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08/08/2019

Porto Alegre, 08 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.040

   Com menor participação do Uruguai, importações voltam a cair!

Recentemente o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) divulgou dados de comércio internacional do Brasil referentes a julho/19. O volume internalizado de lácteos caiu 9% em relação a julho, e, 27% em comparação a julho/18. Ainda assim, como mostra o gráfico 1, o saldo da balança comercial dos lácteos em equivalente leite continua negativo em 67 milhões de litros.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó integral (-18%) e o soro de leite (-24%). Ambos representaram, em julho, cerca de 40,9% e 10,4% das importações totais, respectivamente.

Aliado a isso, os países que mais exportaram lácteos para o Brasil em julho foram, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Paraguai e Canadá, respectivamente, continuando a ser os nossos dois vizinhos do Mercosul os nossos principais vendedores de leite, representando cerca de 85% das vendas totais ao mercado brasileiro, como mostra a tabela 1.

Tabela 1. Principais origens de importações lácteas em jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Vale ressaltar também que os uruguaios perderam participação, principalmente, para a Argentina em julho quando comparado com o mês anterior. Como mostra o gráfico 2, as importações do Uruguai caíram cerca de 17% enquanto que as argentinas subiram 16%. Esse movimento se deve, principalmente, em função da produção uruguaia menor em 2019. O acumulado desse ano (jan-jun) aponta redução em torno de 8%, enquanto que só em junho, a produção foi 6,2% menor do que o mesmo mês de 2018.

Gráfico 2. Comparativo da participação de Argentina e Uruguai nas importações brasileiras de lácteos em jun/19 e jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT. 


 
Na tabela 2, você encontra o detalhes de volumes e valores transacionados na balança comercial láctea brasileira em julho de 2019.

Tabela 2. Balança comercial láctea em julho de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.


  (Milkpoint Mercado)

 

Ranking/AR 

Quando, em 2003, a firma canadense Saputo comprou Molfino Hnos, a empresa com fábricas em Tío Pujio e Rafaela era a terceira maior processadora de leite do país. Uma década e meia depois, já está competindo pelo primeiro lugar com La Serenísima. O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) atualizou o ranking das indústrias de laticínios, com dados fornecidos pelas empresas correspondente ao período julho de 2018 a junho de 2019.

Nesse período, a Mastellone Hnos AS processou, em média 3,31 milhões de litros de leite por dia, 6% abaixo dos 3,52 milhões processados de julho de 2017 a junho de 2019. Sua participação no total do leite produzido caiu de 12,4% para 11,8%, ainda que tenha mantido a liderança setorial.

Mas, com a Saputo em seus calcanhares, subiu o processamento diário de 3,12 milhões para 3,21 milhões de litros, alcançando uma participação de 11,5% este ano, contra 10,9% no exercício anterior. Ou seja, aumentou em 1,2% o percentual em um ano.

Ranking
O terceiro, quarto e quinto lugar também continuam inalterados. Embora tenha caído de 1,44 milhões de litros, para 1,36 milhões por dia, e a participação caído de 5,1% para 4,9%, a Williner (Ilolay) continua completando o pódio. O quarto posto ficou para a Sancor que reduziu 23$ de seu processamento diário, de um milhão de litros para 840 mil. Assim, baixou sua participação de 2,8% para 3%. Os cinco primeiros postos do Ranking é completado pela firma Villa María: Noal AS, que mantém um ritmo de processamento estável em torno de 750 mil litros diários, com uma participação de 2,7%. Também é preciso ressaltar um dado do OCLA que a Punta del Agua, também de Villa María, declinou de prestar informações. De qualquer forma, o OCLA estima que poderia estar ocupando quarto lugar deste ranking. (Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva)

RS: fórum durante a Expointer vai debater programa de erradicação da febre aftosa

No dia 30 de agosto, será realizado o 1º Fórum Nacional bianual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017/2026 (PNEFA). O evento ocorrerá no auditório da administração central, na Expointer, em Esteio (RS), das 8h às 18h, e será aberto para a participação da sociedade.

O objetivo do fórum é discutir e informar sobre o andamento da execução do Plano Estratégico do PNEFA, além do seu impacto nacional para o setor produtivo, autoridades e sociedade em geral. O evento, que será transmitido ao vivo, terá palestras técnicas e mesas redondas com temas político-administrativos. O fórum será organizado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, através da Divisão de Febre Aftosa e com a colaboração da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria Estadual ade Agricultura e outras instituições do agronegócio. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas neste link.

PNEFA
O objetivo do PNEFA é obter o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação no Brasil, a partir de 2019, alcançando todo país até 2023. Além disso, o PNEFA deverá projetar a demanda de vacinas, considerando o cronograma de retirada da vacinação contra a doença e a criação de um banco de antígenos e vacinas, o Banvaco, para atender possíveis emergências.

Paralelamente, o PNEFA prevê a ampliação e aprimoramento da capacidade de diagnóstico dos laboratórios para aftosa, fortalecendo a biossegurança destes locais e mitigando os possíveis riscos de escape e difusão do vírus da aftosa, entre outros pontos.

Programação
9h - 9h30: Credenciamento e retirada de material pelos participantes;
9h30 - 10h: Abertura - Mapa, SEAPDR e CNA;
10h - 10h30: Plano Estratégico 2017/2026 - Contextualização do PNEFA - importância da participação do setor privado - DSA/Mapa – Geraldo Moraes;
10h30 - 10h50: Intervalo;
10h50 - 11h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco I;
11h20 - 11h30: Discussões;
11h30 - 12h: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco II;
12h -12h10: Discussões;
12h10 - 14h: Intervalo para o almoço
14h - 14h30: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco III;
14h30 - 14h40: Discussões;
14h40 - 15h10: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco IV;
15h10 - 15h20: Discussões;
15h20 - 15h50: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Paraná – Representante do estado do Paraná;
15h50 - 16h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Rio Grande do Sul – Representante do estado do Rio Grande do Sul;
16h20 - 16h30: Discussões;
16h30 - 16h50: Intervalo;
16h50- 17h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado -Representante da Equipe Gestora Nacional - Visão geral;
17h20 - 17h30: Discussões Finais;
17h30 - 18h: – Encaminhamentos e encerramento - Mapa, SEAPDR e CNA.
(As informações são do Mapa)

 
Preço Cepea 
Buscando aperfeiçoar sua metodologia, a pesquisa do leite ao produtor do Cepea passará a focar, a partir de 2020, no preço líquido negociado. A ideia é explicitar aos agentes de mercado que o preço acompanhado se refere apenas ao valor recebido pelos produtores, sem adição de frete e impostos, facilitando, assim, a comparação e análise das informações. Atualmente, o Cepea calcula tanto o preço líquido, que não contém frete e impostos, quanto o preço bruto, que contém frete e impostos. Tendo em vista a grande heterogeneidade nas condições de frete e impostos no Brasil, a presença dessas duas variáveis exógenas ao preço do leite pode dificultar a comparação entre médias das diferentes regiões. Por esse motivo, decidiu-se por interromper o cálculo do preço bruto no ano que vem. É importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que os agentes de mercado estejam precavidos desses aspectos ao utilizar os dados em suas negociações. (Cepea)

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