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22/12/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.567


Chance de La Niña persistir no verão é de 60%, afirma Inmet
 
Chuvas deverão ficar acima da média na maior parte do país, segundo o órgão
 
O verão no Hemisfério Sul começou hoje (21/12), às 12h59, e as chances de que o fenômeno La Niña se mantenha durante a estação são de 60%, segundo modelos climáticos avaliados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura.
 
No Brasil, o verão caracteriza-se pelo aumento da temperatura em todo país em função da posição do Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites. Na estação, também são marcantes as mudanças rápidas nas condições de tempo, como chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderado a forte) e descargas elétricas. O verão vai até o dia 20 de março de 2022, às 12h33, quando começará o outono.
A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que o fenômeno La Niña se mantenha durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro e janeiro.
Ainda de acordo com o prognóstico do Inmet, as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste da região Nordeste.
 
“Devido às características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios”, disse, em nota.
 
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão causadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.
 
Em média, os maiores volumes de precipitação poderão ser observados nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 milímetros. (Valor Econômico)

O frete compensa?

Você já se sentiu atraído por ir em um supermercado mais distante da sua casa para comprar mais barato, mas acabou pensando: “o custo de eu ir lá não compensa”?

Pois bem! O mercado lácteo do Brasil hoje vive uma situação parecida: o preço do leite brasileiro está atrativo para os compradores internacionais, mas o custo logístico tem sido um empecilho (mas não impeditivo!) das exportações.

Para se ter uma ideia, o custo do frete do leite em pó integral do Brasil para Argélia passou de US$100 a 120/ton para US$400 a US$450/ton. Ou seja, um aumento de praticamente 400%.

Esse empecilho do forte aumento do custo logístico não é uma jabuticaba só do Brasil, mas é um problema mundial, causado pela escassez de containers, diminuição das rotas marítimas e congestionamento nos portos ao redor do mundo.

E como isso tem afetado o setor lácteo?
O aumento dos custos marítimos tem afetado toda a dinâmica de exportações e importações de lácteos ao redor do mundo – refletindo, inclusive, no mercado brasileiro.
Conforme abordado em matéria publicada aqui no MilkPoint há uns dias, o CEO da Leprino Foods, Mike Durking, relatou que os atuais problemas logísticos representam uma ameaça aos exportadores de lácteos dos EUA.

No Brasil, não é diferente.
Diversos players do mercado têm relatado dificuldades logísticas em suas exportações – seja pelos altos custos, alto tempo de espera nos portos e diminuição das rotas marítimas. O MilkPoint Mercado com Otávio Farias, da Embaré, que relatou algumas das dificuldades logísticas que o mercado brasileiro tem enfrentado.

Entretanto, apesar dos altos custos logísticos, tudo indica que o Brasil continuará tendo um prato cheio para exportação nos próximos meses, com dólar alto, preços internacionais em ascensão e diminuição do custo de aquisição do leite brasileiro.
A expectativa do mercado financeiro é de um dólar fechando 2021 acima de R$5,50. Para o primeiro trimestre de 2022, as expectativas também são de uma taxa de câmbio ainda em altos patamares.

Ao analisarmos as expectativas do preço do leite em pó internacional, também esperamos preços firmes para os próximos meses, o podemos observar no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Preços futuros para o leite em pó integral - dia 06/12/2021




Fonte: GDT (Global Dairy Trade) e NZX (New Zealand's Exchange) - elaborado pelo MilkPoint Mercado.
Por outro lado, olhando o preço do leite brasileiro pago ao produtor, após consecutivos aumentos ao longo deste ano, o mercado praticou baixas nos pagamentos de outubro a novembro e tende a praticar uma baixa (não muito forte) no pagamento de dezembro – o que torna ainda mais competitivo o nosso leite.
Ou seja, tudo (ou quase tudo) está se alinhando em prol das exportações brasileiras.
Como o aumento das exportações refletirá no mercado brasileiro?
O aumento das exportações e, por outro lado, a diminuição das importações, pode levar à diminuição da disponibilidade de leite no mercado interno.
Além disso, a produção brasileira também tem sido menor do que a esperado para o período – o que tem aumentado a demanda por leite no mercado spot e refletiu nos preços da primeira quinzena deste mês.

Uma das razões para essa menor produção, pode ser justificada pela mudança na sazonalidade da produção, conforme discutimos no artigo “A sazonalidade da produção ainda é a mesma?”

Tudo isso, em um cenário de baixo estímulo à produção, com a arroba do boi voltando a ganhar força – o que estimula o abate de vacas – e RMCR (Receita Menos Custo de Ração) em declínio, conforme podemos observar no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Receita Menos Custo de Ração (RMCR)



Dessa forma, olhando o cenário nacional, podemos esperar duas principais consequências:

   1º - queda do preço ao produtor mais suave que a anteriormente esperada: devido a menor disponibilidade interna (pela menor produção nacional e diminuição no saldo da balança);

  2º - possível aumento do preço de venda do leite em pó no mercado interno: devido, principalmente, a menor entrada do produto importado.

Paralelamente, olhando o cenário de exportação, com todos os problemas logísticos, fica a pergunta: o frete compensa? Tudo indica que sim, e que nos próximos meses veremos alguns países pagando a conta para buscar o leite brasileiro. (Milkpoint)




Projeto Elite a Pasto aplica novas técnicas para uso de pastagens em Serafina Corrêa

Um Encontro de produtores de leite participantes do Projeto Elite a Pasto, em Serafina Corrêa, marcou o final do primeiro ano de trabalho do projeto. A atividade foi realizada na última sexta-feira (17/12), na propriedade do produtor Alencar Zanluchi, participante do projeto. O Elite a Pasto é realizado pela Emater/RS-Ascar, vinculada À Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), no município e objetiva desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens.

"Nos propusemos no início do projeto, em janeiro de 2021, primeiro a ouvir as famílias profundamente em entrevistas, e assim o fizemos. Nesse último encontro, discutimos a evolução que a produção de leite passou para que chegássemos até aqui, que traz como consequência os desafios que enfrentamos agora, para a partir disto traçar o caminho a seguir daqui para frente a fim de mudar essa realidade", ressalta o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.

Os resultados apontam que as famílias passaram por três fases marcantes de desenvolvimento da bovinocultura leiteira no município: a que foi chamada de "era do capim cortado", entre os anos 70 e 80, a "era da profissionalização", nos anos 90, e a atual "era do tripé: genética, silagem e infraestrutura". A partir disto, explica Ebert, o trabalho com o Elite a Pasto se torna uma forma de trazer e aplicar tecnologias e conhecimento para aproveitar essa evolução acumulada e atuar nos pontos críticos que causam os problemas enfrentados hoje, como a mão de obra e os custos de produção.

"Neste ano foram trazidas e aplicadas diversas tecnologias que permitiram a melhoria do uso das terras, do capital investido e da mão de obra. Dentre elas, ferramentas digitais no gerenciamento da propriedade, novos arranjos produtivos de forrageiras, novos conceitos em manejo de pastagens e alterações no manejo da rotina do rebanho - horários de ordenha, pastejo e alimentação no cocho, por exemplo - com ajustes na dieta dos animais para favorecer o consumo de pasto e aproveitá-lo nutricionalmente, convertendo em mais leite. Tudo isso alinhado com a pesquisa científica, em parceria com a Embrapa e universidades", ressalta.

Também foi realizada uma visita técnica à propriedade que sediou o encontro, onde o produtor Alencar Zanluchi compartilhou sua experiência, quando tendendo a migrar para um sistema confinado, com as orientações técnicas da Emater/RS-Ascar, optou por trabalhar em um sistema semiconfinado, aplicando as técnicas trazidas para aproveitar as áreas de pasto próximas das instalações e melhorar os resultados econômicos da atividade. Além disso, o grupo discutiu e analisou o Índice de Atualização Tecnológica para Propriedades Leiteiras "IAT- Leite", da Embrapa, que foi aplicado durante o ano por cada família.

Finalizando o encontro, os participantes alinharam propostas de trabalho para o próximo ano com a Assistência Técnica e Extensão Rural e Social, a partir dos quatro níveis de relação com os profissionais que foram identificados nas entrevistas: eventual, capacitação, acompanhamento e planejamento. Eles indicaram que a relação precisa aprofundar mais em direção ao nível de planejamento da propriedade, para aproximar mais o técnico de forma a dar subsídios às decisões estratégicas da família. Para isso, foram combinadas ações individuais e coletivas no projeto para o ano de 2022. (Emater/RS)


 Jogo Rápido

Sooro Renner lança vídeo para campanha de final de ano
Mesmo em meio aos tempos mais difíceis, sabemos que temos o mundo em nossas mãos para continuar transformando. Assim, em 2021 desenvolvemos a resiliência, aprimorarmos a esperança e transformamos os desafios em motivos para continuar. Enquanto vidas dependerem do nosso resultado, vamos nos esforçar para brilhar cada dia mais! Clique aqui e assista a campanha. SOORO RENNER, nutrição que gera resultados! (Sooro Renner)

 

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