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27/09/2019

Porto Alegre, 27 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.075

   Laticínios uruguaios com grandes oportunidades na China, mas com alta barreira tarifária

As barreiras tarifárias são um dos principais desafios para o avanço do setor de laticínios uruguaio na China, embora em um cenário de grandes oportunidades nesse mercado. Isso foi apontado por Mercedes Baraibar, da área de Estudos Econômicos e da Informação do Instituto Nacional do Leite (INALE), após recente missão ao gigante asiático.

Os 10 dias da missão incluíram visitas a fábricas de laticínios, reuniões com importadores do setor e participação em uma exposição na 25ª Conferência da Associação da Indústria de Laticínios da China, além de um seminário em Guangzhou.

Baraibar disse que o Uruguai tem uma grande oportunidade comercial para laticínios na China, considerando que a produção doméstica do país asiático não é suficiente. A isso se somam as limitações de seus principais fornecedores: a produção australiana está em quedas anuais sistemáticas há três ou quatro anos devido à seca e a Nova Zelândia está praticamente na fronteira máxima de seu suprimento, independentemente dos períodos de pico de produção. "Temos a possibilidade de avançar, a questão é tarifária", afirmou a especialista. No leite em pó, por exemplo, a tarifa é de 10%.

Ela considerou essencial destacar a produção de qualidade do Uruguai e continuar aprofundando os laços de confiança. E destacou o grande interesse das indústrias chinesas na compra de produtos e no investimento em diferentes partes do mundo.

“Antes de 2013, o Uruguai praticamente não exportava laticínios para esse destino. Em 2013, foi o boom da explosão da demanda chinesa de laticínios e, até 2015, teve uma participação muito importante na compra de leite em pó integral. Em 2016, a China reduziu as compras e os preços internacionais despencaram. E em 2018, as vendas do Uruguai para esse destino começaram a aumentar gradualmente. Atualmente, a China é o quinto maior destino de exportação de laticínios do Uruguai.”

A visita do Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Enzo Benech, juntamente com uma delegação local, está prevista para o final de novembro, informou Baraibar. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Fonterra registra perda anual recorde após baixas contábeis

A Fonterra, o maior exportador de lácteos do mundo, registrou uma perda anual recorde à medida que a cooperativa da Nova Zelândia se recupera de uma expansão internacional conturbada, anunciando que também pagará menos em pagamentos de dividendos no futuro.

A Fonterra, com sede em Auckland, disse na quinta-feira que seu prejuízo líquido após impostos foi de NZ$ 605 milhões (US$ 381 milhões) nos 12 meses até julho, que estava na extremidade inferior da faixa anteriormente prevista da empresa, de NZ$ 590 milhões a NZ$ 675 milhões (US$ 372 milhões a US$ 425 milhões). Isso marca a segunda perda consecutiva da empresa.

A perda recorde para o ano financeiro de 2019 ocorreu depois que a Fonterra foi forçada reduzir o valor dos ativos em mercados como China, Brasil, Venezuela, Austrália e Nova Zelândia em NZ$ 826 milhões (US$ 520,3 milhões), refletindo as perspectivas de ganhos mais baixos em certas economias.

O CEO Miles Hurrell descreveu 2019 como um ano de decisões "incrivelmente difíceis" para a Fonterra. "Isso incluiu a necessidade de refletir as realidades variáveis dos valores dos ativos e ganhos futuros, levantando nossa disciplina financeira, esclarecendo por que existimos e concluindo uma revisão da estratégia", afirmou. "Muitas dessas coisas foram dolorosas, mas foram necessárias para reiniciar nossos negócios e obter sucesso no futuro".

A empresa não pagou dividendos pelo seu ano financeiro de 2019, pela primeira vez em sua história, e disse na quinta-feira que no futuro distribuirá uma porcentagem menor de seus lucros líquidos futuros após impostos como pagamento de dividendos.

O lucro por ação normalizado para 2019 foi de 17 centavos  (10,7 centavos de dólar)  uma queda de 29% em relação ao ano anterior. Para 2020, a Fonterra está prevendo 15 a 25 centavos (9,4 a 15,7 centavos de dólar) por ação.

As ações negociadas na Nova Zelândia do grupo subiram até 2,5% após o anúncio dos resultados, ou seu maior ganho neste mês, com o alívio dos investidores de que a perda não foi tão ruim quanto o esperado. A empresa teve 18 meses desastrosos ou mais, já que viu a renúncia do presidente e executivo-chefe da Fonterra.

A Fonterra investiu pesadamente em sua divisão de fazendas chinesas nos últimos 10 anos, enquanto tentava desenvolver um suprimento de laticínios em seu maior mercado de exportação, mas o negócio teve consistentemente um desempenho inferior.

Em 26/09/19 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,63000
1,58731 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Financial Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Embrapa 

Em audiência pública representantes da Embrapa, MAPA e Deputados discutem sobre a importância da ciência e pesquisa para o desenvolvimento da agricultura e crescimento econômico brasileiro e a consequência de cortes de verba na Embrapa.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural junto à representantes da Embrapa, Ministério da Agricultura e o Ex-Ministro da Agricultura, Alysson Paulineli, discutiram hoje a importância da Embrapa para nível atual de desenvolvimento da agricultura e pecuária no Brasil. Essa reunião foi requerida pelo Dep. Alceu Moreira - MDB, motivada pelo possível corte de 45% do orçamento da Embrapa para o ano de 2020.
 
Com a palavra o Presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, conta a história de evolução da agropecuária, com sustentabilidade e da importância de ter um país com segurança alimentar.
  
Entre outros convidados, o Ex-ministro Alysson Paulineli também falou sobre a importância da Embrapa em pesquisas sustentáveis e que o país ainda tem muito para se desenvolver com o apoio científico e tecnológico. Finalizando seu discurso deixa aos deputados uma pergunta: “Hoje toda a população está pensando em um alimento sadio de uma agricultura verde. Quem no mundo pode produzir 12 meses no ano uma agricultura verde para satisfazer do novo hábito alimentar?”
 
A audiência se estendeu até 12:00 com o debate entre deputados e técnicos da Embrapa das mais diversas áreas de atuações e regiões, e foram unânimes em concordar com a importância da Embrapa no desenvolvimento agropecuário e no crescimento econômico do Brasil. (Terra Viva)

 
Desemprego 
A taxa de desocupação do país caiu novamente e ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, após ficar em 12,3% no trimestre finalizado em maio. Mesmo assim, o país ainda tem 12,6 milhões de pessoas em busca de trabalho. (Fonte: IBGE)

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