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10/03/2020

Porto Alegre, 10 de março de 2020                                              Ano 14 - N° 3.178

Ministério publica regras para avaliação de produtividade de animais
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabeleceu as regras e os procedimentos para a avaliação zoogenética, que é o requisito necessário para a inscrição de reprodutores das espécies bovina, bubalina, ovina e caprina em centros de coleta e processamento de sêmen (CCPS). A medida visa promover ganhos genéticos aos rebanhos nacionais.
Segundo a Instrução Normativa (IN) nº 13, os profissionais que atuam na área de reprodução com finalidade de comercialização de sêmen deverão comprovar por meio de genotipagem de DNA a qualificação de parentesco com seus genitores e apresentar o laudo do seu perfil alélico (sequência genética), realizados em laboratório credenciado pelo Mapa.  
Também deverão ser apresentados documentos como o Certificado de Registro Genealógico Definitivo ou de Controle de Genealogia Definitivo e documento que comprove a obtenção dos valores superiores ao mínimo definido para cada raça ou composição racial quanto aos índices ou às características zootécnicas. 
“Os índices, características por raça ou composição racial serão apresentados pelas Associações de Criadores da raça, autorizadas pelo Mapa para execução do Serviço de Registro Genealógico, tendo assim a responsabilidade para os ganhos genéticos dos rebanhos nacionais compartilhada”, observa o diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes. 
A avaliação zoogenética com finalidade de comercialização será realizada a cada dois anos, podendo, neste período, ser utilizada por qualquer CCPS registrado no Ministério. Encerrado o prazo, deverá ser realizada nova avaliação para manter a inscrição nos centros de coletas. 
Além disso, a norma prevê a adoção de novos métodos de comprovação de parentesco que eventualmente sejam desenvolvidos e aprovados pelo Mapa. 
A Instrução Normativa entra em vigor no dia 1º de junho de 2020 e, a partir desta data, fica revogada a Portaria SPA nº 07, de 20 de julho de 1987. (Mapa)
 
Índice de preços de alimentos da FAO cai pela primeira vez em quatro meses, mas leites valorizaram
O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu pela primeira vez em fevereiro depois de quatro meses de altas sucessivas. O indicador ficou em 180,5 pontos, 1,9 ponto (1%) a menos que em janeiro. 
 
Na comparação com fevereiro de 2019, entretanto, ainda houve alta de 13,5 pontos (8,1%). 
Em relatório, a FAO informou que houve queda nos preços internacionais de óleos vegetais e, em menor proporção, de carnes e cereais, que mais do que compensaram a continuidade das valorizações de leites e açúcares. 
O sub-índice de óleos vegetais ficou em 158,1 pontos em fevereiro, com queda de 10,3% ante janeiro, o que interrompeu uma sequência das altas que ocorria desde julho de 2019. “A forte queda foi liderada pelo óleo de palma, o componente dominante do índice. As cotações internacionais de óleo de palma caíram 12% em relação ao mês anterior, devido à produção superior à esperada na Malásia, a uma queda temporária na demanda de importação indiana e ao medo de uma desaceleração na demanda global após o surto de Covid-19. Os preços do óleo de soja, de girassol e de canola acompanharam a queda do óleo de palma”, escreveu a FAO. 
O preço médio das carnes caiu 2% entre janeiro e fevereiro, marcando o segundo mês de queda após 11 de altas. O indicador ficou em 178,6 pontos. 
O sub-índice para cereais recuou 0,9% na mesma comparação, para 167,8 pontos, pressionado por trigo e milho devido ao excesso de oferta e também a receios com os reflexos do coronavírus. 
Na outra ponta, a FAO informou que os preços dos lácteos subiram 4,6%, para 209,8 pontos em fevereiro. “As cotações do queijo subiram 10,6%, sustentadas pelo aperto de oferta da Nova Zelândia com o declínio sazonal da produção de leite. A queda foi acentuada pelas disponibilidades de exportação reduzidas da Austrália. 
Por outro lado, as cotações de leite em pó desnatado (SMP) e do leite em pó integral (WMP) caíram”, afirmou o texto. Por fim, o indicador de açúcares ficou em 209,7 pontos em fevereiro, com alta de 4,5% ante janeiro marcando o quinto mês consecutivo de elevação e o maior nível desde maio de 2017. “O aumento mais recente refletiu principalmente as perspectivas de menor produção na Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, e também na Tailândia, devido a uma seca prolongada. A forte demanda global de importação, principalmente da Indonésia, maior país importador de açúcar do mundo, também forneceu suporte aos preços. No entanto, a fraqueza contínua da moeda brasileira (real) em relação ao dólar americano limitou a extensão do aumento dos preços mundiais do açúcar.” (Valor Econômico)
 
Importação de leite e derivados
Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na primeira semana de março de 2020 foram, 17,1% menores que os de março de 2019 e 16,1% menores em relação a fevereiro de 2020.
 

 Os dados foram divulgados pelo MDIC 
 
Preços
Até agora, o coronavírus teve um impacto moderado nos preços dos lácteos, segundo Imre Speizer, diretor do banco Westpac. Comparado com outras commodities, como o petróleo, o impacto sobre os lácteos não foi tão ruim. Desde que o surto atingiu os mercados financeiros globais no final de janeiro, os preços do leite em pó integral caíram 8,7% no Global Dairy Trade (GDT), enquanto que o petróleo tipo brent caiu 20,4% no mesmo período. O Westpac está mantendo a previsão de que o pagamento na temporada será de NZ$ 7,20/kgMS, [R$ 1,65/litro]. Duas semanas atrás a Fonterra também informou que a faixa de preços prevista para o pagamento do leite ao produtor está mantida entre NZ$ 7,00 e NZ$ 7,60/kgMS, [R$ 1,60 e R$ 1,74/litro].  O executivo da Fonterra, Miles Hurrell, disse que a situação atual em torno do coronavírus é muito volátil e incerta. Mas, a Fonterra já contratou grande parte de seus produtos do ano financeiro 2020, e isso está ajudando a cooperativa a gerenciar o impacto. “Nossa equipe na China está trabalhando duro para manter nossas operações o mais tranquilamente possível. Sem eles, isso não teria sido possível e quero agradecê-los por seus esforços”, disse Hurrell. (Terra Viva)
 

 

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