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06/01/2020

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de janeiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.377


Fim do auxílio e repique da pandemia podem atrasar retomada de serviços 

Expectativa é que a retomada continue nos próximos meses, ainda que de forma lenta

O apetite dos consumidores para compras em restaurantes e supermercados seguiu em recuperação no mês de novembro, mas ainda sem apagar os prejuízos herdados do choque da covid-19, mostram dois índices calculados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a bandeira de benefícios Alelo. 

À frente, os sinais para ambos os segmentos são ambíguos: a expectativa é que a retomada, ainda que lenta, continue nos próximos meses, mas o repique da pandemia e o fim do auxílio emergencial podem inibir a volta do consumo das famílias. 

O Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) mostrou em novembro uma queda de 42,7% nas transações em relação ao mesmo mês de 2019, menos negativo quo que o mês anterior, quando caiu 44,3%, e bem abaixo do ápice da crise em abril, quando registrou baixa de mais de 60%, também na comparação anual.

 O valor total gasto em restaurantes segue numa retomada mais rápida: registrou baixa de 23,1% em novembro, de um recuo de 48,5% em abril, um sinal de que parte do movimento nesses estabelecimentos foi transferido para as entregas em domicílio. Vale a ressalva, no entanto, que o número de estabelecimentos funcionando está muito próximo ao patamar de novembro de 2019, e é apenas 1,7% menor. 

“Se de um lado tem uma tendência de as pessoas saírem mais de casa no fim do ano, por outro o repique da pandemia acaba diminuindo a propensão de ir a restaurantes, então é difícil prever como serão os resultados em dezembro”, afirma Bruno Oliva, pesquisador da Fipe. 

Na reta final de 2020, o governo paulista decidiu apertar momentaneamente os horários de funcionamento de bares e restaurantes, assim como o período para venda de bebida alcoólica. São Paulo é o local com maior peso dentro do indicador. 

Em trajetória mais benigna, o Índice de Consumo em Supermercados (ICS) caiu 13,9% em novembro, também em recuperação ante outubro (-14,5%) e acima do pior momento, quando recuou 18,6%. Os dados nacionais ainda apontam um cenário mais positivo no valor total gasto em supermercados, que está 4,1% acima de novembro de 2019. Ou seja, embora façam menos idas, os consumidores estão gastando mais nos  estabelecimentos. A quantidade de supermercados que realizaram transações também é quase a mesma do ano passado (-07% na análise anual). 

“Claro que as pessoas não vão do dia para a noite aumentar a ida ao supermercados, mas já observamos essa melhora gradativa. O que não sabemos é se essa melhora marginal vai persistir em dezembro”, comenta Oliva.
 Para 2021, o pesquisador prevê uma continuidade da volta gradual do consumo nos dois setores, especialmente nos dois primeiros trimestres do ano. 

“Mesmo que ainda demore, a vacina certamente vai dar um pouco mais de segurança para que as pessoas saiam de casa. Mas a economia ainda vai demorar a reagir, principalmente se pensarmos que um [eventual novo] auxílio emergencial e outras transferências vão ficar prejudicados neste início do ano por conta dos problemas fiscais”, diz Oliva. (Valor Econômico)


BNDES reabre linhas de crédito para agropecuária

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reabriu na segunda-feira os pedidos de financiamento voltados ao setor agropecuário. Entre as linhas disponibilizadas novamente está a do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), uma das mais utilizadas para aquisição de máquinas agrícolas, que permanecia suspensa desde o final de novembro devido ao comprometimento dos recursos disponíveis.

O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, o esgotamento de recursos do Moderfrota fez com que, nos últimos meses, o Programa BNDES Crédito Rural ganhasse força entre os produtores para a compra de máquinas. Embora tenha taxa de juros mais alta, de 9,5% ao ano (no Moderfrota, a taxa é de até 7,5%), a nova linha, em operação desde março, oferece dois anos de carência e oito para pagamento. “Quando faltou o Moderfrota, as fábricas não se queixaram”, afirma Bier. Mesmo assim, o dirigente considera positiva a retomada do Moderfrota, já que agora o produtor vai poder optar entre as duas linhas. “Como os preços da soja e do milho estão muito bons, o pessoal está animado e comprando”, observa

De acordo com Bier, o volume de recursos necessário para atender o setor até o fim do primeiro semestre seria de R$ 10 bilhões. Para o dirigente, a expectativa é de que 2021 seja um ano mais favorável aos fabricantes. Ele acredita que o problema do fornecimento de peças, que foi um obstáculo enfrentado pela indústria em 2020, decorrente da pandemia da Covid-19, deve ser superado até março deste ano.

Em circular publicada na internet, o BNDES informa que a reabertura do financiamento vale também para os programas de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp Investimento), Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa (Programa ABC), Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), Construção de Armazéns (PCA), Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro), Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investimento). (Correio do Povo)

Número de trabalhadores no agronegócio se recuperou no 3º tri de 2020

O número de trabalhadores no setor de agronegócios alcançou 16,94 milhões no terceiro trimestre de 2020, 1,3% mais que entre abril e junho, de acordo com pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Na comparação, o número total de ocupados no Brasil registrou uma redução de 1,06%, equivalente a cerca de 883 mil pessoas.

Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado de trabalho no agronegócio mostrou, de julho a setembro, que já estava se recuperando do período mais crítico da pandemia, e a participação do setor no mercado de trabalho total alcançou 20,55%.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, porém, houve queda de 7,58%, ou 1,39 milhão de pessoas, no número de ocupados no agro. Foi é a retração mais expressiva na comparação entre terceiros trimestres desde o início da série histórica do Cepea, em 2012. No caso da população ocupada total, a baixa foi de 12,09%, o equivalente a 11,34 milhões de pessoas.

Conforme o Cepea, as perdas mais acentuadas no número de ocupações ocorreram na agroindústria e nos agrosserviços. "Por serem comportamentos atípicos ou de magnitude mais elevada do que a usual, é provável que essas perdas estejam, em partes, relacionadas à crise da covid-19", diz o Cepea, em nota.

Em relação aos rendimentos efetivos mensais, entre os terceiros trimestres de 2019 e de 2020, houve aumento real na média para os empregados (4,8%) e para os empregadores (5,7%), mas queda para trabalhadores que atuam por conta própria (4,2%). Em parte, "as altas também podem ser explicadas pela saída do mercado de trabalho, diante da pandemia, de trabalhadores mais vulneráveis e que recebiam salários menores", conclui o Cepea. (As informações são do Valor Econômico)


Jogo Rápido

Kantar lança e-book com resoluções para as marcas em 2021
O ano de 2021 será repleto de desafios, será um ano que carregará nas costas uma bagagem de grandes mudanças, principalmente no comportamento dos consumidores. Tivemos que reaprender a se conectar, rever e fortalecer nossos posicionamentos de marca, nos adaptar, muitas vezes revendo e modificando planejamentos inteiros. Desde o começo da pandemia, a Kantar, uma das maiores empresas de pesquisa do mundo, lançou edições quinzenais e mensais do seu Barômetro COVID-19, trazendo novas informações, sempre atualizadas, sobre como os brasileiros – e as populações de outros 29 mercados – foram afetados e reagiram a todas as mudanças causadas pelo coronavírus. Com tudo o que foi apresentado, a empresa termina o ano lançando um e-book com artigos sobre o que esperar para 2021: Resoluções para Marcas em 2021 traz seis textos assinados por diferentes executivos da Kantar no Brasil e América Latina, com perspectivas atualizadas e previsões sobre temas como CX, inovação, marca, analytics e mais. “Nós planejamos esse ebook como uma lista de resoluções de fim de ano, que todos nós costumamos fazer, com a diferença que ele contém previsões que servirão como metas para as marcas, ajudando-as a navegar os mares incertos de 2021”, afirma Valkiria Garré, CEO de Insights da Kantar Brasil. Entre os temas abordados no e-book, estão: Como transformar uma marca em 2021; Como avaliar o CX de forma diferente e inovadora;  Como descobrir o que os consumidores esperam para esse novo ano; Como fazer uma marca continuar atual; Como descobrir novas tendências; Como converter inovação em crescimento. O e-book Resoluções para Marcas em 2021 está disponível para download gratuito aqui. (As informações são da Food Innovation)


 

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