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15/03/2921

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.422


Associação para industrialização do leite é exemplo clássico no RS

Um dos exemplos clássicos de intercooperação ocorre no setor leiteiro do Rio Grande do Sul. A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com sede em Cruz Alta, surgiu em 1976 a partir da necessidade de 18 cooperativas de industrializar seu leite para aumentar a receita. “Não havia como cada cooperativa investir no processamento sozinha; era mais racional fazer um investimento coletivo”, argumenta Gelson Melo de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, de Não-Me-Toque, que é uma das associadas.

Dos 1.280 funcionários da CCGL, 600 trabalham na unidade de laticínios. Eles são responsáveis por recepcionar os caminhões da organização e de empresas terceirizadas que coletam 1,5 milhão de litros por dia nas propriedades e pelo processamento do leite na unidade. Do volume que chega à unidade industrial, em Cruz Alta, 90% é transformado em leite em pó, 9% em creme de leite e 1% em achocolatados e leite UHT, que são vendidos com a marca CCGL. Cerca de 87% desse leite em pó é comercializado para grandes redes de supermercados do Norte e Nordeste, com entrega via cabotagem ou caminhão de terceirizados. “Transportar via navegação é viável em mercados assim, já que a maior densidade populacional está no litoral”, esclarece o diretor superintendente da CCGL, Guillermo Dawson.

A CCGL compra o leite de 21 cooperativas, localizadas majoritariamente na metade Norte do Estado, pelo valor de mercado, e vende os produtos, retendo uma parcela do lucro e distribuindo o restante às associadas e seus cooperados. A receita total da CCGL em 2020 foi de R$ 1,4 bilhões, com 81% dela vinda da área de laticínios.

Associado à Cotrijal há nove anos, Ezequiel Alan Weber entende que a participação em empreendimento cooperativo trouxe inúmeros benefícios à sua propriedade, localizada em Coqueiros do Sul, onde produz soja, milho, trigo e leite. “Além do retorno financeiro, nós recebemos uma série de descontos em produtos utilizados para a produção, adquiridos junto à Cotrijal”, justifica. Para ele, “diferentemente de outras empresas do setor, uma cooperativa se preocupa com o real desenvolvimento e crescimento dos seus cooperados”. Ao todo, a Cotrijal possui 7 mil cooperados das regiões do Alto Jacuí, Planalto Médio Gaúcho e parte da região Norte do Estado, que produzem leite e grãos, e 1.900 funcionários. (Correio do Povo)


USDA: previsão de baixa na produção de leite e alta nos preços de commodities

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) baixou a previsão de produção de leite para 2021 para 103 bilhões de quilos, queda de 45,35 milhões de quilos em relação ao mês passado, em seu último relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial divulgado esta semana.

A previsão de importação com base na gordura para 2021 foi reduzida devido às importações mais baixas de gordura da manteiga; as exportações de base gordurosa aumentaram à medida que os embarques mais elevados de gordura de manteiga mais do que compensaram as previsões de exportações de queijo, disse o USDA.

Em uma base de sólidos desnatados, a previsão de importação permanece inalterada devido às mudanças compensatórias nas importações de uma série de produtos lácteos. A previsão de exportação de sólidos desnatados foi reduzida, refletindo as expectativas de menores embarques de lactose que são parcialmente compensados por maiores exportações de leite em pó desnatado.

A previsão do preço anual do queijo está inalterada em relação ao mês passado em US $ 3,736 por quilo, já que os preços mais fracos na primeira parte de 2021 são compensados pela melhora na demanda no final do ano, disse o USDA.

As previsões de preços de manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite aumentaram em relação ao mês passado, com melhorias esperadas na demanda doméstica e de exportação. O USDA agora prevê que a manteiga fique em uma média de US $ 3,56 por quilo, leite em pó desnatado em US $ 2,51 por quilo e soro de leite seco US$ 1,10 por quilo.

Esses preços mais altos de produtos são refletidos em previsões de preços mais altos do leite Classe III e Classe IV para 2021. A Classe III agora está prevista em uma média de US$ 36,92 por 100 quilos e a Classe IV de US$ 31,85 por 100 quilos. A previsão de todo o preço do leite para 2021 foi elevada para US $ 39,13 por 100 quilos no relatório deste mês. (As informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai – As exportações de lácteos cresceram 10%

No primeiro bimestre do ano, as exportações de lácteos subiram 10%, totalizando US$ 105,3 milhões O principal produto vendido foi o leite em pó integral (WMP).

Segundo o último relatório do Instituto Nacional do Leite (Inale), as exportações acumuladas até fevereiro superaram em 10% as do primeiro bimestre de 2020. O que resultou em maior faturamento foi o WMP e a manteiga (com maiores vendas, apesar de preços piores) compensando a queda do queijo e leite em pó desnatado (SMP).

O WMP registrou US$ 70,7 milhões em divisas. Em seguida vieram os queijos com US$ 15,2 milhões, a manteiga, US$ 6,8 milhões e o SMP US$ 5,4 milhões.

Quanto aos volumes, o WMP representou 22.600 toneladas, os queijos 3.900 toneladas, o SMP e a manteiga foram responsáveis por 1.900 cada um. (Fonte: TodoElCampo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Supermercados registram a 1ª deflação após um ano de alta

Após um ano de alta, o setor supermercadista conseguiu registrar uma deflação nos preços. A queda apontada pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, foi de 0,5% em fevereiro. E segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o principal motivo foi a ausência do Carnaval e a espera do consumidor por novos auxílios, além do aumento dos casos de Covid-19, que demandou os ajustes dos preços em toda a cadeia produtiva. Em fevereiro de 2021, as exportações suínas tiveram queda de 18% em relação ao mesmo período de 2020, e consequentemente o preço no mercado interno caiu pelo terceiro mês seguido (2,49%). Além disso, os preços das aves caíram 2,29%, após uma sequência de sete meses em alta. (Super Varejo)


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