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29/10/2020

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de outubro de 2020                                                      Ano 14 - N° 3.336


Kantar destaca hábitos da pandemia que serão mantidos e alerta sobre oportunidades de melhoria

A pandemia rompeu barreiras, acelerou tendências e fez transformações esperadas para os próximos 5 anos chegarem em 5 meses. Segundo levantamento da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, entre março e agosto deste ano, 21% dos brasileiros fizeram uma compra online de comida ou bebida pela primeira vez na vida e 12% dos lares também passaram a comprar bens de consumo massivo (FMCG) pelo telefone.

Tudo indica que esses hábitos vão continuar para 53% da população quando a crise sanitária acabar. 40% pretendem continuar comprando online, mas 18% sinalizaram que vão reduzir ou parar de usar e-commerce.

A insatisfação do shopper com o canal é um alerta e uma oportunidade de melhoria aos varejistas, já que 29% dizem não conseguir encontrar nele todo o sortimento que buscam, além de se queixar de atrasos na entrega e preços mais altos do que na loja física. No entanto, apesar de o e-commerce ser a pior modalidade avaliada no quesito velocidade, mais da metade dos consumidores brasileiros pretende continuar usando alternativas que se popularizam no abastecimento de FMCG nos últimos meses, como WhatsApp, telefone e aplicativos.

Além da explosão de canais online que o cenário atual de transformação constante instituiu, outras mudanças no comportamento do consumidor também se mostram persistentes em longo prazo quando o tema é mix no varejo de bens de consumo massivo. O primeiro deles é entender o bolso do brasileiro e como a pandemia não afeta a todos da mesma forma: 51% declararam ter sofrido impacto negativo na renda e temos visto taxas de desemprego que não param de crescer. Neste cenário, 42% dos brasileiros declararam que receberam ajuda de governo em dinheiro e que utilizaram esse aporte principalmente para compra de alimentos, bebidas e limpeza dentro dos lares ou mesmo para pagamento de contas essenciais, como água, luz, telefone e internet.

Quando avaliamos quem sustentou o consumo dentro dos lares, temos como destaque a classe DE (+7% em unidades compradas), que incrementou novas ocasiões de consumo com mais cafés da manhã e jantares sendo preparados em casa. Já a classe AB aumentou em 38% o uso de delivery no último trimestre.

Ficando mais tempo em casa, as ocasiões de consumo in home cresceram 10%, principalmente no café da manhã (+14%) e almoço (+12%). E na hora de comprar e preparar as refeições, prazer, conveniência e saudabilidade, uma tendência já presente pré-Covid, são as principais razões de escolha e preparo dos pratos.

Já quando o assunto é saudabilidade, é preciso estar alerta, já que é um conceito relativo com diferentes percepções entre os grupos sociais. Nas classes AB, a busca por uma alimentação saudável inclui consumo de frutas, saladas, legumes, castanhas e iogurte, enquanto entre as classes CDE a categoria saudabilidade abrange arroz, feijão, cereais infantis, leite em pó, sucos e vitaminas caseiras.

No geral, os brasileiros têm consciência sobre a importância e benefícios dos produtos considerados mais saudáveis: 57% declaram preferir alimentos orgânicos, 32% buscam produtos sem lactose e 40% sem glúten. Porém, 35% consideram o preço uma barreira para consumo desse segmento.

Ainda falando da cesta de produtos, durante a pandemia todas as classes incluíram novas categorias nos carrinhos. Desinfetante é unanimidade. Além dele, a classe DE passou a comprar mais pães industrializados, maionese e farinha de trigo. A classe C adotou a presuntaria e, a classe AB, a cerveja e o requeijão.

Todas essas mudanças no comportamento do consumidor chegam também às escolhas dos canais. Proximidade e preço são os critérios mais usados na hora de escolher o ponto de venda adequado. Por conta disso, o pequeno varejo ganhou 3 milhões de novos lares compradores e o varejo tradicional mais de 2 milhões no último trimestre, ao mesmo tempo em que marcas próprias, que têm preço até 10% mais baixo que a média do mercado, passaram a ser consumidas pela primeira vez por 2 milhões de brasileiros e o Atacarejo segue mantendo a tendência de crescimento, atraindo 4 milhões de brasileiros, com uma média de preços até 15% mais baixos.

​Com a desaceleração da pandemia, vemos uma mudança nas missões de compra dos brasileiros. Se no início víamos compras de abastecimento, hoje, com a flexibilização e maior adaptação às novas rotinas, as missões de compras menores começam a ganhar mais relevância e compras de proximidade crescem 10%, assim como missões de reposição / urgência (+9%). (As informações são da Assessoria de Imprensa da Kantar)


Chile - Processamento de lácteos mostra queda de queijos até agosto

Indústria/Chile – O processamento nacional de produtos lácteos registrou comportamento misto entre janeiro e agosto de 2020, com aumento de sete dos onze produtos informados pelo departamento de estatísticas Odepa.

Neste período cabe destacar a recuperação registrada na elaboração de leite fluido, acumulando alta de 7,8% em relação ao ano anterior, alcançando 266 milhões de litros processamentos. Isto equivale a 19,1 milhões de litros mais do que em 2019, embora, continue sendo menor do que os 271,5 milhões de litros elaborados em 2018.

O registro negativo destacado ficou por conta da queda de 5,7% na elaboração de queijos nacionais, para atingir 60,8 milhões de quilos, 3,7 milhões a menos que em 2019. Este registro também é mais baixo do que os 61,2 milhões de quilos de 2018.
Processamento em alta: A elaboração de leite em pó subiu 7,2%, totalizando 48,5 milhões de quilos. Este volume representou avanço de 3,2 milhões queijos, e é a maior quantidade elaborada em três anos. Da mesma forma, no caso do iogurte, os dados do ODEPA refletem alta de 1,3% em relação ao ano anterior, subindo 1,9 milhões de litros a mais para chegar a 154,4 milhões de litros. Mesmo assim ficou 5,2 milhões de litros menos do que o registrado em 2018. A industrialização de creme de cresceu 3,3% em relação ao ano passado, chegando a 26,8 milhões de quilos, sendo o maior valor dos últimos três anos. A manteiga teve uma alta de 13% em relação a 2019, totalizando 18,9 milhões de quilos.

A elaboração de leite condensado registrou incremento de 15,5%, somando 27,6 milhões de quilos, 3,7 milhões a mais que em igual período de 2019. Da mesma forma, a elaboração de soro de leite em pó atingiu 18,1 milhões de quilos, aumento de 13,5% em relação ao ano passado, e também é o maior volume dos últimos três anos.

As quedas: Houve queda na elaboração de queijos. A queda foi de 10,7%, e foi o menor volume dos últimos três anos. As reduções também atingiram os leite fermentados (-23,6%) e sobremesas lácteas (-3,9%). (Mundo Agropecuário – Tradução livre: Terra Viva)]

 

Dairy Vision 2020: os efeitos da Covid-19 e a transformação na indústria

O Dairy Vision, evento que vem sendo realizado desde 2015 pela parceria entre AgriPoint e Zenith Global – consultoria inglesa que atua no segmento de bebidas – terá a edição 2020 em formato digital, entre os dias 1 e 4 de dezembro deste ano, em 4 manhãs, com tardes livres.

No primeiro painel, que ocorrerá na parte da tarde do dia 1, serão abordados "Os efeitos da Covid19 e a transformação na indústria", contemplando diversos temas como foodservice, e-commerce, percepção dos consumidores sobre os produtos lácteos, inovação e comunicação. Confira o tema das palestras:

• O novo food service pós-Covid-19 - Roberto Denuzzo;
• E-commerce no setor de alimentos - como fazer para dar certo - Maurício Salvador
• Produtos lácteos e a percepção do consumidor - Felipe Scheppers
• Como a Covid19 mudou nossas perspectivas: da inovação à comunicação
Conheça mais sobre os palestrantes confirmados:

Roberto Denuzzo (Brasil): Mais de trinta anos de experiência global em negócios alimentícios. Anterior líder sênior em empresas como Sadia e Bunge no desenvolvimento de negócios mundiais. Dez anos como dono de sua própria empresa de consultoria, liderando fusões, planejamento de negócios, gestão interina, estruturação financeira e recuperação financeira. Parceria com vários fundos de investimento e outras empresas de consultoria. Colunista no MilkPoint, abordando assuntos que envolvem foodservice e mercado lácteo.

Maurício Salvador (Brasil): Presidente da ABComm: Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e Membro do Conselho da Ecommerce Foundation. Autor de diversos livros sobre o segmento. Mestre (MSc) em Comunicação e Administração. MBA em Gestão e Estratégias. Palestrante em eventos na Alemanha, Brasil, Chile, China, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Lecionou workshops na Universidade da Califórnia. Professor em cursos de MBA na FIA e PROVAR. Foi Executivo de Contas pelo Yahoo! Brasil, Diretor de Marketing e Vendas para América Latina na e-bit, atendendo clientes como Mastercard, Wal-Mart, Saraiva, Polishop, Ponto Frio e Pão de Açúcar, entre outros. Atualmente é investidor de startups, CEO da ComSchool e da iHouse Web, consultoria de e-commerce onde já atendeu clientes como Hering, Honda, Le Lis Blanc, Gradiente, Riachuelo e La Poste, além de startups em São Francisco, Califórnia. Especializações: E-commerce Performance, OmniChannel, Online Marketing, Email Marketing, Startups, Growth Hacking, Social Media.

Felipe Scheppers: Profissional inquieto, com um pé em administração e outro em marketing, se encontrou no mercado de pesquisa, onde busca sempre novas formas de otimizar processos, gerar insights e trazer crescimento para o mercado. Responsável pelo Opinion Box, fundada em 2012 por especialistas de pesquisa e tecnologia, é uma das startups mais premiadas e empolgantes do cenário digital brasileiro. Desenvolvem soluções digitais inovadoras que estão democratizando a pesquisa de mercado e a coleta de dados primários no país. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Protocolos para a Expodireto 2021
A Cotrijal deverá encaminhar nas próximas semanas ao governo do Estado um conjunto de sugestões de protocolos sanitários a serem adotados para a viabilizar a realização da Expodireto em 2021. O evento está previsto para ocorrer de 1º a 5 de março, em Não-Me-Toque, na região Norte. Ontem, o presidente da cooperativa, Nei Manica, se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, e o governador Eduardo Leite para debater a realização da feira. A tendência é de que o evento ocorra em um formato híbrido (presencial e online) e sem a presença de delegações internacionais. - Dentro de 15 dias, queremos definir os protocolos junto ao governo para podermos começar a trabalhar na organização, entrando em contato com expositores e parceiros - aponta Manica. (Zero Hora)


 

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