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26/11/2019

Porto Alegre, 26 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.116

  EUA: produção de leite cresce 1,3% em outubro e produtividade é a principal responsável

A produção de leite em outubro nos Estados Unidos cresceu 1,3%, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos nesta semana. Nos 24 principais estados leiteiros, a produção subiu ainda mais, 1,7%.

A maior parte do aumento da produção ocorreu como resultado de mais leite produzido por vaca e o relatório sugere que os animais americanos estão produzindo 4 milhões de quilos a mais de leite por dia do que faziam há um ano. O número de vacas ainda está atrás do ano anterior em 40.000 cabeças, porém, o USDA relata que as fazendas dos EUA adicionaram cerca de 5.000 em setembro.

A Califórnia, o principal estado leiteiro do país, aumentou 2,8% a sua produção em outubro, enquanto o número de vacas ainda está com 5.000 cabeças abaixo em relação ao ano passado. O estado número 2, Wisconsin subiu 1%, embora o número de vacas tenha caído 6.000 cabeças em relação ao ano anterior.

Os dois maiores ganhos de leite ocorreram nos Estados do Texas e Colorado: aumento de 9,3%, com 31.000 vacas a mais que no ano passado e expansão de 6%, com 11.000 vacas a mais, respectivamente. Os estados com os maiores declínios de produção foram Virginia, 7%; Arizona, 5,6%, e Pensilvânia, 3,5%. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Bem estar animal/NZ 

Novo regulamento sobre o cuidados com as vacas enquanto elas estiverem fora das pastagens entrou em vigor.

Elaborado pelo Comitê Nacional de Bem Estar Animal (NAWAC) depois de consulta a pecuaristas e outros, as novas regras tratam das necessidades comportamentais quando as vacas estão em superfícies duras, incluindo superfícies macias durante a alimentação, apoio, no inverno e ambientes de espera.
 
O governo concordou em alterar o código de bem-estar para as vacas de leite, seguindo recomendações do NAWAC. Manter as vacas longe dos pastos, especialmente por longo tempo, pode apresentar riscos ao bem-estar, e os novos padrões tratam disso.

O presidente do NAWAC, Gwyneth Verkerk disse que a partir de agora, se os animais ficarem mais de três dias fora das pastagens deverá ter um área de superfície bem drenada, macia ou camas e abrigos. Ele também quer que o gado de leite alojado por longo tempo tenha acesso ao ar livre, mas, os agricultores afetados terão um prazo para adaptação.
 
“O ministro concordou em adiar a adoção das medidas até que os funcionários e os agricultores sejam treinados”, disse Verkerk. “O principal da medida é encorajar todos os responsáveis no bem-estar do rebanho para adotar elevados padrões de criação, cuidado e manuseio”.
 
A DairyNz diz que trabalhou na revisão. “A liberdades das vacas de expressar seus comportamentos naturais em nossos sistemas baseados em pastagens é amplamente reconhecida como benéfica, no entanto, tempos desafios associados à manutenção de nossas fora das pastagens. Esses padrões mínimos ajudam a proteger as vacas que desejam expressar esses comportamentos naturais, como ruminar confortavelmente, e terem a saúde e o bem-estar garantidos, onde quer que estejam na fazenda, e em qualquer estação”.
 
Em algumas circunstâncias, as instalações fora das pastagens podem ser boas para o meio ambiente e a saúde animal. Cerca de 40% das fazendas têm algum tipo de instalação para o rebanho, mas, a maioria delas é usada para alimentar as vacas quando não há capim. E, as vacas passam algumas horas comendo na pastagem, geralmente após a ordenha, para suprir suas necessidades diárias.
 
Não mais pisos duros
- Se os produtores estiverem invernando seus animais em superfícies duras como pedra ou concreto, eles precisarão oferecer uma superfície macia para as vacas repousarem.
- Se as vacas parem em superfícies duras, como concreto ou pedras, os criadores devem providenciar uma superfície seca, anti-derrapante e macia, e administrar o acúmulo de efluentes.
- Se os agricultores criarem vacas em instalações fora do pasto, as vacas devem ter espaço suficiente para se afastar do grupo principal. Esta é uma consideração da taxa de lotação.
- Se os agricultores utilizam pisos de madeira, sem cobertura que molhe a ponto de ficarem encharcados, e com lama, a drenagem deve ser feita para minimizar os efeitos do clima úmido e permitir o máximo de espaço e conforto para as vacas.
- Isso afetará os agricultores que usam pisos de concreto durante o tempo chuvoso, quando as vacas são mantidas confinadas a maior parte do tempo. Nessa situação, as vacas devem ter algum acesso a piquetes mais secos durante o dia, ou passarelas de borracha.

Os padrões mínimos definiram um tempo máximo em superfícies duras ou inadequadas, como 16 horas por dia. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

Alta do PIB dobra em2020, mas emprego reage devagar, diz Ibre

O crescimento econômico deve praticamente dobrar entre 2019 e 2020, mas o desemprego terá uma queda muito lenta e permanecerá em dois dígitos no próximo ano, avalia o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Com o mercado de trabalho ainda fraco e inflação de alimentos mais

pressionada, o consumo das famílias terá dois entraves a uma expansão mais robusta no próximo ano. Na edição de novembro do Boletim Macro, divulgada com exclusividade ao Valor, o Ibre elevou a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de 1,8% para 2%. A projeção para 2019 foi mantida em 1,1%. Segundo a entidade, os dados de atividade divulgados para o terceiro trimestre confirmam a visão de que está em curso uma recuperação gradual da economia. “Sem dúvida, os principais fatores por trás da aceleração da atividade econômica são a queda da taxa de juros e a retomada do crédito privado”, afirmam os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos na abertura do boletim. Há, ainda, o impulso dos saques das contas do FGTS, efeito temporário que deve ajudar o PIB a crescer 0,9% no último trimestre de 2019, após alta de 0,4% nos três meses anteriores. Pinheiro e Silvia ponderam, no entanto, que o instituto não espera reação mais forte do crescimento no ano que vem. Um dos motivos para isso é o cenário externo mais adverso, com mais um ano de recessão na Argentina, quadro que dificulta recuperação mais expressiva da indústria. Mesmo o consumo das famílias, que deve aumentar 2,6% em 2020, não terá desempenho tão exuberante, destacam eles. Metade da expansão prevista para a demanda das famílias será resultado da herança estatística deixada por 2019, observam os economistas. “Isso reflete o fato de que, mesmo com a recuperação econômica, a taxa de desemprego continuará elevada.” 

Nos cálculos do Ibre, a fatia de desempregados em relação à força de trabalho vai cair somente 0,2 ponto percentual entre 2019 e 2020, para 11,8%. Já a massa salarial real - que combina o crescimento da população ocupada com a variação da renda real dos trabalhadores - deve ter alguma acomodação na passagem anual, ao crescer 2% no próximo ano, ante alta de 2,3% este ano, estima a entidade. Com a recuperação da atividade, mais pessoas devem voltar a buscar uma ocupação no próximo ano, o que torna a queda do desemprego mais lenta, diz Silvia, que é coordenadora técnica do boletim. Com oferta ainda elevada de pessoas ocupadas, o poder de barganha do trabalhador fica reduzido e, por isso, os aumentos salariais serão fracos, acrescentou. Do lado da inflação, o choque de alimentos é outro fator que deve moderar os ganhos de renda no próximo ano e, consequentemente, tornar a expansão do consumo um pouco mais modesta, observa a economista. Devido ao impacto da peste suína na China sobre a oferta doméstica de proteínas, o Ibre já trabalha com alta de 3,8% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020, taxa parecida com a previsão para 2019 (3,7%). 

Na seção sobre inflação do boletim, André Braz, especialista no tema do Ibre, aponta que a alta dos preços não chamou atenção por cinco meses, mas deve “despertar” no último bimestre de 2019. Nos índices do atacado, afirma Braz, a perda de fôlego da deflação de alimentos in natura e o aumento mais forte de alimentos processados vão pressionar o IPCA nos próximos meses. O pesquisador menciona, ainda, que a inflação ao consumidor também ficará mais pressionada devido aos preços administrados. Juntos, a vigência da bandeira tarifária vermelha nas contas de luz e o reajuste de loterias devem responder por mais de 0,3 ponto do IPCA de novembro, calcula Braz. Mesmo com a inflação mais elevada, o cenário para a Selic foi mantido, afirma o economista. O Ibre espera mais um corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros, que deve encerrar 2019 em 4,5% ao ano. “Temos dúvida em relação ao ano que vem, mas, dada essa aceleração da inflação, tendemos a ser conservadores e projetar manutenção da Selic em 2020”, disse Silvia. (Valor Econômico)

 
 
Seapdr cria nova câmara temática
A Secretaria da Agricultura promove no dia 3 a reunião inaugural da Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior, criada em agosto. No ato, em Porto Alegre, serão abordadas as relações de comércio exterior da agropecuária gaúcha. Um dos objetivos é identificar gargalos e buscar soluções para evitar crises setoriais entre produções agropecuárias do Mercosul e de outros países. (Correio do Povo)

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