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26/03/2019

Porto Alegre, 26 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.945

      Preço do leite se mantém estável no Rio Grande do Sul em março
 
O mês de março está sendo marcado pela estabilidade no preço do leite padrão produzido no Rio Grande do Sul. Segundo indexador projetado para este mês pelo Conseleite, o valor de referência ao produtor é de 1,1365, pouco abaixo do preço consolidado em fevereiro/2019 (1,1366). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26), pelos integrantes do Conseleite, durante reunião na Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo.

 

“Vemos um início de ano com cotações mais estáveis e acredito que esse cenário deve perdurar nos próximos meses”, afirmou o professor da UPF, Marco Antonio Montoya.  Para este mês, o levantamento apresentado pelo Conseleite indica uma valorização de 0,84% no UHT no confronto com março/2018, indicador que sobe para 22,54% no caso do leite em pó. “Estamos em um período de manutenção do preço do leite e, ao mesmo tempo, ingressamos em uma época de baixa captação no Estado que vai se estender até abril”, destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Para o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, os próximos 30 dias devem indicar o cenário mais consolidado do comportamento do mercado após um período com cinco meses de queda seguido pela alta de fevereiro e, agora, diante do cenário de estabilidade de preços.

 
Foto: Luciana Radicione

O setor ainda debateu a necessidade de adequação dos produtores às INs 76 e 77, que entram em vigor ao final do mês de maio. De acordo com Guerra, a cadeia leiteira também está atenta e na expectativa quanto à prometida sobretaxação ao leite em pó da União Europeia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
Japão recebe autorização para exportar produtos lácteos para a UE

O Japão foi adicionado à lista de países que podem exportar produtos lácteos para a União Europeia (UE). O país asiático solicitou à Comissão Europeia autorização para exportar leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

De acordo com um documento divulgado pela UE, do ponto de vista da saúde animal, o Japão é um país listado pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre de febre aftosa onde a vacinação não é praticada e, portanto, cumpre os requerimentos de saúde animal da UE.

A Comissão realizou recentemente controles veterinários no Japão e afirmou que os resultados demonstram que a autoridade competente do Japão fornece garantias adequadas no que diz respeito ao cumprimento dos requisitos em matéria de importação para a saúde animal.

O documento da UE afirma que, à luz das garantias adequadas fornecidas pelo Japão e da situação favorável da saúde animal no que se refere à febre aftosa no Japão, é adequado incluir o Japão no anexo I do Regulamento (UE) no 605/2010, a lista de países terceiros ou partes de países terceiros autorizados para a introdução na UE de remessas de leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

Os novos regulamentos entraram em vigor ontem (25 de março). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Fabricantes de embalagens investem com projeção de melhora do consumo

As empresas de embalagens investem na capacidade de produção e buscam atender ao aumento da demanda por produtos de maior valor agregado – principalmente em alimentos – diante da perspectiva de melhora do consumo.

“As expectativas são boas. O ano passado já não foi ruim, frente a realidade econômica do País. Para 2019, a perspectiva é melhor, principalmente em termos de cenário econômico e mercado”, afirma o diretor de negócios da Camargo Cia de Embalagens, Felipe Toledo. O principal segmento de atuação da empresa é a indústria alimentícia. “É um setor que tem ligação imediata com o aumento de consumo.”

Em 2018, a empresa obteve crescimento de 14% no volume de produção. Para este ano, investiu em uma nova impressora, que irá entrar em operação no segundo semestre. A previsão é de que a capacidade produtiva terá um incremento de 20%. “Esse investimento é voltado para o serviço de acabamento, que a empresa não fazia. Faz parte de uma estratégia para abranger toda a cadeia e oferecer mais opções ao cliente”, explica. Toledo conta que o mercado tem demandado produtos não convencionais e de maior valor agregado. “A embalagem impacta o consumidor por várias razões, seja pelo design diferenciado, pela sua clareza nas informações sobre o produto, por sua praticidade de uso e até mesmo por serem ecologicamente corretas.”

A Camargo espera atingir novos mercados, como o farmacêutico e o de cosméticos, e um 2019 de maior estabilidade em termos de custos. “Sofremos no último ano com a volatilidade muito alta do câmbio e das resinas usadas como matéria-prima”, conta Toledo.

Ele destaca que a empresa tenta repassar os custos para preservar as margens, mas que isso costuma levar tempo. “Não é possível fazer o repasse no mesmo momento do impacto, sempre há um atraso.”

O diretor da divisão de serviços da Tetra Pak para as Américas, Edison Kubo, declara que a companhia ampliou a operação da sua divisão de serviços — voltada para a oferta e desenvolvimento de soluções em unidades industriais — para atender qualquer empresa, mesmo aquelas que utilizam máquinas e embalagens fornecidas por concorrentes.

De acordo com o executivo, a ideia é ganhar maior capilaridade e entrar em novos segmentos do mercado. “Trabalhamos para ampliar essa área para atender toda a indústria de alimentos e bebidas. Avançamos em nosso portfólio de componentes e soluções para linhas de produção, além de serviços de automação.”

Kubo assinala que, em função da queda de mercado durante a crise, a ociosidade é alta na produção no segmento de bebidas e que os fabricantes têm colocado foco na redução de custos. “A partir desse ano, estamos vendo sinais positivos de alguns clientes, se preparando para um aquecimento da economia.” O executivo tem expectativa de que esse movimento de recuperação se consolide nos próximos meses. “Depende do cenário político e econômico, mas há perspectivas de novos negócios.” Ele afirma que, mesmo que a economia não cresça, a indústria tem demanda de serviços para melhorar seus equipamentos.

Kubo projeta que a área de serviços tenha crescimento próximo a 10%. “A indústria tem essa necessidade de melhorar a eficiência e reduzir custos. O setor de serviços trouxe um crescimento considerável para a Tetra Pak.”

Projeções
De acordo com um estudo realizado pela consultoria Euromonitor para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), o valor bruto da produção de embalagens em 2018 movimentou um total de R$ 78,5 bilhões, alta de 10,4% em relação a 2017. A produção física cresceu 2,5% na mesma base. Já as exportações movimentaram US$ 573,3 milhões, um crescimento de 7% em relação a 2017.

O estudo prevê recuperação para todas as indústrias de bens de consumo nos próximos anos, com efeitos positivos para as embalagens primárias (que ficam em contato direto com o produto), gerando crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo. (DCI)

 
Produção/Uruguai
A captação de leite em fevereiro foi de 112,6 milhões de litros, 11,8% menor do que em fevereiro de 2018, e o menor volume desde 2012 quanto a captação totalizou 109 milhões de litros.
Nos dois primeiros meses do ano a captação de leite caiu 9% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019) a captação ficou 1,9% acima do período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).
Captações em: fevereiro de 2011: 109.087 milhões de litros; fevereiro de 2012: 134.329 milhões de litros; fevereiro de 2013: 121.003 milhões de litros; fevereiro de 2014: 122.755 milhões de litros; fevereiro de 2015: 129.015 milhões de litros; fevereiro de 2016: 114.978 milhões de litros; fevereiro de 2017: 118.734 milhões de litros; fevereiro de 2018: 127.721 milhões de litros; fevereiro de 2019: 112.608 milhões de litros. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

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