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02/12/2020

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2020                                                  Ano 14 - N° 3.359


Pesquisa pode aumentar lucro em laticínios com melhor aproveitamento dos soros lácteos

Um estudo pode revolucionar a cadeia produtiva do leite. A pesquisa da Universidade do Vale do Taquari – Univates, sediada em Lajeado (RS), busca um melhor aproveitamento dos soros lácteos, agregando valor aos produtores de queijo. Os processos biotecnológicos de produção da enzima recombinante B-galactosidase, também denominada de lactase, terão seus custos reduzidos.

O estudo foi conduzido pela estudante Francielle Herrmann Mobayed, do Curso de Engenharia Química. Foi possível verificar que o permeado do soro de queijo foi eficiente para obtenção da lactase recombinante, sendo uma forma alternativa de agregar valor a esse subproduto lácteo. “Atualmente os insumos utilizados como indutores da produção da lactase têm custo elevado, e com os soros lácteos diminuímos o valor em quase 90%, já que a maior parte do volume gerado desses subprodutos pelas indústrias é descartada, ou utilizada na alimentação animal”, relata.

O estudo pode gerar impacto positivo na indústria, inibindo o descarte do soro. Se as indústrias destinarem esses soros para a estação de tratamento de efluentes, serão necessários investimentos para o adequado tratamento antes do descarte nos corpos hídricos”, reitera a professora Claucia Fernanda Volken de Souza, orientadora do projeto.

A enzima B-galactosidase é utilizada na hidrólise (processo de quebra de uma molécula em presença de água) da lactose. Esse processo é importante na indústria de laticínios, na preparação de leite e produtos lácteos com baixos teores de lactose, além de suplementos alimentares consumidos por indivíduos intolerantes à lactose.

As B-galactosidases são amplamente distribuídas em sistemas biológicos, como microrganismos, plantas e animais, sendo os microrganismos considerados fontes mais adequadas para aplicações industriais devido ao elevado rendimento, fácil manipulação e redução nos custos de aplicação, além de as enzimas obtidas por microrganismos apresentarem maior estabilidade às condições operacionais. Para a realização da pesquisa, a estudante produziu a B-galactosidase recombinante utilizando duas cepas de bactérias.

O trabalho foi publicado na revista internacional Biotechnology Letters, referência em pesquisas desenvolvidas em grandes universidades do mundo. (As informações são do Agrolink.)


Programa de Sementes Forrageiras abre inscrições

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) abre, a partir de 01/12, a nova edição do Programa de Sementes Forrageiras. Até o dia 11, os agricultores podem apresentar sua manifestação de interesse por sementes. Os recursos, de R$ 5,3 milhões, poderão ser utilizados para aquisição de sementes de espécies forrageiras de inverno e/ou verão.

Cerca de 15 mil famílias de agricultores e pecuaristas familiares vão poder utilizar esses recursos para implantação de pastagens, utilizadas na alimentação dos rebanhos. O acesso dos agricultores deverá ser feito por meio de suas cooperativas, associações e sindicatos, beneficiando exclusivamente os produtores das cadeias produtivas de leite e pecuária de corte.

Por se tratar de financiamento por meio do Feaper (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais), não é possível que outros órgãos públicos como prefeituras municipais acessem o recurso, mas o município poderá dar o apoio organizacional necessário para que as entidades que representam os agricultores participem do programa.

“A antecipação do Forrageiras é uma resposta às demandas apresentadas pelas entidades em virtude da nova estiagem que já assola diversas regiões do Estado. Está ação trará alívio aos produtores gaúchos que já contarão com sementes de inverno e verão nesta edição”, destaca o secretário Covatti Filho.

“A confirmação dos recursos e abertura do Programa, já em dezembro, traz uma melhoria fundamental nos resultados, principalmente para os agricultores que serão beneficiados com um calendário muito mais favorável, tanto para o processo de compra das sementes, como para a implantação das pastagens”, afirma Jonas Wesz, chefe da Divisão de Sistemas Produtivos da Secretaria.

As regras: Para participar do programa, a entidade (cooperativa, associação ou sindicato) deve enviar Ofício de Manifestação de Interesse que está disponível clicando aqui. Esse documento deverá ser preenchido, assinado e enviado exclusivamente por e-mail para leitegaucho@agricultura.rs.gov.br

Mais informações e o material completo do Programa de Sementes Forrageiras edição 2020/2021 podem ser acessados na aba oficial do Programa que pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)

 

 

Estudo mensura retorno de aposta em soluções digitais

Inovar é correr riscos. E, embora não se tenha dúvida de que esse é o caminho para fomentar grandes transformações no agronegócio, um estudo da consultoria McKinsey com 100 empresas que atuam em segmentos que vão de proteção de cultivos à equipamentos nos Estados Unidos mostrou que menos de 40% delas - que vêm investindo em tecnologias digitais para o campo ao longo dos últimos 20 anos - acreditam que tiveram retorno financeiro positivo com isso. Maduro, esse mercado naquele país serve de referência para outras potências agrícolas, como o Brasil.

De acordo com os resultados do estudo, o percentual de sucesso das empresas variou de acordo com os diferentes ramos. O de equipamentos teve o pior desempenho (22%), enquanto o de sementes e proteção de cultivos, o melhor (42%). No meio do caminho ficaram segmentos como varejo e distribuição de insumos (36%) e fertilizantes.

Conforme os autores, três fatores foram cruciais para o desempenho das companhias, que são em boa parte multinacionais. Foram eles: atenção da diretoria à agenda digital, estratégia de negócios clara para novos lançamentos e investimentos em escala.

Na missão de priorizar essas tarefas, 67% das empresas falharam em implementar pelo menos duas ou todas elas. Das companhias que tiveram sucesso, 55% receberam forte apoio da diretoria e 17% um apoio mínimo ou limitado para fazer suas ideias rodarem. Apenas 55% revelaram ter uma estratégia de negócios, enquanto 20% não tinham sequer um plano desenhado ou tinham somente um esboço mínimo dele. Entre essas mesmas companhias - as bem-sucedidas -, 42% investiram mais de US$ 100 milhões na estratégia digital ao longo dos últimos cinco anos.

O gargalo parece estar, conforme o estudo, na falta de preparo e planejamento para lidar com os produtos digitais. Mas, diante da constatação de que até mesmo empresas com todos os ingredientes na mesa para fazer uma boa limonada não tiveram sucesso na extração do melhor de suas estratégias, uma hipótese considerada é também que pode ter faltado a prova de conceito para os produtos digitais ou teste de múltiplas abordagens de cobrança pelas soluções.

A forma de geração de caixa mais adotada foi baseada na coleta de dados digitalmente para conversão de novos negócios (44%), um modelo indireto de captação de recursos. Outro modelo popular entre as companhias pesquisadas pela McKinsey foi o de cobrança de uma tradicional taxa fixa pelo serviço, ou de uma assinatura com valor proporcional à área de prestação do serviço (36%). A oferta gratuita de ferramentas (25%) associada a produtos do portfólio, com o intuito de ampliar vendas ou reter clientes, foi a menos utilizada.

O estudo da consultoria conclui que para avançar no processo de transformação digital é preciso, entre outras coisas, definir metas e monitorá-las, além de estabelecer planos que tenham escalabilidade, colocando os projetos nas mãos de equipes focadas na sua realização, com talento para atuar com o digital e agilidade na forma de trabalhar. “A agricultura está pronta para a reinvenção digital e, com a abordagem certa, as empresas ao longo de toda a cadeia podem agregar valor extraordinário aos seus investimentos”, afirmam os autores do trabalho. (As informações são do Valor Econômico)


Jogo Rápido

LIVE RESÍDUOS DE ANTIBIÓTICOS - Regulamentação e indústria
Em dezembro, a CCPR dá início à campanha de combate aos resíduos de antibióticos no leite. E a primeira ação da campanha será na próxima quarta-feira, dia 2, a partir das 19h! Vamos transmitir uma super live no canal do Youtube da CCPR com especialistas do mercado. Eles vão apresentar TUDO sobre o assunto e contribuir para ampliar o debate sobre esse importante tema! Anote em sua agenda e não perca essa grande oportunidade! Para resultados melhores, só com Tudo nos Conformes. (CCPR OFICIAL)


 

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