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10/06/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.680


Inflação desacelera em maio, mas cenário segue negativo

IPCA avança 0,47%, menos que o esperado por analistas

Após sustos com a inflação de abril e a prévia de maio, o IPCA fechado do mês passado surpreendeu para baixo ao avançar 0,47%, ante mediana de 0,59% do Valor Data. A situação dos preços no Brasil é tão ruim que economistas reconhecem que foi uma boa notícia, mas não a ponto de mudar a avaliação geral, que é de uma inflação alta, disseminada e com medidas tendenciais pressionadas.Em 12 meses, a inflação desacelerou de 12,13% para 11,73%, indicando que analistas podem estar certos ao apostar que o pico foi em abril. Ainda assim, é uma métrica que está há nove meses em dois dígitos, sequência que não se via desde 2002/2003.
“Não dá para reclamar de surpresa baixista no cenário atual, mas a guarda não pode baixar”, diz Vitor Martello, economista-chefe da Parcitas Investimentos. O dado, segundo ele, não aponta para a volta a uma realidade muito diferente daquela de abril, “que já era ruim”, afirma. “A surpresa de hoje nem de longe compensa as surpresas [altistas] anteriores.”A deflação no grupo “habitação” (-1,7%) já era esperada por causa do impacto da bandeira tarifária verde (sem cobrança extra) na conta de luz. Não fosse a queda de 7,95% da energia em maio, o IPCA teria subido 0,83% no mês.

Boa parte da surpresa se deu em “alimentação e bebidas”, que desacelerou para 0,48% em maio. Mas houve surpresas também espalhadas por serviços, bens industriais, higiene pessoal e transportes. Economistas ponderam que muitos dos desvios ocorreram em itens mais voláteis. “Não invalida que foi um resultado mais positivo, o que fazia tempo”, diz João Savignon, economista da Kínitro Capital. Ele observa que não se via um IPCA mensal abaixo de 0,50% desde abril de 2021 (0,31%) - e desde fevereiro deste ano os números rodavam acima de 1%.

“Transportes” foi o grupo com maior contribuição altista para o índice, ao subir 1,34%, mas também desacelerando em relação ao mês anterior. A alta foi puxada pelas passagens aéreas (18,33%). Elas ajudam também a empurrar a inflação de serviços, que passou de 0,66% em abril para 0,85% em maio. Em 12 meses, atingiu 8,01%, a maior taxa para o período desde dezembro de 2015 (8,09%).

“Acreditamos que a leitura reforça nossa visão de que a inflação atingiu o pico em 12 meses, mas as medidas subjacentes permanecem bastante desfavoráveis, sugerindo riscos ascendentes”, comenta Daniel Karp, economista do Santander.

Ontem, incorporando a possibilidade de aprovação de algumas medidas de corte de impostos, o J.P. Morgan reduziu sua projeção para inflação em 2022 de 8,7% para 7,6%, enquanto o Credit Suisse cortou de 9,8% para 7,6%. (Valor Econômico)

 

CUSTOS | CHINA IMPORTARÁ MENOS LEITE EM PÓ ESTE ANO, DIZ O USDA

O escritório do USDA em Pequim espera uma redução nas importações de leite em pó da China este ano e uma maior produção interna de leite. 

“Em 2022, com o ressurgimento do Covid-19 e as restrições governamentais, espera-se que os bloqueios afetem o uso e a distribuição de produtos lácteos”, disse ele no relatório Semestral GAIN Dairy and Products, publicado no início de junho. 

Espera-se que os altos preços dos produtos lácteos importados tenham impacto no crescimento das compras externas. Este ano, a produção de leite em pó integral deve aumentar ligeiramente para 1,02 milhões de toneladas. Políticas restritivas para conter a expansão da covid limitaram a distribuição e a compra de leite líquido, “fazendo com que alguns processadores de leite aumentassem a produção de leite em pó integral”. 

Para este ano, estima-se que as importações de sejam reduzidas para 820.000 toneladas, a partir de 849.000 toneladas registradas em 2021. As compras externas de queijos também diminuirão de 176 milhões de toneladas no ano passado para 170 milhões de toneladas projetadas para este ano, em um mercado que concentra seu consumo em hotéis, restaurantes e instituições, que têm sido negativamente afetados pelas restrições à cobiça. Preços mais altos devido ao aumento dos custos logísticos internacionais são outro fator que contribui para a redução das importações de queijo em 2022. 

Em contraste, as importações de manteiga devem aumentar de 139 milhões de toneladas para 150 milhões de toneladas, apoiadas pelo setor de panificação.(Fonte Edairy news - traduzido com DeepL)

Argentina – O preço subiu até abril pelo quarto mês seguido, mas sem cobrir o custo

Preços/AR – O preço do litro de leite que o produtor argentino recebeu em abril superou pelo quarto mês consecutivo o índice de inflação.

Segundo um boletim publicado pelo Consorcio Regional de Pesquisa Agrícola (CREA), o preço do leite ao produtor no mês de abril chegou a 43,4 pesos, 7,3% acima do valor de março.

É um percentual acima do aumento de preços, que segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) foi de 6%.

Os números do relatório evidenciam uma leve recuperação no faturamento dos produtores, mas não o suficiente para cobrir o aumento dos custos de alimentação com os animais. A firmeza do preço nos primeiros quatro meses de 2022 foi possível, em grande parte, devido às elevadas cotações das commodities lácteas no mercado internacional.

Variação interanual
O Crea avaliou, no entanto, que a variação interanual (abril de 2022 x abril de 2021) do valor do leite pago ao produtor foi de 54%, enquanto a inflação no mesmo período subiu 58%. Ao mesmo tempo, os reajustes de alguns produtos lácteos no mercado foram: sachet de leite integral, 53,9%; queijos, 62,1%; manteiga, 58,9%; e iogurte firme 85%.

Estimativa da produção
A produção acumulada nos primeiros quatro meses de 2022 foi de 3.425 milhões de litros. Comparando com o mesmo período de 2021, representou aumento de 1,7%. As expectativas de produção das indústrias de laticínios filiadas ao CREA para o curto e médio prazo são positivas (+4,4% e +5,7%, respectivamente), variações menores do que as verificadas em anos anteriores.

As causas podem ser as condições climáticas e seu impacto, principalmente na oferta de pastagens.

Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido 

Próxima semana será de frio e geadas no Rio Grande do Sul
A próxima semana terá frio e geadas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Agrometeorológico nº 22/2022, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (10), o ingresso de ar seco e frio provocará o declínio das temperaturas e áreas próximas ao Litoral, e nos setores Norte e Nordeste, há possibilidade de chuvas fracas e isoladas. No sábado (11) e domingo (12), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme e as temperaturas baixas, com mínimas negativas em algumas áreas e formação de geadas na maioria das regiões. Na segunda (13) e terça-feira (14), o tempo firme e frio seguirá predominando em todo o Estado e ainda ocorrerão geadas no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. Na quarta-feira (15), o tempo seco vai predominar, mas o frio perderá intensidade, e as temperaturas terão uma ligeira elevação. No decorrer do dia a aproximação de uma área de baixa pressão vai aumentar a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas de chuva na Fronteira Oeste e na Campanha. Os volumes de chuva previstos são baixos e deverão ser inferiores a 5 mm na maioria das regiões e somente no Norte e no Extremo Sul poderão ocorrer totais próximos de 10 mm em alguns municípios. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)
 

 
 
 
 
 

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