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11/02/2020

Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.162

 Confiança no campo nunca foi tão grande
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) voltou a aumentar no quarto trimestre do ano passado e alcançou um novo recorde.

Segundo levantamento recém-concluído, o indicador encerrou o período em 123,8 pontos, 8,8 pontos a mais que no terceiro trimestre. A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.


 
Os números demonstram alinhamento entre as expectativas geradas e a agenda prioritária do Executivo e do Legislativo. Mesmo que as reformas não tenham avançado tanto quanto esperado, os principais indicadores econômicos mostravam ao fim do ano sinais de uma recuperação mais consistente”, dizem Fiesp e OCB.

Também no fim de 2019, destacam as entidades, houve alta de preços de commodities em meio à expectativa de arrefecimento das disputas comerciais entre EUA e China, o que colaborou para manter o otimismo do setor em alta.

Nesse contexto, o subíndice que mede a confiança dos produtores agropecuários, que colhem uma nova safra robusta de grãos e têm boas perspectivas para as vendas de carnes, subiu 16 pontos, para o recorde de 126,2 pontos, e o que capta as expectativas das agroindústrias avançou 3,5 pontos, para 122,2 pontos, também o melhor resultado. (Valor Econômico)

RS: Senar dá assistência técnica e gerencial gratuita a mais de 3 mil produtores
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai oferecer Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) gratuita a 3.210 produtores rurais do Rio Grande do Sul. O lançamento aconteceu na segunda (10), no Sindicato Rural de Camaquã, a 130 km de Porto Alegre.
 
Durante dois anos, os técnicos de campo farão visitas mensais às propriedades de bovinocultura de corte, na região de Camaquã; bovinocultura de leite, em Bento Gonçalves; ovinocultura de corte, em Pedras Altas, e agricultura anual (grãos), no município de Manoel Viana. 
O acompanhamento técnico ocorre com foco no diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional e avaliação sistemática dos indicadores produtivos. 
Durante o evento de lançamento, o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, destacou o envolvimento do Senar/RS em oferecer soluções ao agronegócio brasileiro. 
“As soluções apresentadas por nossa instituição beneficia os produtores rurais de todas as regiões brasileiras. O lançamento da Assistência Técnica e Gerencial do Senar no Rio Grande do Sul é mais uma demonstração de que o Senar, as administrações regionais e as federações estão atuando de maneira integrada”, destacou. 
O objetivo da ATeG do Senar é oferecer transferência de tecnologia e melhores práticas de gestão. “Isso vai garantir que os técnicos recomendem a tecnologia adequada para cada propriedade com o intuito de melhorar a renda do produtor, pois nem sempre a tecnologia mais avançada é a mais adequada para a propriedade”, disse Carrara. 
Em todas as regiões do Brasil, a ATeG do Senar já beneficiou mais de 116 mil propriedades rurais de 21 atividades agropecuárias com foco no aumento da produtividade, gerenciamento dos custos e melhoria de renda dos produtores rurais.
Segundo o presidente do Sistema Farsul/Senar-RS, Gedeão Pereira, a ATeG pode contribuir para aumentar a eficiência da agropecuária brasileira. 
“Há cerca de 40 anos, o Brasil era importador de alimentos. Hoje o cenário é bem diferente e somos um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Portanto, a assistência técnica e gerencial oferece recursos para que o produtor saiba como aumentar a produtividade e gerenciar todas as atividades da propriedade”, afirmou. 
Segundo o superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, existe potencial para alcançar até 10 mil produtores rurais no Rio Grande do Sul ainda neste ano, incluindo novos segmentos produtivos. 
“A produção assistida vai ajudar o produtor a realizar o manejo de forma adequada por meio dos dados técnicos produtivos e econômicos da propriedade. Quando os ajustes no manejo não forem suficientes, os técnicos também farão a análise dos melhores investimentos e adequações tecnológicas para cada propriedade”, observou. 
Após o lançamento da ATeG, no Sindicato Rural de Camaquã, a comitiva seguiu para a Granja Cariola para a primeira visita da equipe do Senar. 
A propriedade tem área de 2 mil hectares e se dedica à produção de soja, arroz e pecuária de corte com 700 animais. O atendimento da ATeG será focado na bovinocultura de corte.  
“Possuímos alguns indicadores, mas falta saber, por exemplo, o valor do custo de quilo por terneiro. A gente vai aproveitar o conhecimento que o Senar oferece, por meio de seus técnicos, para ter maior renda na propriedade e ter o controle para cada atividade da propriedade”, destacou Celso Bartz, um dos proprietários da Granja Cariola. 
O evento de lançamento também contou com a presença de representantes do Conselho de Administração do Senar/RS; do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, de representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG-RS) e de produtores rurais da região. (Senar/RS)
 
 
 
IFCN – Maiores empresas produtoras de leite do mundo
Top 10 IFCN – De acordo com a última pesquisa da International Farm Comparison Network (IFCN), A Arábia Saudita e a China possuem as maiores empresas produtoras de leite do mundo. 
A China ocupa cinco, das primeiras dez posições da lista, enquanto que as outras companhias estão localizadas na Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos. Essas 10 empresas, com várias fazendas de leite, juntas, produziram 1,1% do leite mundial em 2018. 
Almarai a maior “fazenda de leite” por volume: Almarai é da Arábia Saudita produz 1,37 milhões de toneladas de leite por ano. Esse volume é similar à produção de leite da Indonésia ou Noruega. A Almarai tem mais de 100.000 vacas leiteiras.
 
Modern Dairy detém a maior “fazenda de leite” por número de vacas: eA Modern Dairy está localizada na China, tem o maior rebanho leiteiro do mundo, com 134.315 vacas de leite. Ela registrou a produção de 1,28 milhões de toneladas de leite em 2018. Essa companhia gerencia seus rebanhos em 26 localidades espalhadas por sete províncias diferentes.
 
Almarai, Mengniu e Yili as três maiores produtoras de leite.
As fazendas chinesas são, em geral, subsidiárias de grandes indústrias de processamento ou possuem parcerias estratégicas com elas de forma a assegurar o suprimento de leite na cadeia e estabelecer sinergias entre ambos, produtores e processadores de leite. Com base nessa classificação, a IFCN classifica como as três maiores produtoras as companhias Almarai, Mengniu e Yili.
 
O modelo dos EUA é de propriedades familiares
As três fazendas norte-americanas foram desenvolvidas através de gerações a partir de uma única fazenda de leite. Atualmente elas têm um grande número de fazendas leiteiras e diferentes estados. Essas fazendas, em muitos casos, são administradas por diferentes membros da família.
 
EkoNiva a fazenda de leite que mais cresce no mundo
A Ekoniva é a maior produtora de leite na Europa e é a que tem o maior crescimento dentro desta lista. Eles esperam superar 1 milhão de toneladas de leite em 2020.
 
Grandes ou pequenas fazendas de leite: a rede IFCN de pesquisadores de sistemas de fazendas de leite em mais de 50 países mostra que grandes fazendas superam pequenas em vários aspectos de sustentabilidade (meio ambiente, social e econômicos), conforme o IFCN Dairy Report 2019.
 
Método: A pesquisa conduzida pela IFCN Dairy Research Network tem como objetivo entender melhor o mundo dos lácteos. Os dados são baseados em relatórios anuais, e informações públicas disponíveis e estimativas de analistas. A IFCN agradece qualquer feedback para melhorar essa análise. (FAO)
 
Uruguai – o faturamento com a exportação de lácteos cresceu em janeiro
Exportações/UR – As exportações uruguaias de lácteos no primeiro mês de 2020, geraram US$ 58,9 milhões em divisas, cifra que representa 15% de incremento em relação ao mesmo mês do ano anterior. O leite em pó integral, principal produto de exportação da cadeia láctea uruguaia, correspondeu a 13 mil toneladas, ao preço de US$ 41,2 milhões. O valor médio foi de US$ 3.179/tonelada. Segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale) o faturamento subiu 27%, o volume 16%, e o preço do produto 10%. O leite em pó desnatado faturou US$ 3,5 milhões, embarcando 1,3 mil toneladas, e o preço médio foi de US$ 2.763/tonelada. Neste caso, os aumentos foram 36% em valor, 4% em volume e 30% em volume, quando comparados com janeiro de 2019. No caso dos queijos, a exportação apresentou faturamento de US$ 10 milhões com a venda de 2,6 mil toneladas, registrando um preço médio por tonelada de US$ 3.784. O faturamento subiu 21%, o volume 32% e o preço caiu 8%. Finalmente, para a manteiga, outro dos itens de destaque para exportação do Uruguai, geralmente para a Rússia, o principal mercado, foram enviadas 0,2 mil toneladas, ao preço médio de US$ 4.602 a tonelada. O faturamento caiu 83%, o volume 83% e o preço subiu 2%, segundo os dados do Inale. É uma boa notícia para o setor leiteiro, que ainda arrasta um endividamento importante, e muitas zonas passam por problemas climáticos (seca) e o preço do leite ao produtor não consegue fechar as contas, porque os custos subiram em dólares e continuam complicando a equação financeiras nas fazendas. (El País Rural)
 

 

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