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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.393


Sindilat/RS transforma produção do concurso leiteiro em gesto solidário

O tradicional banho de leite, além de celebrar os vencedores do Concurso Leiteiro na Fenasul Expoleite 2025, também foi marcado por um gesto de solidariedade. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) destinou 1.020 litros de leite — volume equivalente à produção registrada durante o concurso — para a Prefeitura Municipal de Esteio, que fará a distribuição entre entidades de assistência social do município.

“Com este gesto, reafirmamos o compromisso da indústria láctea gaúcha com a retomada da produção neste período desafiador, reforçando nossa responsabilidade social e o papel do setor na reconstrução da economia local”, destacou o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella. O dirigente participou da cerimônia ao lado dos produtores premiados, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Foto: Isabele Klein
Texto: Jardine Comunicação


Milk Pro Summit: o futuro da pecuária leiteira 

Mais de 430 pessoas — entre os maiores produtores do país, líderes do agro e especialistas internacionais — estiveram reunidas nos dias 15 e 16 de maio no Resort Bourbon, em Atibaia (SP), para a primeira edição do Milk Pro Summit.

No primeiro dia, logo pela manhã, o evento deixou claro por que já é considerado o novo centro da inovação e eficiência leiteira. O Painel 1 reuniu gigantes do setor para discutir as tendências que estão moldando o mercado global: Torsten Hemme, referência mundial em lácteos, Alejandro Galetto, especialista em economia agrária, Laura Gastaldi, com longa trajetória no INTA argentino, Valter Galan, diretor da MilkPoint Ventures, e Rafael Junqueira, diretor da Lactalis Brasil & Uruguai, trouxeram dados estratégicos sobre as principais transformações da cadeia láctea

A manhã ainda contou com uma participação virtual de Tamara Klink — navegadora, escritora e Forbes Under 30 — que falou sobre coragem, propósito e reinvenção diante de desafios.

Durante os intervalos e nos momentos de interação ainda aconteceram conexões estratégicas, troca de experiências e insights valiosos entre os principais nomes do setor
À tarde, os Painéis 2 e 3 assumem o palco, com foco na inovação, digitalização e inteligência artificial aplicada à produção leiteira e na visão afiada de três produtores globais que transformaram gestão, estratégia e mentalidade em resultados de alto impacto.

O Milk Pro Summit já se firma como um dos principais fóruns estratégicos do leite no Brasil, onde tecnologia, inovação, gestão e liderança se encontram com as experiências reais de quem está na linha de frente da produção em um ambiente de networking intenso. (Milkpoint editado pelo Sindilat)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1867 de 15 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As chuvas do período devem melhorar significativamente a produção de leite, considerando a evolução no desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém já estabelecidas em razão do restabelecimento da umidade no solo e da possibilidade de aplicação de fertilizantes. Além disso, há expectativa de retomada da semeadura das pastagens de inverno, que estavam atrasadas devido à estiagem.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a reserva de silagem dos produtores que investiram mais em volumoso foi severamente comprometida pela escassez de chuvas no primeiro trimestre do ano, gerando maior dependência de suplementação com ração. 

Na de Caxias do Sul, a condição corporal dos bovinos leiteiros se manteve satisfatória, sem restrições alimentares significativas durante o período. 

Na de Frederico Westphalen, o retorno das chuvas e as temperaturas mais amenas estimularam o rebrote e o desenvolvimento das forrageiras, além de proporcionar melhor conforto térmico aos animais. 

Na de Ijuí, a produção de leite se mantém estável, e já há sinais de aumento no volume ordenhado. A sanidade dos rebanhos é considerada adequada. Há baixa incidência de carrapatos. 

Na de Passo Fundo, a produção leiteira está estável, assim como o escore corporal dos animais.

Na de Porto Alegre, segue o controle de carrapatos. Continuam as infestações de bernes e moscas. Os agricultores estão em fase de realização da declaração anual do rebanho aos órgãos oficiais. 

Na de Santa Maria, o tempo mais ameno tem beneficiado o conforto térmico dos animais. Entretanto, há pouca disponibilidade de pastagem em decorrência da escassez de chuvas durante o outono, mas essa situação começa a se reverter com as precipitações mais intensas do período. 

Já na de Santa Rosa, observa-se uma tendência de aumento na produção de leite em relação à semana anterior. As condições climáticas elevaram o conforto dos animais, incentivando o consumo de alimentos conservados e resultando em maior produção diária nas propriedades. 

Por fim, na de Soledade, os rebanhos leiteiros continuam sendo alimentados com ração e alto volume de silagem, além de outros volumosos, buscando garantir uma dieta equilibrada para a manutenção da produtividade. (Emater adaptado pelo Sindilat)

 

Jogo Rápido
Impacto do pasto na qualidade do leite em tempos de seca
Uma pesquisa publicada na edição de maio de 2025 do Journal of Dairy Science revela os impactos da crise climática na produção de leite e queijo, e aponta estratégias eficazes para reduzir esses efeitos. O estudo, liderado por Matthieu Bouchon e desenvolvido por pesquisadores do INRAE, da Universidade Clermont Auvergne, da AgroParisTech e da Universidade Claude Bernard Lyon 1, analisou como a escassez de pastagem durante as secas de verão — cada vez mais frequentes — afeta o desempenho dos animais e a qualidade dos produtos lácteos. O experimento foi realizado na região do Maciço Central, na França, uma área semi-montanhosa frequentemente afetada por estiagens. Ao longo de 19 semanas, os pesquisadores acompanharam 40 vacas leiteiras das raças Prim’Holstein e Montbéliarde, divididas em quatro grupos com dietas distintas: dois com alimentação baseada principalmente em pasto e dois com silagem de milho, sendo que metade de cada sistema passou por uma simulação de escassez de forragem, como ocorre em períodos de seca severa. Os resultados mostram que reduzir parcialmente o pasto no sistema tradicional de pastagens não compromete a produção de leite, melhora a eficiência alimentar e reduz a emissão de metano por litro de leite. Além disso, o leite e o queijo produzidos nesse sistema apresentaram melhor qualidade sensorial: queijos mais amarelos, macios e com sabor mais pronunciado — características valorizadas pelo consumidor. Já a retirada completa do pasto no sistema baseado em milho manteve a produção de leite, mas reduziu a eficiência alimentar e piorou a qualidade do queijo, que ficou mais pálido, menos saboroso e com menor presença de microrganismos benéficos. Os autores concluem que, frente à intensificação das mudanças climáticas, é essencial adotar estratégias de adaptação nos sistemas de produção leiteira. Manter o acesso ao pasto, mesmo que parcial, mostrou-se crucial para preservar a qualidade do leite e do queijo, além de contribuir para um sistema mais eficiente e ambientalmente sustentável. Complementar a alimentação de vacas com forragens conservadas, sem abandonar totalmente o pasto, pode ser a chave para enfrentar os desafios climáticos que já impactam o campo. As informações são do Journal of Dairy Science, traduzidas pela equipe MilkPoint


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.392


Sindilat/RS acompanha o MilkPro Summit 2025 no debate de inovações para o setor lácteo

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) acompanha o MilkPro Summit 2025, um dos principais eventos da cadeia láctea nacional, com a participação do secretário-executivo, Darlan Palharini. 


Créditos da imagem: Darlan Palharini

A programação do MilkPro Summit 2025 está distribuída em seis painéis temáticos com assuntos estratégicos para o setor, como as tendências globais de produção e consumo de leite, a aplicação da inovação, digitalização e inteligência artificial na pecuária leiteira, estratégias de negócios e liderança, além de temas essenciais como a comunicação com o consumidor e a visão de mercado de produtores globais. 

“É fundamental que o Rio Grande do Sul esteja presente nesses espaços de diálogo e construção de conhecimento, reforçando nosso compromisso com a inovação e o fortalecimento da cadeia leiteira gaúcha”, destaca Darlan Palharini. O encontro acontece nos dias 15 e 16 de maio, no Bourbon Resort, em Atibaia (SP), reunindo especialistas e investidores no debate do futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo.

Mediante uma parceria, associados do Sindilat/RS garantiram condição especial para participar do evento que, além dos painéis temáticos, proporciona oportunidades de networking e troca de experiências.

Informações: Sindilat/RS e Milkpoint


Concurso Leiteiro na Fenasul Expoleite valoriza trabalho do criador

A Fenasul Expoleite 2025 contará novamente com uma das suas maiores atrações, que é o Concurso Leiteiro, etapa obrigatória do Circuito Exceleite. De hoje (14/05) a domingo (18/05), o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, deverá receber cerca de 150 exemplares da raça holandesa. A feira mantém o foco no setor leiteiro, com julgamentos de alta qualidade e concursos que valorizam o trabalho dos criadores. A programação também conta com outras atividades como palestras voltadas à formação de jovens e profissionais técnicos agropecuários e a presença da agricultura familiar, oferecendo produtos locais diretamente ao consumidor.

O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, destaca que o Concurso Leiteiro é um dos momentos mais importantes do evento juntamente com o julgamento morfológico da raça. As vacas campeãs, tanto na categoria Jovem quanto na Adulta, serão as que produzirão mais leite. A raça holandesa estará sujeita a cinco ordenhas, com intervalo de 8 horas, as duas maiores marcas serão descartadas. Os animais serão classificados pela ordem de maior soma do peso das ordenhas válidas.

Tang coloca que a feira acontece quando o clima está um pouco mais ameno e passa a ficar mais interessante para as vacas altamente produtivas. “Por isso esperamos realmente cifras interessantes de leite produzido e um bom número de vacas participantes. E com a Fenasul Expoleite como etapa obrigatória do nosso Exceleite, estamos com uma boa expectativa e convidamos a todos a estarem no Parque de Esteio em maio”, finaliza.

O tradicional banho de leite da raça holandesa ocorre amanhã (15/05), a partir das 17h.
 
A Fenasul Expoleite é uma promoção da Gadolando e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), com co-promoção da Prefeitura Municipal de Esteio, Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag), e apoio de outras entidades. (SEAPI)

Grupo Piracanjuba apresenta collab entre Piracanjuba e Milky Moo na Apas Show 2025

Bebidas com 15g de proteínas, nos sabores mais vendidos da marca de milkshake, além da versão Pirakids sabor Chicletin, são algumas das inovações apresentadas no evento. Lista de lançamentos inclui a linha Zquad, voltada ao público a partir dos 10 anos, novos produtos Piracanjuba e Emana, além do redesign visual de LeitBom.

O Grupo Piracanjuba apresenta uma série de novidades na Apas Show 2025. Exemplos são as bebidas com 15g de proteínas nos sabores Pandora e Mimosa, e a versão Pirakids Chicletin, desenvolvidas a partir de uma collab entre Piracanjuba e Milky Moo.

Na lista de destaques também está a primeira linha com 10g de proteínas criada especialmente para o público a partir dos 10 anos, a Zquad, nas opções Berry Beat, Choco Loud e Vita Hit, além do Leite UHT Semidesnatado Piracanjuba+Protein Zero Lactose, com 10g de proteína por porção; o sabor Caramel Coffee, de Emana Protein, com 23g de proteínas; o novo posicionamento e redesign visual de LeitBom e o lançamento de uma categoria premium de lácteos: Piracanjuba Seleção.

As novidades estarão à mostra no estande do Grupo, com possibilidade de degustação durante os quatro dias do evento, que ocorre de 12 a 15 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). No espaço, além dos lançamentos e principais destaques de cada marca da companhia, os visitantes poderão conhecer detalhes da história da Piracanjuba, que completa 70 anos em 28 de julho deste ano. A celebração das sete décadas também inspirou o conceito do ambiente.

“Nosso estande foi projetado para além de ressaltar as conquistas até aqui, evidenciar nosso olhar para o futuro, apresentando inovações tanto em produtos da Piracanjuba, quanto de outras marcas da empresa”, destaca a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos.

Essa é a 17ª participação da companhia na Apas, evento considerado o maior de alimentos e bebidas das Américas. “Mais que uma excelente vitrine para apresentar as novidades em produtos e marcas, a feira oferece uma oportunidade estratégica para ampliarmos o relacionamento com parceiros de todo o país, com a proximidade, o cuidado e o afeto que nos são característicos. Entendemos que reforçar esses laços são essenciais para nossa estratégia de criar o futuro da alimentação todos os dias”, ressalta Lisiane.

Os visitantes que comparecerem ao estande também poderão conferir toda a linha de refrigerados Piracanjuba, bem como o portfólio completo LeitBom, dos leites UHT Ninho e Molico, e a linha Almond Breeze, com bebidas vegetais e creme vegetal. “Todo o mix de produtos do Grupo Piracanjuba, que é composto por mais de 200 opções, estará exposto para que o público possa conhecer, degustar e se surpreender ainda mais com a nossa qualidade e diversidade”, finaliza a diretora.

Novidades Piracanjuba

Piracanjuba + Milky Moo: bebida com 15g de proteínas

Desenvolvida em parceira com a Milky Moo, empresa criada há cinco anos e que já possui 642 lojas de milkshakes no Brasil, a nova bebida proteica traz os dois sabores campeões de venda da marca, Pandora (chocolate com avelã e brigadeiro branco) e Mimosa (brigadeiro branco com morango), numa versão pronta para beber, com 15g de proteínas, sem açúcar adicionado, zero lactose, em embalagem de 250 ml, prática para ser consumida em qualquer ocasião.

Piracanjuba Pirakids + Milky Moo Chicletin

Primeira collab de Pirakids, também com a Milky Moo, a bebida com sabor Chicletin – um dos mais queridos da marca - é voltada para o público infantil, com idade a partir dos 5 anos. Está disponível em embalagem de 200 ml.

Piracanjuba Zquad - 10g de proteínas
Bebida pronta para beber, pensada especialmente para atender o público a partir dos 10 anos, que está em desenvolvimento e em constante movimento. A novidade marca a entrada da Piracanjuba nesse segmento e está disponível em três versões: Berry Beat, Choco Loud e Vita Hit, todos com 10g de proteína por porção, em embalagem prática de 250 ml, formulados para atender quem busca energia para viver tudo.

Piracanjuba + Protein Zero Lactose, leite UHT Semidesnatado - 10g de proteínas
Leite semidesnatado, zero lactose, com 10g de proteínas. A novidade oferece 50% a mais de proteína e 33% mais cálcio que a versão tradicional. É uma opção prática para pessoas com intolerância à lactose, que buscam maior aporte proteico nas refeições do dia a dia.

Piracanjuba Seleção
Piracanjuba Seleção é uma linha premium, composta, inicialmente, por Queijo Parmesão com 12 meses de maturação, Creme de Leite Gourmet, Creme de Leite Bate Chantilly, Manteiga com Flor de Sal, Queijo Reino e Queijo Parmesão Cilindro. Cada produto foi cuidadosamente escolhido para oferecer a mais alta qualidade da marca.

Piracanjuba Parmesão
Todo o sabor do Queijo Parmesão Piracanjuba que já era disponibilizado na versão fracionada, agora disponível em embalagem termoformada, mais atraente e prática para o consumidor.

Lançamento Emana
Emana Caramel Coffee 23g de proteínas
Com o sabor Caramel Coffee, a nova bebida proteica da Emana, marca de suplementos e bem-estar do Grupo Piracanjuba, oferece 23g de proteína por porção. O produto é zero lactose, adoçado com stevia e está disponível em embalagem de 250ml.

Novidade LeitBom
Novo posicionamento e redesign visual
LeitBom apresenta em primeira mão na Apas o novo propósito “O bom de todo dia” e seu redesign visual, que poderá ser visto nas peças de comunicação e embalagens do portfólio. A evolução visa agregar mais valor à marca e reflete a relação de proximidade com os consumidores de várias regiões do país. No centro do reposicionamento está a essência da LeitBom, como ser presente na rotina, conectar sabor e afeto, ser acessível, constante e estar sempre à mesa. (PIRACANJUBA)


Jogo Rápido
Impacto do pasto na qualidade do leite em tempos de seca
Uma pesquisa publicada na edição de maio de 2025 do Journal of Dairy Science revela os impactos da crise climática na produção de leite e queijo, e aponta estratégias eficazes para reduzir esses efeitos. O estudo, liderado por Matthieu Bouchon e desenvolvido por pesquisadores do INRAE, da Universidade Clermont Auvergne, da AgroParisTech e da Universidade Claude Bernard Lyon 1, analisou como a escassez de pastagem durante as secas de verão — cada vez mais frequentes — afeta o desempenho dos animais e a qualidade dos produtos lácteos. O experimento foi realizado na região do Maciço Central, na França, uma área semi-montanhosa frequentemente afetada por estiagens. Ao longo de 19 semanas, os pesquisadores acompanharam 40 vacas leiteiras das raças Prim’Holstein e Montbéliarde, divididas em quatro grupos com dietas distintas: dois com alimentação baseada principalmente em pasto e dois com silagem de milho, sendo que metade de cada sistema passou por uma simulação de escassez de forragem, como ocorre em períodos de seca severa. Os resultados mostram que reduzir parcialmente o pasto no sistema tradicional de pastagens não compromete a produção de leite, melhora a eficiência alimentar e reduz a emissão de metano por litro de leite. Além disso, o leite e o queijo produzidos nesse sistema apresentaram melhor qualidade sensorial: queijos mais amarelos, macios e com sabor mais pronunciado — características valorizadas pelo consumidor. Já a retirada completa do pasto no sistema baseado em milho manteve a produção de leite, mas reduziu a eficiência alimentar e piorou a qualidade do queijo, que ficou mais pálido, menos saboroso e com menor presença de microrganismos benéficos. Os autores concluem que, frente à intensificação das mudanças climáticas, é essencial adotar estratégias de adaptação nos sistemas de produção leiteira. Manter o acesso ao pasto, mesmo que parcial, mostrou-se crucial para preservar a qualidade do leite e do queijo, além de contribuir para um sistema mais eficiente e ambientalmente sustentável. Complementar a alimentação de vacas com forragens conservadas, sem abandonar totalmente o pasto, pode ser a chave para enfrentar os desafios climáticos que já impactam o campo. As informações são do Journal of Dairy Science, traduzidas pela equipe MilkPoint


 
 
 

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Porto Alegre, 14 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.391


Dados preliminares do IBGE indicam crescimento da captação de leite no primeiro trimestre

Captação formal de leite no Brasil tem alta de 4,3% na média diária frente a 2024, segundo dados preliminares do IBGE. Confira!

Segundo dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal de leite no Brasil totalizou 6,48 bilhões de litros no primeiro trimestre de 2025. O volume representa um crescimento de 4,3% na captação média diária em relação ao mesmo período de 2024.

Vale destacar que 2024 foi ano bissexto, o que significa que fevereiro teve um dia a mais. Com isso, ao considerarmos o volume total captado, o aumento em relação ao primeiro trimestre de 2024 foi de 3,1%.

Esse é o maior volume registrado para um primeiro trimestre nos últimos quatro anos. Na série histórica iniciada em 1997, o total captado no 1º trimestre de 2025 ficou abaixo apenas do registrado no mesmo período de 2021.

Desempenho mensal

Tabela 1. Captação total mensal de leite no Brasil (Prévia)

Tabela 2. Captação média diária de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

A continuidade do crescimento na captação de leite reflete uma conjuntura mais favorável para o produtor brasileiro, com melhora significativa da rentabilidade nos últimos trimestres. O indicador Receita Menos Custo da Alimentação (RMCA), por exemplo, alcançou seus maiores patamares no segundo semestre de 2024 e, até o momento, segue acima da média histórica.

Gráfico 2. Receita Menos Custo da Alimentação (RMCA)

Dados deflacionados pelo IGP-DI

Fonte: MilkPoint Mercado, a partir de dados do CEPEA e da SEAB/PR

Com a rentabilidade ainda em níveis positivos no início de 2025, a expectativa é que a produção brasileira de leite permaneça em trajetória de crescimento em relação a 2024.

(Observação: os dados apresentados referem-se à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, prevista para o próximo mês, poderá sofrer revisões.)

MILKPOINT


Embrapa lança curso online e gratuito "Produção de Leite de Qualidade na Agricultura Familiar"

Essa capacitação tem como objetivo capacitar técnicos de extensão rural e assistência técnica para oferecerem um atendimento mais eficiente e eficaz aos produtores familiares de leite. Com isso, os produtores poderão adotar tecnologias específicas às suas realidades locais, promovendo o aumento da produtividade agropecuária, a proteção ambiental, a melhoria das condições de trabalho e aumento da renda obtida pela sua propriedade.

Essa capacitação é resultado de uma parceria entre a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Atenção: Você terá acesso ao curso por 60 dias a partir da data de inscrição.

Mais informações: cnpgl.ead@embrapa.br

Informações gerais:
Espera-se que ao final do curso os participantes sejam capazes de:

● Reconhecer a importância econômica e social da atividade leiteira, bem como iniciar essa atividade e identificar os principais fatores que interferem na produção de leite

● Identificar o diagnóstico e planejamento da propriedade leiteira e identificar os registros importantes para o gerenciamento técnico e econômico e identificar o mercado e venda do leite

● Definir a seleção de raças leiteiras, cruzamentos adequados ao Semiárido, critérios na compra de animais, melhoramento genético e escolha de touros para acasalamento

● Escolher as forrageiras para pastejo e corte, preparo do solo, controle de plantas daninhas, plantio e manejo de pastagens, além de silagem de milho, sorgo e BRS Capiaçu

● Preparar o alimento concentrado, incluir opções de volumosos e concentrados para o Semiárido, considerando a qualidade e quantidade de água. 

● Ajustar a dieta dos animais por categoria, e saber usar concentrados prontos e/ou misturados na propriedade, bem como utilizar milho reidratado

● Identificar as principais doenças, saber como prevenir, identificar e controlá-las. Usar sempre um calendário de vacinação, bem como colher carrapato para teste de sensibilidade no seu controle e controlar as doenças parasitárias

● Aplicar as técnicas de reprodução, seja monta natural, inseminação artificial, além de métodos como IATF, transferência de embriões (TE) e fertilização in vitro (FIV), de acordo com a condição corporal do animal, para ajudar no manejo reprodutivo ficando atentos às principais doenças da reprodução

● Usar as diversas práticas, que podem auxiliar no manejo geral da propriedade leiteira

● Identificar na produção de leite os principais pontos que levam ao aumento de renda na propriedade familiar

Para ser considerado concluinte e emitir um certificado, é preciso obter 60% dos pontos no conjunto de atividades obrigatórias preencher a avaliação de satisfação e enquete inicial.

Informações gerais
● Módulo 1 - Dos primeiros passos à gestão eficiente na atividade leiteira
● Módulo 2 - Raças, cruzamentos e genética
● Módulo 3 - Características e recomendações de forrageiras para corte e pastejo
● Módulo 4 - Implantação, manejo e recuperação de pastagens
● Módulo 5 - Alimentação de bovinos de leite
● Módulo 6 - Sanidade animal e qualidade do leite
● Módulo 7 - Reprodução, cria de bezerras e boas práticas ambientais
● Materiais Complementares

● Encerramento

Investimento: Gratuito

Carga Horária: 30Horas

Público-alvo: Agentes e técnicos da Assistência Técnicos Extensão Rural que trabalham na agricultura familiar.

Tipo de capacitação: Com tutoria

Período de inscrição: Oferta contínua

Período de realização: 60 dias a contar da data de inscrição.

Unidade Gestora: Embrapa Gado de Leite

Unidades Parceiras: Embrapa Semiárido

Terra Viva
 

Grupo Piracanjuba anuncia 1ª fábrica no Nordeste, com aquisição da Natulact

Unidade está localizada em Sergipe e tem foco na produção de queijos e derivados

Goiânia, 14 de maio de 2025 - O Grupo Piracanjuba anuncia a aquisição da Santa Barbara Indústria e Comércio de Bens e Laticínios Ltda (Natulact), indústria de queijos e derivados, com mais de 30 anos de fundação, situada no município de Nossa Senhora da Glória, no Estado de Sergipe. Com a transação, a companhia goiana terá sua primeira unidade fabril na Região Nordeste, ampliando para oito o número de indústrias hoje em operação. As outras sete estão localizadas no Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. 

A aquisição da Natulact foi motivada pelo interesse do Grupo em ampliar sua cobertura de atuação nacional. Pesaram na decisão fatores como a sinergia entre as empresas e a posição geográfica estratégica da indústria, que está localizada em uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste. 

“Será a primeira fábrica do Grupo Piracanjuba no Nordeste, reforçando a expansão da companhia na região, pois nos tornaremos mais competitivos”, destaca o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo. 

A Natulact está instalada a cerca de 115 quilômetros da capital Aracaju, em um município com pouco mais de 41,2 mil habitantes, segundo Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No portfólio da marca estão queijos dos tipos muçarela, coalho, prato, minas frescal, além de manteiga, requeijão e soro de leite em pó. 

O foco inicial do Grupo será a manutenção da linha de queijos existentes, mantendo os demais itens. “Para o futuro, a expectativa é ampliar continuamente o portfólio e a capacidade produtiva da planta”, informa o presidente da companhia. 

Transição

O contrato de aquisição da Natulact prevê a totalidade de controle da indústria para o Grupo Piracanjuba. “De imediato, a produção começa com a marca Natulact e, gradualmente, passará a ser aplicada a marca Piracanjuba”, explica Luiz Claudio. 

A transação ainda irá passar pelas aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O objetivo é manter todos os empregos diretos gerados pela fábrica, hoje em torno de 260, a maioria em funções fabris, além dos fornecedores de leite, que serão visitados um a um.  

“Nosso intuito é que essa transição ocorra da forma mais harmônica possível para todos os colaboradores, fornecedores e comunidade. Queremos apresentar com detalhes as razões que fazem o Grupo Piracanjuba ter como propósito o cuidado que alimenta a vida, evidenciando o quão importante para nós é nutrir relações com as pessoas, a começar pelo nosso time de colaboradores e produtores de leite. Tudo isso, respeitando as especificidades locais. Estamos certos de que teremos muito a contribuir e aprender nesse processo, dando continuidade ao trabalho da Santa Barbara em prol do desenvolvimento socioeconômico e da cadeia láctea de Sergipe”, complementa o presidente. (Piracanjuba)

Jogo Rápido
Argentina: exportações de lácteos caem e consumo interno segue fraco
A evolução das exportações de lácteos na Argentina mostra de forma clara que eliminar impostos sobre exportações não é suficiente para impulsionar as vendas externas de qualquer produto. De acordo com dados divulgados pelo OCLA (Observatório da Cadeia Láctea Argentina), em março houve uma queda de 16,% no volume exportado e de 17,% no faturamento, aprofundando a retração registrada no primeiro trimestre do ano: queda de 8,5% na quantidade embarcada e de 7,6% na receita em dólares.A queda nas exportações em março ocorreu mesmo com o preço médio de exportação, em pesos, sendo 25,7% maior que em março de 2024. No entanto, esse aumento ficou bem abaixo da inflação de custos no setor. No mesmo período, o IPC Lácteos (preço ao consumidor) subiu 43,3%, o IPIM Lácteos (preço ao produtor) aumentou 49,5% e o preço médio pago aos produtores (SIGLeA) teve alta de 36,6%. Isso mostra que o setor exportador foi o que menos conseguiu repassar aumentos — reflexo da forte desvalorização cambial em termos reais. Em 2024, o setor lácteo argentino se beneficiou de um valor do dólar que permitia competir no mercado global e obter lucro com exportações. Mas esse cenário começou a se perder a partir do meio do ano passado. Desde o final do governo de Alberto Fernández, o setor deixou de pagar retenciones (impostos sobre exportações) para colocar seus produtos no mercado mundial. Isso foi impulsionado por medidas que melhorava o câmbio para exportação. Depois veio a desvalorização do peso no início da gestão de Javier Milei, o que impulsionou temporariamente as exportações, que chegaram a representar 34% da oferta total de leite em fevereiro. No entanto, com o passar dos meses, a inflação superou com folga a desvalorização, e assim como ocorreu em outros setores agropecuários — como a carne bovina —, o setor lácteo perdeu competitividade no mercado internacional. O OCLA explicou que, até novembro de 2023, as exportações de lácteos representavam 20% da produção total da Argentina. Com o impulso cambial, esse índice subiu para 33,2% em janeiro de 2024 e alcançou 38,6% em fevereiro. No entanto, a partir de março começou a cair: 29,4% em março, 22,0% em maio, 19,7% em junho, 19% em agosto e novas quedas em dezembro. Entre janeiro e março de 2025, as exportações até se mantiveram em um patamar elevado comparado à média histórica, mas ficaram abaixo dos níveis registrados no mesmo período de 2024. A esses problemas se soma a dificuldade de vender no mercado interno. Apesar do discurso do governo argentino de que eliminou os “piores impostos”, a inflação continua alta e os salários seguem perdendo poder de compra. “De 70% a 80% da produção precisa ser colocada no mercado interno, mas o poder aquisitivo está bastante deteriorado pela inflação, o que gerou uma queda de mais de 19% no consumo doméstico total nos três primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior”, alertou o OCLA. As informações são do Bichos de Campo, traduzidas pela equipe MilkPoint