regiões do Estado estarem presentes, a convite, para que possamos interagir com o que está sendo apresentado aqui", disse o engenheiro agrônomo do Núcleo de Desenvolvimento Agropecuário (NDA) da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri. "Ganham os produtores que estão recebendo informações das suas cooperativas e ganha a Emater porque se aproxima deste trabalho muito importante e de muita qualidade que é feito pela CCGL Tec", completou Rugeri. A expectativa dos organizadores, para os dois dias do evento, é levar duas mil pessoas ao Campo Experimental da CCGL, considerado o mais antigo campo experimental do Brasil, fundado na década de 1970, às margens da ERS-342, km 149. "Os participantes passam por nove estações sobre manejo de pragas e doenças, plantas daninhas, plataformas digitais, solos, gestão financeira, tendência climática para o verão e irrigação", disse o gerente de Pesquisa da CCGL, Geomar Corassa. "Tem muito conhecimento técnico para o produtor levar para casa e aplicar na propriedade dele", concluiu Corassa. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 
 

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Porto Alegre, 11 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.283


NOTA OFICIAL
 
O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos últimos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.

O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida.

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2024


Irrigação favorece desenvolvimento de pastagens em diferentes períodos do ano, diz Emater/RS

A contribuição da irrigação para o desenvolvimento de pastagens e para a manutenção da produção na atividade leiteira, em diferentes períodos do ano, tem motivado produtores da região de Santa Rosa a adotarem a tecnologia em sua propriedade. Em Nova Candelária, por exemplo, o sistema de irrigação por aspersão foi implantado na propriedade de Alexandre Luis Kroetz e Fabiele Baum em novembro deste ano, com o intuito de manter irrigada a área de três hectares com pastagem perene Tifton 85 e Jiggs.
 
A família é uma das beneficiárias do Supera Estiagem - Etapa 1, coordenado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e executado pela Emater/RS-Ascar. O objetivo do Programa é estimular a reservação de água e a ampliação da área irrigada, sendo que em sua primeira fase foi oferecida subvenção de 20% dos valores investidos, chegando a R$ 15 mil por pessoa física. Já na Etapa 2 do Supera Estiagem, que está em andamento, a subvenção pode chegar até R$ 100 mil por CPF.
 
No caso da família de Alexandre e Fabiele foram investidos R$ 62 mil nos equipamentos de irrigação. Além dos 20% de subvenção do Governo do Estado, o restante do montante foi financiado pelo Pronaf, com juros de 4% ao ano e pagamento em dez anos, através da Cooperativa Cresol, o que facilitou sua viabilização.
 
Com a instalação da irrigação, a família garante a produção de forragem para as vacas de leite, independente das condições de escassez de chuva. Atualmente a propriedade possui 30 vacas em ordenha, com produção mensal de 15.600 litros de leite.
 
A água para irrigação é captada do Rio Reúno, com a devida autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
 
Os projetos de irrigação e de crédito foram elaborados pelo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Nova Candelária, que está à disposição dos agricultores locais para mais informações e estudos de viabilidade. Já a abertura e fechamento das valas, fornecidas de forma gratuita ao produtor, contaram com o apoio da Prefeitura de Nova Candelária.
 
Fonte: Emater/RS-Ascar
 
 
Associação Gaúcha de Supermercados premia vencedores do Carrinho Agas 2024
 
Escolha foi realizada após análise de 192 empresários do ramo supermercadista, em processo que durou três meses
 
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) realizou, na noite desta terça-feira (10), a solenidade de entrega do troféu Carrinho Agas 2024. Nesta edição, a entidade reconheceu 42 empresas e personalidades, em uma cerimônia realizada no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre.
 
Concedido pela Agas desde 1984, o troféu chega em sua 41ª edição destacando a simbologia de superação pela retomada da economia gaúcha após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul.
 
A escolha dos 42 agraciados com o prêmio foi realizada após análise de 192 empresários do ramo supermercadista, em processo seletivo que durou três meses. Entre os vencedores estão companhias fornecedoras de produtos e equipamentos para supermercados, além de lideranças que se notabilizaram por sua atuação.
 
Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, os agraciados são "lideranças notáveis em suas áreas" e que simbolizam, com seus exemplos de vida e trabalho, "a força, a liderança e o espírito de reconstrução que ajudou a reerguer o Estado neste ano tão difícil". 
 
Anfitrião na atividade, ele fez questão de destacar o papel do setor para a recuperação do Estado após a catástrofe ambiental. 
 
— O espírito associativista do empreendedor gaúcho contribuiu para a restauração da normalidade e da pujança na economia. Apesar da realidade econômica do país ser desafiadora para o empreendedorismo, projetamos o próximo ano de consolidação de negócios, qualificação de mão de obra e um ambiente de concorrência entre empresas, que trará benefício aos consumidores — pontuou.
 
Representando o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Cláudio Bier, homenageado com o título de Personalidade Pública do Ano, o diretor do Conselho de Articulação Política da entidade, Diogo Bier, afirmou que o reconhecimento representa a afinidade entre os setores da economia. 
 
— Não se faz indústria sem o varejo e nem o contrário. Precisamos valorizar esta sintonia em nome do desenvolvimento do Estado — analisou Bier.
 
Presente na cerimônia para receber o Troféu Superação, concedido ao Grupo RBS, o CEO Claudio Toigo Filho agradeceu a honraria e enfatizou o papel do empreendedorismo varejista no fortalecimento da sociedade gaúcha. 
 
— Este reconhecimento é um estímulo para continuarmos dando visibilidade e valorizando o protagonismo deste setor que é exemplo de atuação pelo desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul — definiu Toigo.
 
Veja a lista completa de vencedores do Carrinho Agas 2024
Melhor Fornecedor de Queijos: Cooperativa Santa Clara
● Melhor Fornecedor de Frios Fatiados: BRF
Melhor Fornecedor de Iogurtes: Lactalis Batavo
● Melhor Fornecedor de Biscoitos: Isabela
● Melhor Fornecedor de Massas: Orquídea
● Melhor Fornecedor de Commodities de Mercearia: Blue Ville
● Melhor Fornecedor de Pães e Salgados Congelados: Marquespan
● Melhor Fornecedor de Produtos Naturais e Integrais: Naturale
● Melhor Fornecedor de Cafés e Matinais: Nestlé
● Melhor Fornecedor de Balas, Doces e Rapaduras: Da Colônia
● Melhor Fornecedor de Chocolates: Neugebauer
● Melhor Fornecedor de Conservas: Oderich
● Melhor Fornecedor de Barras de Cereal: Ritter
● Melhor Fornecedor de Sucos: Del Valle
● Melhor Fornecedor de Refrigerantes: Coca-Cola Femsa Brasil
● Melhor Fornecedor de Leites: Cooperativa Santa Clara
● Melhor Fornecedor de Água Mineral: Água da Pedra
● Melhor Fornecedor de Cervejas: Ambev
● Melhor Fornecedor de Espumantes: Cooperativa Garibaldi
● Melhor Fornecedor de Vinhos: Vinícola Aurora
● Melhor Fornecedor de Energéticos: Baly Energy Drink
● Melhor Fornecedor de Higiene e Beleza: Unilever
● Melhor Fornecedor de Fraldas: Pampers P&G
● Melhor Fornecedor de Limpeza: Girando Sol
● Melhor Fornecedor de Papéis: Mili
● Melhor Fornecedor de Bazar: Tramontina
● Melhor Fornecedor de FLV: Silvestrin
● Melhor Fornecedor de Rações Pet: Monello
● Melhor Fornecedor de Carne Bovina: Callegaro
● Melhor Fornecedor de Frango: Ave Serra
● Gerente de Vendas Destaque: Paulo César Rodrigues (Nestlé)
● Prêmio Mérito Editorial: Telmo Flor (Correio do Povo)
● Destaque AGAS Mulher: Rosane Avila Roxo ( Grupo Roxo)
● Destaque AGAS Jovem: Dayane Titon (Baly)
● Prêmio Inovação: Supermago
● Prêmio Centenário: Bebidas Fruki
● Prêmio Centenário: Anton Karl Biedermann
● Reconhecimento AGAS: João Galassi, Fernando Yamada, João Carlos Oliveira Jr., João Paes de Mendonça, João Sanzovo, José Humberto Pires de Araújo, Levy Nogueira,  Paulo Afonso Feijó e Sussumu Honda
● Personalidade Pública do Ano: Claudio Bier (Fiergs)
● Troféu Superação: Claudio Toigo (Grupo RBS)
● Medalha Marcello Zaffari: Augusto De Césaro
● Medalha Marcello Zaffari: Everton Muffato

Jogo Rápido

Em relação ao Convênio 109/2024 do Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz), que trata sobre a remessa interestadual de bens e mercadorias entre estabelecimentos de mesma titularidade, a Receita Estadual informa a publicação do Decreto nº 57.886 e a disponibilização de serviço para comunicação da opção à Receita Estadual. A novidade permite que os contribuintes comuniquem a opção por equiparar a transferência de mercadorias a uma operação tributada, proporcionando mais flexibilidade na gestão dos créditos de ICMS. Confira o Decreto nº 57.886/24 clicando aqui. 

 
 

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Porto Alegre, 10 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.282


O que segura o preço baixo da gasolina e do diesel apesar do recorde do dólar

Os valores cobrados dos consumidores nos postos não estão nem perto dos altos patamares de 2021

Mesmo com os recordes do dólar, o preço dos combustíveis no Brasil tem se mantido estável, em patamares bem inferiores do que há três anos, por exemplo. Não há sinal de que a Petrobras mexerá nos valores das refinarias estatais no atual cenário, nem alterações previstas nas refinarias privadas.

Mas o dólar não é uma das principais influências na decisão da petrolífera? Sim, mas a outra é o petróleo, que tem se mantido em patamar baixo. Hoje, por exemplo, está na casa dos US$ 70, o que é aproximadamente a metade do preço do barril quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. 

Os conflitos no Oriente Médio até dão alguns sustos, como quando o Irã, que é produtor de petróleo, e Israel realizaram ataques mútuos. Agora, a crise na Síria também não deve provocar aumento da commodity, pois sua capacidade de produção caiu a um décimo na última década, derrubada pela guerra civil no país.

O principal motivo para o petróleo manter-se baixo é a previsão de consumo menor, especialmente pela desaceleração da economia da China, a segunda maior do mundo. Além do país asiático, os Estados Unidos, que são a maior economia, ainda geram eventuais especulações sobre uma recessão. 

Ou seja, se o dólar não estivesse subindo, o preço da gasolina, do diesel, do gás e de outros derivados de petróleo estaria até caindo para o consumidor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum está custando, em média, R$ 6,04 no Rio Grande do Sul. Em novembro de 2021, chegou a R$ 7,10. Já o diesel está em R$ 6,04 agora, mas atingiu R$ 7,40 em julho de 2022.

Em tempo, se os combustíveis estivessem subindo, a vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria bem mais tumultuada. A inflação estaria pressionando muito mais o juro e exigindo um corte de gastos rápido e convincente. (GZH)


Você sabe como é a produção de whey protein?

Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras.
 
Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras, onde o soro do leite – sua principal matéria-prima – é obtido durante a produção de queijos.
 
Com o aumento da demanda por alimentos fortificados, o Brasil tem se destacado nesse mercado em expansão. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de whey protein e outros concentrados de proteína no país cresceu 25% entre 2021 e 2023. 
 
Além disso, dados da Mordor Intelligence apontam que o Brasil lidera o mercado sul-americano de proteínas do soro de leite, representando 60% do consumo total e com previsão de crescimento anual de 8% entre 2024 e 2029.
 
Essa ascensão representa uma grande oportunidade para os produtores rurais. Afinal, o soro do leite, que antes era visto como resíduo, se tornou uma fonte de renda sustentável e estratégica.
 
Como é a produção de whey protein?
 
O processo começa na fabricação de queijos. Quando o leite é coagulado para a produção de queijo, ocorre a separação da massa (que formará o queijo) e do soro do leite. 
 
Este soro, que por muito tempo foi considerado apenas um resíduo, contém proteínas de alto valor biológico, além de vitaminas e minerais essenciais. Para garantir a qualidade da matéria-prima, o armazenamento e transporte do soro devem seguir rigorosos padrões sanitários. 
 
O produto precisa ser mantido refrigerado em tanques adequados e transportado em caminhões isotérmicos até as unidades de processamento, evitando qualquer tipo de contaminação ou degradação.
 
Processamento industrial do soro do leite
 
Na indústria, o soro passa por um processo de transformação até se tornar whey protein. As principais etapas são:
 
● Coagulação inicial: O soro passa por um processo de coagulação controlada para separação das proteínas
● Filtração preliminar: Remoção de impurezas e partículas maiores
● Ultrafiltração: Processo que concentra as proteínas do soro
● Microfiltração: Etapa que remove resíduos menores e garante maior pureza
● Desidratação: O concentrado proteico é transformado em pó através de secagem a vácuo
● Finalização: Adição de saborizantes e embalagem do produto final
 
Durante esse processo, são produzidos diferentes tipos de whey protein:
 
● Concentrado (WPC): Contém entre 35% e 80% de proteína
● Isolado (WPI): Apresenta mais de 90% de proteína
● Hidrolisado (WPH): Proteínas são pré-digeridas para maior absorção
 
    Controle de qualidade na produção de whey
 
Todo o processo é regulamentado pela ANVISA e deve seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF). O controle de qualidade inclui análises microbiológicas, físico-químicas e sensoriais em todas as etapas, desde o recebimento do soro até o produto final.
 
Benefícios nutricionais do whey protein
 
O whey protein se destaca como um dos suplementos mais completos disponíveis no mercado, oferecendo benefícios que vão muito além do ganho de massa muscular. 
 
Sua composição rica em aminoácidos essenciais, especialmente leucina, isoleucina e valina (BCAAs), promove não apenas o desenvolvimento muscular, mas também auxilia na recuperação pós-exercício e no fortalecimento do sistema imunológico. 
 
A rápida absorção dessas proteínas pelo organismo resulta em maior biodisponibilidade de nutrientes, tornando o whey protein uma escolha excelente para atletas e praticantes de atividade física. 
 
Aplicações do whey na indústria alimentícia
 
O whey protein tem se mostrado um ingrediente versátil, indo além dos suplementos em pó para integrar diversos produtos alimentícios. Ele é usado em bebidas proteicas prontas, produtos de panificação, iogurtes, queijos e sobremesas lácteas, melhorando textura e valor nutricional. No setor de confeitaria, impulsiona a criação de barras proteicas e snacks saudáveis, atendendo à demanda por opções práticas e nutritivas. 
 
Suas propriedades funcionais, como melhorar textura e estabilidade, tornaram o whey protein essencial no desenvolvimento de alimentos funcionais.
 
Whey Protein e as oportunidades 
 
O fornecimento de soro do leite para a indústria de whey protein é uma oportunidade lucrativa. Com a alta demanda por proteínas de qualidade, laticínios buscam fornecedores que ofereçam soro constante e de boa qualidade. 
 
Produtores que atendem aos padrões exigidos e possuem estrutura adequada têm encontrado nesse mercado uma fonte extra de renda. O sucesso depende de processos que garantam a qualidade do soro desde a ordenha até o armazenamento.
 
As informações são do Estadão, adaptadas pela equipe MilkPoint.
 
 
Boletim de Preços: Mercado de Leite e Derivados Novembro de 2024
 
Maior oferta de leite faz preços recuarem
 
Os preços no mercado de leite e derivados registraram desaceleração nas últimas semanas em função da maior oferta de leite neste momento de safra. O leite UHT apresentou um recuo mais acentuado no mercado atacadista, com vendas mais fracas nas ultimas semanas prejudicando a sustentação de preços. Nesta época é natural o movimento de queda nos preços de leite e seus derivados. Ainda que os sistemas de produção mais confinados estejam crescendo e ganhando participação no mercado brasileiro, a sazonalidade na oferta nacional ainda é marcante. Além disso, as importações de derivados lácteos seguem elevadas, aumentando a disponibilidade interna e pressionando preços.

Conseleites sugerem queda nos preços

As sinalizações de todos os Conseleites para o pagamento do leite entregue em novembro indicaram recuo no preço de referência, com a maior queda ocorrendo em Minas Gerais. O movimento de recuo nos Conseleites reflete o enfraquecimento dos preços dos derivados lácteos no setor industrial.

Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Milho tem valorização de preços. Boi também segue em alta

Os preços do milho registraram nova alta em novembro com elevado volume de exportações e incertezas sobre a disponibilidade do cereal na janela entre a safra e safrinha de 2025. As condições climáticas durante a colheita de verão, plantio e desenvolvimento da safrinha serão fundamentais para o abastecimento naquele período, afetando o comportamento dos preços. No mercado pecuário, a arroba do boi seguiu em valorização, puxando também os preços do bezerro. Finalmente, a desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação.


Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado. 
Via CILEITE


Jogo Rápido

O que é e como calcular a pegada de carbono no leite?
Você sabe o que é a pegada de carbono na pecuária leiteira? A pegada de carbono é uma variável utilizada para avaliar a sustentabilidade na atividade leiteira, baseada na relação da emissão dos gases de efeito estufa e a unidade do produto produzido, nesse caso, o leite.  Como calcular? Quais informações são necessárias para esse cálculo? Se você gerencia os dados zootécnicos do seu rebanho e possui o controle de todos os insumos utilizados na sua propriedade, você está no caminho certo. Aprenda a calcular as emissões na sua fazenda com detalhes e descubra as ferramentas gratuitas disponíveis para ajudá-lo a obter essas informações. Todas as informações descritas no vídeo estão disponíveis aqui  e no material complementar. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 09 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.281


Ingresso de produtos lácteos e vinhos sem tarifa de importação preocupa produtores e indústrias

Acordo entre Mercosul e União Europeia prevê ingresso de vinho, queijo, leite em pó e manteiga europeia sem impostos

O acordo entre a União Europeia e o Mercosul será tema de encontro, na próxima semana, entre o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O texto definido entre os dois blocos econômicos prevê que leite em pó, manteiga, queijo e vinhos produzidos na União Europeia podem ingressar no Brasil, e nos demais países do Mercosul, com isenção de impostos. A situação preocupa produtores gaúchos, que já enfrentam a concorrência de itens proveniente da Argentina e Uruguai, países integrantes do grupo sul-americano.Se mantidas as regras atuais, será retirado 28% de imposto que hoje incide sobre o leite em pó e os 16% tributados sobre a manteiga e queijo importado. Por outro lado, pondera Palharini, haverá redução de preço para importar equipamentos que permitem modernizar a atividade, como robôs para ordenha. Tributado entre 15% e 25%, de acordo com o Sindilat, esse sistema custa, em média, R$ 1,3 milhão – o que limita a capacidade de compra para produtores de menor porte.

“No Brasil uma vaca produz, em média, 6,5 mil litros por ano. Na Europa, a referência é de 10 mil litros, com mais materiais sólidos e, portanto, de melhor qualidade. Mas promover essa mudança, retirando do pasto animais sem origem por outros de raça, leva de cinco a sete anos. Ou seja, temos de começar já”, alerta Palharini.

O sindicato buscará apoio, por exemplo, para que pecuaristas possam investir em animais de raça, que produzem mais leite e de melhor qualidade. Aprimorar o manejo do rebanho e a alimentação também estão entre os objetivos.

O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS) tentará excluir a bebida do enquadramento do chamado Imposto do Pecado – que aumentará os preços de bebidas e cigarros, por exemplo. O presidente Luciano Rebellatto pretende solicitar o enquadramento do vinho brasileiro como complemento alimentar. (Correio do Povo)


​Consumo de laticínios registra melhor marca desde 1959 nos EUA

À medida que as preferências do consumidor evoluem, os padrões de consumo de laticínios continuarão mudando.

No geral, os três grandes — queijo, iogurte e manteiga — continuam a crescer a cada ano, à medida que o consumo de leite fluido diminui. No ano passado, o iogurte rendeu 13,8 libras (6,25kg) em uma base per capita, o que está um pouco abaixo da marca d'água alta de 14,9 libras (6,75kg) registrada em 2013 e 2014.

Em 2023, o consumo de leite fluido caiu 1,5% para 128 libras (58,06kg). Isso está bem abaixo do pico de 247 libras (112,03kg) por pessoa em 1975. Embora o número de leite fluido de 128 libras (58,05kg) pareça alto na superfície em comparação com o queijo, lembre-se de que 100 libras (45,35kg) de leite fluido rendem 11,24 libras (5,09kg) de queijo.

O USDA também calcula qual porcentagem de leite é alocada para cada produto lácteo. Em 2000, 37,7% do suprimento de leite dos EUA foi transformado em queijo. Essa alocação cresceu para 42,2% em 2023. A manteiga teve um crescimento semelhante de 16,3% em 2000 para 18% em 2023. Combinadas, essas duas categorias respondem por quase dois terços do suprimento de leite dos EUA em uma base de gordura do leite.

O leite destinado à produção de leite para bebidas fluidas e laticínios congelados tem sofrido um declínio constante. Em 2000, o leite fluido usou 18% do suprimento de leite; em 2023, esse número foi reduzido quase pela metade, para 10,1%. Os laticínios congelados caíram de 11% em 2000 para apenas 6,5% em 2023.

Crescimento surpreendente em pequenas categorias

Soro de leite em pó e concentrado de proteína de soro de leite (WPC), queijo cottage e leite em pó desnatado apresentaram o maior crescimento em termos percentuais em 2023. O soro de leite em pó e o WPC dispararam 58,9% para 1,9 libras (0,86kg) per capita, o queijo cottage saltou 11,2% para 2,1 libras (0,95kg) per capita, e o leite em pó desnatado e o leite em pó desnatado cresceram 8,9% para 2,5 libras (1,13kg) per capita.

Embora esses volumes pareçam pequenos, as tendências de mudança do consumidor estão impulsionando o aumento no consumo. Por exemplo, os consumidores da geração Y e da geração Z estão buscando mais proteína em suas dietas e atingindo essas metas com proteína em pó feita com WPC ou outras proteínas de soro de leite. O queijo cottage decolou nas mídias sociais em 2023 e 2024 como um ingrediente de lanche ou refeição de baixa caloria, alta proteína, baixo teor de açúcar e baixo teor de gordura, auxiliando no grande aumento no consumo.

À medida que as preferências do consumidor evoluem, os padrões de consumo de laticínios continuarão mudando. Independentemente do produto lácteo, os consumidores se beneficiam dos 13 nutrientes e vitaminas essenciais dos laticínios para atender às suas necessidades nutricionais diárias. A perspectiva para o consumo de laticínios é brilhante, especialmente considerando a linha de tendência positiva que remonta a décadas nos dados do USDA.

As informações são de Hoard's Dairyman, traduzidas pela equipe MilkPoint.

CONSELEITE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE NOVEMBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 9 de Dezembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em Dezembro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 


Jogo Rápido

O manejo da pastagem pode ajudar na redução das emissões de gases?
O Brasil ainda conta com uma fatia expressiva da produção de leite em sistemas a pasto. Mas será que é possível manejar as áreas de pastagens para a redução da pegada de carbono? As pastagens podem sequestrar carbono? Esses são alguns dos questionamentos que o Doutor em Ciência Animal, Luiz Gustavo Pereira, aborda. Assista aqui. (Milkpoint) 

 
 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.280


Balança Comercial de Lácteos: dados de novembro de 2024

No mês de novembro, mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço. O que esperar para os próximos meses?No mês de novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para balança comercial de lácteos foi de -199 milhões de litros em equivalente-leite, em linha com o observado no mês de outubro. Mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço, mantendo o déficit elevado na balança comercial, conforme pode-se observar no gráfico 1.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Exportações em Novembro
As exportações de lácteos alcançaram 4,79 milhões de litros em equivalente-leite, representando um crescimento de 7,9% em relação a outubro. No entanto, o volume exportado segue modesto frente às importações.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos exportados, a manteiga se destacou, com 203 toneladas, registrando um aumento percentual expressivo de 111% em relação ao mês anterior. Os elevados preços no mercado internacional têm gerado algumas oportunidades de exportações para essa categoria.

Por outro lado, outras categorias registraram queda nos volumes exportados, como o soro de leite (-32%) e o leite condensado (-12%). Já os cremes de leite apresentaram crescimento de 19%, atingindo 706 toneladas.

Importações em Novembro
As importações totalizaram 204,3 milhões de litros em equivalente-leite em novembro, registrando uma leve alta de 0,5% em relação a outubro. Quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 3,2%. Esse patamar elevado de volume internalizado no último mês ainda reflete um cenário de negociações ocorridas há cerca de 2-3 meses, quando a demanda interna estava mais aquecida, com preços em alta no mercado brasileiro e alta competitividade do produto importado.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos importados, o leite em pó integral segue sendo o maior volume, com  cerca de 13 mil toneladas importadas, um aumento de 2% em relação ao mês anterior. Os queijos, por sua vez, apresentaram um leve recuo de 1%, totalizando 6,7 mil toneladas, mas permanecendo em níveis historicamente elevados. 

Cabe destacar que novembro teve três dias úteis a menos que outubro, limitando crescimentos maiores do volume total do mês, apesar de ter apresentado aumento significativo na média diária por dia útil.

Dados para as diferentes categorias

Abaixo, pode-se observar o equilíbrio entre importações e exportações para as principais categorias de lácteos nos últimos 2 meses.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em novembro de 2024.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em outubro de 2024.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que esperar dos próximos meses?

Para os próximos meses, a expectativa é de que os volumes importados permaneçam em patamares elevados, mas com tendência de redução gradual. O mercado internacional segue evidenciados preços altos, como observado no leilão Global Dairy Trade (GDT), aumentando a competição entre outros mercados pelo leite do Mercosul. Além disso, o dólar acima de R$6,00 tende a atuar como um limitador para as importações brasileiras.

Somada a menor competitividade de preços, a oferta sazonalmente menor da Argentina e do Uruguai tende a influenciar negativamente a disponibilidade para o mercado brasileiro, enquanto no Brasil a oferta interna tem crescido, pressionando os preços domésticos para algumas categorias importantes, como temos observado para o Leite UHT e Queijos. (Milkpoint)


Líderes dos blocos anunciam acordo entre UE e Mercosul

Negociações levaram 25 anos. Apesar do anúncio, o acordo não será assinado em Montevidéu e ainda passará por longo trâmite burocrático e análise pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocosLíderes do Mercosul e da União Europeia anunciaram nesta sexta-feira (6) a conclusão das negociações para o acordo comercial entre os dois blocos. O anúncio foi feito pelo presidente do Uruguai, Lacalle Pou, que comanda interinamente o Mercosul, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que está em Montevidéu, onde acontece a cúcúpula de chefes de Estado do bloco sul-americano.“Foram 25 anos de negociações. Hoje volto para casa mais tranquilo. A soma dos acordos frustrados gerava incerteza. Não é só um acordo comercial. Um acordo desse tipo não é solução, mas não há soluções mágicas”, disse o uruguaio, durante a abertura da reunião.

Apesar do anúncio, o acordo comercial UE-Mercosul não será assinado em Montevidéu. Após o acordo entre as partes, ainda haverá um longo trâmite burocrático, como a tradução para várias línguas e análise pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocos.

Em pronunciamento à imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que o acordo "trará benefícios importantes para consumidores e empresas de todos os lados", já que a Europa é o segundo parceiro comercial do Mercosul.

Para os europeus, detalhou, haverá "processos aduaneiros mais simples e acesso preferencial a matérias-primas fundamentais", que devem beneficiar as 60 mil empresas que atualmente exportam para o Mercosul - das quais 30 mil são pequenas e médias. "É uma situação de ganha-ganha", resumiu. "O acordo vai poupar 4 bilhões de euros às empresas europeias, ao mesmo tempo que expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego para ambas as partes."

A líder europeia, por sua vez, parabenizou os negociadores pela dedicação na busca de um consenso. “Trabalharam de maneira incansável durante anos em prol de um acordo equilibrado e tiveram sucesso. O laço entre Europa e os países do Mercosul é um dos mais fortes do mundo. É um laço que se ancora na confiança e está atravessado por herança compartilhada que acarreta séculos de aprendizado mútuo”, disse ela.

Von Der Leyen também disse que o acordo manda “uma mensagem forte para o mundo”. “Demonstramos que as democracias podem se apoiar mutuamente. Esse tipo de acordo não é apenas uma oportunidade econômica, mas uma oportunidade política”, argumentou, antes de mencionar os principais números da parceria, que cria um mercado de 700 milhões de pessoas.

Segundo ela, o acordo comercial também é um passo para o Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas e voltou a entrar em risco com a expectativa de saída dos Estados Unidos. “O presidente Lula fez esforços para proteger a Amazônia, mas proteger a Amazônia é uma responsabilidade compartilhada”, disse a líder europeia.

Ela afirmou que o acordo garante que os investimentos vão respeitar “de certa forma” o patrimônio natural do Mercosul. “É uma situação na qual há ganhadores de parte a parte. Somos um parceiro comercial do Mercosul, então vocês já sabem como negociamos”, disse a alemã, ao mencionar as 60 mil empresas europeias que exportam atualmente para os países do blovo sul-americano.

Em uma sinalização para os europeus críticos ao acordo, sobretudo no setor agrícola, Leyen disse que os padrões da Europa para aquisição de alimentos e bebidas não sofrerão alterações. “Esse acordo vai poupar 4 bilhões de euros para as empresas europeias. Ao mesmo tempo, expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego em mbas as partes”, completou.

Comunicado
Em comunicado conjunto, Mercosul e União Europeia afirmam que o acordo comercial entre os blocos está "pronto para revisão legal e tradução" e que estão "determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo". Leia a íntegra:

“Os Estados Partes Signatários do MERCOSUL – a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai – e a União Europeia anunciaram, na 65ª Reunião de Cúpula do MERCOSUL (Montevidéu, 6 de dezembro de 2024), a conclusão final das negociações de um Acordo de Parceria entre as duas regiões, após mais de duas décadas de negociações.

Tomando em conta o progresso realizado nas últimas décadas até junho de 2019, o MERCOSUL e a União Europeia engajaram-se, desde 2023, em intenso processo de negociações para ajustar o acordo aos desafios atuais enfrentados nos níveis nacionais, regionais e global. Nos últimos dois anos, as duas partes realizaram sete rodadas de negociações, , entre outras reuniões, e comprometeram-se a revisar as matérias relevantes.À luz do progresso alcançado desde 2023, o Acordo de Parceria entre o MERCOSUL e a União Europeia está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos os blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo. (Valor Econômico)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1844 de 5 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A transição das pastagens de inverno para as de verão ainda afeta a atividade leiteira em função do vazio forrageiro. O tempo quente e chuvoso tem favorecido o crescimento das pastagens de verão, mas o estresse térmico impacta o consumo de alimentos por parte das vacas e a produção de leite. Embora os animais apresentem boa condição corporal, o aumento da pressão de endo e ectoparasitas exige atenção, como de berne, mosca-dos-chifres e carrapato, para os quais devem ser aplicadas práticas de manejo e controle.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, os produtores de leite relatam aumento na produção, impulsionado pela maior oferta de pastagens anuais de verão e perenes, o que melhora a dieta das matrizes. Já se recomenda alterar os horários de acesso dos animais aos piquetes para aproveitar os momentos mais frescos do dia como forma de garantir maior ingestão de forragem verde. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos rebanhos de leite está estável, proporcionada pelo controle eficaz de ectoparasitas. O estado corporal das matrizes segue satisfatório devido à alimentação abundante, principalmente de pastagens de qualidade e silagem. 

Na de Erechim, nos arredores das propriedades e estábulos, diminuiu o excesso de umidade e barro, o que colabora para a redução do risco de doenças, como mastite, de problemas de casco e de lesões, causadas por escorregões e atolamentos. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados favoreceram o desenvolvimento das pastagens, aumentaram o consumo de alimentos e melhoraram o bem-estar animal.

Na de Ijuí, a produção de leite está estável, mas o aumento da temperatura já afeta o consumo animal em decorrência do estresse térmico, especialmente em propriedades com falta de sombra. 

Na de Passo Fundo, os animais apresentaram condições sanitárias e nutricionais adequadas, e as ações de controle de ectoparasitas estão em andamento.

Na de Pelotas alguns produtores precisaram investir em geradores. Em muitas propriedades, o pastejo iniciou nas áreas de pastagens de verão, aumentando a produção de leite. 

Na de Santa Maria, os produtores continuam monitorando infestações de mosca e carrapato e adotando estratégias, como troca de piquetes, homeopatias e uso de carrapaticidas, conforme necessário. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas exigiram ajustes no manejo das propriedades, e houve redução no tempo de pastejo e fornecimento de alimentos conservados para complementar a dieta. 

Na de Soledade, as pastagens de verão estão oferecendo forragem adequada ao rebanho leiteiro, beneficiadas pelas condições climáticas favoráveis. O manejo adequado das pastagens e do rebanho é essencial para garantir a eficiência da produção leiteira. (EMATER/RS)


Jogo Rápido

Dairy UK celebra esclarecimento de termos de laticínios
O Tribunal de Apelações Britânico concluiu um caso sobre o uso de termos lácteos em marcas registradas, decidindo a favor do setor de laticínios. Comentando, a Dra. Judith Bryans, presidente-executiva da Dairy UK, disse: “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal de Apelação tenha decidido a favor da Dairy UK no caso referente à marca registrada, “Post Milk Generation”. Esta decisão unânime restabelece a decisão original do Intellectual Property Office, que declarou a marca registrada inválida para produtos à base de aveia.” Esta decisão esclarece a proteção legal dos termos de laticínios, segundo os quais o termo “leite” é reservado para leite de vaca, exceto em circunstâncias definidas. No cerne da questão legal estava se essas regras se estendem a marcas registradas, e o Tribunal de Apelação agora confirmou que este é o caso. (Dairy Industries)