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13/05/2019

Porto Alegre, 13 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.977

   Fórum reúne produtores de leite em Augusto Pestana
As diferenças e vantagens dos sistemas de produção a pasto e confinado na criação do gado leiteiro e as novas exigências das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 foram alguns dos temas abordados no Fórum Desafios e Perspectivas da Cadeia Produtiva Leiteira, realizado na última sexta-feira (10), em Augusto Pestana. O evento, que abriu as comemorações do 53ª aniversário do município, reuniu produtores da cidade no espaço do Centro de Convivência.
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios no Estado (Sindilat), Darlan Palharini, foi um dos palestrantes convidados do fórum, abordando aspectos sobre o mercado para o leite no Rio Grande do Sul. “A região tem uma grande importância na produção de leite do Estado com uma parcela significativa de produtores entregando para indústrias locais”, afirmou Palharini. O chefe do escritório municipal da Emater-RS, Fábio Júnior Toledo, destacou que um dos pontos do encontro foi a discussão sobre os sistemas de produção - a pasto e confinado. “Os produtores têm a percepção que ambos os sistemas exigem bastante eficiência. Enquanto o sistema a pasto requer investimentos em forrageiras, manejo e cuidado com o solo, o sistema confinado pede qualidade de silagem, feno e ração”, pontua o técnico.  Segundo ele, na região de Augusto Pestana, que concentra produtores com produção diária de 250 litros a 1.000 litros, já há uma tendência de migração para o sistema de produção por confinamento alternativo. “Atualmente temos 12 áreas de compostos na região”, afirma. 
As INs 76 e 77, abordadas pelo secretário-executivo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Pedrinho Signori, também repercutiram entre os produtores que participaram do fórum. Um dos grandes questionamentos feitos é se haverá extensão rural e assistência técnica na orientação de produtores para que a produção se torne mais focada no que pedem as novas regras. “Em nossa região, outra preocupação é com a carência de infraestrutura de comunicação, como telefone e internet, além da dificuldade de acesso local às propriedades por meio de estradas”, pontua Toledo. Segundo ele, os produtores de leite não vislumbram grandes mudanças em qualidade se gargalos desta natureza persistirem no campo. “O processo de produção é visto como um todo. Não é só a questão da temperatura de entrega do leite, a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana que fazem parte do processo de melhoria. Esses gargalos são fatores que dificultam a melhoria da qualidade do leite produzido e entregue”, afirmou.
O fórum realizado em Augusto Pestana foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Augusto Pestana, Fetag/RS e Cooperativa União Dos Agricultores Familiares de Augusto Pestana (Cooperap). A iniciativa recebeu apoio do Sindilat, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cresol, Sicredi, Embrapa e Unijuí. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Fábio Toledo
 
                 
 
Novo departamento do Ministério da Agricultura busca a eficiência de normas

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) criou recentemente o Departamento de Suporte e Normas (DSN), que tem como competência prestar apoio aos departamentos técnicos finalísticos da Secretaria. Essa foi uma das mudanças na estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovidas pelo decreto 9.667, de janeiro deste ano.

O novo Departamento foi estruturado com duas grandes áreas de atuação: a Coordenação-Geral de Análise de Atos Normativos e a Coordenação de Avaliação de Risco e Inteligência Estratégica. De acordo com a diretora do DSN, Judi Nóbrega, o departamento vai atuar focado nas boas práticas regulatórias, que visa a melhoria da produção normativa, com o envolvimento e discussão com a sociedade, na produção dos atos normativos regulamentares da Secretaria. Outra meta estabelecida é a gestão do estoque regulatório.

Além de exercer a função de fiscalização agropecuária, a SDA regulamenta o setor. Este fato, ao longo dos anos, gerou grande estoque regulatório, dificultando o exercício das funções tanto para o setor regulado como para a Administração Pública.

Para isso acontecer, foi realizada uma cooperação técnica envolvendo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a elaboração de um diagnóstico da legislação.  A ideia é avaliar o que está obsoleto e enxugar as normas para ganhar em eficiência. O acordo de cooperação está previsto para dois anos, com a possibilidade de ser renovado por mais dois anos.

“A criação do DSN busca a melhoria normativa e, por consequência, a maior eficiência esperada do serviço público, que promova a melhoria econômica e o bem-estar social, com geração de empregos e renda à população brasileira”, diz Judi Nóbrega. (As informações são do Mapa)

Leite/Oceania 

A produção de leite na Austrália permanece atrás dos mesmos meses de períodos anterior. Historicamente a produção começa subir em julho. A estrutura da indústria de processamento de leite na Austrália está em mutação.

Uma empresa de laticínios do Canadá está perto de finalizar a compra de uma famosa marca e fábrica de queijos da Austrália. A negociação se desenrola em meio às preocupações com a capacidade ociosa das indústrias de laticínios australianas.

Muitos são os fatores que estão por trás do excesso de capacidade instalada que resulta em menores margens para das fábricas de processamento de leite. A saída de produtores de leite da atividade, redução dos rebanhos e poucos investimentos nas fazendas, são alguns dos fatores que estão por trás do enfraquecimento da produção de leite. E, por último vem a baixa rentabilidade do setor, bem como a pouca disponibilidade de crédito. Alguns analistas não estão otimistas em relação à melhoria das margens para os produtores nos próximos meses. E, se isto ocorrer, poderá ser um fator negativo que impactará nos próximos estágios da produção na próxima temporada.

A produção de leite na Nova Zelândia permanece caindo dentro das expectativas finais de uma temporada. A retomada deverá vir depois da baixa estação junho-julho. A Nova Zelândia deve exportar parte significativa da produção anual. A desaceleração do crescimento econômico na China tem provocado previsões pessimistas na demanda. Um exemplo pode ser a gripe suína, que reduzirá significativamente a população de porcos. E a China compra significativas quantidades de soro de leite da Nova Zelândia, para alimentação dos porcos. A queda na população de porcos reduzirá, também, as necessidades de compra de soro da Nova Zelândia.

Baixa demanda da China pode impactar nas vendas do leite em pó integral (WMP) pela Nova Zelândia. Quase 90% das importações de chinesas de WMP em 2018 vieram da Nova Zelândia, e mais de 37% das exportações do produto pela Nova Zelândia, tiveram como destino a China, de acordo com a Eucolait. Nesse caso, qualquer redução significativa nos padrões atuais de compras pela China, terá reflexo nos processadores da Nova Zelândia e impactará no preço aos produtores. Quebra da demanda pode levar a menor preço do leite na próxima temporada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
Lácteos/UE 
O último Boletim do Observatório Lácteos da União Europeia (UE), de 8 de maio destacou:
- O preço médio do leite cru na UE diminui 1,6% em março, ficando em 34,4 centavos de euros/quilo, [R$ 1,56/litro]
- Os preços do leite, expressos em euros, aumentaram em março, tanto nos Estados Unidos da América (+8%, 33,7 centavos/quilo [R$ 1,53/litro]), como na Nova Zelândia (+0,4%, 30,6 centavos/quilo, [R$ 1,39/litro])
. Ainda que a tendência seja positiva, diante da redução na UE, ambos os preços são inferiores aos do mercado comunitário.
- O preço do leite em pó desnatado na UE continua melhorando: +2.4%, acima da média das últimas 4 semanas (196 €/100 kg). Por outro lado, os preços da manteiga e do queijo cheddar caíram ligeiramente.
- Os preços do leite no mercado spot na Itália se aproximam da queda sazonal, e estão muito acima dos níveis dos últimos anos (38,3 centavos de euros/quilo, [R$ 1,74/litro]). (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

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