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29/04/2020

 

Porto Alegre, 29 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.212

  Produtores dos Estados Unidos descartam leite e ovos em meio à pandemia

Com o fechamento de parte da indústria norte-americana por conta das medidas de isolamento, agricultores e pecuaristas não têm como escoar a produção

Problemas na indústria de alimentos dos Estados Unidos, por conta das medidas de isolamento social adotadas ante a pandemia do novo coronavírus, estão forçando produtores norte-americanos a descartarem leite, ovos e outras culturas. O prejuízo é ainda maior para quem fornece frutas e legumes, que não podem ser armazenados por muito tempo. Além da baixa demanda, os prazos de entrega foram estendidos.

O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira, 24, medidas de auxílio ao setor produto, destinando US$ 19 bilhões. O pacote de assistência incluirá US$ 16 bilhões para pagamento diretos a agricultores e pecuaristas e US$ 3 bilhões para compras em massa de lácteos, carnes e produtos que serão distribuídos pelos bancos de alimentos do país.

De acordo com o consultor Jonas Pizatto, da INTL FCStone, este é o pior momento da demanda interna dos Estados Unidos em meio à pandemia, mas a tendência é que isso se normalize ao longo do ano. “O Trump está querendo reabrir algumas indústrias e algumas cidades com menos casos também estão retomando”, diz.

O especialista destaca que as commodities agrícolas em dólar estão nas mínimas históricas. Porém, o produtor brasileiro vive uma situação diferenciada. “Como a gente tem um mercado de grãos ganhando cada vez mais espaço nas exportações, a alta do dólar favorece os embarques e isso tem elevado o preço para o produtor”, diz. “As com commodities mais baratas, países estão aproveitando para comprar. Nunca estivemos tão comercializados como agora”, diz. (Canal Rural)
                  

Produção/UR

A captação de leite pela indústria no primeiro trimestre do ano foi 2,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. 

Foram coletados 415,27 milhões de litros no acumuado de janeiro a março, diante dos 404,24 milhões de litros de um ano atrás, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

Em março a produção ficou praticamente inalterada na comparação interanual, somando 133,12 milhões de litros.

Nos últimos doze meses (abril 2019-março 2020) a captação totalizou 1.981 milhões de litros, 2,6% menos que os 2.033,7 milhões registrados em igual período anterior. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

52% das famílias atrasarão contas nos próximos meses 

Pesquisa da Boa Vista SCPC mostra que 56% só têm fôlego financeiro até junho

Com a deterioração das finanças das famílias causada pela pandemia de covid-19, pouco mais da metade - 52% - dos consumidores prevê que não conseguirá pagar as contas ou poderá arcar com apenas parte delas nos próximos meses, segundo pesquisa feita pela Boa Vista SCPC entre 7 e 13 de abril.

De acordo com o levantamento, a maioria - 56% - só tem fôlego financeiro para até dois meses. Outros 24% dos entrevistados têm capacidade para segurar as contas por mais de três meses. E 20% não sabem dizer até quando conseguem pagar os boletos.
A pesquisa ouviu 600 pessoas de todas as regiões do país e apontou que 80% já fizeram uma revisão no orçamento doméstico a fim de reduzir despesas.

O fato de mais de 40% dos trabalhadores estarem no mercado informal pode explicar o alto percentual de pessoas que preveem um orçamento mais apertado nos próximos meses. “Eles são deixaram de ter renda suficiente para os gastos do dia a dia”, diz
Flavio Calife, economista da Boa Vista. Isso apesar do auxílio emergencial concedido pelo governo, de R$ 600 a R$ 1.200, dependendo do caso.

Desde que obrigou os governos a adotar medidas de isolamento social, a pandemia tem provocado desemprego e queda de renda, aumentando a dificuldade das famílias para manter as contas em dia. Não por acaso, o pessimismo do consumidor medida por diferentes instituições tem registrado níveis históricos. O índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 22 pontos em abril, para 58,2, menor nível desde 2005.

O principal compromisso financeiro dos consumidores são as compras parceladas, como cartão de crédito, carnê de loja e cheques pré-datados. Segundo a pesquisa, 49% têm esse tipo de dívida. Em seguida, com 27%, estão financiamentos, como crédito para veículo, imóvel, crédito pessoal ou consignado.

Num futuro próximo, 59% dos entrevistados acreditam que vão precisar de novos empréstimos para pagar as contas. Entre aqueles que não conseguirão manter as os pagamentos em dia, 83% vão precisar de crédito. E, se o atual cenário se prolongar, 34% dos que esperam manter as contas em dia precisarão recorrer a empréstimos, diz a pesquisa.

A principal modalidade citada pelos que preveem a necessidade de tomar crédito foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%). Empréstimo cedidos por familiares e amigos foi mencionado por 16%.

A situação pode agravar o endividamento e o comprometimento de renda das famílias, que já vinha crescendo mesmo antes da pandemia.

De acordo com dados do Banco Central, o endividamento aumentou para o equivalente 45,5% da renda em fevereiro, dado mais recente disponível, ante 43,1% no mesmo período do ano passado. E cerca de 20% da renda era comprometida com o pagamento de dívidas, 0,6 ponto acima do índice de fevereiro de 2019.

Mas, ao menos em março, o efeito da pandemia foi de retração nas concessões de crédito para as famílias. Elas caíram 11,4% na comparação com fevereiro, considerando o dado com ajuste sazonal, de acordo com o BC. A autoridade monetária informou que houve redução nas concessões de crédito para compra de carro e menor uso do cartão de crédito à vista porque as pessoas podem estar adiando a compra de bens por causa da incerteza causada pela pandemia. (Valor Economico)

                   

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