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08/02/2019

Porto Alegre, 08 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.916

     Fórum Estadual do Leite discutirá tecnologia, consumo e competitividade
 
Ao completar 15 edições, o Fórum Estadual do Leite, tradicional evento realizado na Expodireto Cotrijal, destacará o uso de soluções tecnológicas na produção de leite, a ampliação do consumo de produtos lácteos no Brasil e lições para que torná-lo mais competitivo. O ciclo de palestras será realizado no dia 13 de março, no turno da manhã, no Auditório Central da Feira, localizado em Não Me Toque (RS).
 
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, os temas escolhidos para a composição das palestras são excelentes. “Por serem tão distintos, permitem o engajamento de diversos elos da cadeia produtiva”, avaliou. Palharini destacou também a importância de discutir os mecanismos para tornar o leite brasileiro competitivo, tendo em vista que, estarão presentes produtores de leite que enfrentam dificuldade por conta da crise no setor.  
 
Além disso, considera fundamental o espaço para pensar ações que ampliem o consumo de lácteos no mercado interno. Segundo ele, é indispensável engajar os consumidores por meio de campanhas e, para isso, é indispensável a participação do setor público.
 
O Fórum contará com a palestra da médica veterinária Flávia Fontes, coordenadora do programa “Beba mais Leite”; do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Paulo do Carmo Martins, e do economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho.
 
A expectativa é que cerca de 280 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e produtores, participem do evento. O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS.
 
PROGRAMAÇÃO COMPLETA 
8h30: Abertura
9h: Palestra - Consumo de Lácteos no Brasil: como avançar, com a médica veterinária Flávia Fontes – coordenadora do Programa Bebamaisleite
10h: Palestra - Agro 4.0 e sua contribuição para o futuro do leite, com o doutor Paulo do Carmo Martins – chefe-geral da Embrapa Gado, de Leite de Juiz de Fora (MG)
11h20: Palestra - Quais lições deveremos aplicar para obter competitividade no leite brasileiro?, com o doutor Glauco Carvalho – economista da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG)
12h10: Debate 
12h30: Encerramento
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

Consumidores continuam ditando os próximos passos da cadeia láctea

O consumidor médio está longe da agricultura e desconectado das atividades que ocorrem em um laticínio. Essa desconexão cria uma necessidade maior de transparência, a fim de estabelecer confiança em como o alimento é produzido.

Essa demanda por mais transparência e um senso de conexão com o local onde seus alimentos são cultivados ou produzidos continua tendo um impacto significativo nas cadeias de fornecimento de alimentos. Um novo relatório da Knowledge Exchange Division do CoBank sugere que, para a indústria de laticínios, esses fatores de demanda em evolução afetarão as cadeias de fornecimento de diferentes maneiras.

Atender a essas demandas de consumo cada vez mais importantes oferece oportunidade para alguns produtores, cooperativas e processadores de laticínios, mas o relatório sugere que atender a essa oportunidade exigirá a reformulação das cadeias de fornecimento para uma segmentação maior e contratos diretos com fazendas.

"As cadeias de fornecimento de leite estão se adaptando para atender às demandas dos consumidores por maior transparência sobre as práticas de produção agrícola", disse Ben Laine, economista sênior do setor de lácteos do CoBank. “No entanto, toda a indústria será forçada a caminhar para atender a essas demandas em um ambiente no qual a redução de custos e a eficiência são um foco constante”.

De acordo com o CoBank, a nível de varejo, os clientes estão procurando rótulos que indiquem práticas de gestão agrícola. Quase um terço de todos os alimentos agora é vendido com pelo menos uma alegação de transparência no rótulo. Em muitas categorias em que as vendas de produtos convencionais estão em declínio, os produtos com maior transparência estão crescendo.

Os produtores lácteos que estão aproveitando a oportunidade para atender a este mercado diversificado enfrentam desafios. Com a expansão das ofertas de produtos, aumenta o risco de os varejistas exigirem práticas de gestão agrícola diferentes e potencialmente conflitantes de seus fornecedores. Os produtores que empregam práticas que aumentam a transparência, como as diretrizes estabelecidas na Farmers Assuring Responsible Management (FARM) desenvolvida pela National Milk Producers Federation, devem ser menos suscetíveis a exigências exclusivas impostas pelos varejistas.

"Este desejo de transparência também levou a uma reestruturação da maneira como os processadores de laticínios desenvolvem contratos de fornecimento de leite", disse Laine. “Um exemplo notável é o movimento da Danone para fornecer iogurte feito a partir do leite de vacas que foram alimentadas com rações sem organismos geneticamente modificados (OGM). Este é um nicho único, entrando em um consumidor que não está procurando por orgânicos, mas quer sua comida livre de OGM”. Fornecer leite sem OGMs sem ir ao mercado orgânico exigiu um novo contrato, o qual, provavelmente, contempla uma margem fixa sobre o custo.

Um outro tipo de leite que vem demonstrando rápido crescimento nos Estados Unidos é o A2. De acordo com o relatório do CoBank, no segundo semestre de 2018, a distribuição do leite A2 nos EUA aumentou mais de 50% e está disponível em cerca de 9.000 lojas. “Com qualquer um desses novos produtos específicos, o desafio para a cadeia de fornecimento é que não há mais um pool comoditizado de leite para ser distribuído eficientemente em diferentes produtos e marcas”, disse Laine. "Em vez disso, há várias marcas e fabricantes que agora precisam trabalhar na fazenda para contratar diretamente um fornecimento de leite segregado".

Como resultado, o CoBank disse que as cooperativas podem ver membros buscando esses contratos diretos por um prêmio em outro lugar. Muitas fazendas, no entanto, ainda preferirão a estabilidade da associação cooperativa, mas, algumas cooperativas podem procurar oportunidades para segmentar porções do fornecimento de leite de seus membros, que podem atender a alguns desses novos critérios e administrar os prêmios internamente, adicionando um benefício logístico aos clientes.

Muitos consumidores estão buscando oportunidades para se sentir mais ligados aos agricultores que produzem os seus alimentos, o que contribuiu para o aumento do desejo por alimentos produzidos localmente. Isso impulsionou uma gama crescente de oportunidades de marketing direto para produtores de leite.

“Embora o marketing direto para os consumidores possa agregar valor aos produtos lácteos, essa ocasião ainda é facilitada se a propriedade estiver localizada próxima a uma área metropolitana. Também, o produtor precisa ter vontade de alterar o modelo de negócios, se envolvendo ativamente no marketing. Isso acarreta riscos adicionais e há espaço limitado para a concorrência de múltiplos produtores em qualquer mercado. Está longe de ser uma solução para todo o setor, mas pode oferecer oportunidades para fazendas dispostas a dedicar tempo e esforço ao desenvolvimento de um plano de marketing”, acrescentou Laine. (As informações são do Milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Aftosa: manual com orientações para vacinação é publicado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou nesta última quinta-feira (7) o manual “Orientações para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa e para controle e avaliação das etapas de vacinação”. O objetivo é criar padrões para manter a qualidade das vacinasproduzidas no país, aumentando a eficiência na imunização dos rebanhos.

O manual é dirigido aos serviços veterinários, revendedores e criadores, que devem seguir as normas previstas. A versão, digital, de 41 páginas, é resultado de atualização da primeira edição que foi publicada em 2005.

Segundo o auditor fiscal agropecuário da Divisão de Febre Aftosa e Outras Doenças Vesiculares (Difa), Luiz Cláudio Coelho, “a fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa é de responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO), para cumprimento do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA)”.

Ele explica que todas as revendas de produtos de uso veterinário só podem funcionar se estiverem registradas e licenciadas pelo Ministério. Para obtenção da licença do estabelecimento junto ao Ministério, o interessado deve acessar o site www.agricultura.gov.br, no link Sistemas, localizar Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO) e inserir as informações solicitadas.

Controle
No caso das indústrias produtoras de vacinas, durante todo o processo de fabricação, são realizados testes de comprovação da inativação do vírus e para controle de esterilidade da vacina, além da avaliação da integridade da emulsão (mistura). Todos esses testes são repetidos pelo Ministério em seu laboratório, (Lanagro) localizado no Rio Grande do Sul. Atualmente, só pode ser utilizada a vacina inativada, bivalente, formulada com as cepas virais A24 Cruzeiro e O1 Campos.

Os laboratórios que produzem vacinas são submetidos anualmente a inspeções e avaliações do MAPA para verificação do cumprimento das condições de biossegurança e de boas práticas de fabricação. A partida (lote) de vacina, passando por todos os testes, é aprovada e liberada para comercialização. Do contrário, toda a partida é destruída.

A selagem (colocação do selo holográfico, que garante que o produto foi testado oficialmente) é feita sob a supervisão do Ministério, que também confere e registra o número de frascos liberados à comercialização. Após o controle e a anotação das quantidades, as partidas são liberadas para venda. A Central de Selagem disponibiliza para o Mapa e aos Serviços Veterinários Estaduais (SVE) as informações referentes ao total e ao destino das vacinas comercializadas.

A vacina contra a febre aftosa deve ser conservada sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8ºC). Apresenta prazo de validade de 24 meses sendo comercializada em embalagens de 15 e 50 doses. O parque industrial de produção de vacinas contra a febre aftosa tem capacidade para atender à demanda das etapas de vacinação no país, exportar vacinas para outros países da América do Sul e manter um estoque regulador de abastecimento. (As informações são do MAPA)

Na Argentina, 3% das fazendas produzem 20% do leite no país
A tendência para a concentração da produção de matérias-primas no setor lácteo continua se fortalecendo. É um fenômeno que ocorre nos principais países produtores e que, em nível nacional argentino, se confirma de acordo com os últimos levantamentos realizados pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina. O trabalho considera a participação das propriedades leiteiras de acordo com seu tamanho medido em litros de leite por dia em dezembro de 2018. De acordo com os números refletidos no estudo, pode-se observar que as fazendas leiteiras de menos de 2.000 litros por dia representam 51,9% das unidades produtivas que sobrevivem no país, mas contribuem com 18,2% do leite total. No outro extremo, fazendas leiteiras de mais de 10.000 litros por dia, que representam apenas 3,3% do total de unidades produtivas, contribuem com um maior volume de leite, 19,6%. Refinando mais, a OCLA observa que "as 357 maiores fazendas leiteiras que produzem em média 16.110 litros por dia, em média, fornecem a mesma quantidade de leite de 5.734 fazendas de leite que produzem menos de 2.500 litros por dia (uma média de 1.003 litros por fazenda e por dia)". O processo de concentração da produção nas grandes fazendas leiteiras é contínuo e acelerou nos últimos anos. O tamanho (litros de produção diária) não é sinônimo de produtividade e eficiência, mas parece que a escala de produção permitiria o lucro líquido total (obviamente, se estes forem positivos) que possa atender às necessidades de retirada de negócios.
Em 07/02/19 – 1 Peso Argentino = US$ 0,02690
37,1808 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do ON24, traduzidas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

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