Pular para o conteúdo

20/07/2020

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.266

  Pandemia pode alterar a demanda de laticínios a longo prazo

As cadeias de suprimentos de laticínios tiveram que se adaptar rapidamente ao repentino desligamento do tráfego de restaurantes, pedidos de donas de casa e consumidores indo para os supermercados.

Segundo Phil Plourd, presidente da Blimling and Associates, as tendências alimentares oriundas da pandemia permanecerão e - sobre o mercado de laticínios para os próximos 12 a 18 meses - ele ofereceu algumas ideias sobre o que pode influenciar no futuro. 

Uma delas é a entrega de comida on-line. Antes da pandemia, a projeção de entregas de comida on-line para 2022 era de 12% de participação e agora, é de 16%, crescendo para mais de 25% em 2025. “As empresas com estrutura técnica implementada para facilitar as coisas para os consumidores provavelmente estarão à frente do jogo”, disse ele.

Outra tendência alimentada pela pandemia é mais pessoas trabalhando em casa. Se uma quantidade significativa deles aceitar continuar fazendo isso, os empregadores apoiarão, porque é mais barato, disse ele. E o que isso significa para os restaurantes?

Para Phil, as cafeterias estão ‘sofrendo’ e o café é o melhor amigo do leite. Se a demanda por café da manhã fora de casa ou em drive thru for perdida, essa demanda será atendida em casa já que ocorrerão menos refeições fora. Há também evidências de que as pessoas estão menos interessadas em morar na cidade e já há evidências disso.

"Vamos ver uma evolução em como comemos e onde comemos com alguma implicação para produtos lácteos. Os fabricantes e comerciantes de laticínios terão que se adaptar a algumas mudanças bastante profundas. Produtos focados em conveniência e preço continuarão se dando bem. Até agora, o consumo de laticínios em casa definitivamente se manteve", afirmou.

Os analistas ainda não sabem se a perda de demanda nos restaurantes está sendo atendida em casa. Ainda não há dados suficientes para saber, mas certamente existem evidências que apontam para isso.

Se interessou pelo assunto? Confira a coluna de Roberto Denuzzo no MilkPoint, que fala sobre tendências de consumo > https://www.milkpoint.com.br/colunas/roberto-denuzzo/. (As informações são do Capital Press, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
                 

Instrução Normativa aprova diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa Nº 48 que aprova as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa com vistas à execução do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Trata-se de uma atualização dos atos normativos aos novos conceitos internacionais, prevista no cronograma do Pnefa para o avanço do status sanitário do país para livre de febre aftosa sem vacinação, segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Entre as principais mudanças estão a permissão do ingresso de animais vacinados destinados para abate e exportação em zonas livres sem vacinação e a permissão do retorno de animal originário de zona livre sem vacinação, para participação em feiras ou centrais de inseminação localizadas em zona livre com vacinação. A norma traz a adequação do trânsito de produtos de origem animal entre as zonas livres, ficando vedada apenas o trânsito de cabeça, língua, faringe e linfonodos associados de zonas livres com vacinação para zonas livres sem vacinação.  

A IN também prevê a obrigatoriedade da atualização cadastral do rebanho pecuário pelo produtor, pelo menos uma vez por ano e a obrigatoriedade de cadastro dos transportadores de animais junto ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).

“A atualização do regulamento do Pnefa faz uma adequação às diretrizes internacionais vigentes, retirando grande parte das restrições que existiam para o trânsito de animais e produtos entre unidades da federação que possuíam condição sanitária distinta para febre aftosa. Também prevê atividades de vigilância específicas voltadas para esta nova etapa do Pnefa, de ampliação gradual de zonas livres de febre aftosa sem vacinação”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A norma contou com a participação e contribuição de vários segmentos e setores envolvidos e destina-se aos atores que atuam na cadeia produtiva de carnes de animais susceptíveis à febre aftosa, entre eles Mapa, órgãos executores de defesa agropecuária, entidades de classe representativas de profissionais, indústrias e produtores rurais, entre outros. A IN entra em vigor no dia 3 de agosto. (MAPA)

Leite/Oceania

As boas condições de tempo em muitas regiões estão ajudando a aumentar a captação de leite, causando um maior otimismo para a nova temporada. 

As chuvas recentes proporcionaram melhoria das pastagens. Existe uma certa preocupação quanto à possibilidade de a China impor tarifas adicionais ao leite em pó integral (WMP) procedente da Austrália. A medida estaria relacionada ao crescente atrito diplomático entre as duas nações, em decorrência do esforço da Austrália para fechar acordos de livre comércio com a União Europeia (UE) e o Reino Unido, ainda em 2020.     


 
Analistas do setor lácteo da Nova Zelândia esperam que as condições de tempo com temperaturas mais amenas e maior umidade em agosto de 2020 possam melhorar a produção de leite em algumas regiões e estimular a recomposição do rebanho leiteiro. A expectativa é de que a produção de leite aumente marginalmente.

As fábricas esperam que a produção de leite aumente, para evitar acirramento da concorrência pelo suprimento de leite. A competição entre as indústrias é vista como benéfica por muitos produtores. Persiste alguma apreensão em relação ao desequilíbrio da demanda do mercado, que foi impactada pelo Covid-19, e continua menor do que antes da pandemia. Isso representa um risco adicional sobre o planejamento das exportações. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                

 
 
Pandemia acelera avanço de soluções digitais no campo, mas há gargalos
A pandemia da Covid-19 está acelerando o avanço da adoção de soluções digitais no campo brasileiro e abrindo espaço para que essas soluções ganhem força também na área de crédito rural. O assunto foi tema de discussão no evento virtual “Expert 2020”, promovido pela XP Investimentos. “Com a pandemia, a mudança tem sido quase forçada, mas deixará o país mais competitivo lá para frente”, afirmou Mariana Vasconcelos, cofundadora da Agrosmart, agtech com sede em Campinas (SP). Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), lembrou que do “fundind” total da safra 2019/20, apenas 30% foi coberto com recursos do tradicional Plano Safra do governo. E que há enorme potencial para que fontes alternativas de crédito ganhem espaço, sobretudo no mercado dos médios produtores agropecuários. Brito observou, porém, que um dos problemas enfrentados para a disseminação das ferramentas digitais é a conectividade, ainda um gargalo importante no Brasil. “Cerca de 50% do território nacional ainda não está conectado”, disse o dirigente. “Vamos ver o que vai acontecer com a chegada da tecnologia 5G”. Segundo ele, as novas tecnologias de financiamento — além daqueles voltadas às atividades agropecuárias em si, que também estão ganhando espaço — podem ajudar a fortalecer algumas cadeias produtivas e permitir avanços de produções e exportações. Entre as cadeias que podem crescer, ele citou frutas e flores. De acordo com Fernanda Mello, CEO da agtech DuAgro, de fato o desafio para melhorar o acesso dos pequenos e médios produtores às novas tecnologias ainda é grande. Na área de crédito, disse, o objetivo é tornar o processo de contratação tão natural como o de qualquer outra compra de insumo. (As informações são do Valor Econômico)
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *