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Operacionalizando um projeto que há anos vem sendo gestado, foi apresentado ao Conseleite o plano de criação de um indexador de custo de produção do leite no Rio Grande do Sul. Reunidos na manhã desta terça-feira (26/01), integrantes do colegiado validaram a sugestão de metodologia para o indexador desenvolvida pela Emater em parceria com o Departamento de Economia e Estatística (DEE) do governo do Estado, antiga FEE. O trabalho está sendo capitaneado pelo economista e pesquisador do DEE Rodrigo Feix e pelo gerente  técnico da Emater, Jaime Ries. A partir de agora, a proposição entra em fase de ajuste fino.

A ideia é ter um levantamento robusto com dados coletados em todo o Rio Grande do Sul. O indexador seguirá o sistema de outros indicadores de preço. A expectativa é que, em um primeiro momento, o levantamento seja avaliado internamente, e que a divulgação oficial ocorra ainda em 2021. “Esse é um projeto antigo dentro do Conseleite e será mais uma ferramenta, junto com o valor de referência, para que o setor possa avaliar e planejar as suas ações e auxiliar principalmente o produtor que tanto necessita de uma previsibilidade”, colocou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A notícia, informou o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, é um grande avanço na compreensão sobre a rentabilidade da atividade leiteira. “Tínhamos duas metas claras quando assumimos o Conseleite: abrir novos mercados no exterior e a revisão dos dados da Câmara Técnica. Acho que avançamos bastante”.

Valor de referência

Durante a reunião do Conseleite, também foi divulgado o valor de referência projetado para o leite no Rio Grande do Sul. De acordo com dados apurados pela UPF, o litro no mês de janeiro foi estimado em R$ 1,4391, 4,92% abaixo do consolidado em dezembro de 2020 (R$ 1,5135).  O professor da UPF Marco Antonio Montoya pontua que, apesar da redução, o indicador está acima dos patamares históricos para o mês de janeiro. “Nos últimos três meses, os valores estão praticamente estáveis”, constatou.

A tendência é que o mercado se mantenha com estabilidade. Com a manutenção da pandemia, o teletrabalho persiste com impacto direto no consumo. Outro fator que preocupa é o encerramento do auxílio emergencial às famílias em dificuldade em função da Covid-19. “O cenário está delicado. Estamos com valores mais elevados, mas, por outro lado, os custos também estão impactando o produtor e a indústria”, alertou o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, confiante de que a volta às aulas virá com a retomada do consumo.

Foto: Reprodução

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de janeiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.387


Ijuí terá serviço para análise da qualidade do leite

Produtores de leite do Noroeste gaúcho ganharão um reforço para qualificar a produção e equilibrar a dieta das vacas. É o projeto Suport D Leite, novo laboratório que atuará na análise de amostras a partir de fevereiro. A iniciativa, idealizada pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize Fraga, visa suprir a carência de análises que, apesar de não precisarem ser realizadas somente em laboratórios oficiais, podem ajudar no acompanhamento técnico das propriedades para a tomada de decisões gerenciais e, principalmente, apoiar na formulação de uma dieta alimentar mais equilibrada e muitas vezes econômica com a substituição do milho e do farelo de soja, que estão valorizados e comprometem o resultado da atividade. O projeto foi tema de reunião entre a pesquisadora e o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, nesta segunda-feira (18/01).  

O laboratório disponibilizará aos produtores análise de composição (gordura, proteína, sólidos totais, extrato seco desengordurado) e Contagem de Células Somáticas, além de Cultura On Farm. A máquina utilizada para o processamento das amostras é portátil e poderá ser levada até as propriedades leiteiras ou operada na sede para análise das amostras enviadas. Com capacidade para realizar a análise de até 2 mil amostras por dia, a iniciativa começará por Ijuí, mas pretende, em seguida, ser implementada em outros municípios gaúchos. Inicialmente, o projeto conta com 50 parceiros.

Segundo o executivo, ações como essa contribuem diretamente para o desenvolvimento da competitividade no setor lácteo do Rio Grande do Sul, porque mostram onde o produtor precisa corrigir a dieta. “Ele contribuirá no sentido de melhoria contínua da qualidade do leite. Permitirá que a propriedade se torne mais viável economicamente e bem mais competitiva”, destacou. O Sindicato irá apresentar na próxima reunião de associados, no dia 26 de janeiro, o escopo do projeto, para uma futura videoconferência entre indústrias e a Denize. 

Os serviços do novo laboratório poderão ser demandados através do telefone (55) 99215-7667. As amostras poderão ser enviadas para a sede da empresa (Rua Alagoas, nº 592 – Bairro Assis Brasil – Ijuí), por transportadora, ou serem entregues em postos de recebimento de amostras.  “O lema do projeto é conhecer para crescer. É conhecer seus animais, sua realidade”, afirmou Denize. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Concentrados são o principal fator de aumento dos custos na em 2020

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira registrou aumento de 1,13% em dezembro de 2020 na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). No acumulado do ano, a alta, nos principais estados produtores foi de 23,24%.

O fator que mais influenciou a elevação dos custos foi a valorização das rações e concentrados e dos suplementos minerais. No acumulado de 2020, o aumento nos preços deste grupo de insumos foi de 44,13% na “média Brasil”. Os suplementos minerais, insumo indispensável para nutrição dos rebanhos, também se valorizaram em dezembro, registrando aumento de 1,19% no mês e de 13,24% no acumulado do ano. 

Os preços dos alimentos concentrados subiram 2,34% em dezembro, apesar das desvalorizações das matérias-primas utilizadas na produção. O Indicador ESALQ/BM&FBOVESPA Paranaguá da soja recuou 7,53% de novembro para dezembro, e o Indicador ESALQ/BM&FBOVESPA do milho, 6,2% no mesmo período. Os estados que registraram os maiores aumentos nos custos do concentrado em dezembro foram Minas Gerais (5,09%) e Goiás (1,71%).

A suplementação mineral teve alta de 1,19% em dezembro na “média Brasil”, com destaque para São Paulo e Paraná, onde as elevações foram de 2,22% e de 1,93%, respectivamente. Diante do aumento de 4,05% no preço do leite na “média Brasil” e da desvalorização do milho em dezembro, a relação de troca entre esses produtos se tornou mais favorável ao produtor no último mês do ano, após dois meses seguidos de perda no poder de compra.

Em dezembro, uma saca de 60 kg de milho valia 35,43 litros de leite, contra 39,30 litros por saca em novembro. No ano de 2020 a média dos doze meses para a relação de troca foi de 34,34 litros de leite para a aquisição de uma saca de milho de 60kg, 21,82% maior que em relação ao ano de 2019 demonstrando a perda do poder de compra do produtor frente ao milho durante esse período.

Essa redução do poder aquisitivo por parte dos pecuaristas se deu diante do aumento do preço, do milho em 48,79% na média de 2020 em relação à média de 2019 (Indicador ESALQ/BM&FBOVESPA do milho) apesar da elevação de 22,60% no preço do leite líquido pago ao produtor (CEPEA/ESALQ (R$/l) no mesmo período.

Após um 1º semestre de pouca variação nos preços de sementes forrageiras em 2020 (+2,61%), as cotações tiveram aumento significativo na segunda metade do ano, de 32,54%. Além das sementes, os valores dos fertilizantes utilizados na implementação e no cultivo das pastagens e das lavouras de milho para silagem subiram 12,62% no segundo semestre de 2020.

Com a elevação dos custos da dieta devido ao aumento nos preços dos concentrados e na produção do volumoso, é indispensável que os produtores continuem primando pela eficiência técnica de suas propriedades para garantir margens positivas na atividade leiteira em 2021. (As informações são do Cepea-Esalq/USP)

 

Certificação de entidade beneficente da Emater/RS-Ascar renovada até 2023

A renovação da Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) da Emater/RS-Ascar foi publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União, com prazo de três anos, a contar de março de 2020. A certificação é concedida às organizações da assistência social, possibilitando-as de usufruir da isenção das contribuições sociais, tais como a parte patronal da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, CSLL, COFINS e PIS/PASEP. 

Permite, ainda, a priorização na celebração de contratos ou convênios com o poder público, entre outros benefícios. “É uma demanda antiga e histórica, protocolada em novembro de 2019, que finalmente conseguimos acelerar. Esta certificação viabiliza a operação da Emater/RS-Ascar, garantindo a continuidade de suas ações”, destaca o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho. 

Em reunião realizada na semana passada com o secretário, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, havia sinalizado que a renovação sairia nesta semana. A certificação está vinculada à Ascar, que é a entidade oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), constituída com o objetivo de contribuir de forma planejada, continuada e gratuita para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, e a renovação deste certificado é primordial para a continuidade dos serviços prestados, particularmente junto às comunidades rurais mais vulneráveis.  

Para o presidente da Emater/RS em exercício, Alencar Rugeri, essa é uma fundamental conquista que significa o reconhecimento pelo esforço de todos os trabalhadores da Instituição, que contou com o apoio da Diretoria e do secretário Covatti, junto ao Ministério da Cidadania, para viabilizar a renovação do Cebas. 

“Essa renovação mais o contrato que a Instituição assinou, em julho de 2020, por cinco anos com a SEAPDR, nos dá garantia dos serviços gratuitos e de qualidade da Aters ao público assessorado. Hoje é um dia de celebração por esta conquista”. (SEAPDR)


Jogo Rápido
Exportação de milho deve dobrar no mês
A Anec elevou de 2,1 milhões 2,39 milhões de toneladas sua estimativa para as exportações de milho do país em janeiro. O volume é duas vezes maior que o do mesmo mês do ano passado (1,17 milhão). (Valor Econômico)


 

Produtores de leite do Noroeste gaúcho ganharão um reforço para qualificar a produção e equilibrar a dieta das vacas. É o projeto Suport D Leite, novo laboratório que atuará na análise de amostras a partir de fevereiro. A iniciativa, idealizada pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize Fraga, visa suprir a carência de análises que, apesar de não precisarem ser realizadas somente em laboratórios oficiais, podem ajudar no acompanhamento técnico das propriedades para a tomada de decisões gerenciais e, principalmente, apoiar na formulação de uma dieta alimentar mais equilibrada e muitas vezes econômica com a substituição do milho e do farelo de soja, que estão valorizados e comprometem o resultado da atividade. O projeto foi tema de reunião entre a pesquisadora e o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, na segunda-feira (18/01).

O laboratório disponibilizará aos produtores análise de composição (gordura, proteína, sólidos totais, extrato seco desengordurado) e Contagem de Células Somáticas, além de Cultura On Farm. A máquina utilizada para o processamento das amostras é portátil e poderá ser levada até as propriedades leiteiras ou operada na sede para análise das amostras enviadas. Com capacidade para realizar a análise de até 2 mil amostras por dia, a iniciativa começará por Ijuí, mas pretende, em seguida, ser implementada em outros municípios gaúchos. Inicialmente, o projeto conta com 50 parceiros.

Segundo o executivo, ações como essa contribuem diretamente para o desenvolvimento da competitividade no setor lácteo do Rio Grande do Sul, porque mostram onde o produtor precisa corrigir a dieta. “Ele contribuirá no sentido de melhoria contínua da qualidade do leite. Permitirá que a propriedade se torne mais viável economicamente e bem mais competitiva”, destacou. O Sindicato irá apresentar na próxima reunião de associados, no dia 26 de janeiro, o escopo do projeto para uma futura videoconferência entre indústrias e a Denize.

Os serviços do novo laboratório poderão ser demandados através do telefone (55) 99215-7667. As amostras poderão ser enviadas para a sede da empresa (Rua Alagoas, nº 592 – Bairro Assis Brasil – Ijuí), por transportadora, ou serem entregues em postos de recebimento de amostras. “O lema do projeto é conhecer para crescer. É conhecer seus animais, sua realidade”, afirmou Denize.

Foto em destaque: Carolina Jardine

Estabelecido em R$21,1581, o valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF) para 2021 registrou reajuste de 4,13% em relação ao ano anterior, quando era estipulado em R$ 20,2994. Com a revisão, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 30 de dezembro de 2020, a taxa de contribuição do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para a bovinocultura de leite passa a ser de R$ 0,00131, sendo R$ 0,000656 por litro de leite para o produtor e para a indústria. A atualização passou a valer a partir do dia 1º de janeiro.

A estimativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), é que, com o reajuste, a receita projetada de 2021 em contribuições do Fundesa supere os R$ 5 milhões. O valor arrecadado é destinado principalmente a indenizações de produtores com animais com brucelose e tuberculose, além de ser utilizado para divulgação de ações preventivas contra as zoonoses. A nova taxa será paga sobre o leite vendido para a indústria a partir de janeiro deste ano.

Conforme o último levantamento realizado pelo Sindilat com base em dados apresentados pelo Fundesa, o saldo acumulado em 30/09/2020 da conta leite era de R$ 20.786.174,71 e nos três primeiros trimestres de 2020, R$ 5.335.110,57 foram destinados à indenização de 4.370 animais. Neste período, a taxa de contribuição por litro de leite paga pela indústria e pelo produtor foi de R$ 0,00063.

Crédito da foto: Carolina Jardine

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi o convidado especial da live promovida nesta terça-feira (22) pela equipe de jornalismo da Agro2Business. No webinar, o secretário-executivo fez um balanço do setor lácteo em 2020 e traçou algumas perspectivas para 2021 considerando o cenário de pandemia que entrará no próximo ano e a conjuntura econômica nacional.

De acordo com Palharini, o ano de 2020 foi desafiador para todos os setores da economia, e para o segmento lácteo não foi diferente. “Não houve planejamento que pudesse prever o que viria”, disse, referindo-se à pandemia de Covid-19. Segundo ele, a crise sanitária veio acompanhada de gargalos não tão distantes da realidade do setor. A primeira citada por ele foi a elevação dos custos de produção, especialmente de insumos como milho e farelo de soja, primordiais para a dieta do rebanho leiteiro. "O custo de produção é sempre um fator importante que influencia diretamente na capacidade de competição do produto brasileiro”, pontuou o dirigente. Nos primeiros meses da pandemia, março e abril, o câmbio, que levou o dólar quase na barreira dos R $6,00, promoveu um certo alívio nas importações de leite em pó e queijos. No entanto, passada a primeira fase da crise, a entrada de lácteos foi retomada mesmo com o câmbio ainda não favorável. O câmbio, além de encarecer os insumos no mercado interno, estimulou as exportações dos grãos nacionais para outros países, mexendo com o abastecimento interno e as cotações.

Na avaliação do secretário-executivo do Sindilat, a frase que define o desafio para 2021 é ‘ganho de competitividade’, algo que depende de diversos fatores: ampliar a assistência técnica ao produtor no campo para garantir a entrega de um produto cada vez mais adequado às exigências do mercado e aumentar a produtividade (cuja média atual está em 100 mil litros/propriedade/ano, enquanto no Uruguai alcança 500 mil litros e, na Argentina, 1 milhão de litros/propriedade/ano).

Fazer frente a esses parceiros do Mercosul exige um trabalho que passa também por reduzir parte da dependência da atividade de insumos tão voláteis sob o ponto de vista de custo, que são o milho e o farelo de soja. “Na Argentina e no Uruguai, a alimentação é essencialmente a pasto”, frisa. O dirigente, no entanto, pontua a importância da suplementação animal, mas ressalta que grande parte da competitividade dos vizinhos já é conquistada na fase da alimentação. “Esta é uma alternativa que podemos avançar, visto que para 2021 não há nenhum indicador que mostre a baixa dos insumos essenciais para a alimentação do gado”, destacou, lembrando que o Rio Grande do Sul novamente se encontra sob os efeitos da estiagem.

Darlan Palharini afirmou que uma política de Estado permanente para o setor seria um grande avanço para colocar o segmento lácteo na rota da competitividade com seus concorrentes. Para isso, acredita que a pressão da iniciativa privada tem papel fundamental nesse processo para mostrar a importância de ferramentas de proteção ao produtor. Uma delas, cita o dirigente, é a disponibilização de derivativos financeiros para o setor, como a venda futura, algo tão familiar ao setor de grãos. “Além do Ministério da Agricultura, a venda futura depende do Ministério da Economia. Além disso, deveria ocorrer uma flexibilização na legislação do PEP, uma demanda antiga do setor, que só permite escoamento a partir do leite cru, algo impossível em função da vida útil do produto”.

A live exclusiva com o Sindilat teve mediação do jornalista Ronaldo Luiz e participação do fundador da Agro2Business, Thiago Mateus.

>> A entrevista pode ser assistida pelo Canal do YouTube da Agro2Business clicando aqui << 

“Não existe indústria sem produtor, nem produtor sem indústria”. Repetindo a frase que usou diversas vezes ao longo de seus seis anos à frente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o presidente Alexandre Guerra despediu-se em reunião de associados realizada na tarde desta quinta-feira (17/12). Em encontro virtual, Guerra agradeceu a associados, colaboradores e autoridades que estiveram ao seu lado no período. E fez uma reverência especial a sua família e à diretoria da Cooperativa Santa Clara que viabilizou e incentivou tal trajetória. “Tivemos desafios muito grandes nesses seis anos e trabalhamos para buscar credibilidade. Quando cheguei disse claramente: o sindicato vai crescer pelo resultado de seu trabalho”, salientou, dizendo-se muito realizado pelos feitos alcançados.

As duas gestões à frente Sindilat, continuou o executivo, foram regidas por respeito aos produtores e às indústrias e na defesa de princípios morais e éticos claros, seguindo o estatuto e os cronogramas da entidade. “A Intenção foi a melhor possível”, finalizou o executivo que presidiu concomitantemente ao Sindilat colegiados como o Conseleite e a Aliança Láctea Sul-Brasileira.

Entre suas conquistas, está a construção coletiva da Lei do Leite, a realização de Fóruns Itinerantes pelo Rio Grande do Sul e o PUB do Queijo. Guerra também trabalhou por projetos de erradicação de tuberculose e brucelose do rebanho leiteiro do Rio Grande do Sul e teve atuação destacada na área política e tributária em âmbito estadual e nacional.

Oficialmente, Alexandre Guerra segue no cargo até 31 de dezembro, quando assume a presidência do Sindilat o então vice-presidente e diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella. Guerra assumirá a vice-presidência. Em agradecimento, Portella reformou a dedicação e empenho de Alexandre Guerra pelo setor lácteo gaúcho. “É um marco de dedicação e de entendimento e que merece ser valorizado. Deixa um grande legado”, enalteceu Portella.

Foto em destaque: Carolina Jardine

As startups Milk Farm, UAICup e ProjetoQ foram as campeãs da competição Ideas for Milk 2020, premiadas nesta quarta-feira (16/12), em live no YouTube. O desafio das startups ocorre anualmente e visa buscar soluções para o setor lácteo brasileiro. A disputa é realizada pela Embrapa Gado de Leite em parceria com Agripoint, Bovcontrol, Ciatécnica e Texto Comunicação. Segundo o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, existe um novo tipo de consumidor que deve ser levado em conta pelas indústrias e produtores. "Ele não quer mais consumir um produto só saudável, nutritivo e saboroso. Ele quer saber ponto a ponto da cadeia de valor desse produto", pontuou.

Em primeiro lugar, a Milk Farm conquistou o prêmio com o Eco Teste, que tem foco no controle de resíduos de antibióticos. A tecnologia desenvolvida detecta oito diferentes grupos de antibióticos com alta sensibilidade e é controlado por aplicativo, com resultados em até duas horas e meia. "É um teste microbiológico, com uma sensibilidade altíssima. O diferencial do nosso teste é a rastreabilidade. Os dados ficam salvos em nuvem", afirmou o representante da Milk Farm, Bruno Machado Saturnino.

Em segundo lugar, a UAICup, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se trata de uma caneca para análise da qualidade do leite. O dispositivo faz a contagem de células e ainda identifica a presença de resíduos de antibióticos. Segundo Gabriel Martins, da equipe da UAICup, a tecnologia da iniciativa já é bem conhecida no meio e é de fácil acesso. "Estamos aceitando possíveis investidores e opiniões de profissionais do campo, como o zootecnista, o agrônomo. Estamos buscando melhorar a experiência para eles. Projetamos a caneca para ser usada tanto pela indústria, quanto para o produtor", declarou.

Já o ProjetoQ propõe um aplicativo que funcione como ponte entre produtores de queijo e órgãos de regulamentação, chamado QApp, visando fomentar o espírito empreendedor da cadeia produtiva e facilitando as etapas do processo de certificação. "A gente tem um mercado muito grande de produtores. São 170 mil e a maioria deles têm acesso à internet", esclareceu Ana Luiza Paiva, do time do ProjetoQ.

O valor de referência projetado para o leite no Ri­­­o Grande do Sul em dezembro é de R$ 1,5658, alta de 2,74% em relação ao consolidado de novembro (R$ 1,5240). Dados divulgados nesta quinta-feira (17/12) pelo Conseleite indicam que a elevação real no ano (considerando a inflação) é de 19,67%. O período foi caracterizado por altos custos dos grãos e demais insumos. Para 2021, o professor da UPF e responsável pelo estudo Marco Antonio Montoya projeta um ano de estabilidade puxada pela estimativa de recuperação da economia. Além disso, a previsão de volta às aulas e de retomada ao trabalho presencial no primeiro semestre de 2021 pode trazer um gás extra ao mercado.

Segundo Montoya, o cenário em 2020 foi totalmente atípico e reflete as mudanças nos hábitos de consumo ocasionadas pela pandemia, que puxou a valorização dos produtos lácteos e incentivou o consumo do queijo, item que oferece proteína de qualidade de forma prática e mais acessível. “A série deste ano é diferente da de todos os outros. Tivemos preços em alta praticamente o ano todo”, completou Montoya.

Apesar disso, o setor alerta para a baixa rentabilidade da atividade. O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, informa que há produtores enxugando o rebanho leiteiro e partindo para outras atividades rurais. Alguns, completou o secretário do Conseleite, Tarcísio Minetto, estão inseminando vacas com sêmen de gado de corte para aproveitar os bons preços do boi. “Isso nos cria algumas dúvidas sobre o aumento de oferta de leite nos próximos meses”, ponderou Rizzo.

A indústria alertou que a estabilidade na produção de leite no campo depende da constância na oferta de grãos. Essencial neste momento é o setor se unir por políticas públicas de estímulo à irrigação que evitem as constantes perdas de safra, como ocorrido em 2020. “Um dos entraves é a obtenção de licenças para armazenamento de água que nos permitam avançar na irrigação das lavouras de grãos e áreas de pastagens”, completou Rizzo. 

Crédito: Carolina Jardine
 

 

Com painelistas do Uruguai, Argentina, Estados Unidos e Brasil, o 1º Painel Internacional de Extensão em Pecuária de Leite e Corte, promovido pela Universidade de Passo Fundo (UPF), debaterá as experiências dentro e fora do país com a atividade pecuária e fará uma reflexão sobre a situação atual e as perspectivas da pecuária de corte e leite para os próximos anos. O encontro ocorre de forma virtual, com transmissão pelo canal do YouTube da UPF Online, nos dias 10 e 17 de dezembro. A programação inicia-se às 17h30min e vai até às 21h em ambos os dias.

De acordo com o organizador do evento, professor João Ignácio do Canto, a ideia é apresentar e dialogar sobre os desafios, impactos sociais, ambientais e econômicos na vida e na rotina das pessoas envolvidas na produção e no processo de transição familiar. “O nosso objetivo é também dar visibilidade aos trabalhos e promover uma reflexão multidisciplinar sobre sua importância para a comunidade, universidade e acadêmicos”, destaca o coordenador.

Paralelamente ao evento, estarão expostos os projetos de extensão inscritos, produzidos pelos acadêmicos da disciplina de Extensão do curso de Medicina Veterinária.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Para se inscrever, clique aqui.
 
Programação 10/12

17h30min às 17h50min - Abertura

17h50min às 18h – Visão da Embrapa Pecuária Sul para o futuro da pecuária nos campos sul brasileiros
Dr. Fernando Flores Cardoso, chefe geral da Embrapa Pecuária Sul, Bagé / Rio Grande do Sul (Brasil)

18h às 18h10min – Intercooperação na produção pecuária
Márcio de Andrade Madalena, diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Brasília

18h10min às 18h20min – Extensão Rural no RS – Ações da Emater
Geraldo Sandri, presidente da Emater do Rio Grande do Sul

18h20min às 18h30min – Perspectivas cenário lácteo EUA
Professora Dra. Fernanda Carolina Ferreira, pesquisa e extensão: Universidade da Califórnia / Davis / Califórnia (EUA)

18h30min às 18h40min – Estratégias da extensão na pecuária de corte na Flórida
Professor Dr. João Henrique Jabur Bittar, pesquisa e extensão: Universidade da Flórida / Gainesville / Flórida (EUA)

18h40min às 18h50min – Inovação e tecnologia na pecuária do Uruguai
PhD. Fábio Montossi, Investigador Principal Referente do INIA Tacuarembó (Uruguai)

18h50min às 19h – Extensão pecuária no estado de Washington 
Professor Anibal J. Pordomingo, pesquisador do INTA: Estação Anguil / La Pampa (Argentina)

19h às 19h20 – Gestão da produção leiteira no Estado de Santa Catarina
Carlos Mader, responsável pela gestão da cadeia leiteira (EPAGRI) no Estado de Santa Catarina

19h20min às 19h30min – Intervalo

19h30min às 20h50min - Painel multidisciplinar de debate com convidados.

20h50min às 21h – Encerramento 

Programação 17/12

17h30min às 18h30 – Abertura

18h30min às 19h30min - Apresentação dos acadêmicos

19h30min às 20h30min - Painel multidisciplinar sobre curricularização da extensão na Universidade de Passo Fundo

20h30min às 21h – Painel de encerramento

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS com informações da UPF)

Jornalistas do Correio do Povo, Zero Hora e da Emater/RS levaram os primeiros lugares em suas categorias na 6ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. A revelação do pódio foi feita de maneira virtual na tarde desta terça-feira (8/12), com transmissão via Facebook. O jornal O Informativo do Vale, a Rádio Guaíba e a Rádio Press também destacaram-se nas categorias Impresso, On-line e Eletrônico, respectivamente (confira lista completa abaixo).  

Na categoria Impresso, o 1º lugar foi para o repórter Danton Júnior, do Correio do Povo, com o trabalho “Área em transformação”, que teve colaboração do jornalista Otto Tesche. Na categoria Eletrônico, a ganhadora foi Ellen Bonnow, da Emater/RS, com o trabalho “Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade de leite”. Na categoria On-line, o 1º lugar ficou Karen Viscardi, da Zero Hora, com o trabalho “Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto”, que contou com a colaboração de Leticia Szczesny. Neste ano, a premiação recebeu inscrições de 32 trabalhos publicados entre 26/10/2019 e 23/11/2020, que foram avaliados pela Comissão Julgadora composta por representantes do Sindicato dos Jornalistas (Sindjor-RS), da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), da Farsul e da Fetag. 

Conforme destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, a importância do trabalho da imprensa foi reforçada mesmo com os desafios impostos. "Chegamos a pensar no cancelamento desta edição justamente pela dificuldade de fazer matérias no interior, mas também achávamos que, nesse período, as notícias não pararam e os meios de comunicação foram e estão sendo fundamentais", avaliou. Parte da Comissão Julgadora, a presidente do Sindjor-RS, Vera Daisy Barcellos, afirmou que iniciativas como o prêmio, que valorizam a produção dos profissionais de comunicação, são altamente relevantes. "É um evento valioso para a categoria", pontuou.

Conheça os vencedores:
Impresso
- 1º lugar: Danton Júnior, do Correio do Povo, com o trabalho “Área em transformação” - colaboração do jornalista Otto Tesche
- 2º lugar: Nereida Vergara, do Correio do Povo, com o trabalho “Do balde ao Robô”
- 3º lugar: Mônica da Cruz, do O Informativo do Vale, com o trabalho: “Investimento no bem-estar para garantir a produção”

On-line
- 1º lugar: Karen Viscardi, da Zero Hora, com o trabalho “Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto” - colaboração de Leticia Szczesny
- 2º lugar: Leonardo Vieceli, da Zero Hora, com o trabalho “Preço do leite sobe com mudança no consumo e dólar em alta”
- 3º lugar: Alessandra Bergmann, do Campo e Batom, com o trabalho “Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro”

Eletrônico
- 1º lugar:  Ellen Bonnow, da Emater/RS, com o trabalho “Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade de leite”
- 2º lugar: Sandro Fávero, Rádio Guaíba, com o trabalho “Pedido de socorro de produtora de leite repercute todo o país”
- 3º lugar: Alessandra Bergmann, do Campo e Batom, com o trabalho “Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro”