Pular para o conteúdo

24/06/2020

 

Porto Alegre, 24 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.247

  Marcas próprias do varejo ganham espaço entre os consumidores

A crise causada pela pandemia fez o brasileiro colocar no carrinho mais arroz, feijão e leite com marcas dos supermercados. Em abril, as vendas desses alimentos de marcas próprias cresceram 32,6%, em base anual, bem acima da taxa de 10% de todo o setor de alimentos, segundo a Nielsen. Até o consumidor de alta renda está comprando esse tipo de produto, mais barato que o vendido por fabricantes tradicionais.

 
O cenário leva a uma projeção de avanço de 9,6% nas vendas das mercadorias de marca própria em 2020, considerando também outras categorias, como os produtos de higiene e limpeza. Essas linhas devem movimentar R$ 8 bilhões até dezembro, conforme projeção da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro).

“O custo-benefício em relação às marcas das fabricantes é um diferencial para o consumidor”, disse Roberto Butragueño, diretor de atendimento do varejo e ecommerce da Nielsen. No mês de abril, os produtos de marca própria movimentaram R$ 420 milhões, 8,1% mais que em igual período de 2019. Desse total, R$ 91 milhões foram provenientes da venda de commodities, ou alimentos básicos. Nessa categoria, o leite liderou o crescimento nas vendas, com avanço de 73,7% no mês, seguido por óleo (65,9%) e farinha de trigo (63,9%).

Segundo Neide Montesano, presidente da Abmapro, os preços dos produtos são até 40% menores quando comparados às demais marcas. “Os fornecedores são pequenos, portanto, têm menos custos com folha de pagamento, marketing, embalagem e logística. A margem deles também é menor”, afirmou.

Pesquisa da consultoria Bain & Company corrobora a busca do consumidor por produtos de menor preço como forma de reduzir gastos na pandemia, sejam itens de marca própria ou versões de marcas tradicionais em embalagens menores.

O movimento deve levar fabricantes a rever seu portfólio. “É melhor ter uma segunda oferta, ter uma canibalização você mesmo, do que a marca ser abandonada”, afirmou Federico Eisner, sócio-diretor da Bain.

Entre os consumidores de baixa renda, 35% a 40% dos entrevistados migraram para produtos de menor preço em maio. O movimento também foi verificado na camada mais abastada da população no mês passado.

Eisner disse que, até abril, cerca de 10% das pessoas com renda maior buscavam marcas mais baratas em segmentos como comida, bebida, e itens de higiene e limpeza. Em maio, essa fatia dobrou ou mais que dobrou em algumas categorias. Em comida embalada, subiu de 9% para 30%. Em cuidados com a casa, o salto foi de 11% para 28%.

Segundo Eisner, o movimento surpreendeu, porque havia uma expectativa de que os mais ricos migrassem para produtos ainda mais caros como forma de indulgência em um momento de privações. “Os mais ricos veem a crise e também fazem a mudança de marcas para gastar menos e poupar, já que têm expectativas ruins sobre o futuro próximo”, afirmou.

Na avaliação do diretor da Nielsen, o brasileiro está confiando mais nas marcas dos supermercados e isso é resultado do trabalho de anos feitos por grandes varejistas como GPA, dono de redes como Pão de Açúcar e Extra, e Carrefour para mostrar os benefícios de seus produtos ao consumidor. O varejo regional e as farmácias também registram crescimento maior nesta área.

Entre os produtos de higiene pessoal, os destaques em marcas próprias são o papel higiênico e sabonete líquido, enquanto na cesta de limpeza, os mais populares são desinfetante, sabão líquido para lavar roupa e detergente. “Os produtos de limpeza são a porta de entrada dos varejistas nas marcas próprias”, disse a presidente da Abmapro. (As informações são do Valor Econômico)

              

Argentina - Preço ao produtor de leite fica estagnado

Segundo o Quadro do Comando Setorial do mês de junho do Ministério da Agricultura da Argentina, o preço de referência pago ao produtor para sólidos foi de AR$ 253,21 e em litros AR$ 18,24, sem variação em relação ao mês anterior, mas 25% maior que o valor pago um ano antes.

Na Província de Santa Fe, o preço de referência sem mantém em AR$ 18,20 o litro (em media R$ 1,38). Em relação à produção, o Quadro mostrou uma produção de 870,5 milhões de litros em maio, com variação interanual de 11% e variação mensal na produção diária de 6%.

Por outro lado, as vendas de leite fluido no mercado interno, de janeiro a abril, aumentaram 9%, as de leite em pó +5%, queijos -1%, e outros produtos +3%. (CampoLitoral - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai – O preço pago em maio subiu em pesos e em dólares

Durante o mês de maio, último mês com os dados totais consolidados, o preço médio pago ao produtor de leite alcançou UY$ 12,52 o litro, registrando aumento de 1,9% em comparação com abril.

Em pesos, o registro de maio é maior do ano, e o mínimo de UY$ 11,93 o litro, ocorreu em janeiro.
Em maio de 2019 o preço foi de UY$ 10,51/litro, e em maio de 2018 foi de UY$ 10,37/litro.
Em dólares, o preço ao produtor em maio foi de US$ 0,29/litro, registrando ascenção de 1,8% em relação ao mês anterior.

Em maio de 2019 o preço foi de US$ 0,30/litro e em maio de 2018 US$ 0,34/litro.

Os cálculos foram realizados por técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), com base nos registros da indústrias de laticínios e entidades sindicais.

O quilo de sólidos foi UY$ 166,20, 0,4% mais que em abril, quando foi pago a UY$ 165,5/quilo.
Em maio de 2019 era UY$ 141,3 e maio de 2018 foi UY$ 141,7/litro.

Em relação à composição do leite cru recebido nas fábricas em maio, os valores médios foram 3,99% de matéria gorda, e 3,54% de proteína. Esses teores, com o câmbio fixado em UY$ 43,43 correspondem aos pagamentos mencionados de UY$ 12,52 ou US$ 0,29 por litro e UY$ 166,16 por quilo de sólidos. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva) 

             

Para Fiergs, decreto traz mais perdas
A ampliação de restrições à atividade da indústria determinada por decreto pela Prefeitura de Porto Alegre ontem traz mais perdas ao setor e desorganiza a economia privada, avalia a Federação das Indústrias do RS (Fiergs). A entidade defende o equilíbrio entre cuidados com a saúde e economia. “Essas constantes mudanças nos dão muita insegurança. O industrial não pode programar sua produção e o empregado não sabe quando vai trabalhar, se vai trabalhar ou manter o emprego”, afirmou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. A justificativa da prefeitura é a velocidade do crescimento exponencial da demanda por leitos de UTI na Capital. A nova medida prevê limitações a partir desta sexta à construção civil eàindústria, com exceção das consideradas essenciais, como saúde e segurança. Segundo pesquisa divulgada pela Fiergs no início do mês, a atividade da indústria gaúcha caiu mais de 13% em abril ante março, quando já havia recuado 10%. “Poderia intensificar as medidas de acesso, controle e segurança para a saúde, mas sem decretar o fechamento total”, sugeriu Petry. (Correio do Povo)
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *