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28/07/2021

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  28 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.466


Indústria se aproximada retomada com estoques perto de zero




Em meio às projeções de maior aquecimento econômico nos próximos meses, com possibilidade de maior demanda, os estoques da indústria de transformação até junho de 2021 operavam no limite, sem recuperar patamar pré-pandemia. O alerta é da pesquisadora Claudia Perdigão, da Fundação Getulio Vargas, que elaborou estudo sobre o tema, com base em dados da Sondagem da Indústria da FGV.

De acordo com a especialista, em junho, o saldo de estoques da indústria de transformação, na sondagem, ficou em 1,5 ponto negativo, muito próximo de zero, o que sinaliza “perfeito equilíbrio”, com oferta igual à demanda. A média histórica, antes da pandemia, para saldo de estoques na indústria de transformação, é mais distante de zero, em 5,2 pontos negativos, disse a pesquisadora.

O atual cenário reflete combinação de custo de produção mais alto, em especial a energia, em ambiente de falta de insumos. Isso desestimula estocagem alta entre as indústrias, disse Claudia. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) confirmaram ao Valor, respectivamente, a existência de estoques abaixo do normal e demanda alta em seus segmentos. Os estoques em baixa afetam empresas nacionais, como a Agrale, de chassis e tratores, e também multinacionais, caso da AGCO Corporation no Brasil e a John Deere, fabricantes de máquinas agrícolas.

Na pesquisa, foi perguntado a 1.098 empresas se os estoques, em junho, estavam “normais, excessivos ou insuficientes”: 8,6% informaram “insuficiente”; 10,1%, “excessivo”, e o restante, “normal”, com estoque suficiente para atender à procura. O cálculo é feito da seguinte forma: toma-se a parcela das empresas que consideram os estoques “insuficientes” e se diminui dela a fatia das companhias que avaliam os estoques como “excessivos”. Chega-se então a um saldo. Se o resultado for negativo, como no caso em questão, significa que a maioria das empresas declarou estoques acima do normal.

O indicador negativo, de 1,5 ponto em junho, por ser muito próximo de zero e bem distante da média histórica para o setor, não é motivo de comemoração, disse a pesquisadora. Ocorre que, diferentemente do ano passado quando a indústria também operava com estoques baixos, não havia perspectiva de crescimento econômico mais aquecido. Em maio, a produção industrial cresceu 1,4% ante abril após três meses de queda, segundo o IBGE. “Em um contexto de retomada e de choque de oferta, tanto pela escassez de insumos quanto pela crise energética, esse estoque mais baixo gera preocupação” constatou ela.

Um exemplo é o saldo de bens de capital na indústria de transformação. Em junho, a parcela dos que declararam “excessivos” os estoques ficou em 16,4%, sendo 9,1% a fatia dos que os classificaram como “insuficientes”. O saldo nesse caso foi de 7,3 pontos negativos, distante da média histórica do segmento de 13 pontos negativos.

Em sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entre os dias 1º e 15 de julho, com 80 empresas observou-se elevação de 20% para 26% em parcela de empresas com estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal.

No primeiro trimestre, os estoques foram destaque no PIB do período. A coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Rebeca Palis disse, na ocasião, que a variação positiva em estoques estaria relacionada à agropecuária e ao estoque de soja não exportada. O plantio e a colheita atrasaram, o que retardou embarques. (Valor Econômico)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Julho de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2021 é de R$ 3,1991/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 




Alterada IN que aprova regulamento técnico para rotulagem de produto de origem animal

Rotulagem – Foi publicado nesta terça (27), pelo Mapa, a Portaria Nº 240, de 23 de julho de 2021 que altera a IN nº 22, de 24 de novembro de 2005 sobre a rotulagem de produto de origem animal embalado.

As alterações principais foram em relação às informações obrigatórias que o rótulo deve apresentar. A IN passou a vigorar com alteração no carimbo de inspeção, no qual antes era específico a obrigatoriedade do carimbo de Inspeção Federal, agora sendo não especificado, passando a valer carimbos oficiais de inspeção.

Passou a valer a possibilidade de rotulagem para produtos isentos de registro no MAPA, sendo obrigatório a indicação da expressão "Produto Isento de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", além de incluir o CPF nos casos em que couber, o que antes era apenas o CNPJ.

Foram retirados a obrigatoriedade de constar no rótulo as informações de categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial quando do registro do mesmo no DIPOA; marca comercial do produto, entre outras.

Também houve alterações nos tópicos de Apresentação da Informação Obrigatória e nos Casos Particulares.

Nos casos de produtos de origem animal com adição de gordura vegetal é requerida a indicação da expressão ''CONTÉM GORDURA VEGETAL'', logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes, tanto no corpo, como na cor das letras, sem intercalação de dizeres ou desenhos e com letras em caixa alta e em negritos.

>> Para saber todas as alterações acesse aqui a PORTARIA Nº 240, DE 23 DE JULHO DE 2021 (Terra Viva com dados do Diário Oficial da União)

 

Jogo Rápido  

Justiça reduz tributação de cargas
A Justiça Federal em São Paulo permitiu a uma empresa retirar do valor aduaneiro – base de calculo do Imposta de Importação IPI, PIS/Cofins e ICMS – as despesas relativas ao desembarque e movimentação de cargas em portos e aeroportos (capatazia) nas operações anteriores a março de 2020. Na ocasião, o STJ decidiu que a capatazia deve integrar o cálculo. Desde então, importadores e União aguardem que a Corte decida a partir de quando valerá a cobrança. O montante a ser devolvido às empresas pode chegar a R$12 bilhões. (Valor Econômico)


 

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