Pular para o conteúdo

01/03/2019

Porto Alegre, 01 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.931

      Custos/AR

Quando o preço começa a exceder o custo de produção, o Capital passa a ter remuneração positiva, e, portanto, Rentabilidade. A decisão de avaliar outra alternativa como destino do capital, surge da comparação da taxa de rentabilidade da produção de leite e da taxa de investimento alternativo.
 

Se assumirmos uma taxa de retorno sobre o capital de 5%, deve-se gerar uma renda líquida de AR$ 12.804/hectare/ano, que dividido por 7.576 litros de produtividade média de leite, deve gerar uma renda líquida unitário de AR$ 1,70/litro de leite. Assim, o preço de equilíbrio seria de AR$ 11,30/litro de leite (AR$ 9,60 do custo total + AR$ 1,70 de remuneração do capital), o que corresponde a US$ 0,30/litro.

 

(1) Receita = Faturamento com venda de leite e carne – (Custos operacionais + Manutenção de instalações + Amortizações + Folha de pagamento)
(2) Capital = Investimentos (terra, animais, máquinas, ativo imobilizado e circulante)

Quando são analisadas as regiões e destacar cada estrato, existem regiões inteiras com resultados negativos (Centro Santa Fe) e outras com rentabilidade e às vezes acima de 5% em média (Oeste de Buenos Aires). Aqui surgem as questões sobre o nível de produtividade e eficiência. Ainda que o tamanho não seja sinônimo de eficiência, as grandes fazendas apresentam custos menores, melhores preços e portanto, maior rentabilidade.

O cálculo do Preço de Equilíbrio e Custo Médio Ponderado de todos os modelos, são elaborados exclusivamente pelo Observatório do setor lácteo (OCLA) com os 30 modelos regionais estabelecidos pelo INTA (o instituto de pesquisas de tecnologias agropecuárias da Argentina), ponderando as 10 regiões e seus estratos. O preço do litro de leite é calculado incluindo as bonificações por qualidade e quantidade dos cerca de 30 modelos de fazenda de cada região. A média ponderada para janeiro foi de AR$ 9,65/litro, [aproximadamente R$ 0,94/litro].

Nota: Para simplificar a análise foi calculada a média ponderada de todas as regiões (10) e de todos os estratos produtivos (3 por região) de uma propriedade média (sistema produtivo predominante). Valores atualizados a janeiro de 2019 levando em conta os custos regionais de produção apurados pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA). (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
                 
 
Argentina: queda no consumo de lácteos no mercado interno se intensifica

As vendas de produtos lácteos no mercado interno da Argentina caíram em 2018 e, comparadas com as do ano anterior, a queda foi de, em média, 2,3% em toneladas; e 1,9% se a medição for em litros de leite equivalente. O leite em pó foi o produto mais afetado, com queda de 11,4% em toneladas e em equivalente em litros de leite.

Os dados são provenientes do Painel de Indústrias de Laticínios, estabelecido a partir da pesquisa conjuntural da Resolução 230/16 e informações históricas da Resolução 7/14, ambos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do país.

Os valores são expressos em toneladas e milhares de litros, dependendo do tipo de produto. A conversão para litros de equivalentes de leite é feita conforme Disposição 1/2018 DNL-MPyT: Coeficientes de Conversão Produto-Leite Equivalente e Composição do Leite Cru para sua Elaboração, conforme explicado pelo Observatório da Cadeia Láctea, que foi o responsável pela divulgação dos dados.

Para tornar os números compreensíveis, esclarece-se que os litros equivalentes de leite representam a transformação em leite cru, como tal, de cada quilo ou litro de produto acabado. Exemplo: 1 kg de queijo duro é feito com 13,4 litros de leite em média (entre 11 e 14 litros, dependendo da composição do leite).
De acordo com esses dados estatísticos e considerando os doze meses de 2018, o consumo de leites fluidos diminuiu 1,7% tanto em toneladas quanto em litros equivalentes. Nos queijos, a queda foi de 1,9% em toneladas e 1,7% em litros; enquanto em outros produtos - como iogurtes, gorduras e cremes – a queda foi de 4,6% em toneladas e 1,9% em litros.

Em relação ao nível de vendas, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2017, a queda no ano passado foi de 5% em toneladas. Em contrapartida, o colapso das vendas foi muito mais brutal no caso do leite em pó: 38,8% em toneladas e 11,9% equivalente em litros, em relação a dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior. Nos queijos, a queda foi de 6,2% e 8%, respectivamente, enquanto em outros produtos, foi de 13,5% e 11,9% em toneladas e litros, respectivamente.

Pode-se observar que as vendas acumuladas da amostra em 2018 tiveram uma queda de 1,9% em litros equivalentes de leite. O processo de queda de vendas no mercado interno (contrabalançado pelo aumento dos volumes exportados) acelerou com o avanço do ano, já que se compararmos dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior, a queda é de 13,9% em litros de leite equivalentes. (As informações são do Portal Lechero, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


PIB per capita recua para o nível de 2010

Crescendo 1,1%, como apontam as previsões, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2018 permanecerá no mesmo patamar de sete anos antes, ainda inferior ao desempenho obtido em 2012. Se levada em consideração a geração de riqueza por habitante, o PIB per capita mostra um cenário ainda pior, com desempenho inferior ao de 2010, segundo dados desagregados do Monitor do PIB apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

O PIB per capita deve encerrar 2018 em R$ 32.443, a valores de 2018, ante os R$ 33.923 registrados oito anos antes. O mau desempenho explica-se pelo fato de a atividade econômica não ter acompanhado o crescimento populacional no período. "O PIB diminuiu, e a população ainda cresceu. Então somando os dois a situação fica ainda pior", explicou Juliana Cunha, analista do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV.

Os dados mostram que a atividade econômica está muito distante de recuperar o que foi perdido durante a crise, ressaltou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB. Se confirmado o crescimento de 1,1% em 2018, o PIB ainda precisará avançar 5% para retornar ao pico alcançado em 2014.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) previa uma alta de 1,3% no PIB de 2018, mas admite que o resultado deve ficar aquém do estimado, entre 1,1% ou 1,2%. O resultado oficial será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As estimativas para o desempenho econômico do ano passado foram prejudicadas pela greve de caminhoneiros e pelo cenário de incertezas elevadas por causa do ambiente eleitoral e, consequentemente, sobre os rumos da política fiscal, argumentou José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. "O cenário agora vai depender do calendário da reforma da Previdência. Boa parte dos investimentos está esperando ainda essa parte da política fiscal", frisou Souza Júnior.

Dificuldades
O Ipea projeta para este ano um avanço de 2,7%, mas acredita que o PIB volte ao pico apenas no ano seguinte, em 2020. "A economia está enfrentando mais dificuldade para voltar ao patamar anterior ao da recessão. Nas recessões anteriores, essa saída foi mais rápida. Desta vez, já se passaram 18 trimestres e (a economia) ainda não chegou lá", lembrou Claudio Considera.

O economista lembra que, na recessão de 1981, a economia recuperou a capacidade produtiva que detinha no primeiro trimestre da recessão após 13 trimestres. Na recessão de 1989, a atividade econômica recuperou o nível do PIB que tinha antes da crise em 16 trimestres. A última recessão teve início no segundo trimestre de 2014, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da FGV.

"Chama a atenção a lentidão dessa recuperação. Passamos por crises longas, mas a maior novidade é o quanto não temos conseguido recuperar essas perdas tão rápido quando em 81 e 89", corroborou Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria Integrada. (As informações são do portal Terra)
 
Preços/Uruguai
Segundo dados apresentados a El Observador pelo Instituto Nacional de la Leche (Inale), em 2018 a indústria recebeu, em dólares, 8% menos pelo leite vendido, devido à queda nos preços de exportação, enquanto que os preços no mercado interno se mantiveram, quando comparados com os de um ano atrás. Já o produtor perdeu, em dólares, 5%. Comparando os preços de dezembro de 2018 com os de dezembro de 2017 será observado, que em dólares, a indústria recebeu 17% menos pelo leite exportado (medidos por litro de leite equivalente), e no mercado interno a queda foi de 6%. O preço ao produtor, em dólares, no mês de dezembro de 2018, foi 10% menor do que o correspondente ao mesmo mês de 2017. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *