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28/08/2019

Porto Alegre, 28 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.054

  Produtor e tecnologia, a união é possível

A Expointer, que está em sua 42ª edição, consolidou-se como um espaço de apresentação das principais tecnologias que auxiliam a agropecuária gaúcha e brasileira. A cada ano, a área de máquinas do Parque Assis Brasil apresenta as novidades mais recentes em tecnologia embarcada, seja na produção de grãos ou na pecuária. Neste cenário, o Rio Grande do Sul viu a sua produção de grãos saltar de 11,5 milhões para mais de 30 milhões de toneladas nos últimos 40 anos. Nesta edição da feira, as startups contam com atividades inéditas no parque e marcam presença em grande número. 

O desafio de aproximar o produtor rural destas tecnologias pautou a primeira edição do ciclo Debates Correio do Povo Rural desta Expointer, realizado ontem na Casa do CP no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. As próximas edições do debate ocorrem hoje e amanhã. Entre os desafios abordados no debate estiveram em pauta o problema da baixa rentabilidade de algumas culturas agrícolas, a sucessão rural e a conectividade no campo. Segundo o gestor de projetos do Sebrae/RS, João Antônio Pinheiro Neto, as startups cada vez mais têm desenvolvido métodos para conseguir contornar estas barreiras e ajudar os produtores a resolver seus principais problemas. "Hoje o principal diferencial que as startups entregam para os produtores é o maior número de informações para a tomada de decisão, fazendo com que eles tomem decisões mais assertivas e até evitem desperdícios", observou. 

Mesmo com o custo da contratação de uma startup, Neto afirmou que o produtor acaba tendo como resultado a redução das despesas na propriedade. "Ele consegue até ser mais competitivo aumentando suas margens", destacou. Renan Hein dos Santos, analista de Inovação e Relações Internacionais do Sistema Farsul, observou que em muitos casos há resistência de produtores ao surgimento de marcas novas no mercado, que cita como um dos fatores que desafiam a adoção de novas tecnologias no meio rural. Por outro lado, citou que as startups têm se empenhado em desenvolver soluções para problemas reais enfrentados pelos produtores. Estas ferramentas podem ser úteis, segundo ele, para melhorar a gestão da propriedade e enxergar, por exemplo, onde o produtor está tendo prejuízo. Um exemplo, exposto no estande do programa Juntos para Competir, é uma câmera acoplada ao bico do pulverizador, que permite evitar desperdício na aplicação de químicos. "O céu é o limite na questão da inovação na agricultura. Temos muitos gargalos e muitas coisas em que o produtor não sente que está perdendo dinheiro", resumiu. No caso da produção de leite, uma das ferramentas que tem ganhado espaço nos últimos cinco anos é a ordenha robotizada.

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, mais de 50 robôs devem estar em funcionamento no Estado até o final deste ano. Ao mesmo tempo em que vislumbra-se um aumento significativo da produção e da qualidade de vida para estes produtores, admite-se que talvez outros, em contrapartida, podem ter de abandonar a atividade. A vinda dos robôs, conforme Palharini, vai servir para mostrar ao produtor que ele pode pagar o investimento se tiver gado de qualidade e fizer uma gestão eficiente. Conforme Palharini, uma das formas que o segmento tem buscado para promover o uso de tecnologia na atividade é por meio de eventos promovidos no interior do Estado, com parcerias entre a Emater, a Fetag e universidades. Presente na Expointer há mais de 20 anos, o gestor de produto e marketing da LS Tractor, Astor Kilpp, lembrou que no início da década de 1990 os tratores com cabine eram a novidade da exposição.

Hoje, a telemetria e o monitoramento dos equipamentos em funcionamento tem trazido um acompanhamento diário, com informações de o quanto eles têm sido eficientes ou não. "Isso significa uma nova realidade em gestão da maquinização. Você tem um maior controle sobre o tráfego da máquina", afirmou Kilpp. Essa gestão inclui, por exemplo, uma maior eficiência na aplicação de químicos e no uso de combustível, hoje um dos itens de maior importância na planilha de custos do produtor rural. Ao mesmo tempo, segundo Kilpp, ainda há uma grande quantidade de máquinas com mais de 20 anos de uso no campo. (Correio do Povo)

 

Piracanjuba conquista prêmio de melhor empresa no segmento de bens de consumo
 
Durante a cerimônia da 46ª edição do evento Melhores e Maiores, concedido pela Revista Exame, desde 1974, a empresa Piracanjuba foi eleita a melhor empresa no segmento de bens de consumo. A premiação ocorreu na última segunda-feira (26/8), em São Paulo (SP).

São 22 categorias ou setores, premiando 20 empresas: Atacado, Autoindústria, Bens de Capital, Bens de Consumo, Eletroeletrônicos, Energia, Farmacêutico, Indústria de Construção, Indústria Digital, Infraestrutura, Mineração, Papel e Celulose, Química e Petroquímica, Saúde, Serviços, Siderurgia e Metalurgia, Telecomunicações, Têxtil, Transporte, Varejo, a Melhor do Agronegócio, e a Melhor Empresa do Ano.

A Exame avaliou mais de três mil empresas, além de grupos privados no país, para chegar ao resultado. Características como relevância, transparência, rentabilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade por colaboradores se destacaram na seleção de vencedores. 

Esta é a segunda vez que a Piracanjuba recebe o prêmio da categoria, a primeira foi em 2017. Em 2018, a empresa foi destaque na categoria Leite e Derivados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Empresas parceiras do Sindilat marcam presença no Pub do Queijo

O projeto do Pub do Queijo na Expointer 2019 não teria como sair do papel sem a ajuda das empresas parceiras do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Cada empresa é responsável por uma parcela do sucesso do estande nesta edição da feira, que vai até o dia 1º de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Conheça a lista dos nossos parceiros:

Tetra Pak
A empresa produz embalagens recicláveis para diferentes produtos que estão prontos para consumo no local. A Tetra Pak aposta em uma tecnologia que preserva a qualidade e nutrientes dos alimentos.

Sicoob, Sicredi e FPT
O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, o Sicredi e a FPT são os patrocinadores que ajudaram a dar vida ao projeto na 42ª edição da Expointer.

Xalingo
A Xalingo Brinquedos é a responsável pela estrutura do Espaço Kids que diverte a criançada e harmoniza a relação familiar entre os visitantes. 

Projeto Ovos RS/Asgav
Todos os ovos e frangos utilizados no preparo dos pratos foram oferecidos pela empresa. Além disso, a Asgav também disponibilizou materiais infantis utilizados no Espaço Kids.

Lumix
A Lumix disponibilizou os telões utilizados no espaço. O apoio da empresa é essencial para a realização do projeto durante a exposição. 

Casa Valduga 
A Vinícula Casa Valduga expõe um estande de vinhos durante o Pub do Queijo. A parceria da Valduga é construída através de apoio com a realização e organização do projeto. 

Fenac
A Fenac é parceira do Pub do Queijo em diversas feiras, como a Sulserve e Feira da Loucura por sapatos, em Novo Hamburgo. Na Expointer 2019, a parceria entre a Fenac e o Sindilat fortaleceu a presença de ambos na exposição. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Tereza Cristina altera agenda na Expointer e diminui possibilidade de visita de Bolsonaro

Inicialmente planejada para os dias 28 e 29 de agosto, a vinda da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para Esteio ocorrerá agora nesta quinta e sexta-feira, dias 29 e 30. A mudança de datas leva as entidades a acreditarem que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não participará da Expointer e será representado pela ministra durante a abertura oficial do evento, marcada para sexta-feira às 10h.

Nesta quinta-feira, inúmeras entidades farão suas reivindicações para a titular da Agricultura. Pedidos de ajuda para os setores do arroz e do leite estarão no topo da lista de demandas. A Farsul, Federarroz, Fetag irão reforçar junto à Tereza Cristina a necessidade de uma solução para o endividamento dos produtores.

Na semana passada, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, entregou uma proposta de renegociação de dívidas, sugerindo a utilização dos depósitos compulsórios como ferramenta para a repactuação, sem a aplicação de recursos públicos. Esta medida contemplaria produtores rurais localizados em municípios que decretaram emergência ou calamidade pública entre 2017 e 2019 em decorrência de fatores climáticos e que comprovem perdas superiores a 20% por meio de Laudo Técnico Agronômico.
O setor do leite irá reivindicar a compra de 30 mil toneladas de leite em pó e 200 milhões de litros de leite UHT, além da implantação urgente do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para leite e derivados, já que hoje existe somente o PEP para leite cru. O Sindilat argumenta que o consumo de leite no país não se recuperou, nem mesmo no inverno, e a importação de leite segue pressionando os preços internos.

O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, disse que irá propor à ministra ações para aumentar a segurança no campo. Ele deseja que a ministra articule com os governadores dos Estados para que todas as secretarias de segurança criem estruturas voltadas para atividades específicas de combate à criminalidade no meio rural. "A vida no campo era para ser tranquila, mas hoje a insegurança atinge todos os lugares".

Questionada sobre a vinda de Bolsonaro na feira, a assessoria de imprensa da Presidência da República não informou. (Correio do Povo)

 
Indústria do leite vai apresentar pauta do setor à ministra Teresa Cristina
O presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, informou que as indústrias são apresentar uma pauta de reivindicações para a ministra da Agricultura, Teresa Cristina. Ele também analisou o acordo comercial Brasil- China para o segmento. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista. (Agert) 

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