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26/06/2019

Porto Alegre, 26 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.009

  Reunião dos associados debate o cenário das indústrias de laticínios
 
Entidades ligadas ao setor lácteo reuniram-se, na tarde desta terça-feira (25), na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a fim de discutir, entre outras coisas, sobre o cenário de comercialização das indústrias dentro e fora do Estado. As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que entraram em vigor no dia 30 de maio, foram, novamente, pauta do encontro que debate a competitividade do produto.

Os associados fizeram um diagnóstico sobre a adequação às INs, temperatura do leite, coleta de amostras do silo nas empresas e plano de qualificação dos produtores. De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a responsabilidade para atingir os parâmetros que norteiam as Instruções Normativas é de toda a cadeia produtiva.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, as considerações feitas pelos representantes das entidades associadas são de suma importância. “Elas revelam o que acontece no dia a dia da atividade leiteira no Estado”, afirma. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Crédito: Stéphany Franco
                  
 
Vale do Rio Pardo realiza encontro para debater eficiência na produção leiteira

 
Experiências bem-sucedidas com grupos de produtores de leite do Vale do Rio Pardo, além de palestras sobre qualidade e sanidade do rebanho serão o foco principal do 3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência? O evento acontece no próximo dia 27/06 (quinta-feira), na localidade de Pitingal/Passa Sete, no Salão da Comunidade de São Miguel, a partir das 9h, e tem o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Um dos palestrantes, o engenheiro agrônomo da Emater-RS/Ascar Diego Barden antecipa que uma das experiências que será divulgada no encontro diz respeito ao trabalho realizado em 18 propriedades leiteiras de Venâncio Aires, onde a atuação da assistência técnica produziu efeitos e resultados significativos na produção. “Iniciamos esse trabalho em 2015 e vamos divulgar para o público como conseguimos alcançar tais resultados”, disse o técnico, que falar sobre “Manejo Nutricional de Bovinos de Leite.

A programação inicia com o relato de experiência da família Ruoso, do município de Sobradinho, sobre produção de leite e gestão da propriedade rural. Ainda na parte da manhã, a médica veterinária da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ana Claudia Mello, falará sobre o panorama da brucelose e da tuberculose bovina no Rio Grande do Sul.

No período da tarde, as atividades têm continuidade com a abertura oficial do evento e a palestra custos de produção e índices zootécnicos de sistemas de produção de leite, ministrada pelo zootecnista e supervisor técnico da empresa Tortuga, Frederico dos Santos Trindade.

SERVIÇO 
3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência?
Data: 27 de junho de 2019
Local: Salão da Comunidade de São Miguel, na localidade de Pitingal - Passa Sete
Hora: 9h
Promoção: Emater/RS-Ascar
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Acordo entre UE e Mercosul avança e pode sair na sexta

As negociações avançam entre o Mercosul e a União Europeia (UE) na parte técnica, em Bruxelas, e as questões mais sensíveis sobre acesso ao mercado serão tratadas pelos ministros dos dois blocos a partir de hoje à noite. A Confederação Nacional da Industria (CNI) confia na conclusão do acordo político até esta sexta-feira, depois de anos de intensas negociações. Entre negociadores em Bruxelas, o ambiente é otimista, porém moderado, até porque sempre pode haver surpresas de última hora. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, participam hoje, com colegas do Mercosul, de jantar com a comissária de Comércio, Cecilia Malmstrom, e o comissário de Agricultura, Phil Hogan. Na quinta, haverá reunião formal para fechar eventualmente as barganhas. 

A avaliação de fontes do Mercosul é de que estaria preliminarmente acertado que o Mercosul também terá uma cesta de redução tarifária com prazo de até 15 anos, devendo incluir itens de máquinas, automóveis e autopeças. A UE, que tem alíquotas menores, chegará à tarifa zero nas importações procedentes do Mercosul em sete anos, com mais cortes já nos dois primeiros anos. Mas ainda há discussões à frente sobre o calendário de desgravação para várias das 9 mil linhas tarifárias. Fontes dão como certo que a demanda europeia para exportar remanufaturados ao Mercosul fica de fora do acordo. Isso é considerado ainda mais importante para o Brasil não abrir mercado para produto velho europeu e sem critério internacional, e era visto como abertura unilateral significativa. 

Por outro lado deve ser incluída cláusula permitindo ao Mercosul usar o drawback, regime especial aduaneiro que garante desoneração na importação ou aquisição interna de insumos usados na fabricação de bens voltados à exportação. Será permitido desde que se cumpra uma regra de origem. Na área agrícola, as indicações ontem eram de que a discussão sobre cotas para carne bovina, etanol e açúcar ficam para decisão dos ministros. A cota para carne de frango está praticamente finalizada. Em indicação geográfica, o Mercosul teria garantido flexibilidade para o uso de nomes de queijos como parmesão e gorgonzola. Fontes do Mercosul são prudentes porque não se sabe se o comissário agrícola, Phil Hogan, chegará na barganha final com mais exigências para a Europa vender leite e queijos para o Mercosul. Também persiste o problema de acesso para o vinho europeu. Se Hogan tentar levar mais do que sabe que o Mercosul pode conceder, a situação poderá complicar de novo. Já se observa na Europa movimentos para a formação da próxima Comissão Europeia. O mandato atual termina em outubro. Phil Hogan quer ser o novo comissário de Comércio, no lugar de Malmstrom. Esse cargo é, por natureza, liberal enquanto o da agricultura é marcadamente protecionista. Se Hogan for inflexível na etapa final da negociação, isso pode dificultar sua acessão ao novo posto, desestimulando países fortes como a Alemanha a lhe dar apoio. 

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o acordo com a UE tem pelo menos três dimensões. Primeiro, é estratégico. Será o mais importante acordo de livre-comércio que o Brasil já firmou na história. Considera que "é o passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacionais". Passa a ter acesso a 25% do mercado mundial. Antes disso, produtos brasileiros só tinham acesso a 8% do comércio do mundo com isenção ou redução do imposto de importação. Segundo, é estruturante. O acordo vai gerar benefícios para o Brasil. Abre o mercado europeu para bens agrícolas, industriais e também para prestadores de serviços brasileiros. E abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, "o que vai exigir do Brasil aprofundamento das reformas domésticas", acrescenta. E terceiro, o acordo é gradual, na visão da indústria brasileira. O tratado integra o Brasil a uma das maiores economias do mundo e isso vai exigir um ajuste do lado brasileiro, principalmente do setor industrial. "É importante ressaltar que o acordo vai ter dispositivos para lidar a competitividade da indústria europeia. Prevê um período de mais de uma década de redução de tarifas e vamos ter uma série de regras sobre como essa integração vai acontecer. A mudança não vai ser abrupta", diz Abijaodi. (Valor Econômico)

Audiência Pública 

As novas regras para a produção de leite no País serão discutidas nesta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. 

O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que pediu a realização do debate, lembra que, em novembro de 2018, o Ministério da Agricultura fixou novas regras para a produção de leite, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A. As mudanças entraram em vigor em maio de 2019. 

A Instrução Normativa (IN) 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria. Na IN 77, são definidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro para o consumidor. Esses critérios englobam desde a organização da propriedade até a capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas.

“O leite é uma das principais cadeias produtivas do País”, afirma Schuch citando dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 do IBGE, segundo o qual, 1,17 milhão de famílias rurais estão diretamente envolvidas na atividade. “Com base no Censo de 1996 eram 1,85 milhão de famílias, ou seja, em pouco mais de 20 anos, 680 mil produtores deixaram a atividade”, compara.
 
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos; e o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra. CLIQUE AQUI para conferir a lista completa de convidados. A audiência será realizada no plenário 6, a partir das 9h30. (Agência Câmara)
 
Captação do leite/MS 
Nos primeiros quatro meses deste ano, a captação do leite em Mato Grosso do Sul somou 65,3 milhões de litros, com queda de 1,2% em relação ao ano anterior, quando o volume produzido totalizou 66 milhões de litros. Os dados se referem ao total captado pelas indústrias inscritas no SIF – Serviço de Inspeção Federal e são destaques da editoria ‘Mercado Agropecuário’ desta segunda-feira (24). Com a queda no volume o preço registrou alta de 9% entre 2018 e 2019, passando de R$ 0,95 para R$ 1,04 o litro, segundo o Conseleite. A analista técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Eliamar Oliveira, explica o mercado lácteo no estado.  “Mesmo estando na entressafra, o movimento de alta no preço do leite pago ao produtor perde força a partir de maio. Os fundamentos estão nas condições de demanda e também na concorrência do produto importado com a produção brasileira. As importações de lácteos, nos cinco meses de 2019, somaram 67 mil toneladas, volume 52% superior ao igual período de 2018”. (Famasul)

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